Revista Online: agosto 2025 – ed. 187 – RJ

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Revista Online: agosto 2025 – ed. 187 – SP

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Sob o Viaduto do Chá, Facundo Guerra inaugura o bar de audição Formosa Hi-Fi

Sob o Viaduto do Chá, Facundo Guerra inaugura o bar de audição Formosa Hi-Fi

Formosa Hi-Fi é um bar de audição que mistura acústica de ponta, curadoria musical criteriosa, estética modernista e caprichadas opções de comes & bebes

Para resgatar a escuta como um ritual coletivo, Facundo Guerra, criador de marcos paulistanos — como o Vegas, o Lions, o Love Cabaret e o Bar dos Arcos —, acaba de inaugurar o Formosa Hi-Fi, o primeiro listening bar de alta-fidelidade do Brasil inteiramente dedicado à música popular, um espaço que eleva a um novo patamar a experiência do ato de ouvir. Instalado nos baixios do Viaduto do Chá, o empreendimento ocupa uma passagem subterrânea que, no passado, ligava o prédio da Light à Praça Ramos de Azevedo.

 

Projeto do Formosa Hi-Fi – foto reprodução Instagram

 

O projeto recorreu a uma engenharia acústica de ponta, assinada pelo premiado escritório Acústica & Sônica, o mesmo da Sala São Paulo. A ambientação e os uniformes fazem referência à estética modernista, criando uma ponte entre passado e futuro, tecnologia e afeto. A programação contará com sessões de audição comentada, noites temáticas e encontros que cruzam música, literatura, política e memória, tornando a Formosa um novo ponto de convergência entre as artes. O teto é adornado com 420 luminárias de metal com LED, que mudam de cor de acordo com o ritmo da música, proporcionando uma atmosfera ainda mais imersiva.

Além da programação aberta ao público, o Formosa Hi-Fi aposta na criação de um clube de sócios, com mensalidades a partir de R$ 390. Os associados terão acesso a eventos exclusivos e experiências imersivas.

 

Mesa de DJ do espaço – foto reprodução Instagram

 

O acervo com milhares de vinis é bem eclético: vai de Tim Maia a Miles Davis, de Elis Regina a David Bowie, de Secos&Molhados a Billie Eilish e de Cartola a New Order. “A gente está cansado de ter o nosso gosto pautado pelos algoritmos de grandes plataformas como o Spotify. Aqui a curadoria humana vai expor as pessoas à surpresa, e não a mais do mesmo”, avisa Facundo, que tem como sócios nessa iniciativa os empresários Alê Youssef e Alê Natacci, fundadores do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta.

Para alegrar outros sentidos, como o paladar e o olfato, o menu de comidinhas e bebidas inclui drinques assinados pela mixologista Michelly Rossi e pratos que fazem um mix de culinária internacional e referências brasileiras — como o boeuf bourguignon com pirão de leite e o pastel de angu recheado com queijo brie.

 

Drinque assinado por Michelly Rossi – foto reprodução Instagram

 

Formosa Hi-Fi
Rua Formosa, s/ nº, Anhangabaú.
Couvert artístico de R$ 20.

Lugares aconchegantes e comidas reconfortantes para se aquecer no inverno paulistano

Lugares aconchegantes e comidas reconfortantes para se aquecer no inverno paulistano

O inverno de gosto é um convite para vestir o casaco e convocar os amigos e o apetite para o programa preferido dos paulistanos

Mesmo tendo apenas dois meses de frio por ano, São Paulo reúne uma oferta gigantesca de bares e restaurantes acolhedores. Quando os termômetros caem, as esquinas ganham outro perfume: o de carnes longamente cozidas, molhos encorpados, caldos fumegantes, massas e pizzas. Agosto é um convite para vestir o casaco e convocar os amigos e o apetite para o programa preferido dos paulistanos.

Feijoadas são quase um patrimônio no almoço de sábado. No Bolinha, tradição não falta. O feijão preto chega espesso, cheio de alma, ladeado por carnes nobres e acompanhamentos clássicos. No Rubaiyat, a versão é mais leve, mas não menos exuberante, e ainda traz o aconchego das confortáveis cadeiras de couro.

 

Sopa de cebola, do Ça-Va Café, perfeita para os dias frios – foto reprodução Instagram

 

Nos dias em que o inverno convida à partilha ao redor do fogo, as fondues ganham protagonismo. O Florina, no Campo Belo, e o Bistrot de Paris, em pleno Jardins, aliam respectivamente técnica suíça e francesa com charme discreto. É tempo ainda de cantinas, daquelas onde os pratos são passados de mão em mão e o frio lá fora faz esquecer o ambiente barulhento. São Paulo tem muitas, mas destaco a Cantina Roperto, com suas lasanhas generosas, suas toalhas quadriculadas e seus garçons de terno, assim como o icônico Jardim di Napoli e o seu polpetone. Para uma versão mais contemporânea, o Nino Cucina ou o Modern Mamma Osteria trazem à mesa tudo que a palavra cantina atualizada nos sugere.

Os franceses apresentam a blanquete de vitela, o bœuf bourguignon, o cassoulet e a sopa de cebola, que são parceiros de invernos mais demorados. Tanto o Ici Bistrô, o Vôtre e o Ça-Va reforçam bem o conforto que fez a fama deles. Espanhóis têm também sua hora no frio, com os arrozes suculentos e as paellas que chegam à mesa em panelas fumegantes. O Tanit se firmou como um templo dos sabores ibéricos, com suas casuelas de frutos do mar e o polvo grelhado. Já o Torero Valese oferece versões criativas com arrozes e bons vinhos com atendimento caloroso.

Por fim, se a busca for um bar de respeito, sugiro o SubAstor, meu speakeasy preferido. Parece uma cápsula no tempo: boa luz, sofás confortáveis, jazz ao fundo e coquetelaria de primeira. Um negroni perfeito, uma porção de croquetes e a conversa flui como se o tempo tivesse diminuído a velocidade. Não esqueça de reservar com antecedência em todos esses lugares, porque ninguém merece pegar fila de espera no frio! Aproveite!

Revista Online: julho 2025 – ed. 186 – RJ

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