Conheça 3 livros escritos por monges modernos para te inspirar

Conheça 3 livros escritos por monges modernos para te inspirar

A sabedoria milenar do budismo pode ser acessível e prática, revelam livros lançados por monges da atualidade

As incertezas, o isolamento e as emoções que vieram com a pandemia têm tornado os brasileiros ainda mais ansiosos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão.

 

Foto divulgação - Pexels Prasanth Inturi

Foto divulgação – Pexels Prasanth Inturi

 

Diante de tanta imprevisibilidade e angústia, os respiros são essenciais. Para mergulhar em águas mais acolhedoras, calmas e até divertidas, o livro de Jay Shetty, “Pense Como um Monge” (Ed. Sextante), traz tudo isso. Recém-lançada, a obra desse jovem britânico de ascendência indiana não entrega receitas prontas, mas oferece as reflexões de sua experiência singular com o budismo.

Em 2010, aos 22 anos, Jay decidiu largar o bem-sucedido mercado financeiro londrino para se tornar um monge na Índia, onde viveu durante três anos. Entretanto, um de seus mestres um dia lhe disse que ele poderia fazer muito mais pelo mundo se deixasse a sua vida monástica e passasse a compartilhar suas ideias com as pessoas. O mestre estava certo. Hoje Jay é um dos influenciadores mais impactantes de sua geração, além de coach de diversas personalidades.

No livro, o autor não prega o abandono da vida cotidiana, mas uma nova visão para encarar dificuldades e desafios como oportunidades de crescimento. “Em primeiro lugar, monges não nasceram monges. Eles são pessoas com todo tipo de origem, que decidiram se transformar. Não é preciso acender velas em casa, andar descalço ou postar fotos de si mesmo fazendo a postura da árvore no alto da montanha. Tornar-se monge é uma atitude mental que qualquer um pode adotar. Um monge é um viajante, só que a viagem é para dentro”, Jay ressalta.

 

Foto Divulgação

 

Outro lançamento interessante é o livro “Em Busca do Tempo Presente”, da monja francesa Kankyo Tannier, que sugere a abertura de espaços de calma e presença no nosso dia a dia, pequenos rituais de encantamento e alegria com a vida: “Conectar-se com a natureza, em vez de utilizá-la. Estar na vida em vez de usá-la como palco”.

Com sua abordagem leve e bem-humorada, que relata histórias e impressões pessoais, Kankyo desvenda a delicada magia do cotidiano que cada um de nós pode acessar para viver melhor.

 

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Já “O Bom Contágio” (Editora Best Seller), novo livro da Monja Coen, nos contamina com um vírus positivo, o da aceitação. “Somos o que somos. E o que somos é uma multiplicidade incessante de instantes, em que inúmeros sentimentos, sensações e percepções ocorrem. Libertar-se de apegos e aversões é libertar-se de si mesmo. Não é tarefa fácil. Inclui tristeza, sofrimento, angústia e luto. Luto por tudo o que criamos em torno de nós mesmos para autenticar um personagem irreal”, escreve a monja brasileira.

O contágio bom, para Coen, é espalhar e viralizar ternura e cuidado. “Aprendemos coisas boas, novos sentimentos, podemos mantê-los vivos mesmo que só por alguns momentos. Chega de reclamar, de falar mal, de mentir, de odiar. É tempo de reconexão, de realinhamento. Mudamos. Não somos mais quem éramos e nem quem seremos. Neste agora passageiro, passemos adiante a capacidade humana de regeneração, de cura, de compartilhamento, de alegria, de vitalidade e de paz. Que todos os seres se beneficiem”, ela escreve, trazendo um alento nesses tempos difíceis.

 

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