Em meio às incertezas causadas pela pandemia, o empreendedorismo cresce e já representa fatia significativa da economia do país.
O Brasil registrou, em 2020, um recorde histórico na abertura de novas empresas e encerrou o ano com quase 20 milhões de negócios ativos. Por causa da alta no desemprego, os grandes destaques foram os microempreendedores individuais (MEI). Segundo o Ministério da Economia, houve o registro de 2,6 milhões de MEI no ano passado, representando um aumento de 8,4% em relação a 2019. Nesse cenário, o empreendedorismo já equivale a 30% do PIB do país.
Setores como comércio varejista, cabeleireiros, manicure, obras de alvenaria e restaurantes foram as atividades econômicas mais exploradas pelas empresas abertas em 2020. “Essas pequenas empresas representam hoje 56,7% de todo setor empresarial do Brasil”, afirma César Rissete, Gerente de Competitividade do Sebrae Nacional.
A crise causada pela pandemia da Covid-19 exige dos potenciais empreendedores ou daqueles que já possuem um pequeno negócio uma atenção redobrada sobre pontos importantes na gestão, principalmente no que diz respeito ao planejamento financeiro. “Outro cuidado primordial nesse momento em que muitas cidades voltaram a enfrentar a situação de lockdown é o processo de transformação digital. As vendas online dispararam em 2020, nesse aspecto, quem já estava investindo na presença digital sentiu menos os impactos da crise.”
De acordo com César Rissete, uma das principais recomendações do Sebrae é que os donos de pequenos negócios busquem a inovação como forma de driblar a queda na receita. “Desde o início da pandemia, temos visto empresas que incorporaram o modelo de entregas, ampliaram sua presença nas redes sociais ou até mesmo mudaram completamente o seu modelo de negócio para aproveitar oportunidades e melhorar o nível de competitividade”, finaliza.
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