Há 50 anos, o Casas Brancas Boutique Hotel & Spa, aninhado sobre a Baía da Armação, é referência em Búzios. Para coroar suas cinco décadas de existência, apresenta novidades
No verão de 1964, um pequeno paraíso chamado Búzios ganhou projeção mundial após receber como hóspede a famosa modelo francesa Brigitte Bardot. Ao longo desses 60 anos, a pequena vila de pescadores manteve intocadas suas paisagens exuberantes, mas avançou muito em termos de infraestrutura, hospedagem e gastronomia.
Hoje, recebe visitantes do mundo todo e é um destino completo de viagem, com uma agenda cultural de eventos como Búzios Jazz Festival, Wine in Búzios e Degusta Búzios. E ganha ainda novos empreendimentos de alto padrão, como é o caso do bairro planejado Aretê Búzios; da multipropriedade de luxo Casa Búzios; e do Resid Club & Hotels – com abertura prevista para este ano –, que tem gastronomia comandada pelo chef Alex Atala.
Vista do 74 Osteria – foto divulgação
São muitas boas novas, mas é necessário destacar que o verdadeiro charme está naquilo que faz a gente se sentir em casa, acrescido de experiências marcantes. Há 50 anos, o Casas Brancas Boutique Hotel & Spa, aninhado sobre a Baía da Armação, oferece exatamente esse diferencial aos hóspedes. Eleito o melhor Boutique Hotel do país em 2023, pelo World Travel Awards, o refúgio também está com novidades que coroam suas cinco décadas de existência.
Com vista panorâmica para o mar, seu terraço abriga o 74 Restaurant, que foi recentemente renovado. Aberto diariamente para almoço e jantar e comandado pelo chef executivo Filipe dos Santos, tem cardápio contemporâneo inspirado nas culinárias brasileira e mediterrânea, e foco em ingredientes locais. Além das opções à la carte, oferece menu degustação em cinco ou sete etapas. Outra grande novidade é o 74 Osteria, localizado em frente à Orla Bardot. Em seu ambiente intimista, são servidas receitas italianas combinadas com ingredientes costeiros.
Drink Sunset – foto Thomás Rangel
Em ambos os restaurantes, os pratos podem ser harmonizados com uma seleção de vinhos ou drinques autorais elaborados pelo mixologista Luis Fernando Bueno, novato na equipe do hotel. A carta criada por ele enfatiza sabores nacionais como o do cupuaçu, caju e maracujá. Vale ressaltar que contempla ainda quem prefere não consumir álcool, com moqueteis sofisticados e deliciosos!
Para completar com chave de ouro o trio gastronômico, a chilena Jennifer Ortega assume a pâtisserie e traz criações equilibradas, visualmente deslumbrantes e inesquecíveis, destacando a sazonalidade das frutas e os sabores frescos. Não deixe de experimentar a Almofada de Chocolate – ganache de baunilha, bolo cremoso de brigadeiro, geleia de frutas vermelhas, crocante de chocolate e gelato de goiaba!
A icônica sobremesa Almofada de Chocolate – foto Vivian Monicci
Casas Brancas Boutique Hotel & Spa
Rua Alto do Humaitá, 10, Centro, Armação dos Búzios.
Tel. 21 2018-0382.
Diárias a partir de R$ 2.000.
O Lapinha Spa, pioneiro na medicina integrativa e no detox corporal e mental, dobra sua aposta no conforto, nas terapias diferenciadas e numa dieta saudável e saborosa. E em breve terá também acomodações especiais para longas estadias
Há pouco mais de 50 anos, o Lapinha Spa funciona como uma “bateria” onde as pessoas vão recarregar suas energias. Instalado em meio a um bosque de araucárias e uma floresta de mata nativa, no Paraná, esse santuário de bem-estar começou como uma pequena e austera estalagem em 1972 e, hoje, possui cerca de 40 apartamentos modernos (reformados durante a pausa forçada pela pandemia) e cheios de conforto – os pisos aquecidos são uma novidade que não esquenta apenas os pés, deixa também os corações mais quentinhos!
Vista aérea do Lapinha Spa – foto divulgação
Reconhecida como spa sustentável global pela World Spa & Wellness Awards, a Lapinha é quase autossuficiente em energia graças ao que é gerado em suas placas solares, tem água mineral extraída de uma fonte própria e todos seus efluentes são tratados antes de serem devolvidos à natureza de forma limpa. Do pomar e da horta orgânica sai boa parte dos legumes, frutas e verduras servidos nos almoços e jantares – agora com cardápios renovados e bem mais saborosos. Aliás, são essas refeições baseadas em receitas ovolactovegetarianas – ao lado das atividades físicas oferecidas desde o nascer do sol e a ausência de estimulantes como o café – que contribuem para a regulação do relógio biológico dos hóspedes, facilitando um detox mental e longas de noites de um sono tranquilo e restaurador.
Área de descanso do espaço – foto divulgação
Na Lapinha, o emagrecimento é um plus. Esse não é o foco principal do spa. As prioridades ali são a atenção à saúde de uma forma holística e integral, o condicionamento físico, o aumento do nível de energia e a redução de ansiedade e do estresse. O resto é consequência. O menu de massagens é extenso e cada hóspede encontra sem dificuldades uma terapia que sirva perfeitamente às suas necessidades.
E, para atender a pedidos de visitantes frequentes que buscam uma experiência ainda mais exclusiva e imersiva, Dieter e Margareth Brepohl, os donos da propriedade, devem iniciar já neste segundo semestre de 2024 a construção de healing cottages – chalés independentes para estadias mais prolongadas, com sala, quarto, um amplo banheiro e terraço aberto para um campo onde pastam vaquinhas felizes. Por fim, outra novidade que deve ser inaugurada em breve é a sauna na beira do lago. Existe coisa mais energizante e revigorante do que sair do calor e dar um tchibum na água gelada?
Sobremesa saudável – foto Kike Martins da Costa
Lapinha Spa
Estrada Lapa-Rio Negro, km 16, Lapa (PR).
Tel. 0800 643 1090.
Pacotes com 7 noites a partir de R$ 12.000.
Até o final do ano, o grupo OCanto oferece viagens imersivas com nomes da gastronomia, cultura, natureza, fotografia e bem-estar
Inspirado pela diversidade dos biomas brasileiros, OCanto tem como objetivo preservar e restaurar os territórios em que está presente e criar experiências de conexão em todo país, por meio do conforto, de serviços exclusivos e de hospedagens e restaurantes de alto padrão.
Até o final do ano, o grupo oferece 10 viagens imersivas com nomes da gastronomia, cultura, natureza, fotografia e bem-estar nos três estabelecimentos que fazem parte de seu portfólio: Pousada Literária, em Paraty, Pousada Trijunção, no Cerrado, e Pousada Tutabel, em Trancoso.
Pousada Trijunção, no Cerrado – foto divulgação
Os amantes de uma boa culinária podem descobrir sabores da Mata Atlântica e do Cerrado com a chef e ativista Bel Coelho e o chef Onildo Rocha. Já quem não dispensa um bom livro pode conversar sobre literatura com Carla Madeira, autora de “Tudo é Rio”, Socorro Acioli, autora de “Ela Tem os Olhos no Céu”, e Pedro Pacífico, criador do perfil Bookster.
Os quesitos bem-estar e desenvolvimento humano são liderados por Camila Espinosa, coach de saúde e especialista em alimentação consciente; Ana Raia, coach e idealizadora do videocast “Nua”; Raissa Rossi, bailarina, criadora do método Barre Class e professora da plataforma Queima Diária; e André Sanches, triatleta, do portal Garage Training. Para se inscrever, basta acessar www.ocantodobrasil.com.br/imersoes
Pousada Literária, em Paraty – foto divulgação
Imersões Pousada Literária
Gastronômica: de 22 a 25/08, a partir de R$ 7.252
Fotografia de Natureza: de 16 a 19/09, a partir de
R$ 5.803
Bem-estar: de 5 a 8/12, a partir de R$ 8.054
Imersões Pousada Trijunção
Astrofotografia de Paisagem: de 1 a 4/08, a partir de R$ 10.275
Gastronômica: de 31/10 a 3/11, a partir de R$ 10.387
Literária: de 12 a 15/12, a partir de R$ 10.052
Imersões Pousada Tutabel
Gastronômica: de 15 a 18/08, a partir de R$ 7.118
“Nua”: de 3 a 6/10, a partir de R$ 10.991
Corpo & Alma: de 21 a 24/11, a partir de R$ 9.222
Instalado em uma das melhores localizações da Cidade Maravilhosa, o Sheraton Grand Rio completa cinco décadas de atividades com fôlego renovado e tudo funcionando muito bem
Há 50 anos o Sheraton Grand Rio brilha como um ícone e uma referência na hotelaria carioca. Ele é o único hotel pé na areia da cidade, com uma praia praticamente privativa, entre o Leblon e São Conrado. O 50° aniversário é só no dia 27 de setembro, mas as comemorações estão rolando desde fevereiro. Entre elas, promoções-relâmpago, descontos especiais e, no começo da primavera, uma grande festa black tie celebrando as cinco décadas de sucesso.
Piscina externa do Sheraton Grand Rio – foto divulgação
De 1974 até os dias de hoje, o empreendimento do grupo Marriott atravessou crises, sediou eventos da conferência Eco-92, hospedou participantes da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016, abrigou popstars que se apresentaram nas várias edições do Rock in Rio e, agora, prepara-se para receber convidados da reunião de cúpula do G20.
Em 2014, o hotel passou por um grande facelift que consumiu US$ 50 milhões para renovar e modernizar suas instalações. O imponente prédio de quase 30 andares possui 538 apartamentos e suítes com varanda e vista para o mar. Ali funcionam cinco operações gastronômicas: o restaurante francês L’Etoile (com cardápio assinado pelo chef Jean-Paul Bondoux), o italiano Bene, a churrascaria Casarão, o Casa da Cachaça (especializado em tradicionais receitas brasileiras e caipirinhas) e o pool bar no 6° andar, onde ficam o main looby e a recepção. O acesso à praia e às piscinas fica no andar Zero, aproximadamente 20 metros abaixo do nível da Avenida Niemeyer. Além de uma praia para chamar de sua e das três piscinas (uma delas climatizada), os hóspedes têm a seu dispor quadras de tênis, spa, fitness center e área kids com recreadores.
Suíte do hotel – foto divulgação
A lista de hóspedes ilustres do Sheraton Grand Rio é extensa. Inclui políticos como George Bush (ex-presidente dos Estados Unidos), o rei Filipe da Bélgica, estrelas do cinema como Sophia Loren e artistas como Tony Bennett, Barry White, Ringo Starr e Rod Stewart.
Sheraton Grand Rio Hotel & Resort
Avenida Niemeyer, 121, Vidigal.
Tel. 21 2274-1122.
Diárias a partir de R$ 820.
Descanso em Niseko, agito dosado em Tóquio, espiritualidade em Quioto e Nara, e inovação em Osaka revelam uma viagem surpreendente e diversificada pelo Japão
Após longa ausência, a Famiglia Giramondo retorna para compartilhar dicas diversas sobre entretenimento, gastronomia e hospedagem, sempre em destinos cobiçados. Nesta edição, a nossa seleção foi o Japão. Programamos três semanas para esse destino encantador e diverso, que passa por mudanças perceptíveis nos últimos anos.
Vista do Monte Fuji – foto Daniel Hehn | Unsplash
Começamos a jornada pela majestosa Ilha de Hokkaido, ao norte do país. Pousamos no moderno aeroporto de New Chitose e rumamos para a vila de Niseko – a primeira parada. O período que selecionamos para a viagem foi a primavera, que talvez seja o mais agradável de todos. A paisagem evidencia a natureza, com montanhas e lagos que começam a degelar, e os rios ficam rodeados por árvores florescendo.
Niseko é conhecida como reduto dos amantes de esqui. A escolha por essa cidade se deu basicamente por uma maravilhosa e confortável hospedagem e por ser o apoio central para visitarmos as cidades de Otaru e Sapporo – também em Hokkaido.
A última visita dos Giramondo ao Japão foi há treze anos e a busca por Hokkaido foi especial, uma vez que a localização foge das grandes cidades e de atrativos lotados. O serviço, a gastronomia e a hotelaria com direito a um onsen inacreditável (hospedagem com circuito de águas termais) no Park Hyatt Niseko, já valeriam toda a viagem.
Canal de Otaru, cidade portuária em Hokkaido – foto Shutterstock
Poder se locomover facilmente para o Porto de Otaru foi um grande diferencial. Depois de uma hora de trem, chegamos à estação principal onde se encontra o Mercado de Peixes. Pequeno e charmoso, esse local transcende qualquer expectativa. Apresentações de king crab, uni (ovas de ouriço-do-mar), vieiras e ikura (ovas de salmão) alucinarão seus pensamentos. O lugar deveria ser tombado como patrimônio mundial da cultura gastronômica!
Otaru é uma cidade portuária que merece um dia inteiro de visitação. Restaurantes como o Otaru Masazushi são imperdíveis, com seus incríveis 85 anos de existência. Por ali, os chefs servem não apenas nigiri de peixe sazonal, mas também grelhados, petiscos e outros pratos do dia de acordo com os gostos e preferências dos clientes.
Mercado de Peixes em Sapporo – foto Shutterstock
No dia seguinte, é recomendado um descanso no delicioso spa e onsen do hotel, regado a chás maravilhosos e, para quem curte, um espetacular cigar club, com uma curadoria especial de charutos cubanos.
Com as energias restabelecidas, pegamos um táxi e fomos direto para Sapporo, também a uma hora de distância de Niseko. É um destino sonhado dos amantes de cerveja, saquê e uísque japoneses – por causa da qualidade da água cristalina da região. O lugar pode ser ainda uma opção de estadia para quem quiser um pouco mais de agito na ilha.
Iniciamos a exploração de Sapporo, como sempre, pelo Mercado de Peixes de Nijo Fish Market. Além das exposições de peixes e acessórios gastronômicos, esse mercado oferece restaurantes onde é possível provar o melhor uni do mundo. Digno de comer três bowls seguidos!
Domburi de Ikura e Uni, típico de Hokkaido – foto Natale Giramondo
Sapporo merece também uma visita pelo centro, com avenidas largas, shoppings e belíssimos parques, que compõem suas ruas. Nos arredores, está a Torre do Relógio, que foi instalado em 1881 e comprado da E. Howard Watch & Clock Company de Boston, com um mecanismo impulsionado por peso. É o relógio de rua mais antigo do Japão.
A medida certa do agito
O próximo destino é Tóquio, a uma hora e meia de voo de Hokkaido. Na capital, optamos pelo tradicional bairro de Shinjuku – o hub de mobilidade para todas as localidades da cidade e do Japão.
Vale dizer que a capital japonesa está repleta de turistas. Basicamente 50% de chineses e 50% do restante do mundo. Outro dado alarmante sobre o destino é que o número de turistas internacionais já está 27% acima do período pré-pandemia.
Um ótimo exemplo dessa “loucura” é o Mercado de Tsukiji – o maior comércio de peixe do mundo, transferido para Toyosu em 2018. A cena de centenas de pessoas se acotovelando para comerem o que é possível comprar ficou bastante comum por ali. O mais bizarro é que você pode encontrar tudo em diversos locais da cidade, sem esse estresse.
Torre de Tóquio, na capital japonesa – foto JNTO
Mas Tóquio se supera mesmo nas opções de restaurantes. Viciados em sobas (massa japonesa), tonkatsu (costeleta de porco empanada), unagui (enguia) e sushi se deliciam nessa megalópole. As ruas de Roppongi, Ginza, Harajuku e uma visitação à Torre de Tóquio fazem parte também desse roteiro de quatro dias. Perca-se pelas estações centrais e pelos parques!
Sugerimos uma visita ao Omoide Yokocho – também conhecido como Yakitori Alley. O local é um amontoado de izakayas e restaurantes, todos minúsculos, em um aperto charmoso de becos e ruas bem próximos à estação de Shinjuku – a maior da metrópole e a mais movimentada do mundo. Há ainda as ruínas da 2ª Guerra, na saída oeste da estação.
Outra atração noturna com direito a prédios de karaokês e restaurantes com ótimos sushis é a região de Kabukicho, vizinha a Shinjuku. O lugar é conhecido como o distrito da luz vermelha no Japão, em razão de sua iluminação neon e do agito de seus bares com música. Dirija-se à grande avenida Yasukuni Dori e você verá a enorme loja Don Quixote, que marca a rua principal de Kabukicho.
Rua de Omoide Yokocho, em Tóquio – foto Natale Giramondo
Ancestralidade e conexão
Plenamente satisfeitos com o que a capital tinha a nos oferecer, seguimos à última etapa de nossa viagem. A bordo de um trem bala (Shinkansen), chegamos a Quioto, agora nossa base para visitarmos Nara e Osaka.
Essa cidade foi capital do Japão entre o século 13 e 17, onde a família imperial residia e guarda parte significativa da história desse país mágico. Com menos de 2 milhões de habitantes, Quioto encanta com seus templos, bairros escondidos, rios surpreendentes e gueixas pelo centro histórico, tornando-se a localidade que revela o Japão antigo. Histórias milenares se misturam com a cultura contemporânea.
Passear pela floresta de bambus de Arashiyama (Patrimônio Munidial da Unesco) é mágico. Na região, é recomendado ainda visitar o templo Tenryu-ji – construído em 1339, que já foi um enorme complexo de templos formado por mais de 100 subtemplos. Hoje, restam apenas algumas estruturas e a principal razão para fazer o passeio é o jardim, um dos melhores exemplos de design tradicional japonês. Por ali, admirar as inúmeras quantidades de árvores e flores também valeria o destino.
Templo Kinkaku-ji, em Quioto – foto Shutterstock
Outra parada obrigatória é o templo de Sanjusangen-do com suas 1001 estátuas de guerreiros que guardam a estátua de Buda. E o templo dourado Kinkaku-ji, que parece flutuar sobre o lago. É possível observar o reflexo espelhado do Pavilhão Dourado na serena Lagoa Kyoko-chi e visitar os seus jardins exuberantes, cobertos de musgo, e a casa de chá no local.
Indicamos passeios ao Mercado de Nishiki, que apresenta uma variedade de alimentos frescos e em conserva, além de doces japoneses. Pode-se encontrar ainda excelentes utensílios de cozinha e elegantes artigos em cerâmica, especiarias e condimentos e artigos de papel. Restaurantes exclusivos de wagyu, unagui, grelhados de king crab são os destaques desse mercado.
Kakinoha sushi, sushi embrulhado em folhas de caqui, típico de Nara – foto Shutterstock
E Quioto está a apenas 50 minutos de trem para Nara, cidade maravilhosa que surpreende pelos parques e templos. Saindo da estação, rume para o templo de Todai-ji. Nesse caminho, cervos cercam os visitantes o tempo todo. São centenas de animais livres, passeando ao seu lado, lhe acariciando por apenas algumas bolachinhas!
Templo Todai-ji, em Nara – foto Natale Giramondo
A visitação ao templo Todai-ji impacta pela imponência da estátua gigante de Buda – a maior no interior de um templo no Japão. O Grande Buda tem 14,98 m de altura e até suas orelhas têm 2,54 m de comprimento. Deve-se ainda subir as escadas até o Salão Nigatsu-do e apreciar as vistas fantásticas da bacia de Nara. A cidade merece um dia inteiro e, obrigatoriamente, prove seu sushi típico, embrulhado em folhas de caqui.
Estátua do Grande Buda no interior do Templo Todai-ji, em Nara – foto Shutterstock
Para encerrarmos essa temporada no Japão, ainda com base em Quioto, fomos para Osaka, a um pouco menos de uma hora de trem. A segunda maior cidade do Japão sediará em novembro do ano que vem a Expo25. Ao longo de sua história, as Exposições Mundiais têm sido o evento global em que novas tecnologias e produtos são apresentados e popularizados, levando a avanços importantes. O tema desta edição é “Projetando a sociedade do futuro para nossas vidas”. O arquiteto Sou Fujimoto é o responsável pelo projeto, coordenando as diretrizes para os países participantes.
Osaka abriga uma série de arranha-ceús espetaculares e uma culinária especial. Não deixe de provar os típicos okonomiyaki (panquecas de repolho, carne e frutos-do-mar) e os takoyakis (bolinho assado de polvo), que são os melhores do Japão e representam muito bem a deliciosa gastronomia do país.
O Pavilhão do Brasil para a Expo Osaka 2025, autoria do Studio MK2 e Magnetoscópio, cujo projeto é liderado pelo arquiteto Marcio Kogan – foto divulgação
Pena que tudo que é bom sempre acaba cedo. Como em uma deliciosa mordida, a viagem termina, inspirando as próximas!
Recomendações essenciais
Dinheiro
Os cartões são utilizados em todos os estabelecimentos no país, mas é possível trocar dinheiro físico em qualquer aeroporto ou nas grandes estações. E o momento é vantajoso para a viagem, uma vez que o Iene desvalorizou cerca de 40% nos últimos anos.
Mobilidade
Vale muito a pena optar por voos internos para grandes distâncias (acima de 800km), pois ganha-se tempo. Também é importante garantir o passe de trem e metrô, que pode ser adquirido nas principais estações. Basta entrar em qualquer box de informações para turistas. Já os serviços de táxi são relativamente baratos e servem para distâncias curtas.
Comunicação
Para uma viagem 100% sem estresse, esteja com seu celular conectado no Google Tradutor e nas IAs. O japonês é seguramente o povo mais solícito do mundo, mas muitos não falam inglês.
Tips
No Japão, não se aceita gorjeta, é um hábito cultural enraizado em todos os serviços. Eles trabalham com muito orgulho e prazer e recusam as famosas “tips”.
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