Hotel Parador, na Serra Gaúcha, recebe hóspedes em casulos

Hotel Parador, na Serra Gaúcha, recebe hóspedes em casulos

Parador, em Cambará do Sul, inaugura sete acomodações perfeitas para os viajantes que, neste momento tão peculiar, buscam isolamento, mas não abrem mão do charme e do conforto.

Nesses tempos de pandemia, encontrar uma alternativa de hospedagem que possibilita um certo distanciamento social é exatamente o que buscam as pessoas que estão ansiosas para viajar, não é? Uma boa opção para esse pessoal é o Parador, em Cambará do Sul, na Serra Gaúcha, próximo aos magníficos cânions de Itaimbezinho e Fortaleza.

O hotel aposta em acomodações em formato de casulo, mesclando linhas contemporâneas com detalhes rústicos, valorizando elementos da região e a natureza do entorno em sua arquitetura. Exemplo disso é a luminária pendente feita com lã de ovelha.

Cada um dos sete casulos tem estrutura de madeira de reflorestamento tratada, 24 m2 de área útil, deck privativo com banheira de hidromassagem e uma lareira ecológica para contemplar a bela vista dos Campos de Cima da Serra. Têm ainda ar-condicionado, lençóis térmicos, banheiro completo e minibar. Os casulos foram batizados com nomes de abelhas nativas – como Mandaçaia, Jataí e Guaraipo –, que armazenam o mel em alvéolos de cera com formato similar ao dessas construções.

 

Acomodações em formato de casulo do hotel Parador, na Serra Gaúcha - Foto: Divulgação

Acomodações em formato de casulo do hotel Parador, na Serra Gaúcha – Foto: Divulgação

 

Os hóspedes do Parador – tanto quem se acomoda nos casulos como quem prefere ficar nos chalés, nos bangalôs, nas barracas de glamping (mistura de acampamento com glamour) ou ainda nas suítes convencionais – têm a seu dispor toda a estrutura do hotel, que inclui salão de jogos, spa com tratamentos e terapias desenvolvidos pela grife francesa L’Occitane, bar e o restaurante Alma RS, comandado pelo chef Rodrigo Bellora, que valoriza a gastronomia da região e os ingredientes mais frescos de cada estação. Às quartas e sábados, ele oferece um tradicional churrasco preparado no fogo de chão com cortes nobres. Aos domingos, serve um almoço campeiro com pratos típicos gaúchos.

Para tornar a estadia de seus hóspedes ainda mais incrível, o hotel disponibiliza uma série de experiências, perfeitas para quem quiser explorar as belezas naturais da região. É possível agendar caminhadas, passeios a cavalo, de quadriciclo ou de bicicleta, além de voos em balão de ar quente sobre os cânions. E que tal fazer um piquenique no campo ou conhecer uma cachoeira de águas cristalinas? Tudo isso é possível – assim como as vivências gastronômicas exclusivas, como a degustação e o workshop sobre a produção de queijos e a caçada aos cogumelos selvagens nas florestas da região dos Campos de Cima da Serra – acompanhada por especialistas no assunto.

As diárias nos casulos têm valores a partir de R$ 1.400, incluindo café da manhã, chá da tarde e mimos de boas-vindas no minibar.

 

Vista dos casulos - Foto: Divulgação

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Restaurante da Tia Nice leva a culinária orgânica à periferia paulistana

Restaurante da Tia Nice leva a culinária orgânica à periferia paulistana

À frente do restaurante Organicamente Rango, Cleunice Maria de Paula leva a culinária orgânica para a periferia de São Paulo.

A chef Cleunice Maria de Paula transborda simpatia. Não é à toa que, para os vizinhos da “quebrada”, é simplesmente Tia Nice. Figura maternal e potente, ela já foi empregada doméstica, manicure e hoje comanda o Organicamente Rango, primeiro restaurante 100% natural do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo. No cardápio, pratos tradicionais da culinária caseira ganham nova roupagem, com ingredientes saudáveis e uma montagem caprichada e sem frescuras.

 

Tia Nice - Foto: Léu Britto

Tia Nice – Foto: Léu Britto

 

Foi durante um curso de gastronomia vegetariana no Senac que Nice ouviu pela primeira vez o termo “desertos alimentares” (locais com difícil acesso a alimentos in natura), e descobriu que vivia em um deles. “Aqui na comunidade você não acha opção de comida saudável, não tem”, conta. Então, com a ajuda do filho e empreendedor, Thiago Vinícius – que foi vencedor neste ano do prêmio 50 Next como jovem que contribui para o mundo gastronômico –, decidiu colocar a mão na massa. Em 2019, abriu o próprio restaurante orgânico. O prêmio foi concedido pela prestigiada revista britânica “Restaurant“, que todo ano edita a lista dos World’s 50 Best.

“A maior parte dos ingredientes que eu uso para cozinhar são de agricultura familiar”, diz. Esse foi o caminho que a chef encontrou para, além de tornar os preços dos pratos mais acessíveis, criar uma rede de apoio dentro da comunidade. “Quando a gente se ajuda, todo mundo ganha”, explica.

Das carnes às opções vegetarianas, todas as delícias do menu viram pratos para delivery ou marmitas para doação. “Na pandemia, recebemos vários caminhões com ingredientes de doação. Preparamos mais de 22 mil quentinhas para as famílias”, comenta, orgulhosa. Para este ano, Nice prevê a entrega de mais de 16 mil refeições até o fim de outubro.
Os planos para o futuro são muitos. “Quero ter minha própria horta e expandir o delivery para a região de Pinheiros”, conta. Em parceria com a ONG Gastromotiva, a chef também planeja dar aulas de gastronomia para jovens de seu bairro. “Quero mostrar para eles que cozinhar salva”, finaliza.

 

Tia Nice - Foto: Léu Britto

Tia Nice – Foto: Léu Britto

Sustentabilidade nas empresas é ponto chave para investimentos internacionais

Sustentabilidade nas empresas é ponto chave para investimentos internacionais

Parte do agronegócio brasileiro já se deu conta, mas muitos produtores rurais ainda insistem em viver no século XX. A sustentabilidade não é plus, não é algo opcional. É uma necessidade para quem quiser atrair investimentos internacionais e conquistar mercados pelo mundo. Em Nova York, em Paris ou em Hong Kong, ninguém quer comer um bife que, para ser produzido, teve de derrubar um pedaço da floresta Amazônica. Da mesma forma, rejeita o salgadinho feito com milho transgênico cultivado em um território que, até outro dia, era o habitat de onças, tamanduás e emas.

Empresas que apostam em boas práticas ecológicas estão captando fortunas de investidores globais. Quem não abandonar a mentalidade antiquada e predatória em suas fazendas vai ficar para trás.

No início deste ano, a Amaggi, uma das maiores produtoras de soja do país, ofereceu ao mercado US$ 500 milhões em títulos de sustentabilidade – papéis vinculados ao financiamento de projetos de gestão ambiental relacionados a uso do solo e recursos naturais, biodiversidade, mitigação das mudanças climáticas, desenvolvimento socioeconômico e segurança alimentar – com vencimento em 2028 a uma taxa de 5,25%. A procura foi seis vezes superior à esperada, e o volume da emissão subiu para US$ 750 milhões para dar conta da demanda.

Recentemente, a Marfrig – uma das maiores empresas processadoras de proteína animal do mundo – levantou US$ 30 milhões em um título do tipo sustainability-linked, cujos recursos serão destinados à busca de uma cadeia de fornecimento livre de desmatamento na Amazônia e no Cerrado. BRF, Suzano e JBS também são outras empresas do agro que estabeleceram ambiciosas metas socioambientais.

Sustentabilidade não é gasto, é investimento.

 

Foto - Divulgação

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Prosa rápida

  • Xô carrapato!

A cada ano, a pecuária brasileira perde cerca de US$ 3 bilhões por causa dos carrapatos bovinos. Agora a Embrapa, em parceria a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), desenvolve a primeira vacina contra carrapato. Em fase final de testes, o imunizante tem eficácia de 69%. A vacina já teve sua patente aprovada, mas não chegará tão cedo ao mercado. A análise para aprovação de seu uso pelo Ministério da Agricultura deve levar ainda uns dois anos.

  • Bio, lógico!

As vendas da indústria de defensivos agrícolas biológicos devem crescer 33% neste ano, para R$ 1,8 bilhão, estima a associação Croplife Brasil, com base em dados levantados pela consultoria Blink. Esses são insumos agrícolas desenvolvidos a partir de ingredientes ativos naturais, com baixa toxicidade quando comparados aos agroquímicos tradicionais e capazes de eliminar infestações sem contaminar o meio ambiente.

  • Orange is the new gold

A safra 2020/21 de laranja no estado da Flórida deve registrar uma das menores produções da história recente. O Departamento de Agricultura dos EUA estima que a colheita de laranjas seja 23% menor do que a da temporada 2019/20. Isso deve favorecer duplamente os produtores brasileiros. O preço da commodity deve subir devido à menor oferta mundial de suco e espera-se que a procura pelo produto Made in Brazil aumente.

Conheça 3 livros escritos por monges modernos para te inspirar

Conheça 3 livros escritos por monges modernos para te inspirar

A sabedoria milenar do budismo pode ser acessível e prática, revelam livros lançados por monges da atualidade

As incertezas, o isolamento e as emoções que vieram com a pandemia têm tornado os brasileiros ainda mais ansiosos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão.

 

Foto divulgação - Pexels Prasanth Inturi

Foto divulgação – Pexels Prasanth Inturi

 

Diante de tanta imprevisibilidade e angústia, os respiros são essenciais. Para mergulhar em águas mais acolhedoras, calmas e até divertidas, o livro de Jay Shetty, “Pense Como um Monge” (Ed. Sextante), traz tudo isso. Recém-lançada, a obra desse jovem britânico de ascendência indiana não entrega receitas prontas, mas oferece as reflexões de sua experiência singular com o budismo.

Em 2010, aos 22 anos, Jay decidiu largar o bem-sucedido mercado financeiro londrino para se tornar um monge na Índia, onde viveu durante três anos. Entretanto, um de seus mestres um dia lhe disse que ele poderia fazer muito mais pelo mundo se deixasse a sua vida monástica e passasse a compartilhar suas ideias com as pessoas. O mestre estava certo. Hoje Jay é um dos influenciadores mais impactantes de sua geração, além de coach de diversas personalidades.

No livro, o autor não prega o abandono da vida cotidiana, mas uma nova visão para encarar dificuldades e desafios como oportunidades de crescimento. “Em primeiro lugar, monges não nasceram monges. Eles são pessoas com todo tipo de origem, que decidiram se transformar. Não é preciso acender velas em casa, andar descalço ou postar fotos de si mesmo fazendo a postura da árvore no alto da montanha. Tornar-se monge é uma atitude mental que qualquer um pode adotar. Um monge é um viajante, só que a viagem é para dentro”, Jay ressalta.

 

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Outro lançamento interessante é o livro “Em Busca do Tempo Presente”, da monja francesa Kankyo Tannier, que sugere a abertura de espaços de calma e presença no nosso dia a dia, pequenos rituais de encantamento e alegria com a vida: “Conectar-se com a natureza, em vez de utilizá-la. Estar na vida em vez de usá-la como palco”.

Com sua abordagem leve e bem-humorada, que relata histórias e impressões pessoais, Kankyo desvenda a delicada magia do cotidiano que cada um de nós pode acessar para viver melhor.

 

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Já “O Bom Contágio” (Editora Best Seller), novo livro da Monja Coen, nos contamina com um vírus positivo, o da aceitação. “Somos o que somos. E o que somos é uma multiplicidade incessante de instantes, em que inúmeros sentimentos, sensações e percepções ocorrem. Libertar-se de apegos e aversões é libertar-se de si mesmo. Não é tarefa fácil. Inclui tristeza, sofrimento, angústia e luto. Luto por tudo o que criamos em torno de nós mesmos para autenticar um personagem irreal”, escreve a monja brasileira.

O contágio bom, para Coen, é espalhar e viralizar ternura e cuidado. “Aprendemos coisas boas, novos sentimentos, podemos mantê-los vivos mesmo que só por alguns momentos. Chega de reclamar, de falar mal, de mentir, de odiar. É tempo de reconexão, de realinhamento. Mudamos. Não somos mais quem éramos e nem quem seremos. Neste agora passageiro, passemos adiante a capacidade humana de regeneração, de cura, de compartilhamento, de alegria, de vitalidade e de paz. Que todos os seres se beneficiem”, ela escreve, trazendo um alento nesses tempos difíceis.

 

Foto divulgação

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Clubes de assinatura levam os sabores da fazenda até você

Clubes de assinatura levam os sabores da fazenda até você

Clubes de assinatura de produtos de fazenda revelam duas tendências da gastronomia – o delivery e a valorização dos produtos frescos – unidas a um propósito: levar a boa alimentação direto do campo à mesa. Com o impulsionamento do e-commerce durante a pandemia, curadoria de queijos a azeites, passando pelo café, são algumas das diversas opções disponíveis online, que chegam rapidamente em casa. Conheça algumas das deliciosas opções com entrega na região de Campinas:

 

Foto - Divulgação

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Clube do Azeite

Portugal, Espanha, Grécia, Brasil e diversos países são possíveis de conhecer por meio de um produto milenar: o azeite. Criado em 2012 por Marcelo Loureiro de Sá, o Clube do Azeite surgiu a partir das conversas gastronômicas entre familiares e grupos de amigos em volta da lareira. Desde então, mensalmente são enviados rótulos gourmets: “Azeites de alta qualidade sensorial e procedência, com método de extração a frio”, explica Sá. Na caixa (R$ 169) também são entregues um brinde surpresa e um descritivo sobre o produto selecionado. Para Sá, ao provar um azeite, é preciso se atentar aos possíveis defeitos (como mofo, ranço e queimados) e aos atributos positivos (se é um azeite frutado, picante ou amargo).

 

Foto - Getty Images

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Clube Café

Da carência de cafés frescos e de qualidade em supermercados, há quase 10 anos, surgiu a oportunidade de concretizar o clube de assinatura que Luiz Cruz idealizava. “Temos a garantia de um café fresco, já que produzimos uma vez ao mês especialmente para a entrega”, conta. Os grãos são colhidos, torrados e moídos no cerrado mineiro, direto da fazenda de Cruz e de seus sócios, garantindo cafés diferenciados. Os assinantes podem escolher entre dois tipos de benefícios: o Arrojado (R$ 34,90) e o Clássico (R$ 44,90). “O que define o sabor do café é o nível da torra”, explica. Assim, o primeiro tipo traz um café gourmet, “com torras médias e variedades de cafés, o sabor muda todo mês”. Já o tipo Clássico conta com torra escura, assim mantém o sabor sempre. Um dos diferenciais do clube é que o cliente pode escolher o tipo de moagem e a quantidade que deseja receber no mês (de 250g a 1kg). Para melhor proveito das bebidas, Cruz recomenda o não uso de adoçantes e o consumo do produto em até um mês, para a conservação dos aromas.

 

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Caixa Colonial

Em 2017, o casal Jeferson Jess e Andréa Sígolo compraram um kombi e aumentaram a quilometragem do veículo para mais de 8 mil em uma viagem saindo de Curitiba, que durou dois meses. Nesse tempo, a dupla visitou diversas cidades do país, onde conheceram fazendas, produtores e degustaram comidas típicas. Assim surgiu a Caixa Colonial, um clube de assinatura mensal que resgata os locais visitados e seus deliciosos alimentos, a partir de R$ 149. “Junto ao kit, que contém de 5 a 6 itens, enviamos um encarte contando as histórias dos produtos e produtores”, explica Jess. Para além da alimentação, o casal vê o clube como um meio de estimular os comércios locais, a agricultura familiar e incentivar o turismo por meio da gastronomia. “Antes da pandemia, muitas pessoas iam conhecer as cidades do kit que haviam recebido”. Do chucrute de Pomerode (SC) ao cupuaçu glaceado de Ilhéus (BA), todos os meses a caixa varia. Para maio, a cidade escolhida foi Castro (PR) e é possível acompanhar os alimentos que serão entregues no instagram.

 

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