Está cada vez mais desafiador encontrar bons vinhos a menos de R$ 100 em mercados e empórios, mas há achados valiosos em algumas importadoras
Há 15 anos, eu costumava indicar a amigos e a leitores vinhos “abaixo de 50 paus”, que faziam o maior sucesso. Claro, quem é que pode consumir regularmente os vinhos que vemos na imprensa segmentada, com valores elevados? Eu, ao menos, não posso. Lamentavelmente, não apenas o Brasil sofreu uma enorme inflação de alimentos e bebidas de lá para cá, como o mundo também – o que tornou esse hábito ainda mais difícil.
foto iStockphoto
Para se ter uma ideia, há cerca de cinco anos, vinhos que na Europa custavam 3 ou 5 euros, hoje estão na faixa de 10 euros. Assim, os “50 paus” daquela época custam R$ 200 facilmente hoje em dia. Mas com paciência e curadoria, sempre dá para encontrar boas opções até R$ 100 em sites de importadoras, além de rótulos nacionais surpreendentes, como na lista abaixo. Saúde e aproveite!
Chile
Trofeo Sauvignon Blanc a R$ 89 na Vinci Vinhos
Trofeo Carmenère a R$ 87,90 na Vinci Vinhos
Trofeo Cabernet Sauvignon a R$ 87,19 na Vinci Vinhos
Trofeo Sauvignon Blanc, do Chile – foto divulgação
África do Sul
Robertson Chenin Blanc a R$ 93,46
Robertson Chenin Blanc, da África do Sul – foto divulgação
Argentina
La Consulta (Chardonnay, o Cabernet Sauvignon e o Malbec) a R$ 78 na Prem1umWines
La Consulta Malbec, da Argentina – foto divulgação
Portugal
Tejo Padre Pedro Tinto a R$ 69 na Via Vini
Opta Dão Rosé a R$ 86 na Via Vini
Opta Dão Tinto a R$ 86 na Via Vini
Opta Dão Rosé, de Portugal – foto divulgação
Brasil
Aurora Pinto Bandeira a R$ 95
Aurora Varietal Pinot Noir a R$ 42
Espumante Salton Brut Rosé a R$ 65
Salton Paradoxo Cabernet/Merlot a R$ 65
Salton Campanha Tannat por R$ 100
Salton Campanha Tannat, do Brasil – foto divulgação
O Alentejo é destino para quem busca por um enoturismo autêntico com rótulos familiares e variados, acompanhados de atrações históricas e paisagens bucólicas
Portugal tem “apenas” 92 mil quilômetros quadrados, o que significa que seu território caberia 90 vezes dentro do Brasil. Mas seus rios, mares, vinhas, estradas, construções históricas e deliciosos pratos revelam uma interessante diversidade que transcende generalizações e expectativas. Entre as descobertas está o Alentejo, ao sudeste do país – uma região vibrante conhecida pela produção de vinhos e pela gastronomia que preserva a autenticidade nacional.
No centro do Alentejo se situa Évora, a duas horas de carro de Lisboa. Apesar de ser a principal cidade do centro-sul português, o lugar respira ares medievais e reúne muitas atrações históricas, e garante opções mais diversificadas de hospedagem. A área central do município – cercada por uma muralha – é Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco e conta com museus, jardins, restaurantes e lojinhas.
Vinícola Fita Preta – foto divulgação
Por ali, está a Capela dos Ossos, construída no século 17, com paredes e pilares revestidos de milhares de ossos e crânios humanos que, à primeira vista, podem causar estranheza, mas materializam a mensagem franciscana muito em voga à época sobre a transitoriedade da vida. A visita sai pelo valor de 6 euros por pessoa.
Nas proximidades, destaque para o Jardim Público de Évora, que convida para um agradável passeio entre vegetação, majestosos pavões e mais monumentos, como os restos da Muralha Medieval, do século 14, o Palácio de D. Manuel, do século 16, e as Ruínas Fingidas, do século 19 – que possuem esse bem humorado nome por não serem originais do local. Ao adentrar as ruelas centrais, avista-se ainda a majestosa Catedral de Évora, de estilo neogótico, e o Templo Romano – construído incrivelmente na primeira metade do século 1, que evidencia a expansão do Império no período e a enorme riqueza histórica e cultural do Alentejo.
Palácio do D. Manuel, em Évora – foto iStockphoto
Os solos da região parecem mesmo absorver não apenas as influências do clima e da fauna e flora, mas também toda a história que atravessou essas terras. Representativa de como o passado e o presente se misturam, a técnica de fermentar o vinho em talhas de barro existe até hoje em vinícolas e nas casas de algumas famílias locais – que fazem vinhos sem intervenção e perpetuam a tradição de séculos distantes.
E, ao passar do tempo e diante da enorme produção vínica – são mais de 40 tipos de uvas plantadas na região –, em 1988 regulamentaram-se as primeiras denominações de origem alentejanas e foi criada a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), que garante a certificação aos vinhos. Em Évora, a sede da comissão é também um importante ponto de informações aos viajantes.
Para experimentar alguns desses rótulos na cidade, o discreto restaurante Lombardo enfatiza uma cozinha moderna e descontraída ao mesmo tempo que valoriza ingredientes regionais. Os jovens chefs João Miguel Lombardo e Carolina Bravo surpreendem com pratos como Vieiras com Crumble de Legumes e puré de batata doce e o Tornedó de Vitela, que acompanham muito bem taças da vinícola Bojador – como de seu espumante, que é fresco, mineral e ainda assim marcante.
Restaurante Lombardo – foto divulgação
No centrinho de Évora há também a Enoteca Cartuxa, que conta com um ambiente informal de uma taberna com ares contemporâneos. No lugar, é possível encontrar rótulos do vinho Pera Manca – encorpado e complexo, com aromas de passas, frutas escuras e toque de madeiras nobres, que é um ícone local.
Vinhedos na paisagem
É indispensável programar passeios por vinícolas no Alentejo, onde se agendam degustações ou refeições para harmonizar com os rótulos, passeando entre os diferentes estilos de uvas que variam de norte a sul. Évora está mais ao centro do Alentejo e, a 40 minutos de carro ao norte, chega-se a Entremoz. Conhecida por suas casas brancas e principalmente pelas jazidas de mármore branco, a cidade tem como um verdadeiro ponto turístico a primeira vinícola de João Portugal Ramos que, antes de fazer seus próprios vinhos, foi enólogo nas principais regiões vitivinícolas de Portugal.
Vinhos de talha da Carturxa – foto divulgação
Projetada respeitando as linhas da arquitetura tradicional alentejana, a Adega Vila Santa, construída em 1997 e posteriormente aumentada em 2000 e em 2017, é hoje a sede do Grupo João Portugal Ramos e produz 4 milhões de garrafas ao ano. Por ali, os visitantes podem reservar visitas a adega e caves, além de almoçar no agradável restaurante local, que mais se assemelha à sala de uma acolhedora e espaçosa casa familiar.
Pelo valor de 65 euros por pessoa, degusta-se entrada, prato principal e sobremesa, que são harmonizados com os vinhos. No menu, destaque para os lombinhos de porco preto – muito consumidos na região – acompanhados com feijão à moda da adega e salada. As reservas devem ser feitas pelo site www.jportugalramos.com
Outro nome respeitado e consolidado na história dos vinhos alentejanos é António Maçanita. No alto Alentejo, a 10 km de Évora, a Herdade Fita Preta materializa o espírito explorador do fundador. Em uma área de 100 hectares e com uma construção do século 14 – uma das edificações mais antigas da região –, a adega funde modernidade e tradição, em um projeto que propõe um diálogo entre um palácio medieval e a arquitetura contemporânea. Apenas a visita ao local já vale a viagem!
Restaurante na capela da propriedade de Antonio Maçanita – foto divulgação
Mas é irresistível conhecer esse lugar histórico e provar seus vinhos. Lá, são oferecidos diferentes tipos de experiências, em que enólogos apresentam a história da marca, os processos de vinificação e o valor histórico e patrimonial do local – acompanhados de snacks, queijos e prova de ao menos três vinhos. Os valores começam em 30 euros por pessoa e as reservas podem ser realizadas no site www.antoniomacanita.com.
Neste ano, a Fita Preta deve abrir ao público um restaurante dentro da antiga capela de sua construção histórica, que reservará jantares únicos com um menu degustação que fará uma releitura dos ingredientes do Alentejo com apresentação em nível de alta gastronomia internacional.
Modernidade na medida
No equilíbrio de respeitar o passado com a sabedoria de incorporar tecnologias necessárias, a recente Mainova produz apenas 140 mil garrafas por ano e apresenta 14 diferentes rótulos, em seus 15 anos de história. O lugar conta com maquinário novo e decoração contemporânea que reflete a personalidade da fundadora, Bárbara Monteiro – a filha mais nova de três irmãs, por isso o nome divertido de sua marca.
Jantar harmonizado na Mainova – foto divulgação
As primeiras referências da produção incluem seis variedades de vinho (tinto, branco e rosé) com três diferentes assinaturas – Mainova, Moinante e Milmat – e dois tipos de azeite extra-virgem – Clássico e Early Harvest. Em comum todos têm uma abordagem sustentável, com regimes de produção biológica e integrada, o que, no caso dos vinhos, resulta em pouca intervenção, baixos sulfurosos e maioritariamente veganos. E as garrafas são majoritariamente de vidro reciclado.
Entre as experiências oferecidas no local, vale apostar no piquenique à sombra de oliveiras com idades entre 600 e incríveis 2.400 anos. Há ainda opções de visita à adega com degustação de vinhos e azeites, com valores que começam em 40 euros por pessoa. Destaque também para a possibilidade de almoço ou jantar com assinatura do chef João Narigueta do restaurante Híbrido, de Évora, com a harmonização de ao menos cinco vinhos, pelo valor de 135 euros por pessoa. Os agendamentos devem ser feitos no site www.mainova.pt/
Já a Reynolds, no Monte da Figueira de Cima, é muito mais antiga, mas também segue atenta às tendências da produção sustentável de vinhos. De origem britânica e espanhola, a família Reynolds faz vinhos de qualidade no Alentejo desde 1850 e as principais variedades plantadas são as tradicionais da região: Trincadeira, Aragonez e Alicante Bouschet – essa última introduzida em Portugal pela própria família há mais de um século e meio. No local, cada variedade de uva é colhida à mão em pequenas quantidades, depois fermenta nas cubas por decantação, sem pisar, em um processo totalmente manual.
Barris de carvalho da vinícola Reynolds – foto divulgação
O vinho Gloria Reynolds, em homenagem à matriarca, apenas é produzido em anos de colheita excelente, e é oferecido exclusivamente aos clientes por meio do Clube de Sócios Gloria Reynolds. As visitas à adega podem ser reservadas pelo email wine@gloriareynolds.com.
Essa garrafa e tantas outras materializam o Alentejo, com tradição, história, clima e cultura diversas em elegante harmonia.
Degustação na Fita Preta – foto divulgação
Influências na taça Os solos predominantes no Alentejo são de xisto, argila, mármore, granito e calcário. O sol forte e altas temperaturas no verão e frio seco no inverno possibilitam a produção de uvas excelentes, com uma combinação natural de maturidade e frescor.
Frutos alentejanos
Entre os vinhos brancos, a uva Antão Vaz é a maior aposta da região. Também se encontra com maior facilidade as castas nativas Arinto Fernão Pires e Roupeiro. Enquanto nas tintas, destacam-se Alicante Bouschet, Aragonês e Trincadeira.
Ponto de partida
É possível se hospedar em Évora e seguir para passeios em outras cidades na região em carros e vans. O Vila Galé Évora é uma alternativa e está a apenas 5 minutos do centro histórico do município, com diárias que começam em R$ 700.
Para comprar já
Manuel Chicau, fundador da importadora Adega Alentejana, destaca vinhos do Alentejo que estão disponíveis no Brasil:
• Redondo Single Block – R$ 76,09
• COM Premium – R$ 104
• Monte do Pintor – R$ 188
• Monte dos Cabaços – R$ 220
• Mouchão – R$ 700
• Azeite EA garrafa 500 ml – R$ 59
*A jornalista viajou a convite da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana
Vinhos frescos e leves seguem em alta nas prateleiras e são alternativas estratégicas para diferentes momentos, como festas e para acompanhar refeições
Existem muitos modismos e potenciais preferências no mundo do vinho, que mudam rapidamente e são difíceis de acompanhar. Mas, entre as tendências mais consolidadas para 2025, já é possível observar a prevalência de vinhos mais leves e frescos, além de tintos de castas como Gamay, Pais, Garnacha de pouca extração, Grignolino, Dolcetto de pouca extração e Alvarelhão. Também há destaque para vinhos tipo “Palhete” – feitos de uvas tintas e brancas vinificadas juntas, que resultam em bebidas com leveza que acompanham a refeição sem pesar e que a qualquer momento caem bem, especialmente mais refrescados.
Acredito ainda que a onda dos orgânicos, biodinâmicos e naturais se solidificará no Brasil, como já aconteceu na Europa e nos Estados Unidos, onde deixaram de ser moda para serem tendência e se estabeleceram como premissa de consumo sustentável, especialmente entre o público mais jovem.
foto Courtneyk / iStockphoto
E os vinhos com Álcool Zero devem ganhar seu espaço, principalmente como opção para aqueles com problemas em consumir bebidas alcoólicas e que gostariam de estar mais inseridos nos contextos sociais e festivos – além, claro, daqueles que são “escalados” para dirigir e podem ainda participar de forma menos constrangedora do que bebendo refrigerante. Inclusive, já existem boas opções dessa categoria, como rótulos da Freixenet, Salton e Aurora – com ênfase para os espumantes, que são mais parecidos com os originais.
Listo, abaixo, vinhos que incorporam bem as tendências deste ano:
Clemens Busch VDP. Grosse Lage Marienburg Fahrlay Riesling Auslese – Biodinâmico com 7,5% de álcool na Premium Wines
Molitor Ockfener Bockstein Riesling – Biodinâmico de 9% de álcool na Weinhaus Exzellenz
Stefan Vetter Müller Thurgau – Natural de 9,5% de álcool na Natural Vinci
Selbach-Oster Sonnenuhr Auslese – Com 8,5% de álcool na Mistral
Hochheimer Kirchenstück Riesling Spätlese Trocken – Com 9% de álcool na Mistral
Bernkasteler Badstube Riesling Kabinett – Com 8% de álcool na Mistral
Moscato d’Asti Moncalvina – 5% de álcool na Mistral
Saravá Loureiro – Natural do Minho com 10% de álcool na Cellar
Phaunus Palhete da Aphros Wine – Biodinâmico com 10% de álcool na Cellar
Aphros Ouranos de Alvarelhão – Biodinâmico com 10,5% de álcool na Cellar
Produtores brasileiros de vinhos diversificam terroir e uvas e surpreendem com novos rótulos, que já podem ser garimpados em empórios e na internet
O Brasil vive um momento especial no que se refere a vinhos. Novos produtores e muitos já conhecidos investem nos negócios e procuram autenticidade no que fazem. Seja no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, ou mesmo no Centro-Oeste, no Cerrado e até no interior de São Paulo – onde o conceito de colheita de inverno, ou dupla poda, permite levar a colheita para o período de inverno e seca –, as possibilidades se ampliam e incentivam empresários a terem um vinho para chamar de seu.
foto divulgação
Assim, temos observado o surgimento de rótulos no mercado nacional que merecem ser reconhecidos, sejam da colheita de inverno ou não. É preciso garimpar esses produtores, uma vez que apresentam distribuição mais tímidas. Relaciono boas garrafas que provei recentemente e recomendo:
Vinhos da Rua do Urtigão de Rubem Ernesto Kunz, produtor de Jaguara do Sul, perto de Porto Alegre, você o encontra pelo Instagram. Recomendo seus vinhos Chardonnay Vestal, Evah Gamay, A Flor da Pele (Pinot Noir com Alvarinho) e o Ruya de Nebbiolo. São espetaculares e vinificados com suas próprias leveduras.
Chardonnay Vestal, da Rua do Urtigão – foto divulgação
Já entre as opções do Estrelas do Brasil, produtor de vinhos e espumantes na Serra Gaúcha, destaco o Estrelas do Brasil Nature, o Estrelas do Brasil Extra Brut Trebbiano e o Estrelas do Brasil Brut Negro, produzido com Pinot Noir.
Estrelas do Brasil Nature – foto divulgação
Também o Arte da Vinha do Eduardo Zenker, do qual sugiro o Francamente Franc, um vinho de fermentação natural espetacular que mostra frescor, tipicidade da casta e austeridade. E do Vinhas do Tempo, produtor de Monte Belo do Sul, recomendo seu Vinhas do Tempo Chardonnay – cremoso, cítrico, espetacular.
Francamente Franc, de Arte da Vinha – foto divulgação
Há ainda a Uvva, vinícola da Chapada Diamantina, da qual destaco o Microlote Cabernet Sauvignon, que apresenta classe, personalidade, equilíbrio, toques de ervas, de alcaçuz, é muito bem-feito!
Microlote Cabernet Sauvignon, da Uvva – foto divulgação
Além da Vivalti, vinícola de Santa Catarina, da qual indico seu Alvarinho – super gostoso, cítrico refrescante, sedutor, com toques de pêssego. Um show de vinho!
Alvarinho, da Vivalti – foto divulgação
A Entre Vilas, em São Bento do Sapucaí, não usa dupla poda, pois optou por fazer cobertura em suas vinhas e faz a colheita normal. Por lá, recomendo o Grimpa Syrah. É beber a paisagem… vinho puro e sincero de fermentação espontânea. Na familiar Cantina Mincarone, nas proximidades de Porto Alegre, destacam-se o Teroldego e o Moscato Bianco.
Grimpa Syrah, de Entre Vilas – foto divulgação
Por fim, a Casa Possamai, da talentosa enóloga Patricia Possamai, na Serra Gaúcha, apresenta vinhos sinceros e bem executados. Recomendo o seu Insieme Barbera e o Sangue de Júpiter Sangiovese. Saúde!
A apenas 3 horas de voo de São Paulo, a cidade argentina de Mendoza é um destino que deve ser explorado aos poucos, preservando a tranquilidade e a calma que a beleza da Cordilheira impõe
Mendoza é um daqueles lugares que não devem ser visitados apenas uma vez e a minha sugestão é que a cada visita você passe de três a quatro noites, de preferência a contrafluxo, evitando a maior quantidade de turistas que costuma se concentrar aos finais de semana. A ideia é conhecer duas ou três bodegas por dia, o que pressupõe degustar vários rótulos e, após três dias nesse ritmo, é possível voltar para casa satisfeito.
A província abrange regiões produtoras distintas: Maipú, Valle de Uco e Luján de Cuyo. Você pode fazer as duas primeiras em um mesmo roteiro – que estão respectivamente a 30 km da capital –, mas deixe Luján de Cuyo, que se encontra em uma altitude superior (entre 1.000 e 1.200 metros), para uma única viagem, já que está a cerca de 80 km da cidade e o trajeto pode ser cansativo.
Saindo de Mendoza, esses três terroirs se encontram em direção ao Chile e, chegando na região de Luján de Cuyo, todas as rotas que saem da estrada principal em direção à Cordilheira dos Andes atravessam intermináveis plantações de uva, com um pano de fundo único. Adentrando essas vinhas, a imensidão coberta de neve aumenta, provocando um efeito hipnótico de tão imponente. Por lá, recomendo uma visita à Bodega Septima, que produz um dos melhores Malbec da região e que impressiona pela beleza da arquitetura de suas instalações. O lugar é de bom gosto e o rooftop oferece um verdadeiro camarote para as montanhas.
Mendoza – foto Georges Henri Foz
Vale dizer que os vinhedos são mais bonitos durante o verão, mas nessa época o calor castiga os amantes de um bom tinto e ainda mais de um Malbec. Podendo escolher, opte pelo inverno, que se estende até setembro e apresenta um visual interessante com maior cobertura de neve.
Outra parada obrigatória é na premiada Pulenta, conhecida pelo seu Cabernet Franc, variedade de uva que está em alta nos cardápios do mundo todo. Não muito longe, vale ainda passar umas horas na Bressia – bodega detentora de alguns rótulos de alta qualidade, como o Profundo e o premiadíssimo Conjuro – blend de Malbec, Cabernet Sauvignon e Merlot.
Também acho muito agradável parar em um lugar apenas por curiosidade. Foi assim que conheci um restaurante de fachada discreta, com uma placa que dizia “Bermelón, Cocina de Mercado e Casa de Vinos”. Ao entrar, é necessário passar por uma sala de estar e por uma pequena venda de vinhos, e assim se chega a um jardim que parece um verdadeiro oásis, com um bar, uma parrilla e poucas mesas espalhadas no bonito gramado (foto). Ali, degustando ossos com tutano e cortes simples de carne acompanhados de um vinho despretensioso, tive um dos melhores momentos da viagem.
De volta a Mendoza, não faltam opções para jantar. Destaque para o Los Toneles (uma vinícola desativada), a 10 minutos de carro do centro, mas que vale pelo cenário, pela comida e pela lojinha onde se pode comprar azeites de muita qualidade. Reparem que não mencionei visitas a instituições mais conhecidas, como Catena Zapata, Chandon, Escorihuela Gascón, pois acredito que Mendoza merece mais calma. O importante é que beleza natural e bom vinho não faltam na região! Hasta luego!
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