Na Argentina, Mendoza é um destino que deve ser explorado em etapas

Na Argentina, Mendoza é um destino que deve ser explorado em etapas

A apenas 3 horas de voo de São Paulo, a cidade argentina de Mendoza é um destino que deve ser explorado aos poucos, preservando a tranquilidade e a calma que a beleza da Cordilheira impõe

Mendoza é um daqueles lugares que não devem ser visitados apenas uma vez e a minha sugestão é que a cada visita você passe de três a quatro noites, de preferência a contrafluxo, evitando a maior quantidade de turistas que costuma se concentrar aos finais de semana. A ideia é conhecer duas ou três bodegas por dia, o que pressupõe degustar vários rótulos e, após três dias nesse ritmo, é possível voltar para casa satisfeito.

A província abrange regiões produtoras distintas: Maipú, Valle de Uco e Luján de Cuyo. Você pode fazer as duas primeiras em um mesmo roteiro – que estão respectivamente a 30 km da capital –, mas deixe Luján de Cuyo, que se encontra em uma altitude superior (entre 1.000 e 1.200 metros), para uma única viagem, já que está a cerca de 80 km da cidade e o trajeto pode ser cansativo.

Saindo de Mendoza, esses três terroirs se encontram em direção ao Chile e, chegando na região de Luján de Cuyo, todas as rotas que saem da estrada principal em direção à Cordilheira dos Andes atravessam intermináveis plantações de uva, com um pano de fundo único. Adentrando essas vinhas, a imensidão coberta de neve aumenta, provocando um efeito hipnótico de tão imponente. Por lá, recomendo uma visita à Bodega Septima, que produz um dos melhores Malbec da região e que impressiona pela beleza da arquitetura de suas instalações. O lugar é de bom gosto e o rooftop oferece um verdadeiro camarote para as montanhas.

 

Mendoza – foto Georges Henri Foz

 

Vale dizer que os vinhedos são mais bonitos durante o verão, mas nessa época o calor castiga os amantes de um bom tinto e ainda mais de um Malbec. Podendo escolher, opte pelo inverno, que se estende até setembro e apresenta um visual interessante com maior cobertura de neve.

Outra parada obrigatória é na premiada Pulenta, conhecida pelo seu Cabernet Franc, variedade de uva que está em alta nos cardápios do mundo todo. Não muito longe, vale ainda passar umas horas na Bressia – bodega detentora de alguns rótulos de alta qualidade, como o Profundo e o premiadíssimo Conjuro – blend de Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot.

Também acho muito agradável parar em um lugar apenas por curiosidade. Foi assim que conheci um restaurante de fachada discreta, com uma placa que dizia “Bermelón, Cocina de Mercado e Casa de Vinos”. Ao entrar, é necessário passar por uma sala de estar e por uma pequena venda de vinhos, e assim se chega a um jardim que parece um verdadeiro oásis, com um bar, uma parrilla e poucas mesas espalhadas no bonito gramado (foto). Ali, degustando ossos com tutano e cortes simples de carne acompanhados de um vinho despretensioso, tive um dos melhores momentos da viagem.

De volta a Mendoza, não faltam opções para jantar. Destaque para o Los Toneles (uma vinícola desativada), a 10 minutos de carro do centro, mas que vale pelo cenário, pela comida e pela lojinha onde se pode comprar azeites de muita qualidade. Reparem que não mencionei visitas a instituições mais conhecidas, como Catena Zapata, Chandon, Escorihuela Gascón, pois acredito que Mendoza merece mais calma. O importante é que beleza natural e bom vinho não faltam na região! Hasta luego!

Uma cavista e dois chefs brasileiros conquistam Paris mesmo sem Olimpíada

Uma cavista e dois chefs brasileiros conquistam Paris mesmo sem Olimpíada

Assim como Alessandra Montagne, outros dois chefs e uma especialista em vinhos – todos Made in Brazil – vêm ganhando destaque na agitada cena gastronômica de Paris

Antes mesmo das Olimpíadas começarem em Paris, três brasileiros já haviam conquistado “medalhas” na capital francesa. Na modalidade restaurantes, os “atletas” premiados foram o carioca Raphael Rego e o gaúcho Lucas Baur de Campos; na raia dos vinhos, o destaque ficou com a capixaba Marina Giuberti.

Raphael é quem comanda o Oka, o único restaurante de cozinha brasileira no exterior a ostentar uma estrela do Guia Michelin. Vivendo no exterior desde os 17 anos, ele trabalhou em cozinhas da Austrália e da França (inclusive a do prestigioso L’Atelier de Joël Robuchon) até, em 2014, abrir seu próprio restaurante no 5° arrondissement de Paris, a primeira e despretensiosa encarnação do Oka. Rapidamente, a casa chamou a atenção de gourmands e críticos até que, em 2019, o conceituado guia lhe concedeu uma estrela.

 

O carioca Raphael Rego, chef do estrelado Oka – foto Joann Pai

 

Em janeiro deste ano, o Oka se mudou para uma área mais elegante da cidade, próxima ao Arco do Triunfo. Em anexo, funciona o Fogo, um restaurante mais informal de Raphael, com receitas preparadas na brasa. No salão do Oka, com apenas 14 assentos, são servidos menus fechados com cinco (€ 195) ou nove tempos (€ 245). As receitas que compõem essas sequências têm sagazes toques brasileiros. Abrindo os trabalhos, vem à mesa uma delicada tartelette de feijoada; em seguida, um canapé de caviar que tem como base um mil-folhas de mandioca; depois, vem uma lagosta servida com um delicioso caramelo de cachaça. A experiência vale cada centavo!

“O Oka é uma vitrine para muitos ingredientes e produtos brasileiros na França. Apresentá-los em alto nível ajuda o cliente a entender seu potencial gastronômico”, avalia Rapha, que tem boa parte dos legumes e verduras que usa (como chuchus, quiabos e pimentas biquinho) oriundos de uma horta orgânica que ele mesmo ajudou a implantar nos arredores de Paris.

Frango campeão

No Brutos, o ambiente é mais descontraído e relax. Enquanto Lucas pilota o fogão, sua esposa — a simpática Ninon — cuida do salão. Aberto em 2017, o restaurante fica no descolado 11° arrondissement, em uma rua exclusiva para pedestres. Nos últimos dois anos, a casa figurou no ranking dos 50 melhores restaurantes de Paris, elaborado pela revista “Time Out”.
A instalação da parrilla, que é o centro de quase todos os processos na cozinha, precisou de uma licença especial para ser colocada em um edifício do século 18. É lá que é feito o já famoso frango assado de Lucas, uma tradição dominical e uma verdadeira obsessão dos parisienses. Assado lentamente na brasa, ele é servido com molho supreme e batatas fritas bem crocantes. Para garantir o seu, é preciso reservar ou chegar cedo!

 

O gaúcho Lucas Baur, chef do restaurante Brutos – foto Reprodução Instagram

 

Da parrilla também saem legumes da estação, frutos do mar e peixes, assim como carnes maturadas por 30 a 40 dias sob a supervisão do chef. “Em 2025, se tudo der certo, vamos inaugurar mais um restaurante em Paris, na Rive Gauche. Mas não vai ser uma réplica do Brutos, vai ter uma pegada mais fine dining”, avisa Lucas.

Vizinho ao Brutos, Lucas e Ninon abriram em 2021 o Principal, um bar com boas comidinhas e deliciosos drinques, como o perfumado Bendito, à base de saquê e pisco infusionado em Palo Santo. “O Principal é despojado, mas tem bebidas e petiscos de qualidade, um bar como sempre procurávamos sem sucesso em Paris”, explica Ninon. Os bolinhos de bacalhau e os croquetes de carne com ketchup de goiaba estão entre os hits do cardápio.

A taça é dela

À frente da Divvino desde 2013, Marina Giuberti é a primeira brasileira a receber o Brevet Professionnel de l’Etat de Sommelerie, um certificado que atesta seu profundo conhecimento e experiência em vinicultura francesa. Ela foi também incluída na lista das 100 melhores cavistas da França pela revista “Le Point”. Cavista é o nome que se dá a quem comanda uma loja de vinhos, e a Divvino é referência em Paris quando se fala em champagnes raros, vinhos premium, artesanais e orgânicos. Com mais de 1.200 rótulos, a Divvino tem dois endereços na capital francesa: uma no vibrante e já citado 11° arrondissement e outra no charmoso Marais.

 

A capixaba Marina Giuberti, cavista da Divvino – foto Jackie Campos

 

A unidade do Marais tem no subsolo uma sala para degustações montada em um espaço que data do século 16, com paredes de pedra e protegido pelo patrimônio histórico. As experiências (com preços que vão de € 40 a € 490) são conduzidas pela própria Marina, que apresenta vinhos de diferentes regiões francesas, acompanhados de queijos, tapas e até canapés de caviar.

Antes de realizar o sonho de ter a própria loja de vinhos, Marina estudou no Piemonte, na Itália, onde formou-se como mestre em Food & Wine, e trabalhou em restaurantes estrelados da Itália e da França.
E, mesmo vivendo na bolha do vinho, um universo muito masculino e conservador, Marina diz que nunca sofreu preconceito ou descriminação. “O fato de eu ser mulher e brasileira não me ajudou e nem atrapalhou. Sou respeitada como profissional porque as pessoas sabem da minha capacidade, conhecem a minha formação e o meu trabalho. Dou aulas de vinhos em duas faculdades. Isso é muito valorizado aqui”, avalia Marina.

Divvino
16 Rue Elzevir, Marais, Paris 3.
Tel. +33 98374-2504.
163 Boulevard Voltaire, Bastilha, Paris 11.
Tel. +33 7 6150-4845.

Oka
8 Rue Meissonier, Plaine-Monceau, Paris 17.
Tel. +33 1 5679-8188.

Brutos
5 Rue du Général Renault, Saint Ambroise, Paris 11.
Tel. +33 1 4806-9897.

Descubra uvas e vinhos ainda pouco conhecidos por brasileiros no geral

Descubra uvas e vinhos ainda pouco conhecidos por brasileiros no geral

Uvas pouco conhecidas apresentam novos aromas e sabores. Explore essas variedades nada óbvias e se surpreenda

Parece incrível, mas consta que no mundo existam cerca de 5 mil tipos de uvas próprias para a produção de vinhos – as chamadas vitis-viníferas. Muitos acreditam que algumas sejam as mesmas com nomes diferentes, afinal há uvas com cerca de 15 denominações distintas dependendo do país e da região de origem.

De qualquer forma, o livro “Wine Grapes”, de Jancis Robinson, Julia Harding e Jose Vouillamoz, catalogou 1.368 uvas e, atualmente, está em revisão e parece que mais 600 serão incorporadas à nova edição!

 

foto Shutterstock

 

Precisamos aumentar o nosso repertório gustativo em relação aos vinhos. Ficarmos restritos apenas às tintas Cabernet Sauvignon, Malbec, Carménère, Merlot, Pinot Noir, ou às brancas Chardonnay, Sauvignon Blanc e Moscatel, limita outras tantas experiências enogastronômicas e cheias de sabor que podemos vivenciar.

Sugiro, a seguir, uvas e vinhos ainda pouco conhecidos por brasileiros no geral. Aproveite!

Brancas

Nascetta: Uva do Piemonte, região da Itália, com densidade e acidez marcantes. O produtor é o Elvio Cogno e é possível encontrar seu vinho na importadora Ravin.

Müller-Thurgau: Stefan Vetter Müller-Thurgau Steinterrrassen, alemão da casta Müller-Thurgau – vinho natural com nariz floral e cítrico e boca muito fresca. Uma preciosidade que é trazida para o Brasil pela Natural Vinci, que é a divisão de vinhos naturais da importadora Vinci Vinhos.

Encruzado: Uva deliciosa da região do Dão, em Portugal, seu vinho oferece cremosidade e aromas florais e de frutas brancas de caroço, evolui maravilhosamente bem com o tempo, crescendo seu leque de aromas e sabores. Experimente o Quinta da Falorca Encruzado, disponível no site da importadora World Wine.

Tintas

Gamay: Uva do sul da Borgonha, no Beaujolais, tinta leve e fresca com nariz que lembra morangos maduros, pura sedução de frescor e delicadeza. Prove o La Part du Colibri Gamay do Domaine Vincent Caillé, à venda na Delacroix Vinhos.

Caberlot: Intrigante uva de um cruzamento genético espontâneo entre Cabernet Sauvignon e Merlot, que aconteceu naturalmente em um pequeno vinhedo da Toscana no produtor Il Carnasciale. Uma experiência única de estrutura e elegância que mistura cerejas, ameixa preta, alta acidez e corpo equilibrado. É possível encontrar esse tesouro na Importadora Mistral.

Garnacha Peluda: Uva rara da região da Catalunha, recuperada pelo produtor Joan Arrufi, com frutas negras e alcaçuz, resultando em um vinho muito sedutor, redondo, equilibrado com taninos macios. Falo do Altavins Almodí D.O. Terra Alta, disponível na Premium Wines.

Inverno 2024 na Serra da Mantiqueira começa cheio de novidades em passeios, hotelaria e gastronomia!

Inverno 2024 na Serra da Mantiqueira começa cheio de novidades em passeios, hotelaria e gastronomia!

Entre as diversas novas atrações desta temporada de inverno, vale destacar a abertura do Parque Bambuí, o hotel Botanique recuperando a proposta e os padrões da época de sua inauguração e o enoturismo na Vinícola Ferreira, agora com rótulos premiados na Europa

Todo ano é a mesma coisa: o inverno chega e, em um movimento inverso, os paulistanos sobem a serra. Começa este mês a temporada 2024 nas cidades que compõem a Serra da Mantiqueira, que sempre preparam novidades para os visitantes da vez. Entre elas, destaque para um novo parque, uma vinícola premiada que se abre para o público e um hotel fabuloso que acaba de ganhar novo fôlego.

Depois de uma mal-sucedida parceria com o grupo Six Senses, o Botanique está sob nova direção, resgatando a coerência e a excelência que marcaram os primeiros anos do empreendimento, inaugurado há pouco mais e uma década. Com apenas sete apartamentos e 13 lindas vilas privativas espalhadas pela exuberante vegetação, o hotel oferece uma experiência de luxo única, baseada no bem-estar, na conexão com a natureza e em uma gastronomia inspirada pelas tradições locais – tudo em elegantes ambientes decorados sem excessos e sem emular chalés alpinos.

 

A fachada do Hotel Botanique Experience – foto divulgação

 

O restaurante Mina agora é comandado pelo chef Cristóvão Duque, que aprimorou seu talento na École de Cuisine Alain Ducasse e trabalhou em uma cozinha estrelada na Borgonha. Não deixe de provar seu wellington de mignon suíno servido com pêssegos assados e seu magret de pato acompanhado de purê de maçã.

O spa ganhou um deck com vista para as montanhas e novos tratamentos, como a massagem inspirada em movimentos de cura indígenas. Outra boa novidade é o bar que agora ocupa o lugar onde funcionava o cinema. O local é perfeito para tomar um drinque observando as estrelas do céu e para curtir os shows de jazz que animam as noites de sábado.

 

Salão do restaurante Mina, no Botanique – foto divulgação

 

Rebatizado como Hotel Botanique Experience, essa referência da hospitalidade nacional fica dentro de uma reserva de Mata Atlântica de Altitude com 1,2 milhão de metros quadrados, a 20 km do centrinho de Campos do Jordão e a apenas 8 km de Santo Antônio do Pinhal. As diárias variam de R$ 2.500 a R$ 6.000, mas a “entrega” justifica cada centavo desembolsado.

Ali perto, também na entrada de Campos para quem vem de São Paulo, foi inaugurado no final do ano passado o Parque Bambuí, um complexo de lazer que fica próximo do Hotel Toriba – e pertence aos mesmos donos. São 336 mil metros quadrados de área verde, com três lagos, uma Maria-Fumaça de 1920 ainda em operação, várias obras de arte espalhadas pelo bosque, um bar da cervejaria artesanal e um restaurante. O bar é tocado pelo pessoal da Gård (fazenda, em dinamarquês), que serve ali quatro de suas brejas – a bohemian pilsner, a wheat, a IPA e a escura Tmavé. Para beliscar, as melhores opções são o choripán e a currywurst.

 

Vista do lago do Parque Bambuí – foto divulgação

 

Já o restaurante Casa Bambuí é comandado por Anouk Migotto, conhecida por seu trabalho à frente do Donna Pinha, de Santo Antônio do Pinhal. Com um menu inspirado nos sabores da Mantiqueira e ingredientes locais, ela aposta em receitas como o Faux Gras (versão vegana do foie gras, feita com cogumelos, pinhões e lentilhas) e o cordeiro com aligot. Na hora da sobremesa, não deixe de provar o souflée de frutas vermelhas.

Entre as obras de arte do parque está a impactante escultura “Voo dos Pássaros”, criada pelo artista visual Eduardo Srur com mais de mil gaiolas apreendidas pela Polícia Federal em operações contra o tráfico de animais silvestres.

 

A escultura do artista plástico Eduardo Srur instalada no Parque Bambuí – foto divulgação

 

Mais distante, ali para os lados da Pedra do Baú e do projeto EntreVilas, já no município de Piranguçu (no estado de Minas Gerais), funciona a Vinícola Ferreira. O caminho até lá não é para qualquer carro, mas o que se vê ao chegar é algo impressionante: dezenas de hectares com vinhedos cobertos (para proteger as videiras das chuvas) e uma imponente construção onde as uvas são vinificadas, engarrafadas e armazenadas até o ponto ideal.

Recentemente, o Piquant Soléil, elaborado unicamente com uvas syrah, faturou em 2023 uma medalha de ouro na competição organizada pela revista britânica “Decanter”. Cada garrafa deste rótulo custa R$ 450. Outro rótulo cobiçado da vinícola é o São Bernardo, feito com um blend de uvas cabernet sauvignon, cabernet franc, marsellan, petit verdot e syrah. Com preço na faixa dos R$ 300 e ele ganhou em 2022 uma medalha de prata na PWC (Paris Wine Cup). O rosé Lavande de Montagne e o branco Fumé Blanche também surpreendem pelo equilíbrio e pela complexidade aromática. São, sem dúvida, os melhores vinhos produzidos nessa porção da Mantiqueira.

 

Os vinhedos da vinícola Ferreira – foto divulgação

 

Para degustá-los de maneira apropriada, a vinícola abriga o restaurante Mesa de Pedra, com cozinha comandada pelo jovem e promissor chef Gabriel Oliveira e com a simpática sommelière Tábata no salão, solucionando dúvidas e indicando as melhores opções aos clientes. Vale muito a pena provar o rigatoni em ragu de linguiça e a sensacional truta empanada no fubá, servida com arroz negro cremoso e farofa de pinhão.

Hotel Botanique Experience
Rua Elídio Gonçalves da Silva, 4.000, Campos do Jordão (SP).
Tel. 12 3662-5800.

Vinícola Ferreira
Rodovia MG383, km 2, Piranguçu (MG).
Tel. 11 95027-3808.

Parque Bambuí
Rua Fausi Rachid, 871, Campos do Jordão (SP).
Tel. 12 99632-8449.
Ingressos a R$ 40.

Vinhos provenientes de uvas orgânicas e sem adição de químicos conquistam reconhecimento mundo afora

Vinhos provenientes de uvas orgânicas e sem adição de químicos conquistam reconhecimento mundo afora

Temos diversas e excelentes opções de vinhos naturais no mercado. Fiz uma lista com alguns que provei recentemente e recomendo, em diferentes importadoras.

Parecia um modismo passageiro, mas se tornou tendência e, hoje, está definitivamente estabelecido. Qualquer restaurante ou loja de vinhos disponibilizam uma seleção de vinhos naturais. E isso já acontece no Brasil e no eixo Rio-São Paulo, além de ser um fato mundial.

Estive em Paris em fevereiro passado para acompanhar a Raw Wine Fair 2024 da Isabelle Legeron, a Master of Wine, que levantou a bandeira dos vinhos naturais. Por lá, fiquei impressionado com a presença desses produtos na cidade. Até as conhecidas lojas Nicolas – que apresentam rótulos para diferentes gostos a preços razoáveis – destacam em suas vitrines os vinhos naturais.

 

foto Pexels

 

É importante lembrar ao leitor que esses rótulos devem ser produzidos com uvas no mínimo orgânicas – é ideal que sejam biodinâmicas e sem nenhuma intervenção ou acréscimo de químicos em seu processo de fermentação, que deve acontecer naturalmente com suas próprias leveduras. Nem mesmo ao engarrafar esses vinhos deve-se acrescentar dióxido de enxofre, uma vez que a própria fermentação produz um pequeno porcentual de anidrido sulfuroso, que é suficiente para conservá-lo.

Natural Vinci (www.vinci.com.br)

• Solo Rosso B, italiano de Maurizio Ferraro Barbera 100% – R$ 331,09

• Tot Blanc Blend, espanhol da Celler Tuets das castas Chenin Blanc, Garnacha Blanca e Moscatel de Alexandria – R$ 253,70

• Müller-Thurgau Steinterrassen, alemão de Stefan Vetter – R$ 386,33

• Stella Crinita Amici Miei, argentino da Joanna Foster, Malbec e Syrah – R$ 314,51

De la Croix (www.delacroixvinhos.com.br)

• Alice Chante do Domaine Rimbert do Languedoc, 100% Alicante Bouschet – R$ 139

• Bombisch do alsaciano Domaine Binner, 100% Riesling – R$ 215

• Gamayoptère do Domaine Antoine Lienhardt da Bourgogne, 100% Gamay – R$ 235

• L’Emouvante um 100% Syrah do Domaine Gramenon das Côtes du Rhône – R$ 408

Mistral (www.mistral.com.br)

• San Leonardo da Tenuta San Leonardo no Trentino italiano Cabernet Sauvignon, Carménère e Merlot – R$ 1.049,64

• Alsace Complantation de Marcel Deiss, vinhedos com mais de 12 castas misturadas – R$ 320,03