Presença feminina nos Jogos Olímpicos de Tóquio é inédita e avanços são expressivos pela igualdade no esporte.
O ano de 2021 representa um marco no protagonismo feminino para os esportes olímpicos. Gerações de mulheres foram, aos poucos, abrindo caminho para que, agora, os Jogos Olímpicos pudessem chegar mais perto do que nunca da igualdade de gênero. Em Tóquio, a presença feminina será de quase 49% entre os participantes do maior evento esportivo do mundo. E, no Brasil, as mulheres representam quase 44% do Bolsa Atleta – programa governamental que patrocina os competidores.
Etienne Medeiros, nadadora olímpica do Brasil – Foto: Igo Bione
“Trata-se de uma estratégia esportiva de vários países, que identificam um canal de investimento em virtude do potencial das mulheres. E isso não foi diferente no Brasil. O COB e as confederações fizeram investimentos para desenvolver o esporte feminino, e os resultados foram acontecendo em diversas modalidades: ginástica, surf, skate, vôlei de praia, futebol, boxe, taekwondo, esgrima”, explica Jorge Bichara, Diretor de Esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A nadadora Etiene Medeiros – primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro em um Campeonato Mundial de Natação e finalista olímpica nos Jogos Rio 2016 na prova dos 50 metros livre – irá pela segunda vez para a Olimpíada, o que é fruto de muito trabalho. “A gente sabe o quanto as mulheres batalham igual aos homens, para ter seu devido espaço. Eu, como qualquer outra, levanto muito essa bandeira. É difícil você ver uma reportagem na TV falando da natação feminina. E, quando fala, é de uma ou duas. Espero que, com toda essa batalha que venho traçando junto com as meninas, este espaço agora seja maior.”
Apesar de todo avanço, ainda há muito a trilhar pela igualdade. De acordo com o The Sustainability Report, de março de 2019, dos 206 comitês olímpicos nacionais, apenas 13 eram liderados por mulheres. Das 33 Federações Esportivas Internacionais reconhecidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), apenas duas tinham uma presidente, e somente 10 tinham mulheres ocupando o cargo de secretária geral.
Etienne Medeiros, nadadora olímpica do Brasil – Foto: Igo Bione
Novas modalidades nos Jogos Olímpicos, como surf e skate, além das tradicionais judô, canoagem, vela e esgrima são as grandes chances de destaque do país.
Em um ano atípico, fazer projeções de medalhas nos Jogos Olímpicos não é tarefa fácil. Normalmente, as apostas são feitas com base nos resultados dos Campeonatos Mundiais. Mas muitos atletas se dedicaram exclusivamente a treinos e à recuperação de lesões crônicas, por causa das restrições de protocolos sanitários da pandemia.
Tatiana Weston-Webb – Foto: Divulgação
Em diferentes modalidades, a última referência é o desempenho de 2019. A boa notícia é que essa amostragem foi promissora para o Brasil, que conquistou 22 medalhas e seis ouros em Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes. A estreia nos Jogos Olímpicos de novos esportes em que o país é destaque no cenário internacional é outra vantagem, como o surf e o skate.
O Brasil é hoje a maior potência no surf. O bicampeão mundial Gabriel Medina e o atual campeão, Italo Ferreira, despontam como os maiores favoritos ao ouro nos Jogos na categoria masculina. Brasileiro que mais venceu etapas no circuito, Medina, é o líder do ranking da temporada 2021, seguido por Italo. No feminino, Tatiana Weston-Webb também tem boas chances de conquistar medalhas na praia de Tsurigasaki, no Japão, a partir de 25 de julho.
Mayra Aguiar – Foto: Wander Roberto | COB
No skate, os brasileiros estão entre os melhores do mundo nas duas modalidades olímpicas, o park e o street. A começar por Pâmela Rosa, Rayssa Leal e Leticia Bufoni, respectivamente 1ª, 2ª e 4ª colocadas do ranking mundial do street. No último Mundial, disputado em 2019, em São Paulo, Pâmela foi a campeã, e Rayssa, então com apenas 11 anos, terminou em segundo lugar. Já Letícia conquistou o título mundial em 2015 e foi vice em três edições seguidas, de 2016 a 2018.
Boxe, judô, canoagem de velocidade, esgrima e vela são outras modalidades em que o país pode trazer medalhas para casa. E uma novidade para ficar de olho em Tóquio são as provas mistas, disputadas por homens e mulheres, que tiveram um aumento significativo, com a inclusão de competições desse tipo em sete esportes. Até os Jogos do Rio, apenas badminton, vela e tênis tinham provas de duplas mistas – agora judô, natação, tênis de mesa e tiro também foram incluídos nessas categorias.
Beatriz Ferreira – Foto: Rodolfo Vilela | Ministério da Cidadania
Veja a tabela abaixo para acompanhar a transmissão da Olimpíada de Tóquio, com o horário de Brasília, de algumas competições em que o Brasil é destaque.
O legado de primeira cidade asiática a sediar as Olimpíadas, em 1964, deve ser trunfo de Tóquio na edição de 2021.
O desafio de abrigar o maior evento poliesportivo do mundo durante um momento histórico conturbado não é novidade para o Japão. Em 1964, muito antes da explosão do Covid-19, Tóquio sediava os Jogos Olímpicos pela primeira vez – e sob circunstâncias igualmente turbulentas.
Tocha olímpica na Olimpíada de Tóquio de 1964 – Foto: Reprodução
“O país tinha acabado de sair arrasado da Segunda Guerra Mundial e, não bastasse, ainda se recuperava dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, em 1945”, comenta Katia Rubio, coordenadora do Grupo de Estudos Olímpicos da Universidade de São Paulo. “Apesar de as Olímpiadas terem acontecido na cidade 20 anos depois dessas fatalidades, o Japão ainda sentia os efeitos”, explica.
O país decidiu transformar a adversidade em potência. O status de sede olímpica serviu de pretexto para que Tóquio fosse catapultada a uma era de modernização sem precedentes. “O grande legado material dos Jogos de 1964 foi o trem-bala, que começou a funcionar na capital nove dias antes do início dos Jogos”, cita a pesquisadora. Foram construídas novas estradas e um monotrilho que liga o Aeroporto Internacional de Haneda ao centro da cidade – e funciona até hoje. “Outra característica que sublinhou as primeiras Olimpíadas de Tóquio foi a ode ao país e à sua cultura”, aponta Katia. O evento, que foi o primeiro da história a ocorrer no continente asiático, marcou a introdução do judô – arte marcial nativa japonesa – no rol de modalidades oficiais.
Estádio Nacional construído para a Olimpíada de Tóquio de 1964 – Foto: Reprodução
Para a campanha de 2021, a capital da tecnologia promete uma síntese entre pioneirismo e tradição. Dos 43 espaços reservados para competições, sete foram construídos em 1964 e serão reaproveitados este ano. Juntas, essas instalações formam a “Zona Herança”, região central da vila olímpica, com arenas que contam a memória da cidade.
Mesmo mantendo raízes no passado, a Tóquio de 2021 deve apontar para o futuro. “Tudo indica que essa seja a edição mais tecnológica da história”, prevê Katia. O Japão planeja usar sistemas de reconhecimento facial e rastreamento de atletas no evento. Com o público ainda impedido de acompanhar todas as competições presencialmente, robôs povoarão as quadras, trabalhando como “voluntários” recolhendo bolas e dardos durante as disputas.
Em uma temporada diretamente afetada pela pandemia de Covid-19, o passado retorna ao pódio, e “reconstrução” volta a ser a pauta principal. “É uma nova época, mas o desafio é o mesmo. Nasce mais uma chance de o Japão expor que, além da cultura e do folclore, a luta é a sua grande tradição”, finaliza.
obôs da Toyota, desenvolvidos para auxiliar no evento deste ano – Foto: Divulgação
Jogos Pandêmicos
Esta não será a primeira edição dos Jogos Olímpicos realizada durante uma pandemia. Em 1920, as Olimpíadas da Antuérpia aconteceram em meio a um surto global de gripe espanhola. “Essa província da Bélgica já havia sofrido muito com a Primeira Guerra Mundial e a doença veio logo em seguida”, explica Katia. Somadas, as duas tragédias deixaram cerca de 90 milhões de mortos. Para a estudiosa, apesar da similaridade pandêmica, a situação em Tóquio será diferente. “Na década de 1920 não houve tanta comoção dos espectadores ou quebras de expectativa, porque os Jogos não eram o fenômeno social e mobilizador que são hoje. O sentimento olímpico é uma repercussão atual e o fato de o evento não ter público deve fazer muito mais falta este ano”, explica.
Ginásio Nacional Yoyogi, projetado por Kenzo Tange, construído para os Jogos de 1964, e será novamente palco da Olimpíada. – Foto: Arne Müseler
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