Aniversário de São Paulo: dicas de passeios culturais para comemorar os 471 anos da cidade

Aniversário de São Paulo: dicas de passeios culturais para comemorar os 471 anos da cidade

São Paulo está com novidades em museus e livrarias que rendem bons passeios para celebrar o aniversário da cidade

Em novo endereço no Páteo do Colégio, em São Paulo, o Museu das Favelas tem o objetivo de trazer as mais de 10 mil periferias do Brasil para o centro de discussões culturais e sociais. Em cartaz até março, a mostra “Racionais MC’s – O Quinto Elemento” apresenta itens do acervo pessoal de Mano Brown, KL Jay, Ice Blue e Edi Rock, como cartas, bilhetes e fotos de família. A homenagem aos 35 anos do grupo de rap tem curadoria de Eliane Dias, empresária dos rappers e esposa de Mano Brown.

 

Novo Museu das Favelas – foto divulgação

 

Enquanto o Edifício Pietro Maria Bardi não fica pronto – que será um anexo com novas salas de exposição do Masp –, o museu destaca a exposição coletiva “Histórias LGBTQIA+”, com cerca de 200 obras de acervos públicos e privados do Brasil. Até abril, a mostra ocupa os dois principais espaços da galeria do Masp dedicados a exposições temporárias: no segundo subsolo e primeiro andar, totalizando mil metros quadrados.

Já a Livraria Bandolim, inaugurada em setembro do ano passado, na Santa Cecília, é um agradável espaço onde é possível comprar livros, discos, tomar um café e, se tiver sorte, ouvir um som instrumental ao vivo. Em janeiro, além da já tradicional Roda de Choro que acontece no último sábado do mês, a Bandolim programa duas edições do “Antes à tarde do que nunca”, em que o sócio Ronen Altman, também bandolinista profissional, convida um músico para um dueto cheio de boa música.

 

Ambiente da Livraria Bandolim – foto Marcelo Saraiva

 

E, após o fechamento da tradicional unidade do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, a Livraria Cultura reabriu as portas em um casarão onde já funcionaram agências do Bank Boston e do Itaú Personnalité, na Avenida Angélica, com 505 metros quadrados e dois andares. Mais recentemente, a livraria inaugurou ainda uma segunda unidade na Rua Fernão Dias, próximo ao Largo da Batata, que faz parte do Complexo Lapi – que se instalou na região e é responsável pela inauguração de diversas lojas do segmento cultural e gastronômico.

 

Livraria Cultura na Avenida Angélica – foto divulgação

 

Museu das Favelas
Largo Páteo do Colégio, 148, Centro Histórico.

Livraria Bandolim
Rua Conselheiro Brotero, 952, Santa Cecília.

Livraria Cultura
Avenida Angélica, 1.212, Higienópolis.
Rua Fernão Dias, 604, Pinheiros.

Em cartaz no CCBB do Rio, “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira” expõe trabalhos de artistas negros

Em cartaz no CCBB do Rio, “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira” expõe trabalhos de artistas negros

Exposição “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira”, em cartaz até o dia 17 de fevereiro no CCBB, expõe os trabalhos de mais de 60 artistas negros, do período pré-moderno à contemporaneidade

A presença negra na historiografia da arte no Brasil é o tema da exposição “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira”, em cartaz até o dia 17 de fevereiro no Centro Cultural Banco do Brasil. A mostra reúne obras de 61 artistas negros brasileiros, nomes de vários períodos da produção artística no Brasil, do século 19 até os contemporâneos nascidos nos anos 2000. Entre eles, Lita Cerqueira, Arthur Timótheo da Costa, Andrea Hygino, André Vargas, Gê Viana, Panmela Castro, Guilhermina Augusti, Maria Auxiliadora, Mestre Didi, Rubem Valentim, Luna Bastos e Yhuri Cruz. Eles criaram pinturas, fotografias, esculturas, instalações, vídeos e colagens que revelam diferentes épocas e discussões, contextos, gerações e regiões. De grande abrangência, a mostra percorre do período pré-moderno à contemporaneidade.

 

foto divulgação

 

Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66, Centro.
Tel. 21 3808-2020.
Entrada gratuita.

ArtRio 2024 exalta a diversidade da produção nacional

ArtRio 2024 exalta a diversidade da produção nacional

Em sua edição 2024, ArtRio tem um pavilhão ocupado por artistas residentes fora do eixo Rio–SP, representados por galerias das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul

A 14ª edição da ArtRio acontece na Marina da Glória entre os dias 25 e 29 de setembro, com uma rica e intensa programação paralela em diferentes espaços culturais e áreas públicas da cidade, além de ações digitais. Além das principais galerias do país, reunidas no programa Panorama, a ArtRio 2024 apresenta também o programa Brasil Contemporâneo, destinado a artistas residentes fora do eixo Rio–São Paulo, representados prioritariamente por galerias das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul.

 

ArtRio 2023 – foto Bruno Ryfer

 

Esse novo programa tem como objetivo possibilitar uma visão mais ampla da produção artística nacional, exaltando a diversidade de matérias-primas e as peculiaridades sociais, econômicas e históricas de cada local. “Queremos trazer para a feira artistas de todas as regiões do país, e mostrar a grande pluralidade da produção artística brasileira. É importante que o público reconheça a riqueza que temos no país, com artistas inspiradores e que traduzem em suas obras a nossa história como sociedade e como nação”, explica Brenda Valansi, presidente da ArtRio.

As galerias do Brasil Contemporâneo vão ocupar o pavilhão Mar, construído na área externa da ArtRio, projetado exclusivamente para o evento pelo arquiteto Pedro Évora.

 

A artista Maria Amelia Vieira – foto divulgação

 

Entre as galerias participantes desse programa, estão as recifenses Amparo 60 e Christal Galeria (que representa Ziel Karapotó, natural da comunidade Karapotó Terra Nova, de Alagoas e que hoje mora na Reserva Indígena Marataro Kaetés, em Pernambuco), a Cerrado Galeria (com escritórios em Brasília e em Goiânia), a mineira ArteFasam e a alagoana Galeria Karandash, que representa a ceramista Maria Amelia Vieira.

Por fim, a ArtRio 2024 tem também o programa Solo, para o qual o curador Ademar Britto selecionou dez galerias, e cada uma apresentará um projeto original de um único artista. A paulistana Galeria Marília Razuk, por exemplo, apresenta o trabalho multimídia de Bruno Faria, a também paulistana Galeria Nara Roesler aposta nas estamparias têxteis e a serigrafias de Alberto Pitta, e a brasiliense Galeria Karla Osório traz as esculturas de Siwaju.

 

Ziel Karapotó – foto divulgação

 

ArtRio 2024
Avenida Infante Dom Henrique, s/ n°, Glória.

Beth Carvalho é a sexta homenageada do projeto Sambabook

Beth Carvalho é a sexta homenageada do projeto Sambabook

O projeto multiplataforma Sambabook ocupa em setembro a Cidade das Artes, com uma programação gratuita e, dessa vez, homenageando a grande Beth Carvalho

Depois de cinco edições – dedicadas a João Nogueira, Martinho da Vila, Dona Ivone Lara, Jorge Aragão e Zeca Pagodinho – o projeto multiplataforma Sambabook ocupa durante o mês de setembro a Cidade das Artes, com uma programação gratuita e, dessa vez, homenageando a grande Beth Carvalho. Distribuída em cinco níveis, a Casa Sambabook abriga uma exposição com áudios, registros fotográficos, depoimentos de artistas, oficinas musicais e até um botequim, batizado de Bethquim.

Durante seis noites, de 6 a 8 e de 13 a 15 de setembro, sempre de sexta a domingo, o Bethquim recebe a Roda de Samba da Madrinha, formada por músicos que tocaram com Beth Carvalho, e atrações de peso do mundo do samba, como Mosquito, Prettos, as cantoras Lu Carvalho, Ana Costa e Marina Iris, os grupos Samba Que Elas Querem e O Roda, formado exclusivamente por musicistas. O Bethquim terá petiscos especialmente criados para o espaço sob coordenação da cantora e chef Lu Carvalho, sobrinha de Beth, inspirados nas predileções gastronômicas da homenageada.

 

Beth Carvalho – foto divulgação

 

Cidade das Artes
Avenida das Américas, 5.300, Barra da Tijuca.
Tel. 21 3325-0591.
Entrada gratuita.

Caixa Cultural Rio de Janeiro exibe o melhor do fotojornalismo até o dia 25 de agosto

Caixa Cultural Rio de Janeiro exibe o melhor do fotojornalismo até o dia 25 de agosto

Na Caixa Cultural Rio de Janeiro, mostra da World Press Photo fica em cartaz até o dia 25, com imagens impactantes capturadas por 33 fotógrafos de 25 países. Quatro brasileiros têm seus trabalhos expostos

A Caixa Cultural Rio de Janeiro apresenta até o dia 25 de agosto a exposição World Press Photo 2024, que reúne 129 fotografias vencedoras do concurso anual. A mostra convida o visitante a sair do ciclo de notícias apresentadas em série e dedicar um olhar mais aprofundado para histórias relevantes, mas muitas vezes negligenciadas. A guerra em Gaza, a invasão russa na Ucrânia, a crise migratória e a emergência climática estão entre os temas destacados na edição 2024 da premiação. A exposição apresenta 24 projetos vencedores e seis menções honrosas, em um total de 33 fotógrafos de 25 países: Argentina, Austrália, Azerbaijão, Brasil, Canadá, China, Congo, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Irã, Japão, Myanmar, Palestina, Peru, Filipinas, África do Sul, Espanha, Tunísia, Turquia, Ucrânia, Reino Unido, Estados Unidos e Venezuela.

A Foto do Ano, ganhadora do maior prêmio do concurso, foi “Mulher Palestina Abraça o Corpo de Sua Sobrinha”, feita pelo palestino Mohammed Salem, da Agência Reuters. Na imagem, feita em outubro de 2023 no povoado de Khan Younis, a menina de apenas 5 anos havia acabado de ser declarada morta no Hospital Nasser, após ser atingida em um ataque das forças israelenses.

 

“Mulher Palestina Abraça o Corpo de Sua Sobrinha”, eleita Foto do Ano – foto wordpress photo / Mohammed Salem

 

Quatro brasileiros se destacaram no concurso e têm suas obras expostas na mostra World Press Photo 2024. Com “Seca na Amazônia”, premiada na categoria Individual da América do Sul, o fotógrafo Lalo de Almeida retrata a realidade de Porto Praia, lar dos povos indígenas Ticuna, Kokama e Mayoruna, desesperada com o “desaparecimento” do Rio Solimões. A imagem do indígena caminhando pelo leito seco do rio é assustadora.

Agraciada com uma menção honrosa por “Insurreição”, Gabriela Biló, fotógrafa radicada em Brasília, lança luz sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando uma enfurecida turba de vândalos invadiu o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal.

Os brasileiros Felipe Dana e Renata Brito foram premiados na categoria formato com “À Deriva”. No ensaio, eles contam a história de um barco vindo da Mauritânia, cheio de homens mortos, que foi encontrado na costa da ilha caribenha de Tobago.

 

Foto “Insurreição”, de Gabriela Biló – foto wordpress photo / gabriela biló

 

Caixa Cultural Rio de Janeiro
Rua do Passeio, 38, Centro.
Tel. 21 3980-2069.
Entrada gratuita.