Com participação confirmada no festival João Rock, em Ribeirão Preto, Emicida volta aos palcos após dois anos de pandemia

Com participação confirmada no festival João Rock, em Ribeirão Preto, Emicida volta aos palcos após dois anos de pandemia

Na música, na TV, nos games e no palco do festival João Rock, o rapper paulistano Emicida aposta na diversidade. “Eu sou muitos”, diz

O jeito tranquilo, o riso fácil e a voz mansa de Emicida talvez não sejam as características mais intuitivamente associadas a um rapper. Nascido Leandro Roque de Oliveira, nas quebradas do Jardim Cachoeira, na Zona Norte paulistana, ele recusa rótulos. É cantor, mas também escritor, produtor e comentarista com cadeira cativa no “Papo de Segunda”, programa do canal GNT. Canta rap, samba, pop, reggae e o que mais vier, e coloca seus versos no mundo para ocuparem todos os espaços – sejam as batalhas de rima das calçadas, o pomposo Theatro Municipal, os palcos indie-eletrônicos do Lollapalooza, ou ainda o tradicional Rock In Rio.

Por tudo isso, talvez não surpreenda que tenha sido batizado como “embaixador das ruas”. “A linguagem da calçada é a diversidade, por isso sou vários”, explica o artista, que, no dia 11 de junho, se aventura também pelos palcos do interior paulista no festival João Rock, conhecido por, tradicionalmente, reunir em Ribeirão Preto grandes nomes do pop e do rock nacionais. “Estarei lá, cantando ao lado dos meus irmãos Criolo e Céu. É um grande momento de ocupação e pertencimento para o rap, e fico feliz de ser parte disso”, comenta. Neste ano, o line-up do evento inclui, ainda, shows de Pitty, Barão Vermelho, Erasmo Carlos e Gabriel, O Pensador.

Foto: Ênio Cesar; assistente de fotografia: Rafael Mattar; beleza: Regiane Alexandre (Juba Trançadeira); barba: Mara Afro Soull; produção: Raissa Fumagalli; assistente de produção: Laura Freitas; Emicida veste Haye Clothing

Foto: Ênio Cesar; assistente de fotografia: Rafael Mattar; beleza: Regiane Alexandre
(Juba Trançadeira); barba: Mara Afro Soull; produção: Raissa Fumagalli; assistente de produção: Laura Freitas; Emicida veste Haye Clothing

 

Capa de uma edição online da 29HORAS em junho de 2020, Emicida retorna às nossas páginas para falar sobre transformações e permanências. De lá para cá, ele foi muitos. Virou bonequinho de animação para um show exclusivo dentro do jogo Fortnite; integrou por seis meses o grupo de estudos sociais da Universidade de Coimbra; firmou parceria com os engravatados do Nubank em um projeto que visa levar educação financeira aos moleques da quebrada; e agora se lança produtor e está por trás do álbum “O Que Meus Calos Dizem Sobre Mim”, de Alaíde Costa – disponível desde maio nas plataformas digitais.

Nesta nova conversa, o cantor revisa seus feitos ao longo dos mais de 10 anos de carreira, celebra os diversos espaços conquistados e medita sobre seus muitos papéis, e fala sobre o poder transformador da arte e a dádiva da paternidade – o que diz ser sua mais grata permanência. Confira trechos da entrevista a seguir:

 

Na última vez que conversamos, em 2020, vivíamos a primeira onda pandêmica. Naquela época, você nos falou um pouco sobre quem era Emicida. De lá para cá, algo nessa definição mudou? Quem é o Emicida hoje, depois disso tudo?
Eu acho que nem conheço mais aquele Emicida (risos). Mudar é inevitável. Havendo ou não pandemia, o tempo da vida pede metamorfose. Eu me conectei muito com a natureza nos últimos anos e ela tem me ensinado a ouvir e respeitar o tempo das coisas. Depois de meses de incerteza, a gente também aprende a se olhar no espelho e refletir sobre o que realmente tem feito de bom no mundo. Questionei muito a minha arte e o que ela tem movido. Tudo isso me fez uma pessoa mais sensível, saca? Só não consigo afirmar ao certo quem eu sou, porque amanhã é capaz de eu já ter mudado de novo. No dia seguinte, eu me sinto outra pessoa, ‘tô’ sempre em manutenção.

É perceptível a sua relação com metamorfoses, afinal, tem se lançado em carreiras múltiplas. O que o motivou a assumir o posto de produtor do novo álbum de Alaíde Costa?
Aos 86 anos de idade, Alaíde é um fenômeno. Um poço de doçura, solidez e sensibilidade. Artista de uma época em que nem um estúdio chique salvava a pele de quem não sabia o que estava fazendo. Cantora íntegra que, apesar de ter cantado ao lado de nomes imensos, como Vinícius de Moraes e Tom Jobim, não alcançou o protagonismo que merecia e teve de se manter e divulgar sozinha, sem ajuda de gravadoras e agentes. Produzir o álbum de Alaíde, hoje, é dar vazão a uma força tremenda que por tempos foi escondida. Saio do estúdio com os olhos cheios de brilho e lágrimas, e com gana para continuar.

 

Emicida e Alaíde Costa - Foto Ênio Cesar

Emicida e Alaíde Costa – Foto Ênio Cesar

 

Você também acaba de fechar uma parceria com o Nubank, para produção de conteúdo sobre educação financeira. Conte um pouco sobre esse projeto e o que ele representa para você.
Sou descendente de camelô, então minha primeira noção de administração financeira veio das ruas. Aprendi que, se eu comprasse algo por um real, eu teria que vender por dois, senão no fim do dia minha família não ia ter o que jantar. Essa parceria foi a oportunidade que a gente encontrou de falar sobre grana com uma galera que, como eu, aprendeu tudo o que sabe na marra de sobreviver. Vamos criar conteúdo, transmitir informação sem tabus, “romper essa bolha” e dar subsídios para que essas pessoas possam transformar suas realidades com mais consciência e autonomia.

Bom, seja como parceiro do Nubank ou como professor na Universidade de Coimbra, você realmente tem rompido bolhas, fluindo pelos espaços sociais e conversando com públicos muito diversos, da galera da quebrada aos engravatados “faria limers”. Como você equilibra suas raízes com esses novos espaços ocupados?
Eu volto para a casa e lembro que sou só uma pessoa. O que bagunça a gente é quando a parada do ego começa a tomar conta, e eu não tenho isso. O ego me cabe muito bem quando eu estou no estúdio ou no palco, mas é como se, quando eu saísse de lá, eu pendurasse essa fantasia do lado de fora da porta de casa, calçasse meus chinelos e lembrasse que sou só um operário da música, oferecendo meus serviços. Acho que o que me permite trocar ideia com essa galera tão diversa é o respeito. As pessoas se sentem lisonjeadas quando são respeitadas, e aí elas param para te escutar. Abaixam a armadura, esquecem que a gente foi programado para discordar e ficam disponíveis. A arte tem uma capacidade muito bonita de criar pontes, e sinto que ela me ofereceu um pouco desse poder quando me fez artista.

 

Emicida ao lado dos colegas do programa "Papo de Segunda", do canal GNT - foto Camila Maia | GNT

Emicida ao lado dos colegas do programa “Papo de Segunda”, do canal GNT

 

São diversos, também, os palcos onde você tem cantado suas rimas. Do Theatro Municipal ao Lollapalooza e, agora, no João Rock, em Ribeirão Preto. Qual é o significado de levar o rap para esses ambientes que, originalmente, não eram “casas de rap”?
É engraçado porque, ao longo da minha trajetória, eu me apresentei em pouquíssimos palcos de rap. A expectativa que o Brasil tinha a respeito do gênero era muito diferente da música que eu apresentava. Sempre trouxe influências do jazz, do samba, do reggae, então minhas rimas eram tidas como filhas ilegítimas. Mas a verdade é que eu nunca fui apegado a rótulos, não tenho esse purismo. Se um dia a arte que eu fizer não for mais chamada de rap, está tudo certo. Só preciso que ela continue refletindo quem eu sou e o que quero dizer. Mas é impossível falar que não estou emocionado por ter alcançado esses espaços, sobretudo ao lado de irmãos do rap, como Djonga, Matuê, Filipe Ret, Cynthia Luz e tantos outros que batalharam demais pelo gênero. Palcos assim amplificam discursos, e isso é uma conquista para a música como um todo.

Recentemente, outro palco peculiar em que você pisou foi, aliás, em outra dimensão! Como foi a experiência de fazer um show virtual dentro do jogo Fortnite? Sabemos que você é vidrado em games…
Foi um momento histórico! Fui o primeiro artista brasileiro a fazer isso – na gringa, Travis Scott, Ariana Grande e Drake chegaram antes de mim (risos). Em parceria com a Epic Games e com a ajuda da equipe incrível do Lab Fantasma – hub de entretenimento que, desde 2009, mantenho ao lado do meu irmão, Evandro Fióti –, eu fui transformado em bonequinho de animação e pude cantar obras que marcaram minha carreira para pessoas do mundo inteiro, em tempo real, por meio de uma plataforma pela qual sempre fui fissurado. Além de ter sido um passo muito importante para a arte – que tem se adaptado de formas inimagináveis à dominação digital –, foi uma conquista pessoal e tanto. Tenho certeza de que o Emicida criança, que não tinha videogame, mas filava espaço no fliperama para jogar, deve ter ficado orgulhosão.

 

Emicida em show no Fortnite - Foto divulgação

Emicida em show no Fortnite – Foto divulgação

 

Por falar em games, tem sobrado tempo para jogar ou a agenda de shows está apertada demais para isso?
Têm sido meses realmente muito cheios, e ainda bem. Hoje, se eu jogo, é para passar mais tempo com as minhas filhas. Elas também amam, e eu uso esse momento para criar memórias com elas. Nossos preferidos são Fortnite, Cuphead e It Takes Two.

E qual conselho você mais gosta de dar para Estela e Teresa, suas filhas?
Conselho? Eu não me coloco nessa posição, não. Sou, no máximo, um curador. Ofereço a elas o que, dentro das minhas muitas limitações, são o melhor de mim. Quando uma criança chega ao mundo, nasce uma oportunidade de melhorar tudo por aqui. Na figura delas, eu ganhei duas chances de salvar o mundo, e me sinto super poderoso e frágil ao mesmo tempo por isso. Mas se eu tivesse que dizer alguma coisa, seria simplesmente: “Obrigado. Vocês salvaram a minha vida, e isso é o mundo para mim.”

 

Emicida no palco do Lollapalooza 2022, em março - Foto Camila Cara

Emicida no palco do Lollapalooza 2022, em março – Foto Camila Cara

 

Save the date!
Confira a agenda de shows de Emicida para este mês e para o segundo semestre.

  • 11/06 Emicida + Criolo + Céu no Festival João Rock (show inédito), Ribeirão Preto/SP
  • 18/06 Sesc Rap Festival, Brasília/DF
  • 02/07 Festival Turá, São Paulo/SP
  • 20/08 Festival Mov. Cidade, Vitória/ES
  • 27/08 Festival Sarará, Belo Horizonte/MG
  • 04/09 Rock In Rio
  • 23/09 Festival MADA, Natal/RN

 

Foto Ênio Cesar; assistente de fotografia: Rafael Mattar; beleza: Regiane Alexandre (Juba Trançadeira); barba: Mara Afro Soull; produção: Raissa Fumagalli; assistente de produção: Laura Freitas; Emicida veste Haye Clothing

Com os perigos da pandemia afastados, casas noturnas voltam a funcionar em São Paulo

Com os perigos da pandemia afastados, casas noturnas voltam a funcionar em São Paulo

 A cena noturna paulistana volta a oferecer opções de clubes e pistas para todos os gostos

No começo de abril de 2020, o setor de bares, restaurantes e baladas sofreu como nenhum outro os prejuízos da pandemia. As casas noturnas foram obrigadas a suspender totalmente as atividades e não tiveram nem a alternativa de trabalhar em formato reduzido. Agora, com a situação recentemente controlada, as noites de São Paulo voltam com tudo.

Basta filtrar pelo tipo de som para escolher onde você pode curtir até de manhã. Não importa se a levada é sertaneja, samba-rock, black music, house, eletrônica ou até mesmo música latina, alguma pista animada aguarda quem quer se divertir e dançar, regado a drinques autorais, antes reservados aos bares de esquenta.

Das casas que bombavam antes da pandemia, algumas conseguiram manter seus endereços e outras tiveram que se mudar, mas continuam firmes e fortes. Vários investimentos estão sendo feitos na área e podemos esperar grandes novidades para o segundo semestre.

Por enquanto, quem gosta de sertanejo segue frequentando o Vila JK (antigo Villa Mix, na Vila Olímpia) e o Villa Country, na Água Branca. As duas casas trabalham com esquema parecido, mesclando shows de bandas sertanejas e emendando com pistas lotadas. As reclamações sobre a demora para entrar são mais frequentes no Vila JK, talvez por ser um lugar com capacidade menor.

 

Festa da D.Edge - Barra Funda | Foto Divulgação

Festa da D.Edge – Barra Funda | Foto Divulgação

 

Já quem quer curtir um rock estilo underground, vai se acabar no Madame, na Bela Vista, bem ali onde funcionou o Madame Satã, desde 1983. A casa é muito boa, toda no estilo gótico e com um som maravilhoso. Já se você gosta de black music – desde o funk anos 70, rap e até hip hop raiz – o DJ Puff e seu time comandam o som no Up Club, na Vila Madalena. O local é super bem equipado, com música e luzes de primeira.

Quem gosta de house music vai para a velha e boa Disco, no Itaim. Essa balada, que é uma das mais chiques e caras de São Paulo, já recebeu personalidades internacionais ao longo dos seus quase 30 anos. Camarotes e outros espaços privilegiados devem ser reservados com muita antecedência. A nova onda entre os jovens endinheirados é fechar a casa para festas particulares.

Por fim, os clubbers loucos por música eletrônica não pensam duas vezes na hora de escolher. Há mais de 20 anos, a D.Edge, na Barra Funda, é sinônimo internacional de meca da música eletrônica. Em constante evolução, tanto na programação quanto no design do clube e na estética musical, é mundialmente reconhecida como integrante das top 5 do planeta. A programação é repleta de noites conceituais e apresenta os melhores DJs do mundo. Aproveite!

Pesquisadoras e cientistas se destacam em equipe global de enfrentamento à desinformação na pandemia

Pesquisadoras e cientistas se destacam em equipe global de enfrentamento à desinformação na pandemia

A iniciativa global equipe Halo, que recebe a chancela da Organização das Nações Unidas (ONU), compartilha conteúdos checados sobre a Covid-19 nas redes sociais e reforça protocolos e ações importantes em todo o mundo – como a vacinação – para o controle da pandemia. O objetivo é falar sobre Ciência de forma clara e acessível.

Entre as cientistas mulheres da equipe estão as brasileiras Natalia Pasternak, Jaqueline Goes, Mellanie Dutra, Letícia Kawano Dourado, Daniela Ferreira e Mariana Fonseca. “São essas ações coordenadas e engajadoras, colaborativas entre especialistas de diversas localidades que mostram como a Ciência é relevante, como suas descobertas impactam significativamente na vida das pessoas em todas as esferas e tornam a resposta do enfrentamento mais rápida e coesa”, destaca Mellanie Dutra.

 

Foto Divulgação | Em sentido horário: Daniela Ferreira, Mariana Fonseca, Jaqueline Goes, Letícia Kawano Dourado, Natalia Pasternak e Mellanie Dutra

 

Desde 2020, a Halo já atingiu mais de 14 milhões de visualizações em vídeos, além de produzir diversos conteúdos e intervenções por meio de colaborações com o movimento #TodosPelasVacinas e veículos como Canal Futura, TikTok, YouTube, Quebrando O Tabu, KondZilla, entre outros. “Tive a oportunidade de ter três conteúdos criados por mim sendo postados no Twitter do Fabio Porchat, um perfil com mais de 9 milhões de seguidores. Esse é um dos exemplos que podemos citar somente dessa ação, que nos proporcionou atingir muitas pessoas.”

Para maior igualdade de gênero na ciência, muito trabalho ainda deve ser feito. “A primeira coisa é valorizar a Ciência, a segunda é que haja modelos para as mulheres e meninas seguirem”, reforça a pesquisadora Leticia Kawano Dourado. Mesmo assim, vozes e muito trabalho já são exemplos. “Como mulher e cientista, eu me vejo e vejo muitas outras mulheres corajosamente se doando, na luta assistencial contra a Covid-19, ou com pesquisa e comunicação científica. Eu vejo a participação feminina como muito forte e importante.”

Azul, Latam e Gol saem da crise da pandemia mais fortes e com boas perspectivas

Azul, Latam e Gol saem da crise da pandemia mais fortes e com boas perspectivas

Trinca de companhias aéreas brasileiras sofrem há 20 meses com a crise que a pandemia causou no setor, mas hoje respiram aliviadas e tentam trabalhar de forma mais enxuta e eficiente

As três grandes empresas aéreas brasileiras sobreviveram com dignidade à pandemia. Elas saem menores dessa crise, mas fortes e com boas perspectivas. A Gol, por exemplo, teve uma pequena redução em sua frota. Na virada de 2019 para 2020, tinha 129 aeronaves em operação, e hoje 123. Mas a empresa acaba de concluir o refinanciamento de uma dívida de R$ 1,2 bilhão, com vencimento em 2024, o que faz com que suas dívidas de curto prazo atinjam o menor patamar desde 2014.

Na Azul, a frota também encolheu, de 167 no final de 2020 para 134 hoje. Mas agora a empresa atende um total de 130 destinos – sendo que 15 deles entraram nessa lista em pleno 2021! O número de voos e o total de passageiros transportados a cada mês já estão em níveis superiores aos registrados antes da pandemia causar esse furdunço no setor. E, quanto à saúde financeira da empresa, ficou claro que as coisas andam bem por lá: a Azul até tentou comprar a operação brasileira da chilena Latam!

E, por falar nela, a Latam Brasil também teve um ligeiro encolhimento em sua frota. Os 151 do final de 2020 viraram 141 hoje, com a triste perda de onze modernos Airbus A350. Mas a empresa, que ainda está em meio a um processo de Recuperação Judicial, hoje tem uma operação mais enxuta, eficiente e rentável.

Para este ano que começa, as perspectivas são promissoras. O tráfego total do mercado doméstico deve superar os patamares pré-pandemia já no primeiro trimestre e, nas rotas internacionais – quase todas já reativadas, ainda que com frequências meio “banguelas” – a retomada infelizmente vai demorar um pouco mais. Se as varia ntes sigma, zeta e ômega (letras gregas que vêm depois de gama, delta e omicron) não melarem as previsões, as três gigantes dos céus brasileiros não enfrentarão turbulências em 2022.

 

Foto divulgação

Radar

Rapa Nui
A partir do dia 3 de fevereiro, a Ilha de Páscoa reabre fronteiras para o turismo, com a retomada dos voos regulares da Latam, suspensos em março de 2020. Para manter a crise da pandemia sob controle e continuar a proteger a saúde dos habitantes, os turistas devem ter esquema vacinal completo e o resultado negativo de um teste de RT-PCR realizado, no máximo, 48 horas antes do embarque.

 

Porcos com asas
Em fevereiro, o Palmeiras vai disputar o Mundial de Clubes em Abu Dhabi. Dados da plataforma de viagens Kayak mostram que, em dezembro, as buscas de voos para esse emirado árabe subiram 3.276% em comparação com a semana anterior à classificação do time para o torneio. O metabuscador aponta que ocorreu um aumento de 34% no preço médio das passagens. Os raros tickets estão sendo vendidos por, no mínimo, R$ 8.000.

 

Flop no ar
Que vexame a Ita, hein? Antes de completar seis meses de operação, a companhia aérea do Grupo Itapemirim já encerrou suas atividades e deixou, às vésperas do Natal, milhares de passageiros no chão. Com Certificado de Operador Aéreo (COA) suspenso pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é improvável que a empresa volte a voar tão cedo. E, se pagar o que deve aos funcionários e convencê-los a retomar seus postos, quem vai querer voar com uma companhia dessas?

Retomada das viagens internacionais nas Américas será mais rápida e vigorosa

Retomada das viagens internacionais nas Américas será mais rápida e vigorosa

Graças ao avanço da vacinação pelo mundo todo, mais e mais países estão abrindo suas fronteiras e, aos poucos, as companhias aéreas começam a reativar suas rotas internacionais. Mas o estrago foi muito grande e a recuperação será lenta. Em julho deste ano, pouco menos de 54 milhões de turistas viajaram pelo mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para o Turismo Mundial (UNWTO).

O número é o maior desde o início da crise global gerada pelo coronavírus e é 58% superior aos 34 milhões registrados em julho de 2020. Mas, infelizmente, é minúsculo quando comparado aos 164 milhões de julho de 2019. No acumulado de janeiro a julho de deste ano, o tombo ainda é de 80% em relação aos picos pré-pandemia.
De julho para cá, os Estados Unidos baixaram suas restrições a estrangeiros e a Europa também flexibilizou a entrada de turistas. Mas outros países ainda estão se isolando e impondo barreiras. A China, por exemplo, só deve liberar totalmente a entrada de estrangeiros no início de 2022, quando 85% da população local estiver totalmente imunizada.

Mas as viagens não voltarão aos níveis pré-pandemia em um estalar de dedos. Como já dissemos, a retomada será gradual. As viagens corporativas provavelmente jamais voltarão aos patamares de 2019. O Relatório da Economist Intelligence Unit (EIU) estima que as viagens internacionais permanecerão 30% abaixo dos níveis de 2019 ainda em 2022. Segundo a consultoria, a recuperação será mais morosa na Ásia (que ficará 39,5% abaixo da movimentação pré-pandemia). Já nas Américas, a recuperação será mais vigorosa, e 2022 fechará com um tráfego “apenas” 29% menor do que o de 2019.

 

Foto divulgação

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Prosa rápida

Rumo ao paraíso
No dia 20 de dezembro, a Azul vai estrear uma rota inédita ligando o aeroporto de Congonhas (em São Paulo) à ilha de Fernando de Noronha. Com partidas diárias, sempre às 8h35, o voo será operado por uma moderna aeronave Embraer E195-E2, com capacidade para até 134 passageiros. Dependendo das datas, o preço de uma passagem CGH-FEN-CGH pode custar de R$ 2.000 a R$ 3.200.

Gol na Flórida
A Gol postergou para meados de 2022 o retorno de seus voos para os EUA. No dia 13 de maio, voltará a operar a rota Brasília-Orlando, com partidas às segundas, quartas, sextas e aos sábados. No dia 17 de maio, retoma a conexão entre Brasília e Miami, com saídas às terças, quintas, sábados e domingos. Os voos serão operados pela aeronave de tecnologia mais avançada da companhia aérea: o jato Boeing 737 MAX8, que tem capacidade para 176 passageiros.

Retomada em Viracopos
O aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), registrou em outubro o maior movimento deste ano para um mês, com mais de 960 mil pessoas embarcando ou desembarcando pelo terminal. O número é 36,9% maior que o de outubro de 2020 e é também maior do que o de outubro de 2019 – antes da pandemia. Naquele mês, o movimento total foi de 901,7 mil passageiros. Ou seja, neste ano o movimento já está 6,5% superior ao período pré-Covid!