Revista Online: agosto 2023 – ed. 163 – RJ

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Revista Online: agosto 2023 – ed. 163 – SP

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Poliana Abritta reflete sobre o sucesso do “Fantástico”, que completa 50 anos

Poliana Abritta reflete sobre o sucesso do “Fantástico”, que completa 50 anos

Há cinco décadas no ar, o “Fantástico” marcou a cronologia do jornalismo televisivo brasileiro. Rosto conhecido na TV, Poliana Abritta comanda o programa em anos decisivos para a história recente do país, revezando investigações aprofundadas com assuntos leves

Em 5 de agosto de 1973, nascia um programa que marcaria a história da televisão brasileira. O “Fantástico” – uma revista eletrônica que dita o clima de final de domingo – revela em suas primeiras notas musicais da abertura o ritmo do fim, ou melhor, do começo da semana. O que aconteceu de importante nos últimos dias, os temas quentes nas esferas política, cultural e comportamental, além de entrevistas esperadas pelo público e investigações, estão no DNA do programa há cinco décadas.

Nos estúdios do “Fantástico”, passaram nomes relevantes do jornalismo nacional, como Zeca Camargo e Glória Maria. Há nove anos, quem imprime sua marca à frente das câmeras no programa semanal é Poliana Abritta, que divide a apresentação com a também jornalista Maju Coutinho. Natural de Brasília, ela começou na Globo como repórter em coberturas políticas. Com o tempo, experimentou diferentes editorias e ganhou experiência como âncora, no “Jornal Hoje” e no “Jornal da Globo”.

 

foto Estevam Avellar

 

Equilibrando leveza e seriedade, Poliana se diz entregue ao programa e conta que foi como apresentadora do “Fantástico” que teve a cobertura mais marcante de sua carreira. “Tenho a sensação de que todo meu trabalho jornalístico, ao longo de 26 anos, me preparou para aquele momento”, define. Ela compartilha os detalhes dessa cobertura e de sua rotina de trabalho em entrevista à 29HORAS, a seguir:

O ‘Fantástico’ faz 50 anos, um marco importante, ainda mais para um programa na TV aberta. Há alguns anos, os números musicais e até o humor tinham destaque. Hoje, vemos uma cobertura policial maior. Como é feita essa dosagem entre as diversas editorias?
O ‘Fantástico’ é um grande mosaico de assuntos. Costumo dizer que quem ouve a música tema já é remetido a essa diversidade. Nos últimos tempos, demos um espaço interessante ao humor, com o quadro ‘Isso a Globo Não Mostra’ e, mais recentemente, com o ‘Avisa Lá Que Vou’, apresentado pelo Paulo Vieira. Também temos música toda semana, me revezo com a Maju para entrevistar artistas que estão lançando álbuns e eles fazem um pocket show no estúdio. Não enxergo que demos um peso maior para as coberturas policiais, na verdade, essa dosagem varia muito a cada semana. Temos o compromisso de abordar os temas mais relevantes da semana, e as investigações estão no DNA do ‘Fantástico’, denunciamos fraudes e corrupção. O Renato Nogueira, editor do programa, nos disse uma vez que ‘Quando o Fantástico compra uma briga, o Brasil melhora’, acho que isso sintetiza o nosso propósito.

Como fazer para continuar capturando o interesse dos espectadores nesses tempos de múltiplas telas, com internet e streaming ganhando cada vez maior audiência e a TV perdendo aderência entre os mais jovens?
Temos o desafio de nos manter atuais. A preocupação de ter um olhar para todas as gerações é semanal. Certa vez, destacamos uma reportagem sobre um aplicativo que aliciava menores de idade e possibilitava crimes sexuais. Esse assunto, por exemplo, é relevante para o adolescente, para os pais… então, contribuímos para trazer todos os telespectadores para a audiência, falamos com todo mundo. E o ‘Fantástico’ está em diferentes telas, no streaming com os nossos programas ao vivo e suas reprises.

 

Poliana Abritta ao lado de Maju Coutinho, apresentadoras do Fantástico – foto João Cotta | Globo

 

Nossos tempos também são de intensa disseminação de notícias falsas, a exemplo dos períodos das eleições e da pandemia. Sendo jornalista de um grande veículo, como é esse trabalho de checagem e de passar a notícia verificada ao público? A profissão vive um momento desafiador nesse sentido, não?
O nosso trabalho não é apenas de checar e passar a informação verificada, é também de combater as fake news. Fazemos isso todos os dias, a checagem é importante desde sempre e penso que esse cuidado deveria ser passado nas escolas, para que os jovens pudessem aprender a verificar as informações que chegam até eles. A internet é uma porta para o infinito, é necessário apurar as fontes, quem diz o quê, e ter um olhar crítico. Na pandemia, foi muito difícil o trabalho nesse sentido, às vezes me sentia enxugando gelo, mas percebi que não podia desistir. Enxergo que o combate às fake news se tornou o compromisso número 1 do jornalismo. É a maior prestação de serviços que podemos oferecer nesse momento. Não conseguimos combater a corrupção sem antes desmentir as notícias falsas, não podemos denunciar as dificuldades na saúde se não combatermos as fake news, é algo em cadeia.

Ainda falando de ‘Fantástico’, uma grande figura que passou pelo programa foi a Glória Maria, uma jornalista que foi referência para o país. Quais lembranças você guarda dela? O que ela compartilhava com você nos bastidores?
A Glória foi uma amiga muito querida. Não a conheci enquanto ela trabalhava no ‘Fantástico’, foi em um jantar aqui no Rio de Janeiro. Nós tivemos uma conexão imediata, ficamos conversando por horas, a noite inteira e, logo, nos tornamos próximas. Fizemos algumas viagens juntas, com as filhas dela e meus filhos. Tenho a Glória Maria como ídolo, inspiradora na profissão, que desbravou o mundo e foi um exemplo para todas nós. Ela foi uma mulher livre, sinônimo de liberdade. E tenho ainda uma outra Glória, uma amiga cuidadosa, que sempre estava por perto de quem amava. Nunca trabalhei com ela, mas desfrutei de uma convivência e uma troca de carinho que sempre vou guardar comigo.

Para além da Glória, quais outras jornalistas te inspiram na profissão?
O primeiro nome que vem à cabeça é a Sonia Bridi, nossa repórter no ‘Fantástico’. Ela é uma mulher ‘braba’, como dizem por aí. Destaco também a Flávia Cintra, que recentemente fez uma reportagem especial para o programa, fiquei muito tocada pelo trabalho dela, é corajosa e um exemplo de determinação e de profissional. Eu tenho a honra de apresentar o ‘Fantástico’ com a Maju, nos inspiramos mutuamente e ela tem uma trajetória maravilhosa. E atrás das câmeras, a Silvia Faria, que foi diretora de Jornalismo da Globo por quase dez anos, foi a minha grande mentora na emissora, ela me ensinou a apurar, a trabalhar com conteúdo e é uma grande referência para mim.

 

A jornalista com Lulu Santos, em recente entrevista ao programa – foto Isadora Neumann | Globo

 

Você começou a carreira em Brasília, na cobertura política. Como foi a transição para apresentar um programa semanal? O que mais você aprendeu naquela época?
Foram 17 anos em Brasília, aprendi muito. Com o passar do tempo, eu também fiz séries para o ‘Jornal Nacional’, sai da esfera apenas política e comecei a reportar outras realidades. Fiz um programa, o ‘Globo Mar’, que foi muito importante para a minha transição, me abriu portas para outras possibilidades na emissora. Em seguida, cobri férias como apresentadora do ‘Jornal da Globo’ e tive uma experiência de apresentação que tornou possível o caminho para o ‘Fantástico’. Em 2014, recebi a proposta para o programa e já completo, em novembro, nove anos nessa jornada.

Na sua carreira até agora, qual foi a cobertura mais marcante? Por quê?
Sinto que toda a minha trajetória profissional me preparou para uma cobertura específica, como âncora no ‘Fantástico’. Foi a cobertura do 8 de janeiro deste ano, quando manifestantes em Brasília tentaram um golpe e invadiram as sedes dos três poderes. Eu estava de plantão na Globo naquele domingo e tivemos pela primeira vez o sinal conjunto da TV aberta e da Globonews. Fui para o estúdio da Globonews e ancoramos todos juntos os acontecimentos naquela tarde. À noite, apresentei o ‘Fantástico’, foram três horas de programa. Tenho a sensação de que todo meu trabalho jornalístico, ao longo de 26 anos, teve esse objetivo e me preparou para aquele momento.

Tendo conquistado espaço na TV e no jornalismo, quais outros desafios você gostaria de realizar ainda na carreira? Você deseja estar em outros formatos de mídia no futuro?
Sou tão inteira e intensa no que faço, que não consigo dizer como será o futuro. Continuarei sendo uma comunicadora, mas hoje estou entregue ao ‘Fantástico’. Pensar o que acontecerá no futuro e em como será o trabalho mais para frente me tiraria o foco no aqui e no agora. Estou totalmente no presente. Acho que o mundo de possibilidades está se abrindo cada vez mais, mas a minha atenção agora é a televisão, e eu adoro isso.

 

foto Alice Venturi | Globo

 

Hoje, como é a sua rotina de trabalho?
Folgamos às segundas, a minha semana começa invertida, sempre comemoro as segundas-feiras, ao contrário de todo mundo. Temos uma reunião de avaliação do programa na terça, em que fazemos autocriticas e nos permitimos elogios também. Em seguida, vamos para uma reunião de pauta e acompanhamos as matérias que estão em andamento. Nós brincamos que o ‘Fantástico’ é um vestido de noiva, não é feito assim de uma vez, é bordado e rebordado, temos material que está em produção há meses. Na quarta-feira, gravamos os musicais, na quinta, as chamadas e acontece a reunião de fechamento, já na sexta gravamos as pílulas do programa. Aos sábados, revezamos o plantão, eu e a Maju, e no domingo o programa vai ao ar. Temos ainda os quadros de cada uma, no meu caso tenho a série ‘Mulheres Fantásticas’, que em breve terá episódios no ‘Saia Justa’, do GNT.

Quando você não está trabalhando, o que gosta de fazer no Rio de Janeiro?
Sou apaixonada pela cidade, sou brasiliense e vim para o Rio com 39 anos, adoro morar aqui, mesmo com todas as dificuldades que a cidade impõe. Eu me casei novamente na cidade e tenho meus filhos e mais três enteados no Rio, aproveitamos de diferentes formas. Costumo ir à praia às segundas, quando está mais vazia e gosto quando meu marido me apresenta pontos da cidade ainda pouco explorados e fora do roteiro, como bares de Santa Teresa e sambas na Praça da Harmonia, e espio também a programação do Circo Voador – adoro um show!

 

Poliana nos estúdios da Globo, durante a pandemia, período que foi desafiador para as coberturas jornalísticas – foto Fabio Rocha

Fernanda Lima roda o mundo com sua família em novo projeto “Minha Viagem”

Fernanda Lima roda o mundo com sua família em novo projeto “Minha Viagem”

Sentindo-se inteiramente livre após 17 anos de contrato com a Globo, Fernanda Lima juntou a família e partiu em uma jornada sem data para acabar, explorando novas paisagens, culturas, aromas e sons. E esse rolê todo deu origem a uma série de micro documentários, postada semanalmente em suas redes sociais

Rodando o mundo desde a adolescência, quando começou a trabalhar como modelo, Fernanda Lima resolveu unir o útil ao agradável e agora dedica-se ao projeto “Minha Viagem”, uma série de vídeos documentais curtos, postados em seu perfil no Instagram e espelhados em suas contas no TikTok e no Facebook. Trata-se de um projeto familiar intimista. Afinal, os filhos da Fernanda estão crescendo, e num futuro próximo trilharão seus próprios caminhos. Assim, ela e Rodrigo arranjaram um jeito de aproveitar ao máximo o convívio com eles, em busca de uma conexão mais plena com o mundo.

Curiosa pelo ser humano, por diferentes culturas e pelos aromas, sabores, sons e cores das mais variadas paisagens, Fernanda embarcou com a família nessa jornada ao ver-se totalmente livre, depois de 17 anos de contrato com a Globo e outros tantos com a MTV.

 

foto MARINA BAGGIO | divulgação

 

“Esse projeto ‘Minha Viagem’ nem sempre implica um movimento para longe, pode ser para dentro de mim, seja numa prática de yoga, numa caminhada ou numa meditação. Pode ser também uma escuta atenta sobre o que o outro sente ou faz, um ponto de vista, um olhar diferente”, filosofa Fernanda, que em junho completou 46 anos de idade. Autodefinindo-se como itinerante, ela e sua família são nômades modernos, que vivem entre São Paulo e Portugal, não morando nem lá e nem cá.

Em entrevista à 29HORAS, Fernanda Lima fala sobre o prazer de viajar, diz se sentir a gerente de Recursos Humanos de sua família e revela algo surpreendente: o seu maior defeito e as piores falhas de Rodrigo Hilbert. Sim, eles têm defeitos! Veja nas quatro páginas a seguir os principais trechos dessa conversa.

Defina para a gente a proposta desse projeto “Minha Viagem” e conte como surgiu a ideia de colocá-lo no ar em seus perfis nas redes sociais.
“Minha Viagem”, como o nome já anuncia, é o que me vier à cabeça e ao coração. Esse projeto nasceu de uma vontade de olhar para fora, para os outros e, ao mesmo tempo, sair um pouco do universo pepeta, Peppa Pig e mamadeira. Minha filha vai fazer 4 anos e já tem certa autonomia. Agora posso me reinventar outra vez, aos poucos, criando linguagens para me comunicar. Acredito que as redes democratizaram a opinião e por isso podem ser um espaço muito bom para as pessoas como eu se expressarem. Através dos meus perfis, compartilho tudo o que me atravessa e me transforma.

Por onde você esteve viajando como parte desse projeto?
Eu sempre viajei muito, antes solteira e sozinha e agora com minha trupe. Mudamos muito de casa, de cidade e de país. A série não tem linearidade, e por isso pode ter material de qualquer lugar por onde estive nos últimos quatro anos. No Brasil, na África, na Europa… Entre outros lugares, já passamos por Paris, Londres, Bolonha e Marrakech, no Marrocos. Onde vai terminar, eu não sei. Vou para onde minha intuição e minha curiosidade mandarem. Sempre tem algo que pode despertar o olhar de quem assiste e tocar num recanto singular da nossa alma. Essa é a beleza da coisa – e pode acontecer em qualquer lugar.

 

Fernanda, os gêmeos Francisco e João, a pequena Maria e o maridão Rodrigo Hilbert – foto reprodução Instagram

 

Outro dia, uma amiga minha falou que toda viagem tem três momentos: o sonho/preparação, a experiência e a recordação. Como você curte a excitação do primeiro tempo, as sensações do segundo e as reflexões e elaborações que fazem parte do terceiro?
Eu amo viajar. Mas viajar a trabalho é diferente de sair de férias, que muitas vezes também é cansativo, principalmente quando se tem filhos. Viajar gravando precisa de uma organização e disciplina arretada. Tem horários de luz, horário para dormir, equipamentos para carregar… é punk, mas captar momentos tem sua magia única, e isso também me fascina. Amo todas as etapas, mas voltar para minha cama é sempre a melhor, sem dúvida. Voltar para casa com as percepções alteradas e registrar as memórias é algo muito prazeroso. É uma forma de espichar a viagem depois que acabou. Ter referência de outros lugares e realidades ajudam a gente a ampliar o nosso olhar sobre a Humanidade.

Por falar em vida dentro de casa, como vocês enfrentaram o confinamento provocado pela pandemia? Foi uma fase de crescimento e de fortalecimento ou foi apenas um período de melancolia e tristeza – já que o seu pai morreu em decorrência da Covid?
A pandemia foi profunda, trágica e deixou marcas em todo mundo, e comigo não foi diferente. Infelizmente muitos tentaram ganhar em cima da tragédia e isso não mudou. O homem segue agredindo e matando não só seus semelhantes como a natureza. Certamente essa é uma das causas do aparecimento do coronavírus. Mas ainda tenho esperança de que as futuras gerações consigam atenuar e curar as mazelas do planeta.

Nesse quinteto dos Lima-Hilbert, qual é a função de cada um? O Rodrigo cuida da cozinha, os meninos adolescentes se encarregam da bagunça, a Maria entra com a fofura e você atua como regente, responsável pela saúde mental e pelo equilíbrio da família? Como num time de futebol, cada um tem uma função fixa ou vocês se alternam nas diversas posições?
É mais ou menos assim como você falou. Mas, agora, com os filhos mais crescidos, as funções vão se alternando e eles ganharam mais responsabilidades. Meus guris já têm 15 anos. Estão aprendendo a se virar. Minha filha Maria também já tem suas responsabilidadezinhas. E assim não fica tão pesado para os pais. Porque filho exige muita dedicação. Vejo mais como uma firma, uma empresa. Eu seria o RH – não de Rodrigo Hilbert, mas de recursos humanos mesmo. Sou eu quem conversa, escuta, acolhe e encaminha. O Rodrigo cuida do refeitório, das compras da semana e dos pagamentos mensais. Ah, eu também atuo como um vigia noturno – só sossego quando todo mundo já dormiu!

 

Fernanda Lima com o marido Rodrigo Hilbert no programa “Bem Juntinhos” – foto GNT | divulgação

 

Quando os gêmeos João e Francisco nasceram, você tinha acabado de sair de uma rotina alucinada de gravações de novela e logo depois mergulhou no projeto de “Amor & Sexo”. Agora com mais tempo para curtir a Maria Manoela, a experiência está sendo muito diferente para você? E como você acha que ela tira proveito disso?
Quando os meninos nasceram, foi insano, pois além de maternar e trabalhar como louca, ainda arrumei uma pós-graduação, que acabei largando no último ano. Minha vida mudou muito daquele tempo, hoje tenho mais tempo para administrar a família. Vivo cada dia com eles. Aprendi muita coisa com o João e o Chico e, doze anos depois, fui ser mãe de novo e aprendi muito mais com a Maria. Hoje estou me cobrando menos. A maturidade é boa, mas às vezes dá um siricutico…

 

 

E agora, depois de 17 anos de contrato com a Globo, como tem sido a sensação de liberdade, de ser a dona do seu destino, com plenos poderes para aceitar ou recusar convites e propostas de trabalho?
É diferente a vida sem contrato. Agora sou eu que cuido da minha história. E está sendo legal, bem tranquilo. Tenho recebido uns convites bem interessantes, mas ainda não apareceu nada que me fizesse falar: “Vou parar minha história, vou me dedicar a esse trabalho”. Vamos ver o que vou conseguir fazer.

Por falar nisso, para que tipo de projeto você está aberta neste momento? O que gostaria de fazer? Pretende seguir investindo na sua trajetória como apresentadora? Pensa em voltar a atuar? Quer se aprofundar nos trabalhos como roteirista?
Eu deixo meu coração sempre aberto. Posso fazer qualquer tipo de projeto desde que me apaixone e que consiga montar uma logística para deixar meus filhos bem. Nunca fui atriz e não estudei para esse lindo e difícil ofício, mas atuei em duas novelas. Me joguei naquelas aventuras, porém descobri que aquilo – definitivamente – não era o meu sonho. Também não sou exatamente uma roteirista, fui me tornando. É um trabalho difícil para mim, que toma muito do meu tempo, pois fico costurando assuntos, pesquisando e vendo com quem quero falar.

 

Como apresentadora do “Superstar” – foto João Miguel Junior | TV Globo

 

Você é uma empresária de sucesso – e o restaurante Maní, do qual você é uma das sócias-fundadoras, é a prova disso. Como expert em yoga, respiração, alimentação saudável e bem-estar, tem planos de abrir um spa? Ou uma filial do Maní em Portugal, para ampliar a presença internacional da moderna gastronomia brasileira?
Nunca me passou pela minha cabeça ter um spa, mas para o Maní eu tenho algumas ideias. O Maní é um projeto que nasceu de um sonho, de uma paixão e de amizades. Eu queria muito abrir um Maní fora do Brasil, mas estamos investindo na inauguração de casas com esta marca pelo Brasil e ainda tenho que convencer meus sócios a apostarem na internacionalização do restaurante. Tenho muito orgulho do Maní e do que é feito lá. Os funcionários trabalham felizes, os clientes saem felizes e nós, os sócios, nunca tivemos uma discussão.

Por fim, as pessoas idealizam sua relação com o Rodrigo e têm a certeza de que vocês são um casal perfeito. Depois de duas décadas juntos, o que essa relação tem de maravilhoso e onde vocês ainda têm de trabalhar para manterem a coisa funcional? E o mais importante: o que eu e todos os leitores queremos saber, na verdade, é qual é a sua pior falha e qual é o maior defeito do Rodrigo? Não é possível que vocês sejam seres humanos sem imperfeições!
Nosso casamento é de muita harmonia. Nos apoiamos e nos admiramos. Ao longo do tempo, amadurecemos, entendemos que cada um é um, com a sua criação, seus valores, suas virtudes e seus defeitos – temos vários! O que posso expor é que o Rodrigo é bem ansioso e eu bem orgulhosa. Mas vamos bem juntos porque eu o acalmo e ele quebra meu orgulho. Outra coisa: eu sou super-pontual e ele está sempre em cima da hora. Aí ele me relaxa e eu o coloco na linha. E eu acho que ele come um monte de tranqueira que eu evito. Aí ele come melhor e me tira do trilho! Ele é também mais conservador na educação e eu sou bem mais flexível. Aí ele puxa o freio e eu converso e libero. Em geral é assim, mas não sei… tem vez que é tudo o contrário disso!

 

foto MARINA BAGGIO | divulgação

 

Exposição “Mundo Pixar” está em cartaz no BarraShopping

Exposição “Mundo Pixar” está em cartaz no BarraShopping

Mostra tem ambientes inspirados em produções como “Monstros S/A”, “Ratatouille”, “Up”, “Toy Story” e “Divertida Mente”

O “Mundo Pixar”, em cartaz até 10 de setembro no BarraShopping, é uma exposição onde os visitantes têm a oportunidade de vivenciar experiências imersivas, se sentindo nos cenários de longas de animação como “Up: Altas Aventuras”, “Toy Story”, “Carros”, “Divertida Mente”, “Soul”, “Ratatouille”, “Procurando Nemo” e “Monstros S.A”. São 13 salas com cenários de tecnologia de realidade aumentada, projeções gigantes em 3D e diversos espaços instagramáveis. A área dedicada a “Ratatouille” reproduz a cozinha do restaurante de Gusteau e é uma atração que faz a alegria dos fãs da gastronomia francesa. O passeio termina em uma lojinha com produtos oficiais dos personagens dos estúdios Pixar. A expectativa é que a exposição receba 370 mil visitantes em sua passagem pelo Rio.

 

Foto Divulgação

 

Mundo Pixar
Avenida das Américas, 4.666 (BarraShopping), Barra da Tijuca. Ingressos a partir de R$ 50, à venda exclusivamente no site www.mundopixar.com.br