Em cartaz no Teatro Antunes Filho, no Sesc Vila Mariana, com o espetáculo “Traidor”, dirigido por Gerald Thomas, Marco Nanini reflete – no palco e nesta entrevista – sobre esse momento pré-apocalíptico que vivemos, mas sempre com a leveza, a emoção e o humor que lhe são peculiares
Na estreia do espetáculo “Traidor”, em novembro, Marco Nanini tropeçou em uma das pedras do cenário, caiu e machucou o nariz, que pôs-se a sangrar abundantemente. A apresentação no teatro do Sesc Vila Mariana foi suspensa e, depois de 20 minutos de atendimento médico, o ator voltou ao palco para terminar a peça. Ao final, foi ovacionado de pé não só por seu talento, mas também por causa de sua garra e sua devoção à sagrada arte do teatro. Um reles calhau cenográfico jamais seria capaz de deter esse gigante ator, que em 2023 está completando 75 anos de vida e 50 de carreira!
foto Carlos Cabéra
E a plateia paulistana mostrou que se emociona, sim. Ainda mais quando está diante desse fera nascido no Recife e radicado no Rio desde o final da década de 1960, dono de um currículo eclético e recheado de sucessos – seja na TV (onde atuou em dezenas de novelas e, entre 2001 e 2014, brilhou como o Lineu da sitcom “A Grande Família”), no cinema (em produções como “Carlota Joaquina” e “O Bem Amado”) ou no teatro, em comédias como “Doce Deleite” (com Marília Pêra) e “O Mistério de Irma Vap” (contracenando com Ney Latorraca e dirigido por Marília Pêra, ela de novo!) ou em dramas como “ O Burguês Ridículo”, de Molière, e “A Morte do Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller .
“O Nanini é o ator mais intenso que eu conheço. Como dirijo em pé, a um metro de distância, sinto cada respiração dele. Depois, chego no hotel e continuo ouvindo a sua voz. Que prazer é escrever para ele e dirigi-lo. Ter Marco Nanini pela frente é tudo”, celebra o diretor. Em entrevista à 29HORAS, Nanini fala de seu ofício, das redes sociais, da miséria e de aquecimento global. Confira essa conversa nas páginas a seguir!
Em maio, você completou 75 anos de idade e mais de cinco décadas de carreira como ator, mas nem a pandemia te impediu de lançar uma biografia (“O Avesso do Bordado”), fazer cinema (“Greta”), TV (a série “João Sem Deus” e uma participação em “Sob Pressão”), teatro filmado (“Cadeiras”) e agora um espetáculo presencial. Você cuida da sua saúde para trabalhar ou o trabalho que é a sua “receita de longevidade”?
A pandemia realmente foi um período difícil para todo mundo. Depois daquele pesadelo inicial, fiz o “Sob Pressão” e o “João de Deus”, que estão disponíveis no streaming. E conseguimos filmar “As Cadeiras” naquele momento em que tudo estava sem horizonte algum para a cultura, sem vacinas… E fomos filmar, seguimos todos os protocolos, o Nando (Fernando Libonati, diretor de ‘As Cadeiras’, meu sócio na produtora Pequena Central e produtor de todos os meus espetáculos) organizou uma maneira de ensaiar e filmar de uma forma em que ficamos completamente isolados, em uma espécie de bolha. Tudo isso foi também um jeito de conseguir seguir trabalhando e fazendo teatro da forma que era possível naquele momento. O trabalho nos dá esse oxigênio, mas é claro que comecei a cuidar mais da saúde, fazer exercícios, parei de fumar há sete anos e hoje cuido da alimentação, não como mais carne de origem alguma. E o processo do teatro, com ensaios, temporada, nos faz ter uma rotina, é preciso estar preparado para enfrentar tudo isso aos 75 anos.
Em uma cena da minissérie “João Sem Deus” – foto Mariana Cladas
O que te dá mais prazer no teatro, no cinema e na TV? Você tem preferência por alguma dessas formas de expressão? Você acredita que as mídias sociais “estragam” os espectadores e os afastam das salas de espetáculo ao viciá-los em histórias curtas e sem profundidade? Tem gente hoje que acha longuíssimo um episódio de série com 50 minutos…
Cada veículo tem os seus códigos, a sua graça e o seu jeito de fazer bem específico. O “Greta”, que você mencionou, foi rodado em Fortaleza, com uma equipe pequena e amorosa, enquanto outros trabalhos de TV são feitos em grandes estúdios, com um time enorme, um elenco imenso, como o de uma novela. O teatro já traz um processo artesanal, em que a gente consegue se dedicar a estudar cada intenção, cada frase. Meses de ensaio. Com “As Cadeiras”, tivemos um processo de teatro, mas que foi filmado. Foi uma experiência muito interessante! Eu gosto de transitar entre todas essas mídias e descobrir o prazer de atuar em cada uma. Sobre as redes sociais: hoje em dia tenho um Instagram, mas gosto de ver vídeos de natureza, animais e crianças. Gosto de YouTube e faço muita pesquisa por lá. Cada meio tem o seu público também. Acredito que trabalhos de duração mais longa encontrem o seu público, tem filmes e peças de longa duração que fazem sucesso mesmo nesse mundo tão veloz e hiperconectado de hoje.
Com Gerald Thomas, você já fez “Um Circo de Rins e Fígados” e agora se uniu novamente a ele para criar “Traidor”. Dá para dizer que a Marília Pêra foi a sua grande parceira nos tempos em que você focava mais nas comédias e que o Gerald é o seu maior parceiro agora que você se dedica mais a textos dramáticos?
O texto do Gerald tem muito humor, já tinha no “Circo” e agora no “Traidor” também tem. A Marília foi realmente uma parceira em espetáculos de comédia inesquecíveis e na TV, assim como outras atrizes com quem trabalhei muito, como a Marieta, minha companheira nos quatorze anos de “Grande Família” e com quem já dividi o palco diversas vezes. E o Guel Arraes é outro parceirão, com quem já fiz teatro, TV e cinema. Quando me dei conta, o espetáculo anterior com o Gerald já tinha 18 anos –eu achava que tinha sido ontem! Nesse intervalo, a gente continuou se falando, se encontrando e até planejando outros trabalhos juntos, mas que acabaram não saindo, como um filme e uma outra peça. Dessa vez, o processo foi parecido com o do “Circo”, ele mandava e-mails diários com o texto que ia escrevendo e trocávamos impressões, foi uma construção longa, entre o final do ano passado e o início deste.
Com Marília Pêra no pôster da comédia “Doce Deleite” – foto reprodução
Em “O Traidor”, seu personagem é um camarada atormentado e cheio de angústias, medos e crises de identidade. É a vida contemporânea que enche o planeta de gente assim?
Na peça, meu personagem está inquieto, emenda assuntos e frases que aparentemente não fazem sentido, quase como um esquizofrênico ou alguém que está enlouquecendo nesse mundo de hoje. O personagem tem meu nome e, para o Gerald, representa uma soma de todos os atores do mundo, mas também dialoga com coisas que eu já fiz, como o próprio “Circo”. E tudo naquele exercício de estilo do Gerald, que mistura assuntos contemporâneos, tem uma série de citações e referências. É um espetáculo que fala muito mais da vida do que da morte. Ainda que a seja sobre a vida nesse mundo de hoje, repleto de problemas. O texto diz que pelo menos não estamos queimando nas fogueiras – o aquecimento global está aí, mas com a “vantagem” de que o calor é para todos. Tem uma visão apocalíptica de que estamos em um momento muito complexo para o mundo e para a humanidade, mas com algum humor, com um olhar que não é trágico.
Nanini com Gerald Thomas nos ensaios de “Traidor” – foto Instagram
E como você, Marco Nanini, é afetado por esses tempos apocalípticos – com fenômenos climáticos extremos, milícias e traficantes brincando com suas armas poderosas nas cidades, terríveis viroses se espalhando pelo ar e ainda guerras na Ucrânia e na Palestina?
Não tem como não se afetar pelo que acontece. A guerra é uma temeridade, algo que nos pegou durante o processo de ensaios. Já o aquecimento global é uma realidade. Quando estreamos, as temperaturas beiravam os 40°C. Voltei a São Paulo após anos e vi dezenas de pessoas morando e dormindo no Trianon, na Paulista, pelo Centro. A miséria é algo que me sufoca e me entristece. Estamos dentro de um momento histórico meio apocalíptico e o Gerald usa muito isso no texto também. O espetáculo tem esse perfume dos dias em que vivemos.
No documentário “Mise en Scène”, sobre o ofício do ator – foto divulgação | TV Globo
Traidor
Em cartaz até o dia 17 de dezembro no Teatro Antunes Filho, no Sesc Vila Mariana.
Rua Pelotas, 141, Vila Mariana,
Tel. 5080-3000.
Ingressos de R$ 18 a R$ 60.
O chef João Diamante já trabalhou com muita lagosta e caviar na cozinha do estrelado Alain Ducasse, em Paris. Agora, no recém-inaugurado Diamante Gastrobar, ele prepara deliciosos petiscos e pratos a partir de miúdos e carnes menos nobres. Esses são os casos dos croquetes de rabada, do tempurá de sardinha, da língua de boi braseada, da moela Bourguignon (releitura do famoso clássico francês normalmente elaborado com músculo bovino) e das pipoquinhas de coração de galinha. A proposta do chef é mostrar a riqueza da gastronomia brasileira – mesmo quando baseada em ingredientes nacionais que são estigmatizados e desprezados por pura falta de conhecimento de seu potencial.
A nutricionista Letícia Fassio é quem comanda os trabalhos no Let’s Café, que tem em seu cardápio sobremesas e bolos com um apelo afetivo e saudável
O Let’s Café é um dos melhores deliveries de doces artesanais e afetivos do Rio de Janeiro. Tudo tem um jeitinho caseiro, um frescor marcante e a assinatura da nutricionista Letícia Fassio, que aposta em insumos de qualidade e evita conservantes, corantes, gordura hidrogenada e aditivos químicos. Em seu cardápio de gostosuras, os destaques são os bolos de laranja, de cenoura com brigadeiro, de milho com calda de goiabada, Formigueiro e Red Velvet. A lista inclui ainda a cheesecake de frutas vermelhas (com base de biscoito belga Lottus Biscoff) e a equilibrada Tarte au Citron, finalizada com merengue suíço maçaricado.
foto divulgação
Para quem está atrás de algum salgado bem caprichado, Letícia prepara também pães de queijo tipo Gougère, quiches de alho-poró, de bacalhau e de brie com geleia de damasco.
Let’s Café
Avenida Pref. Dulcídio Cardoso, 2.500, Barra da Tijuca.
Pedidos pelo aplicativo Goomer ou pelo telefone/whatsapp 21 98258-8477.
Cada vez mais gente se aventura até Piranhas, no interior de Alagoas, para visitar os embasbacantes cânions do rio São Francisco, se deliciar com as maravilhas da gastronomia neo-sertaneja e garimpar lindas peças de artesanato – em especial bordados e esculturas de madeira entalhada
Foi naquele fatídico 28 de julho de 1938, quando Lampião e os cangaceiros de seu bando foram capturados, mutilados e tiveram suas cabeças expostas em frente à prefeitura que a cidade alagoana de Piranhas ficou conhecida nacionalmente. Nos últimos anos, a localidade vem frequentando o noticiário por outras razões bem mais lisonjeiras.
Primeira cidade do semiárido nordestino tombada pelo IPHAN como Patrimônio Histórico e Paisagístico Nacional, Piranhas atrai cada dia mais forasteiros interessados em se esbaldar nas praias do majestoso rio São Francisco, conhecer os cânions de Xingó e visitar os ateliês de bordadeiras e artesãos que entalham as peças de madeira que adornam cada vez mais galerias e residências do Recife, do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Vista aérea dos cânions do Xingó – foto divulgação
Localizada a 290 km de da capital Maceió, Piranhas é uma joia preservada às margens do Velho Chico que, nesse trecho, tem águas límpidas e fresquinhas – ideais para aquele mergulho providencial para aplacar o calorão de mais de 30°C constante durante o ano todo. Do pequeno porto, “voadoras” saem com destino aos vilarejos de Entremontes e Ilha do Ferro, onde habitam artesãos que já estão ganhando fama no Brasil todo, como Mestre Vavan, Valmir Lessa, Zé Crente, Camille, Salvinho, Jordânia e Bedeu.
Uma visita a esses povoados é um programa obrigatório – ainda mais se incluir um almoço na Pousada da Vana, que serve legítimas galinhas guisadas e exóticos ceviches de piranha.
Para se aventurar pelos deslumbrantes cânions da represa formada pela usina hidrelétrica de Xingó, os passeios de catamarã saem toda manhã do restaurante Karranca’s, que fica na outra margem do rio, no município sergipano de Canindé de São Francisco. Se a ideia é fazer um tour mais exclusivo, contate as eficientes e gentilíssimas Maria e Jéssica, da agência de turismo receptivo Além dos Cânions pelo tel. 82 98146-6979.
Com 65 km de extensão, os cânions do Xingó têm paredões de até 50 metros de altura. A água com tons esverdeados contrastando com as paredes rochosas avermelhadas formam um cenário deslumbrante. Se esgueirar de bote a remo pela Gruta do Talhado faz você se sentir em Petra (na Jordânia) ou em alguma fenda do Grand Canyon, nos Estados Unidos.
Gruta do Talhado – foto Kike Martins da Costa
A região já serviu de cenário para novelas como “Mar do Sertão” e “Velho Chico”. Nos próximos meses, receberá as equipes de filmagem das séries “Guerreiros do Sol” (da GloboPlay) e “Maria Bonita” (da Disney+, estrelada por Ísis Valverde).
De volta a Piranhas, passeie pelo Centro Histórico para conferir seu gracioso casario colorido e, se você programar a sua viagem à cidade no mês de agosto, aproveite para curtir o Festival Gastronômico que reúne barraquinhas da hamburgueria Terra Tupi (que serve burgers de bode com geleia de caju), do Quilombo do Sítio Lages (que oferece divinos ensopados de frango com xerém e picles de maxixe) ou do restaurante Vixe Mainha, onde o destaque é o Risoto da Caatinga – à base de carne seca desfiada, nata, abóbora e pipoquinhas de queijo coalho.
Centro histórico de Piranhas – foto divulgação
Quem quiser uma refeição mais elaborada precisa conhecer o restaurante Nalva Cozinha Autoral, comandado pelo chef Antonio Mendes. Nascido em Maceió, ele mistura técnicas da alta gastronomia com ingredientes tipicamente nordestinos. Para o cardápio do Nalva, concebeu maravilhas como o Arupemba (carne de sol com demi glace de rapadura), a terrine de rabada com mil-folhas de macaxeira, o Hot Bode (sanduba de linguiça de bode com ketchup de goiabada e maionese de cacto) e o engenhoso torresmo falso de feijão verde e rabada.
Área externa do restaurante Nalva – foto Rui Nagae
No salão do Nalva, obras de arte feitas na região decoram os ambientes (e podem ser compradas), a trilha sonora ajuda a criar uma alegre atmosfera sertaneja 2.0 e a simpática brigada é um desfile daqueles rostos lindos que compõem a diversidade brasileira. “A intenção aqui é preservar e valorizar ao máximo a cultura nordestina – na arquitetura, no artesanato e, claro, na comida”, resume o talentoso chef Antonio. O Nalva fica na rua José Martiniano Vasco e, para reservar uma mesa, ligue no tel. 82 98153-3801.
Infelizmente Piranhas ainda tem uma oferta pobre de hotéis, pousadas e casas para locação via Airbnb. Mas o hotel Pedra do Sino tem instalações confortáveis e uma convidativa piscina com vista para as curvas do São Francisco. As diárias são na faixa dos R$ 400 e as reservas podem ser feitas pelo tel. 82 98807-3918.
Hotel Pedra do Sino, em Piranhas – foto Kike Martins da Costa
A festa Latin America’s 50 Best Restaurants inclui a realização de jantares preparados por premiados chefs internacionais
Na última semana deste mês de novembro, o Rio de Janeiro será a capital da gastronomia latino-americana. É que acontece na cidade a premiação do Latin America’s 50 Best Restaurants. Criado em 2013, o ranking será divulgado em uma noite de gala no Belmond Copacabana Palace Hotel, na terça, dia 28.
Pía León, do Central – foto divulgação
Em 2022, o peruano Central, comandado por Virgilio Martínez e Pía León, encabeçou a lista. O único brasileiro no Top 10 do ano passado foi o paulistano Casa do Porco, que ficou na 4ª posição. A propósito, no evento carioca, a chef Janaína Torres Rueda será anunciada como a Best Female Chef do continente. Ativista da gastronomia social, ela é a décima a receber o prêmio.
Janaína Torres Rueda, da Casa do Porco – foto divulgação
Além da cerimônia de entrega dos prêmios aos melhores da região, o evento movimenta a cena gastronômica carioca, com a realização dos jantares da série 50 Best Signature Sessions. O Naturalie Bistrô, da chef Nathalie Passos, recebe o colombiano Alvaro Clavijo (do El Chato, de Bogotá) e Tássia Magalhães (do paulistano Nelita) no sábado, dia 25, para um jantar baseado em vegetais. O preço por pessoa é R$ 600.
No Hotel Fairmont, o evento Tomas ao Cubo reúne três chefs xarás no domingo, 26: Thomas Troisgros (que comandou o estrelado Olympe), Tomas Kalika (do Mishiguene, de Buenos Aires) e Tomás Bermúdez, do La Docena, de Guadalajara. Em formato de coquetel, com serviço volante de mini-porções, o encontro acontece ao pôr do sol, à beira da piscina do hotel, com vista para a praia de Copacabana, música ao vivo e DJ. O ingresso custa R$ 1.000 por pessoa.
Tomas Kalika, do Mishiguene – foto divulgação
No Oteque, do chef Alberto Landgraf, o jantar do dia 26 é preparado a seis mãos, com a colaboração de Pía León (do peruano Central) e Santiago Lastra (do Kol, de Londres). Para participar, cada comensal deve desembolsar R$ 3.000 – o valor inclui a harmonização com vinhos. No Lasai, Rafa Costa e Silva recebe o lendário chef espanhol Andoni Luis Aduriz, do Mugaritz, de San Sebastián. O jantar do dia 29 tem também a colaboração do chileno Rodolfo Guzmán, do Boragó, de Santiago. O valor de R$ 2.950 por pessoa inclui as bebidas.
Também no dia 29, o restaurante Sud Passaro Verde sedia um jantar comandado por três ganhadoras do prêmio Latin America’s Best Female Chef: a gaúcha radicada no Rio de Janeiro Roberta Sudbrack (vencedora em 2015), Narda Lepes (a escolhida de 2020, que comanda o Narda Comedor, de Buenos Aires) e Janaína Rueda, d’A Casa do Porco. O menu com seis pratos custa R$ 600 por pessoa (valor que não inclui as bebidas).
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