A jornalista e apresentadora Ana Paula Padrão agora é CEO e está à frente de uma inovadora formação para empresárias, empreendedoras e executivas que buscam se desenvolver e ascender em suas carreiras
Ana Paula Padrão carrega credibilidade e colhe sucesso pelos diferentes caminhos que percorreu. Por quase 30 anos, ela foi jornalista e protagonizou coberturas importantes que exigiam comprometimento e seriedade. Eleições presidenciais, conflitos e guerras, manifestações e grandes eventos políticos e sociais fazem parte de um extenso portfólio que comprova a versatilidade de suas apurações.
Mas a mudança é a única certeza. Das ruas e das bancadas de noticiários, como do ‘Jornal da Globo’ e do ‘SBT Brasil’, ela se direcionou a outros rumos. A postura elegante e sua clareza ao se comunicar, que conquistaram a confiança do público, foram levadas a um formato mais dinâmico e descontraído da televisão brasileira, o ‘MasterChef Brasil‘ – reality show da Band que apresentou por 10 anos. “Demorei para assimilar que ali eu podia me emocionar na frente das câmeras”, lembra.
A jornalista Ana Paula Padrão – foto Marcelo Brum
Todo o aprendizado das telas e das coberturas jornalísticas formaram uma profissional respeitada e admirada, principalmente por outras mulheres. Aos 58 anos, Ana Paula atualmente é CEO da Conquer Unna – comunidade de desenvolvimento de lideranças femininas, com mentorias e cursos. Na balança dos avanços e desafios, ela colhe amadurecimento e reúne muitos conselhos a passar a diante. “Venho aprendendo quem eu sou. Autoconhecimento é o que de mais importante podemos conquistar na vida”, define.
Em entrevista à 29HORAS, Ana Paula Padrão discorre sobre suas transições de carreira, compartilha detalhes dos desafios e dos aprendizados de cada fase, reflete sobre empoderamento feminino e relembra as inspirações que recebeu ao longo de sua diversificada vida pessoal e profissional. Confira os principais trechos a seguir:
Agora você é a curadora da formação em liderança para mulheres da Conquer Business School. Como foi desenhar esse curso? Quem são as alunas que vocês pretendem atingir?
Na verdade, criamos uma empresa completamente nova, a Conquer Unna em sociedade com a Conquer Business School. Sou a CEO da Unna e curadora de todo o conteúdo, que foi desenvolvido para a formação de lideranças femininas. São várias formações, online, mas também com imersões presenciais. Estamos construindo uma esteira com diferentes produtos, mas todos se destinam a preparar a mulher para dar o próximo passo em sua carreira.
E quem são as professoras e as profissionais envolvidas nessa formação? Como foi o processo de escolha das colegas?
Meu interesse pelo desenvolvimento de mulheres vem de longe, comecei a estudar comportamento e formação de autoestima femininas há mais de 20 anos e, desde 2010, reúno mulheres em grupos e eventos presenciais. Nessa trajetória conheci muitas mulheres interessantes do mundo do trabalho com quem desenvolvi diversas iniciativas e algumas dessas amigas estão comigo na Unna. Também encontrei, na Conquer, líderes femininas que imediatamente abraçaram a ideia dessa nova unidade de negócios voltada apenas para formação feminina e que têm sido fundamentais na construção do negócio.
foto Marcelo Brum
Qual é a importância de uma comunidade de mulheres focada em liderar negócios? Esse formato se inspira em outros já existentes mundo afora?
Olhando para uma perspectiva histórica, temos pouco tempo de inserção no mercado de trabalho e entramos nas empresas copiando a gestão masculina. Fomos compreendendo, com o tempo, que a carreira feminina nas corporações precisa de uma jornada própria que considere nossa imensa responsabilidade na economia do cuidado, na maternidade e em um modo diferente de fazer gestão de processos e de pessoas. Algumas empresas estão compreendendo essa necessidade e penso que há uma saudável pressão para que a diversidade se torne uma das prioridades dos gestores.
A Unna colabora nesse processo de formar mulheres para que se tornem líderes completas, inteiras e prontas para usar a própria voz. Não temos um benchmark: há empresas que atuam bem no B2B, outras no B2C, queremos jogar nos dois campos – o que é bastante desafiador, mas torna o processo mais interessante também!
Como você falou, vivemos em um tempo em que avançamos com a maior presença feminina no mercado de trabalho e em posições de destaque, mas ainda há machismo e ataque a esses mesmos avanços. Quais são, na sua visão, os principais obstáculos que as mulheres enfrentam ao tentar ascender profissionalmente?
Os desafios que envolvem uma cultura machista e baseada na suposição de que todo o trabalho do cuidado (com os mais velhos, com as crianças, com a higiene doméstica, com a alimentação de todos, com os doentes etc.) deve ser feito por mulheres são bastante conhecidos. Acredito que, além deles, a mulher enfrenta outros desafios relacionados à socialização: aprendemos desde cedo a “ser boazinha”. A ambição é compreendida como negativa em mulheres e positiva nos homens, o que nos leva a ter mais dificuldade na hora de enfrentar situações profissionais em que qualidades como ser ambiciosa, assertiva e determinada são tão importantes quanto ser sensível e atenta. A Unna treina mulheres para separar o que é personalidade daquilo que é apenas a cultura agindo sobre elas.
Nesse novo capítulo de sua carreira, o que você mais aprendeu sobre si mesma enquanto trabalha para empoderar outras mulheres?
Venho aprendendo quem eu sou, sinceramente. Autoconhecimento é o que de mais importante podemos conquistar na vida. Só se conhecendo, uma pessoa pode tomar decisões acertadas para si e se libertar da tendência de fazer escolhas com base nas expectativas que os outros têm de você – vejo que é um processo especialmente comum na vida das mulheres.
foto Marcelo Brum
Para as mulheres jovens que estão começando suas carreiras hoje, quais conselhos você daria para que elas possam se destacar e se tornar líderes em suas áreas, mantendo a autenticidade?
O mais importante é estabelecer metas alcançáveis para a carreira e cumpri-las. Vivemos um momento de glamurização dos processos ultrarrápidos e a carreira é o contrário disso: aqueles que muito jovens lançam e vendem startups por milhões viram super ricos, mas não super líderes! Isso exige constância, muito estudo e amadurecimento. Um degrau de cada vez!
Fazer uma transição de carreira pode ser difícil, mas você já se desafiou em algumas. Como foi passar de âncora de jornal à apresentadora do MasterChef? Como foi transitar de um ambiente profissional mais rígido para um mais descontraído?
Acho que o mais importante na transição é a certeza de que aquilo que está ficando para trás já não te apaixona mais. Exerci o jornalismo por quase 30 anos e quando decidi sair eu sabia que teria orgulho para sempre da minha trajetória, mas que não teria saudade daquela rotina ou daquele reconhecimento. Quando fui para o MasterChef, tive que começar tudo de novo! E não foi simples a adaptação. Demorei mais de um ano para assimilar que ali eu podia me emocionar na frente das câmeras. Pude ser mais eu!
Ana Paula Padrão como âncora do ‘Jornal da Globo’ – foto divulgação / Globo
Qual era a sua relação com o MasterChef antes de apresentá-lo?
Eu nem sabia que havia um formato chamado MasterChef em dezenas de países do mundo. No Brasil fomos pioneiros, então eu tive que construir meu próprio jeito de apresentá-lo. Foram 10 anos maravilhosos e tenho certeza de que na próxima temporada a ser gravada, e que será a primeira sem mim, o programa estará incrível e que eu baterei palmas para minha ‘família MasterChef’.
E em que as experiências que você teve no jornalismo e na apresentação de programa de TV agregam no universo corporativo?
Acho que minha nova ocupação é o aproveitamento máximo da mulher que eu me tornei. Liderar pessoas com atenção e processos com humildade exige maturidade – principalmente nesse setor da educação! Sinto-me no lugar certo e na hora certa.
Quais líderes mais te inspiraram nessas diferentes fases profissionais? Quais direcionamentos foram os mais importantes?
Nunca tive um mentor ou mentora, quando entrei no mercado de trabalho isso não era comum. Então, talvez por ser uma jornalista de formação, eu gosto muito de conversar com pessoas e a partir desses papos fui enxergando o caminho que queria traçar. Fui aprendendo com cada uma dessas pessoas alguma qualidade e isso se transforma em um mosaico na minha cabeça. Tento ser um pouquinho de cada uma dessas mulheres – a maioria anônimas – que conheci e admirei por alguma característica especial.
Apresentando a primeira temporada do ‘MasterChef Confeitaria’ – foto Marcelinho Santos / Band
Como jornalista, quais coberturas mais te marcaram? Ser uma mulher nessa área ainda é desafiador em algum sentido ou há mais obstáculos em determinados segmentos de cobertura?
O jornalismo não é uma profissão considerada masculina. Embora os acionistas das principais mídias sejam homens, há muitas mulheres ocupando postos de comando nas redações e muitos exemplos de grandes colunistas mulheres na política e na economia, por exemplo. Talvez áreas específicas como a cobertura esportiva ainda sejam territórios mais desafiadores para as mulheres, mas eu nunca me senti impedida de me candidatar a coberturas perigosas, como em regiões de conflito, por ser mulher.
Além da Conquer Unna, quais outros projetos você pretende desenvolver nesta nova fase?
Não penso em outros projetos agora. A Unna é uma empresa que está nascendo e vai exigir meu foco e minha dedicação por muito tempo ainda!
Para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo, a hotelaria de luxo precisa valorizar a experiência dos clientes em todos os detalhes e momentos
A hotelaria contemporânea evoluiu para além das acomodações e serviços sofisticados; hoje, se apresenta como a arte de criar experiências. Em um mercado cada vez mais competitivo e sensível a detalhes, a capacidade de personalizar e surpreender os hóspedes tornou-se o principal diferencial. Nesse cenário, o que faz um empreendimento se destacar é sua habilidade de traduzir o que os viajantes modernos realmente buscam: momentos inesquecíveis e uma conexão genuína com o destino.
Hotéis que integram elementos do entorno local, explorando a cultura, a natureza e o bem-estar, conquistam clientes pela autenticidade. No Ponta dos Ganchos, exemplificamos bem essa abordagem ao oferecer atividades como o programa “Re-energize”, que une práticas de bem-estar e a conexão com a natureza, meticulosamente pensado para nutrir corpo, mente e alma. Outra opção de atividade é a “Rota das Abelhas” – uma imersão por uma trilha ecológica preservada, onde os hóspedes podem entrar em contato com diferentes espécies de abelhas e degustar receitas únicas, que incorporam o mel produzido no local.
Praia privativa do hotel Ponta dos Ganchos, em Governador Celso Ramos, em Santa Catarina – foto divulgação
Outra estratégia para fidelizar os clientes é criar experiências que vão além do físico. A presença digital é uma ferramenta indispensável para destacar um empreendimento. Um conteúdo relevante desperta o desejo de viagem nos clientes antes mesmo que escolham um destino, pois já iniciam a imersão no hotel quando ainda estão em casa. Redes sociais, campanhas visuais bem planejadas e parcerias com influenciadores são recursos que permitem às marcas conectar-se diretamente com seus futuros hóspedes e transmitir a essência do que oferecem.
É fundamental ainda garantir que a audiência encontre o hotel com facilidade. Nesse sentido, desenvolvemos um novo site que não apenas reflete nosso padrão de serviço excepcional, mas também apresenta uma experiência de navegação intuitiva, impactando diretamente o crescimento de nossas reservas. E aparecer entre os primeiros resultados de busca, especialmente em pesquisas voltadas para experiências personalizadas ou destinos de bem-estar, amplia significativamente o alcance global. No Ponta, adotamos ferramentas para consolidar nossa visibilidade na América do Sul e ampliar nossa presença nos mercados norte-americano e europeu.
O mercado da hospitalidade é dinâmico e desafiador. Diferencia-se quem entende que cada detalhe conta, seja na experiência in loco ou no relacionamento digital com o cliente. Hotéis que investem no cuidado com seus serviços, na personalização das experiências e na comunicação eficiente com seu público não apenas conquistam espaço, mas redefinem o padrão da excelência.
*Luiza Mattos é diretora de marketing do Ponta dos Ganchos, referência em hotelaria de alto padrão no Brasil.
Com expansão de infraestrutura e estratégias de marketing inovadoras para atrair mais consumidores, a BYD se torna líder na venda de híbridos e elétricos no país
Com sede na China, a primeira fábrica da BYD no Brasil foi inaugurada em 2015, em Campinas, para montar ônibus 100% elétricos. Dois anos depois, a empresa iniciou a produção de módulos fotovoltaicos e, em 2021, passou a comercializar carros no país. O trabalho e a inovação constantes trouxeram a liderança na venda de veículos 100% elétricos em 2023, comercializando mais do que o dobro de todos os concorrentes combinados. “Já atingimos a marca de 60 mil veículos vendidos em 2024 — um crescimento de 227% em relação ao ano anterior”, afirma Alexandre Baldy, Vice-Presidente Sênior da BYD Brasil e Head Comercial e Marketing da BYD Auto.
Eleita pela revista americana “Times” como uma das 100 empresas mais influentes do mundo, a BYD integra o Pacto Global das Nações Unidas (ONU), uma iniciativa que fornece diretrizes para a promoção do crescimento sustentável e da cidadania. Em entrevista à 29HORAS, Alexandre Baldy aprofunda as tendências de novos modelos, tecnologias e iniciativas de marketing no segmento de carros elétricos no Brasil.
Alexandre Baldy, VP Sênior da BYD – foto divulgação
Como a marca adapta sua estratégia de marketing para atingir os consumidores brasileiros ainda pouco familiarizados com a mobilidade elétrica?
A BYD chegou para revolucionar o mercado brasileiro com carros mais tecnológicos, seguros, bem equipados, com acabamento premium e um excelente custo-benefício. Nossas ações têm como objetivo promover a mobilidade elétrica como uma opção viável e sustentável. O apresentador Luciano Huck tem sido um grande parceiro da marca e nos ajudou a levar a mensagem da BYD para milhões de brasileiros. Somos uma greentech com o maior time de pesquisa e desenvolvimento entre todas as montadoras do mundo. Mais de 100 mil engenheiros trabalham para desenvolver novas tecnologias e aprimorar nossos produtos.
Somente em outubro deste ano, superamos nossa marca histórica mensal de mais 9 mil vendas e 7,4 mil unidades emplacadas no Brasil. No entanto, apesar dos números positivos e com uma forte tendência de crescimento, temos um desafio de enfrentar notícias falsas e levar informação verdadeira para que as pessoas entendam os benefícios da eletrificação, ainda mais no Brasil que possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo.
Além do enfrentamento à desinformação, quais outros desafios a BYD observa no mercado brasileiro?
Estamos fortemente empenhados com o mercado brasileiro, e a construção da nossa fábrica em Camaçari, na Bahia, é um exemplo desse compromisso. Não à toa, estamos investindo R$5,5 bilhões na nossa nova planta, que, além de criar 20 mil empregos diretos e indiretos, terá capacidade para produzir até 150 mil veículos por ano em uma primeira fase de operação e 300 mil em um momento posterior. Temos também um projeto importantíssimo em andamento: estamos desenvolvendo o motor híbrido flex que, além da gasolina, pode utilizar etanol, um combustível verde e produzido em larga escala no nosso país. Mas o principal desafio é a infraestrutura de recarga. Precisamos ter cada vez mais carregadores, especialmente os de alta velocidade para facilitar o deslocamento nas cidades e nas estradas. Fizemos uma parceria com a Raízen Power para a instalação de 600 carregadores em oito cidades e o número deve crescer ainda mais.
Modelo BYD King, novo sedã híbrido da marca – foto Pedro Bicudo
Como a marca planeja se diferenciar de outras que adentram o segmento de mobilidade elétrica no país?
Temos uma abordagem profundamente enraizada no Brasil e uma visão de longo prazo. Esse compromisso se estende à nossa estratégia de integração de diversas soluções de mobilidade sustentável, incluindo carros elétricos, ônibus, caminhões, sistemas de transporte ferroviário (como o SkyRail, monotrilho da linha 17-Ouro do metrô de São Paulo), além de módulos fotovoltaicos para energia solar. Essa estratégia nos permite oferecer não apenas veículos, mas um ecossistema completo que tem como foco reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Em nossa comunicação, enfatizamos essa visão ampla e integrada, destacando que a BYD é uma parceira no desenvolvimento de um mundo mais verde e inovador.
Quais são os planos da empresa para o futuro próximo no Brasil em termos de novos modelos, tecnologias e iniciativas de marketing?
A BYD planeja consolidar sua presença com produção local de veículos, incluindo novos modelos elétricos e híbridos. Como nosso maior mercado fora da Ásia, o Brasil é um país estratégico para a expansão global da marca, e nossa meta é estar entre as três marcas mais vendidas nos próximos cinco anos. Esse crescimento será apoiado pela expansão da rede de concessionárias, que deve fechar em 2024 com mais de 150 unidades em operação pelo Brasil. Nosso objetivo é conectar a BYD aos brasileiros como a marca líder em mobilidade elétrica. Para isso, desenvolvemos estratégias de marketing que mostram os benefícios de economia, sustentabilidade e tecnologia dos nossos veículos.
Interior do BYD King – foto Pedro Bicudo
BYD
• 1.000 colaboradores no Brasil
• Chegou ao país em 2014
• 7 em cada 10 carros elétricos vendidos no Brasil são da marca
• Líder na venda de carros híbridos
Neste mês, HSM+ reúne diferentes líderes e CEOs, e conta com as principais vozes globais em tecnologia, ciência, marketing e sustentabilidade
A 24ª edição do HSM+, que promove debates com executivos, CEOs e empreendedores, acontece nos dias 26 e 27 de novembro, no Transamérica Expo Center, sob o tema “Conexões Significativas”. Na abertura, a atriz Denise Fraga apresentará um monólogo criado especialmente para o evento.
A feira terá como principais palestrantes Scott Galloway, reconhecido como guru do Vale do Silício, que explora o impacto das tecnologias exponenciais; Roman Krznaric, criador do Museu da Empatia e pesquisador do Clube de Roma, um dos principais centros de pesquisa científica do mundo, além de ser membro fundador da The School of Life; e Philippa Perry, psicoterapeuta, que defende um mundo de atenção compartilhada e menos sustentado por vícios em telas.
Palestras na edição passada da feira HSM+ – foto Helena Yoshioka
O público também poderá conferir insights de nomes como Neil Patel, cofundador da NP Digital, reconhecido como um influenciador de destaque pelo “The Wall Street Journal” e um dos dez melhores profissionais de marketing; além dos brasileiros Marcelo Pinheiro, head de Cibersegurança do Google, e as ativistas Neidinha Suruí – indigenista e fundadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé – e Txaí Suruí, única brasileira que discursou na COP26, em Glasgow, onde destacou a necessidade de defender a Amazônia contra o desmatamento.
O 24º HSM+ contará com espaços de cafés para networking, showcase, lounges, workshops, áreas de experiências imersivas, exposições e interações tecnológicas. Um dos pontos altos desta edição é a chance que o participante terá de adaptar sua experiência por meio de trilhas de conteúdo, além de ter a possibilidade de receber um certificado oficial da HSM ao completar uma carga horária específica nessas trilhas, que abrangem temas como Gestão ESG, Marketing e Growth, Tecnologias Exponenciais, Inovação e Disrupção, IA e Big Data, Economia e Finanças, Produtividade Consciente, Liderança Transformadora e Economia Prateada.
A feira conta com espaços para networking – foto Helena Yoshioka
HSM+ 2024
Transamérica Expo Center
Avenida Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387, Santo Amaro.
Ingressos a partir de R$ 5.399 em https://hsmmais.com.br
Henry & Klauss encerra sua turnê dia 26 na Arena Farmasi, com incríveis números de ilusionismo e muita conexão com a plateia
Nascidos em Belo Horizonte há 32 anos, Henry Vargas e Klauss Durães começaram a fazer truques com cartas e moedas desde a infância e, quando tinham 14 anos, se conheceram em um clube de mágicos da cidade. Aos 17 anos, formaram a dupla Henry & Klauss, que há uma década faz sucesso não só no Brasil como também nos Estados Unidos, na Europa e até na Ásia.
Em 2021 e 2023, a dupla de ilusionistas teve quadros fixos em programas de grande audiência da TV brasileira – o “Fantástico” e o “Domingão com Huck” – e em julho de 2022 encantou o júri do programa “America’s Got Talent”, na rede NBC, da TV norte-americana. Para coroar todo esse trabalho, em novembro de 2023, os mineirinhos receberam na França o Mandrake d’Or, considerado o “Oscar da Mágica”.
Henry (à esquerda) e Klauss – foto Taylor Wong
O pequeno negócio, que começou timidamente com apresentações em eventos corporativos de Belo Horizonte, hoje se transformou em uma grande empresa, que tem dezenas de funcionários, já levou suas performances às principais capitais mundiais do entretenimento (como Las Vegas, Los Angeles, Paris, Roma e Xangai) e fatura mais de R$ 30 milhões por ano. No lugar dos manjados esquetes envolvendo pombos e coelhos, a dupla se notabilizou por encenar números grandiosos, envolvendo explosões, carros em alta velocidade, levitações, aparições surpreendentes e escapadas eletrizantes. Referências no chamado “Novo Ilusionismo”, Henry e Klauss desenvolvem apresentações em que o impossível é desafiado de forma inteligente e tecnológica.
Depois de rodar o país com a turnê do espetáculo “Illusion Show’’, os mágicos agora chegam ao Rio de Janeiro, onde fazem uma apoteótica apresentação no dia 26 deste mês de outubro, na Arena Farmasi.
Em entrevista concedida à 29HORAS, Henry e Klauss falam um pouco de sua arte, dos riscos envolvidos nessa atividade tão peculiar, do fascínio que seus truques exercem na plateia, das possibilidades e das novas obrigações advindas da tecnologia e de seus projetos para 2025. Confira nas páginas a seguir os principais trechos dessa conversa:
Nos dias de hoje, com trapaceiros e golpistas por todo canto, vocês parecem ter um salvo-conduto: ninguém gosta de ser enganado, mas todo mundo tem um fascínio pelos feitos dos mágicos e ilusionistas. Como explicar isso? Klauss: Somos diferentes desse pessoal, nós iludimos honestamente! (risos) Henry: A verdade é que nós trabalhamos em um conceito que foi batizado de ‘Suspensão da Descrença’. Nosso trabalho tem uma licença poética. Nós fazemos como os atores fazem no teatro, no cinema e na TV: nem mesmo um Super-Homem é capaz de voar, o Scooby-Doo é um cachorro e cães não falam, o ET não veio à Terra. O nosso objetivo é o mesmo desses personagens: criar emoções, encantar. A cada show, é como se nós fizéssemos um filme ao vivo. Na TV dos Estados Unidos, os combates de luta-livre são todos combinados e coreografados. As pessoas sabem que nada daquilo é verdade, mas gostam de ver.
Henry levita em um dos números do final do espetáculo “Illusion Show”, que rodou o país e chega este mês à Arena Farmasi, no Rio – foto divulgação
Mas vocês já foram “xingados” na rua de bruxos, feiticeiros ou ocultistas? Klauss: Na rua, nunca, mas nas redes sociais, sim, a todo momento. Outro dia mesmo recebi um e-mail enorme, nos acusando de sermos causadores do apocalipse. Mas, em geral, as pessoas nos tratam com carinho e admiração.
As novas tecnologias vêm facilitando ou complicando o trabalho de vocês? Klauss: A tecnologia é uma das marcas e um diferencial do nosso trabalho. Ela nos abre novas possibilidades, nos permite usar novos efeitos e nos coloca em uma conexão ainda mais forte com o público jovem. Mas, por outro lado, sua disseminação nos força a fechar mais e mais ‘portas’ por onde o público pode eventualmente decifrar e entender como fazemos os nossos números. A tecnologia deu mais poder ao público e nos impôs mais algumas obrigações e preocupações.
É por isso que a melhor forma de apreciar o trabalho de vocês é ao vivo? Henry: Sim. Hoje, com tanta gente produzindo deep fakes e usando programas de inteligência artificial sem ao menos avisar o espectador, tem também mais gente desconfiada de que tudo o que fazemos em vídeo é manipulado digitalmente. É por isso que muitas postagens de mágicos vêm com aqueles disclaimers de que “tudo que vocês vão ver é filmado sem retoques de computação gráfica” ou algo semelhante. E é também por isso que fazemos questão de reproduzir nos nossos shows os números mais vistos em vídeo na internet ou na TV. Tem muita gente que só acredita quando vê de perto a coisa acontecer.
Henry e Klauss participando do “Fantástico” – foto Divulgação / TVGlobo
Por falar em apresentações ao vivo, quais são os destaques desse espetáculo com o qual vocês rodaram o país em 2024 e agora trazem para a Farmasi Arena, no Rio? Henry: Fazemos aquele número do barril em chamas (que ficou famoso no “Fantástico”), eu e o Klauss voamos e depois fazemos uma criança da plateia levitar também. Mas o que mais impressiona é um número que executamos junto com o público. Todo mundo recebe quatro cartas de baralho na entrada do espetáculo e nós envolvemos o público num ato de ilusionismo. Ninguém acredita quando percebe que a mágica acontece em suas próprias mãos!
Quanto tempo e quanto dinheiro é consumido na concepção de um número novo para os seus shows? Henry: Os números mais complexos — que envolvem explosivos ou grandes voos e levitações — podem demorar até 6 meses de testes para ficarem prontos. E um número desses com tantos ensaios pode consumir até meio milhão de reais. Klauss: Temos um galpão em São Paulo que funciona como laboratório e palco para os nossos ensaios. Nossa equipe tem um total de 50 pessoas, entre engenheiros e técnicos de todo tipo. E todo mundo assina um termo de confidencialidade para não poder revelar os nossos segredos.
Por falar em dindim, é verdade que vocês faturaram R$ 30 milhões no ano passado? Klauss: Em 2023 faturamos R$ 30 milhões e este ano devemos fechar com um pouco mais do que isso. São R$ 10 milhões arrecadados só com bilheteria e mais R$ 20 milhões de outras fontes de receita, como shows corporativos, publicidade e a venda do nosso kit de mágicas.
Quanto custa esse kit? Qual a mágica mais bacana que ele ensina? Henry: Custa R$ 199, tem instruções online acessíveis por meio de QR codes e revela como são feitas mais de 60 mágicas. A que mais fascina as pessoas é uma que faz uma carta de baralho flutuar no ar.
Henry e Klauss no “Domingão com Huck” – foto divulgação
Quer dizer que, por menos de R$ 200 eu vou impressionar os meus coleguinhas fazendo uma carta voar? Klauss: Isso mesmo. E não é apenas uma parte das pessoas que compram o kit que saem encantando as pessoas por aí. Todo mundo aprende a fazer as mágicas da caixa!
OK, então esse é simples. Mas como é atuar naqueles números com fogo, água, velocidade? Vocês anulam todos os riscos? Sua atividade é 100% segura ou vocês já viram a morte de perto? Henry: Não existe número 100% seguro, mas minimizamos a probabilidade, passamos a maior parte do tempo desenvolvendo mecanismos de segurança. Klauss: Eu já vi a morte de perto em dois dos momentos mais importantes da nossa carreira. Durante uma gravação para o “Fantástico”, tivemos que repetir várias vezes um número em que eu escapo de um tanque d’água até ele obter o “take” perfeito. Na sétima vez, eu desmaiei, estava exausto…
E, no ano passado, na Itália, na apresentação do número que nos rendeu um dos nossos recordes mundiais, eu escorreguei ao sair da rota do carro que o Henry dirigia em alta velocidade. Os ensaios foram feitos em um tipo de piso, e lá era bem diferente. Ao sair, escorreguei e quase morri. Henry: Trabalhamos muito com o imprevisível também quando interagimos com o público. Nesses momentos, é difícil antecipar o que vai acontecer.
Se pudessem ter um superpoder, quais seriam as suas escolhas? Henry: Teletransporte, sem dúvida. Klauss: Teletransporte, também. Ia ser maravilhoso terminar o show e ir para a minha cama em um estalar de dedos. Ou então sumir quando alguém me fizesse uma pergunta complicada! (risos)
Já pensaram em adotar uma palavra mágica, tipo “Abrakadabra” ou “Rosan-Kobá”? Klauss: Não usamos esse tipo de bordão porque não gostamos dessas coisas típicas dos mágicos da Velha Guarda, como cartolas, coelhos, pombinhas brancas e mulheres serradas ao meio. Mas temos um slogan, que usamos em algumas ocasiões: “O impossível é uma ilusão’’.
No que cada um de vocês é melhor? Como é definida a divisão de trabalho nessa dupla? Henry: O Klauss tem um lado técnico que faz com que ele seja melhor na hora da concepção da engenhosidade que viabiliza o número. E ele é também muito bom na manipulação de cartas, chamas, moedas e fichas. Klauss: Já o Henry é excelente para criar a narrativa dos números, é ele quem desenvolve o contexto e a história que envolve os espectadores. Nossas principais habilidades são muito complementares.
A dupla no “America’s Got Talent” – foto divulgação
Qual sentimento vocês nutrem pelo Mister M? Henry: Não dá para tirar dele o mérito de ter colocado a mágica no centro de todas as conversas nos anos 1990. Isso foi muito positivo. Mas ele era um fanfarrão, e acabou disseminado a ideia de que mágicos eram impostores que só queriam enganar o público. Essa parte não foi nada positiva… Klauss: É difícil definir se ele era um mágico ou um anti-mágico.
Participar de programas de grande audiência como o “Fantástico” e o “Domingão” foi importante para vocês e para a mágica no Brasil? Klauss: Fazia 20 anos que a Globo não tinha números de mágica em suas principais atrações. Depois dessas apresentações, ficamos muito mais conhecidos e até recebemos convites para participar de programas no exterior, como o “America’s Got Talent” (da rede norte-americana NBC) e o “Penn & Teller: Fool Us” (lançado pela rede britânica ITV). Henry: Atuar na TV foi uma etapa importante na construção da nossa imagem, sem dúvida.
E o que vocês estão preparando para este final de ano e para 2025? Klauss: Ainda neste fim de ano, vamos gravar um especial para o Disney+, que deve ser disponibilizado para o público nas vésperas do Natal. Henry: Para o ano que vem temos muitos planos, mas uma coisa certa é que faremos uma temporada de várias semanas no Teatro Albéniz, em Madri, na Espanha. ♠
CasaCor São Paulo apresenta ambientes que trazem a identidade como essência e convida os visitantes a novas experiências gastronômicas imersas na mostra
A CasaCor São Paulo, principal evento de arquitetura, paisagismo e design de interiores das Américas, segue até 28 de julho, no Conjunto Nacional, com o tema “De Presente, O Agora”. Neste ano, a mostra ocupa um espaço de 9 mil metros quadrados de área construída, com uma configuração totalmente nova para os visitantes, que podem desfrutar de bons momentos com vista privilegiada para a arquitetura do icônico edifício modernista, assinado pelo arquiteto David Libeskind.
O circuito tem cinco áreas dedicadas a exposições e instalações artísticas e 70 ambientes entre oito estúdios e lofts, 16 casas, sete jardins, seis operações de restaurante, bar e café, quatro lojas e operações comerciais, além de quartos, lavabos, salas de leitura, home office, home cinema, lavanderia, cozinhas, livings e até um espaço de coworking totalmente funcional, que pode ser utilizado pelos visitantes.
O ambiente “Transcendendo Épocas”, de Brunete Fraccaroli – foto MCA Estudio
“De Presente, O Agora” convida a refletir sobre como as nossas decisões cotidianas impactam nas futuras gerações, afinal, sempre seremos ancestrais de alguém. Para apresentar uma mostra que surpreenda a cada novo ambiente visitado, os curadores Livia Pedreira, Pedro Ariel Santana e Cris Ferraz convidaram um elenco poderoso, que homenageia as mais diversas fontes das heranças culturais que formam o povo brasileiro, para responder a complexidade deste tempo.
A edição de 2024 vem repleta de nomes consagrados no mercado e traz projetos de Fernanda Marques, Brunete Fraccaroli, David Bastos, José Roberto Moreira do Valle, Leo Shehtman e Rosa May Sampaio. Os ingressos saem por
R$ 111 (inteira) na bilheteria digital (www.appcasacor.com.br).
Ristorantino Caffe, de Guardini Stancati Arquitetura – foto MCA Estudio
Uma novidade deste ano é que o visitante pode acessar todos os espaços gastronômicos e lojas de forma gratuita, como o buffet brasileiro do Badebec, a doceria saudável de Isabela Akkari e o moderno Bar Caracol. Entre os estreantes estão o italiano Ristorantino e o Bardega, especializado em vinhos.
Highlight
Sustentabilidade
O Carbon Free Summit busca transformar o cenário corporativo rumo a uma economia de baixo carbono. Com uma expectativa de público de 400 pessoas, o evento acontece no Cubo Itaú, no dia 26 julho, e será um ponto de encontro para mentes transformadoras que procuram construir um futuro mais resiliente e equitativo.
Ingressos a partir de R$ 230, em www.carbonfreesummit.com
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