Fazenda Santa Esther é o refúgio ideal para relaxar e fazer o “farm-office”
Fazenda Santa Esther, em Amparo, recebe hóspedes que desejam trocar a correria e a mesmice urbana pela simplicidade do campo.
Se para muitos o plano de viver tranquilo junto à natureza era apenas um sonho distante, hoje a ideia já é uma realidade. A uma distância de apenas 130 km da capital paulista – duas horas de carro –, e a apenas 63 km de Campinas, a Fazenda Santa Esther é um oásis. Localizada em Amparo, é uma excelente opção para quem deseja se refugiar na simplicidade do campo, sem abrir mão do conforto, ou até realizar o “farm-office” em um espaço de coworking tranquilo e nada convencional.
São duas opções de quartos com ocupação máxima de seis pessoas e mais dois charmosos chalés espalhados pelos 40 hectares que compõem a fazenda. Cada um deles possui suítes, cozinha integrada, varanda, internet reforçada e uma linda vista repleta de verde. “Em maio, planejamos abrir um novo chalé de luxo, a Casa Capelinha”, conta Bruno Paschoal, administrador do local. “Será um espaço maior e mais equipado, para casais que queiram passar um final de semana por aqui”, explica. Dentre as particularidades do novo espaço estão um deck de quase 20 m2 e um sistema de assistente virtual com comando de voz.
Além de refúgio para as breves escapadas para o interior, a Santa Esther também oferece planos para quem deseja mudar de endereço por alguns meses e até anos. “Com a pandemia, firmamos alguns contratos de hospedagem por 30 meses. São pessoas que estão fazendo um investimento enquanto constroem uma casa própria ou até fugindo da loucura da cidade”, explica. A ideia é ampliar o sistema long stay nos próximos meses. “Estamos buscando investidores para construir chalés especiais para isso”, comenta.
Os hóspedes podem escolher passar a tarde na piscina, aproveitar um piquenique nos gramados da propriedade ou até mesmo trabalhar na companhia da natureza. “Seguindo a tendência do farm-office, nós temos uma sala de coworking aberta 24 horas por dia”, comenta. O espaço conta ainda com oficinas de culinária, práticas corporais e sessões de terapia ayurvédica – com preços avulsos adicionais à diária de hospedagem.
Para comer, as delícias da Cósmica Cozinha enchem os olhos e o apetite. A chef e anfitriã Barbara Marra prepara um único menu diário, apostando em uma experiência gastronômica viva e afetiva. Vegetais orgânicos e temperos cultivados na horta da própria fazenda, PANCs, pães de fermentação natural e frutas da época compõem o cardápio. É possível comprar cestas avulsas de alimentos e prepará-los em seu próprio chalé.
Todas as instalações desse paraíso bucólico podem ser locadas via Whatsapp, Airbnb ou Booking. A estadia mínima é de duas noites e os preços variam entre R$200 e R$900 por noite. Os serviços de alimentação devem ser contratados à parte.
Cannes Lions, maior festival da publicidade, acontecerá online em 2021
Formato online é apenas uma das transformações que atravessam os festivais de publicidade e inovação
Nenhuma mudança em 67 anos de Cannes Lions foi mais intensa do que a provocada pela pandemia do coronavírus no ano passado. De uma vez, evaporaram-se mais de 13 mil participantes dos auditórios do Palais Des Festivals – número registrado na edição anterior, em 2019. Naquele ano, 30 mil trabalhos de agências e anunciantes de 98 países concorreram aos Leões de Ouro, Prata e Bronze, além dos troféus de Grand Prix.
O formato online de 2020 vai se repetir em 2021, e o evento está marcado para acontecer de 21 a 25 de junho. A novidade, porém, é que, além dos seminários, o festival vai retomar a premiação, promovendo a avaliação de trabalhos pelos seus diversos júris.
Criado em 1953 de carona no Festival de Cinema, o então Festival Mundial do Filme Publicitário passou por inúmeras mudanças. Inicialmente abrigando publicitários do primeiro mundo, viu gradativamente aumentar a participação de profissionais da América do Sul, Ásia, Europa Central e Japão.
No ano 2000, com a primeira delegação da China, o festival já apresentava uma série de transformações na divisão de áreas, com a ampliação de seu repertório para além dos comerciais de TV e Cinema. No final da década, assistiu- se a outro fenômeno no evento, a participação maciça de executivos de Marketing dos maiores anunciantes do planeta.
Essa viagem sem volta levou a Cannes, todo ano, profissionais de marcas dos mais diversos países. A sala de exibição de filmes, antes em local nobre no Grande Auditório, ficou em um cantinho do grandioso Palais. Acompanhando a evolução do negócio, o renomeado Cannes Lions passou a dar mais importância aos cases de Marketing e seus resultados, às diferentes plataformas e aos conteúdos das mensagens.
O festival se tornou imprescindível para anunciantes conhecerem os projetos de marcas mais inovadores do mundo. Afinal, a tecnologia e o digital mostram que as empresas não podem mais se preocupar apenas com os produtos inerentes ao seu DNA.
Ao redor do evento, começou a girar também um mundo que considera a sustentabilidade do planeta, a mobilidade das grandes metrópoles, a saúde e o bem-estar de todas as pessoas. Não só de seus consumidores. À essas questões foram agregadas as políticas de luta pelos direitos das mulheres, contra a violência feminina, a favor da liberdade sexual e de combate aos vários tipos de preconceitos.
O mesmo aconteceu com outros tantos festivais pelo mundo, todos agora em formato remoto, com lives e o julgamento online das peças. Com participação efetiva do Brasil desde seu lançamento, em 1969, o Festival Ibero Americano de la Publicidad (FIAP) não realizou sua edição comemorativa de 50 anos. Nem em 2019, por desistência da prefeitura de Buenos Aires que o abrigaria, nem em 2020 por causa da pandemia.
Antes mesmo disso, o FIAP já havia adotado sua mais profunda reformulação atendendo às mudanças da comunicação. Os trabalhos são avaliados somente em quatro áreas distintas: Formatos, Inovação, Anúncios e Produção. Acompanhando as decisões internacionais de distanciamento social, o festival deste ano já definiu sua edição online, no início de outubro, a partir de Miami.
É um novo mundo da publicidade, que talvez nunca volte ao velho normal.
Curta o outono em um refúgio no interior paulista
Em abril fez 13 meses que essa pandemia veio para mudar o nosso ritmo, tanto no trabalho quanto no lazer. Desde então todos querem estar o mais perto possível da natureza, principalmente quem mora em apartamento e sofreu mais ainda o impacto do distanciamento que o momento pede. A sorte é que para quem vive em São Paulo, o que não falta são opções de refúgio. No quesito natureza, nosso estado é um luxo só.
A dica do bon vivant para este mês é aproveitar a beleza da luz e as temperaturas amenas que são próprias do outono. Na categoria top de linha, se estiver em busca de exclusividade, o Lake Vilas Charm Hotel & Spa, em Amparo, a 140 km da capital, oferece o que há de melhor em hospedagem. Feito para casais que procuram tranquilidade, o hotel conta com oito vilas luxuosas totalmente decoradas e com absoluta privacidade.
É incrível a abundância da natureza do local. São 12 lagos naturais e diversas cachoeiras de águas límpidas, que formam piscinas naturais. É claro que ainda há serviços de spa com direito a todos os mimos possíveis. O restaurante com vista para um dos lagos também é de primeira e conta com produtos de uma horta orgânica própria.
E para quem busca dias mais frescos e noites já frias, o ideal é ir para a Serra da Mantiqueira. Mais precisamente para Campos de Jordão, a 1.600 metros de altitude e a 240 km de São Paulo. A sugestão é o mais antigo hotel da região, o famoso Toriba, já citado nesta revista. Situado no ponto mais alto da região, esse ícone data de 1943, quando permaneceu por décadas como referência em hotelaria. Depois de alguns anos em decadência, foi reerguido sob nova gestão e ampliou as suas instalações.
Além do prédio principal, agora o hotel conta com 26 chalés espalhados pelo parque repleto de araucárias – para mim uma das árvores mais lindas e majestosas que existem. Lá, as crianças são bem-vindas, mas com diversas atividades direcionadas para elas (fazendinha, roteiros de aventura, hortinha…). A piscina indoor e a charutaria envidraçadas são um show à parte de bom gosto.
A gastronomia é outro ponto forte do Toriba. O restaurante Pennacchi leva o nome do artista que desenhou os 60 metros de murais espalhadas pelo hotel, e é referência gastronômica da região. Além dos pratos famosos, como os camarões flambados, o restaurante também é conhecido por suas fondues. A meu ver, o custo-benefício é bem honesto e vale verificar os preços de estadias prolongadas ou durante a semana.
Cada um escolhe como aproveitar os dias com essa luz maravilhosa que o mês de maio nos proporciona. Aproveitem o outono!
Queijos artesanais incríveis na Serra do Japi
Estabelecida desde 2016 em um sítio a 1.000 metros de altitude, em Cabreúva, a Pé do Morro produz seis variedades de queijos e mantém um espaço onde os visitantes podem armar agradáveis piqueniques.
Quando o descendente de húngaros, Érico Kolya criou a Pé do Morro, em um sítio de 15 hectares em Cabreúva, a ideia era apenas produzir aqui no Brasil os queijos que ele aprendeu a fazer no período em que esteve trabalhando em pequenos laticínios do interior da Suíça e da Alemanha. Mas com o tempo o projeto foi crescendo e, agora, além da queijaria, a pequena propriedade tem também oliveiras e videiras com uvas syrah que, nos próximos anos, serão a matéria-prima para os azeites e vinhos da marca.
Além disso, o sítio virou um hub de produtos da região. No empório que se abre para visitantes nas tardes de sábados, domingos e feriados – apenas quando as restrições impostas pela pandemia permitem, é lógico – é possível encontrar também cervejas elaboradas com lúpulo de Jarinu da Fermentaria Local, vinhos tintos da Di Pizzo (de Louveira), embutidos da Charcutaria Jundiaí e pães e geleias artesanais preparados ali mesmo, no sítio Pé do Morro.
“A região aqui é cheia de pequenos produtores, elaborando alimentos especiais e de alta qualidade. Eu sou apenas mais um nesse grupo. Ninguém quer ser grande, fazer produtos para consumo em massa. Nosso maior interesse é preservar esse tesouro que é a Serra do Japi, com suas nascentes de água, a diversidade de sua fauna, sua capacidade de nos abastecer de ar puro e de chuva”, sintetiza Érico.
Ao chegar no sítio Pé do Morro, o cliente escolhe o que vai beber e comer no pequeno empório e depois pode se acomodar em uma das mesas montadas ao ar livre ou espichar-se no gramado da propriedade, com uma linda vista para as montanhas cobertas de mata nativa da Serra do Japi.
Mas as estrelas do passeio são mesmo os seis tipos de queijos que Érico produz a partir de suas sete vaquinhas das raças Jersey e Holandês, alimentadas a pasto, com capins especiais e ultraproteicos. O Lua se assemelha a um camembert, com aquela característica pele de fungo branco e uma massa mole e de sabor suave no “recheio”. O Sol é uma versão daqueles queijos alpinos de massa firme, maturado por 3 a 9 meses, com sabor levemente adocicado e algumas olhaduras.
Tem ainda o Piá e o Granito, que nascem do mesmo processo, mas são maturados de maneira distintas: no final ambos ficam com sabor bem intenso, mas um tem a casca escovada e o outro ganha uma camada de mofo comestível em seu exterior. Já o Quina lembra um queijo da canastra, com massa macia, sabor suave e uma excelente opção para quem curte um bom queijo derretido no seu misto quente ou num hambúrguer, e o Quark é uma espécie de cream cheese, bem fresco e perfeito para ser espalhado numa fatia de pão tostado.
Para quem não quiser ir até o sítio, que fica a 85 km de São Paulo e a 55 km do aeroporto de Viracopos, a alternativa é comprar e degustar essas delícias n’A Queijaria (no bairro paulistano da Vila Madalena) ou no empório Sonhos de Queijo, no bairro de Barão Geraldo, em Campinas.
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