Revista Online: fevereiro 2025 – ed. 181 – RJ

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Revista Online: fevereiro 2025 – ed. 181 – SP

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Inés De Los Santos, do premiado CoChinChiNa, finca os pés em São Paulo como responsável pelos drinques do Kotchi

Inés De Los Santos, do premiado CoChinChiNa, finca os pés em São Paulo como responsável pelos drinques do Kotchi

Considerada uma das pessoas mais influentes no universo da mixologia, a barwoman argentina Inés De Los Santos é sócia do premiado CoChinChiNa (em Buenos Aires), um dos 50 melhores bares do mundo, e acaba de fincar os pés aqui em São Paulo, onde é a responsável pelos drinques do recém-inaugurado Kotchi

A coquetelaria paulistana está cada vez mais diversa e sofisticada. Para ficar nos termos desse universo etílico, dá para dizer que ela está menos Caipirinha e mais Cosmopolitan. Os bares da cidade hoje trabalham em sintonia com as tendências que bombam em Londres, Hong Kong e Nova York. 

O TanTan, de Thiago Bañares e Caio Carvalhaes, agora figura na lista do The World’s 50 Best Bars, ocupando a 31ª posição. E o recém-inaugurado Kotchi, nos Jardins, tem birinaites assinados pela argentina Inés De Los Santos, autora de livros, celebridade na TV, sócia do portenho CoChinChiNa (que ocupa a 22ª posição no 50Best) e recentemente eleita uma das 100 pessoas mais influentes da mixologia mundial pela revista britânica “Drinks International”.

 

Inés De Los Santos – foto divulgação

 

Aos 47 anos, ela divide seu tempo entre Buenos Aires (onde comanda também o Kona e o Costa 7070), São Paulo e Shangai, onde é a responsável pelos drinques de um restaurante do chef três estrelas Michelin Mauro Colagreco. Em seu currículo, Inés tem passagens pelo Gran Bar Danzón (onde trabalhou com o fera Tato Giovannoni, eleito em 2020 o melhor barman do planeta e hoje sócio do Florería Atlántico) e pelo lendário restaurante Casa Cruz — um marco da noite de Buenos Aires na primeira década deste século.

“Estou há três décadas trabalhando em um mundo dominado pelos homens (como a grande maioria das coisas). Eu sempre tive isso claro e não me preocupei com nada além de me desenvolver como profissional. Tive muitos obstáculos e dificuldades por ser mulher, mas isso não me enfraqueceu. Pelo contrário, me fortaleceu”, analisa.

Para o Kotchi, Inés criou 15 coquetéis pensados para fazerem par às delícias assinadas pelo chef Makoto Okuwa, dono do restaurante homônimo, que tem unidades em Miami, na Cidade do México e no Shopping Cidade Jardim. Entre suas criações estão o Ash (que mistura shochu, gim, mix de vermutes com gergelim e picles de bambu) e o Hay Frevinho, à base de saquê macerado em jabuticaba, awamori e vermute de algas marinhas.

Quando em São Paulo, a barwoman lamenta a limitada oferta de vermutes e bitters que encontra por aqui, mas reconhece que temos algo que Buenos Aires não tem. “Adoro a variedade de frutas do Brasil. Vou ao Mercado Municipal ou às feiras de rua e fico horas comendo. Ah, e uma caipirinha de caju também me traz muita felicidade!”, confessa.

Kotchi Japanese Bar
Rua Padre João Manuel, 1.231, Jardins.
Reservas pelo perfil @kotchibar no Instagram.

Hotel W São Paulo, novo 5 estrelas da cidade, inaugura na Vila Olímpia e celebra a arquitetura modernista brasileira

Hotel W São Paulo, novo 5 estrelas da cidade, inaugura na Vila Olímpia e celebra a arquitetura modernista brasileira

Novo hotel W São Paulo mistura charme, inventividade, sofisticação, modernidade, bem-estar e hospitalidade de padrão internacional com o borogodó brasileiro

Em funcionamento discretamente desde dezembro, o W São Paulo é o mais novo cinco estrelas da cidade. Instalado entre os andares 23 e 40 de um moderno arranha-céu na Vila Olímpia, o empreendimento tem 179 apartamentos e suítes, três bares e dois restaurantes — além de um spa que só deve abrir suas portas em abril. A piscina, o restaurante L40 e o wet deck localizados na cobertura do edifício são verdadeiros mirantes de São Paulo, com magníficas vistas para os bairros do Morumbi e Cidade Jardim. É lá que acontece nos fins de tarde o Sunset Ritual.

 

Um dos ambientes do restaurante Baio – foto divulgação

 

Erguido no terreno que outrora abrigou a casa de espetáculos Via Funchal, o hotel tenta se conectar com a efervescente cena cultural paulistana, com uma DJ que atua como sound curator e cuida da trilha sonora que embala e cria a atmosfera nos vários ambientes.

O W São Paulo, projetado pelo escritório Gasperini Arquitetos, celebra a arquitetura modernista brasileira com linhas ousadas, curvas sinuosas e uma paleta de cores energéticas, com vários tons de verde, azul, metálicos e dourados. Os interiores incorporam referências locais, os móveis têm formas orgânicas, os corredores são revestidos com elegantes placas de madeira de lei e bonitas pedras mineiras, goianas e baianas decoram as paredes.

No quesito gastronomia, o destaque é o Baio Cozinha Sulista, que traz uma abordagem inovadora da culinária do Sul do Brasil, assinada pelo chef Tuca Mezzomo. Na área de coquetelaria, o Yōso Bar trabalha com uma proposta inspirada na mixologia japonesa contemporânea. As referências nipônicas aparecem também nas criações do “departamento” de confeitaria, que oferece delícias como entremets de yuzu e New York Rolls de matchá.

 

Uma das suítes do W São Paulo, hotel que acaba e ser inaugurado na cidade – foto divulgação

 

Os quartos com camas altas e ultra-aconchegantes e um espelho do piso ao teto, têm de 21 m² a 39 m². E as suítes, posicionadas nas quinas do prédio, são especialmente iluminadas e amplas, com 45 m² ou 150 m² de área. A recepção do hotel não fica no piso térreo, mas sim no 24º andar. Nos primeiros 22 andares do prédio, ficam as W Residences, condomínio com entrada independente e 216 apartamentos de 53 m² a 102 m².

Hotel W São Paulo
Rua Funchal, 65, Vila Olímpia.
Reservas e informações pelo tel. 2665-9000.
Diárias a partir de R$ 3.050.

Jorge Aragão celebra 50 anos na música e será homenageado no Carnaval pelo bloco Acadêmicos do Baixo Augusta

Jorge Aragão celebra 50 anos na música e será homenageado no Carnaval pelo bloco Acadêmicos do Baixo Augusta

Um dos maiores sambistas do Brasil, Jorge Aragão celebra 50 anos de carreira com a turnê “Sambazin de Jorge” e é o grande homenageado do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, que promete contagiar as ruas de São Paulo neste mês

Jorge Aragão carrega uma força e uma tradição dignas de muito respeito. Não é qualquer músico e compositor que atinge a marca de cinco décadas de uma carreira recheada de sucessos e que fez história no samba e na música brasileira. E o principal: sempre com um sorriso largo estampado no rosto, de quem vive a vida com leveza, bom humor e com os pés fincados no chão. Para ele, fazer música é tão fácil como respirar.

Hoje, aos 75 anos, depois de circular muito por bandas e bares no subúrbio carioca, no icônico grupo Fundo de Quintal (do qual é um dos fundadores) e em voo solo, o artista tem uma discografia invejável, com mais de 20 álbuns gravados e inúmeros hits – como “Eu e Você Sempre”, “Lucidez”, “De Sampa a São Luiz”, “Alvará”, “Identidade”, uma versão para cavaquinho da clássica “Ave Maria” de Gounod, a vinheta “Globeleza” (feita para a TV Globo) e “Coisinha do Pai”, que ganhou uma gravação inédita em 1997 para acordar Mars Pathfinder, um robô da Nasa em Marte!

 

foto Yves Lohan

 

Apesar de celebrar a vida e a música todos os dias, 2025 é um ano de festa e promete arrancar ainda mais sorrisos do mestre: ele completa 50 anos na música, tempo contado a partir do seu primeiro samba gravado, “Malandro” – uma parceria com Jotabê e eternizado na voz de Elza Soares. E, para marcar esse feito em grande estilo, Jorge Aragão está na estrada com a turnê “Sambazin de Jorge” – cuja estreia foi no Rio em outubro – e deve percorrer ao longo deste ano mais de 12 cidades brasileiras, além de destinos internacionais como Portugal, Angola e Estados Unidos.

Neste mês de fevereiro, ele é o grande homenageado do Acadêmicos do Baixo Augusta, maior bloco de carnaval de São Paulo – com mais de 1 milhão de pessoas na folia –, sob o tema “A Força dos Nossos Pagodes!”, que defende o carnaval de rua, as rodas de samba e a ocupação cultural da cidade. O desfile gratuito acontece no dia 23 e será encerrado pelo sambista. Em entrevista à 29HORAS, o cantor e compositor discorre sobre sua trajetória na música brasileira, antecipa as expectativas para a festa e revela outros lados mais inusitados de sua personalidade.

Você será o homenageado do Acadêmicos do Baixo Augusta este ano, que tem como tema “A Força dos Nossos Pagodes!”, extraído de sua própria obra. Qual é a sua relação com o bloco?
Eu tenho minha história marcada por um dos principais bloco carnavalescos do Rio de Janeiro, o Cacique de Ramos, e fui homenageado pelo Monobloco no ano passado! Agora receber esse carinho do maior bloco de São Paulo é muito especial! Me sinto verdadeiramente honrado.

Qual é a expectativa para o grande desfile? O que pode nos adiantar sobre a sua apresentação de encerramento?
Eu e minha equipe estamos preparando tudo com muito carinho para ser um show muito especial, para festejar com muita alegria os 16 anos de história do Acadêmicos do Baixo Augusta. Posso adiantar que estamos selecionando algumas das principais canções da minha discografia e que será uma apresentação bastante animada, como pede o Carnaval. Espero que todos gostem, porque precisamos sempre dessa alegria que a música nos traz!

 

O cantor e compositor no “Domingão com Huck” – foto Globo / Paulo Belote

 

O que você acha dos blocos de rua e como enxerga esse movimento hoje em dia? De que forma eles contribuem para manter o samba vivo e a cultura do Carnaval, especialmente em São Paulo?
Eu comecei toda a minha trajetória de samba dentro de um bloco carnavalesco, que foi o Cacique de Ramos. Sinto que os antigos blocos de carnaval propiciavam outro tipo de levada e de experiência para as pessoas. Eu vi durante esses anos os carnavais de desfile se estreitarem e alongarem as avenidas, principalmente em São Paulo. É bom não só para o samba, mas para toda música popular brasileira, porque eles estão cada vez mais ecléticos e com opções para todos os gostos musicais.

O que o Carnaval significa para você?
Quando eu era pequeno, morava em Padre Miguel e ouvia o vento trazer o som da bateria da Mocidade para dentro de casa. Mas nunca frequentei escola de samba alguma. Minha relação com a batucada apenas se concretizou bem mais tarde, na quadra do Cacique de Ramos, um dos principais blocos carnavalescos do Rio, quando eu senti de verdade aquela pulsação que era estar num lugar de samba mesmo. E aí tudo começou para mim e de uma forma muito natural, foram surgindo músicas que até hoje tenho a honra de escutar no Carnaval, como “Vou Festejar” e o tema “Globeleza”.
Já experimentei ser comentarista do Carnaval do Rio de Janeiro e até mesmo a sensação de estrear na Sapucaí como compositor de samba-enredo na Unidos da Tijuca. Isso só para citar algumas das minhas experiências com a festa que, pra mim, significa muito!

 

Ao lado de Valesca Popozuda, Beth Carvalho, Arlindo Cruz e Almir Guineto no programa “Esquenta” – foto TV Globo / Marcio Nunes

 

Olhando para trás, qual balanço você faz dessas cinco décadas de carreira? Quais foram os maiores desafios e conquistas?
Desde que eu me entendo como gente eu estava escrevendo alguma coisa, mas nunca percebi que seria algo longevo. Sempre foi naturalmente musical. Eu não tinha muita noção dessa coisa de público, por exemplo. Tocava num barzinho em Copacabana e, às vezes, só tinha um casal lá dentro namorando e eu tocando, fazendo voz e violão. E quando parava para beber água, eles perguntavam ‘por que parou?’. Eu achava que estava ali só para alimentar o ambiente.
Muitas coisas aconteceram na minha vida e eu sempre achei que tive aquilo que merecia. Sempre gostei que fosse desse jeito. Não era que eu estivesse procurando mais, não… Talvez por isso a longevidade da minha carreira e por isso, também, seja difícil fazer um balanço dela. É difícil, principalmente, porque passou para mim de uma forma muito natural.
Parece tão normal quanto fazer uma comida ou outro trabalho qualquer. Claro que é um trabalho diferenciado, porque ao mesmo tempo em que é um trabalho, é também o lazer. Quando saio para trabalhar, saio para encontrar pessoas sorrindo, dançando, se emocionando… então é tão tranquilo e me traz tanta felicidade, que 50 anos passaram e eu nem percebi, não consigo mensurar exatamente o que fiz nesse tempo todo, apenas fiz. O que sei é que eu amo o samba! Essa é nossa raiz. É a maneira como eu me apresento para o mundo. O samba é minha identidade, o samba é meu sorriso, o samba é minha letra… Só não vou dizer que o samba é o ar que eu respiro, porque seria muito piegas (risos).

Você tem alguma música preferida de toda a sua carreira, ou é impossível escolher?
Listei recentemente as cinco que considero as mais importantes da minha carreira até agora e que não podem faltar na minha playlist e nos meus shows, que são: ‘Eu e Você Sempre’, ‘De Sampa a São Luis’, ‘Já É’, ‘Malandro’ e ‘Identidade’. É difícil escolher uma, porque tenho por todas um carinho especial. O curioso é que algumas eu não fiquei tão realizado compondo, mas sou grato porque foram parte do meu aprendizado.
Eu tenho histórias de tanta gente que casou e colocou a música ‘Ave Maria’ na minha interpretação. Tanta gente que ouviu ‘Papel de Pão’, ‘Malandro’ e se conheceu, se casou, se encontrou e separou. E também tomei conhecimento de que “Vou Festejar” foi a mais tocada em shows no Rio de Janeiro, em 2023.

A que atribui o sucesso de sua carreira?
Acho que tudo na minha vida, enquanto profissional e no que diz respeito à carreira, eu só posso mesmo colocar na conta de Deus. Foi Ele quem olhou por isso, quem viu isso. Você está fazendo uma coisa entre quatro paredes, e aí você até tenta gravar para que chegue também a outras pessoas, mas nunca vai imaginar que chegará num padrão como, por exemplo, ‘Coisinha do Pai’, que tocou até em Marte e virou notícia em todo canto! Você não imagina a minha alegria de sentar, olhar para o céu e pensar que minha música foi tão longe. Então, só Deus mesmo. E sempre que penso nisso, me sinto muito grato e feliz. Nunca vou parar de escrever, é isso que me mantém vivo. Se essa vontade acabar, acho que saio da vida.

 

Em apresentação com Zeca Pagodinho – foto TV Globo / João Cotta

 

Provavelmente poucas pessoas sabem, mas você é apaixonado por tecnologia, foi um dos primeiros brasileiros a comprar um iPhone, adora jogar “GTA V” e já tem um carro elétrico na garagem. O que mais te fascina nesse universo?
O primeiro iPhone que chegou no Brasil fui eu que consegui. As pessoas mais próximas me falaram: ‘Tá maluco? Como vai comprar um telefone que não liga para ninguém?’. Não tinha nem chip para o aparelho no Brasil, mas eu queria. Sempre quis ter essas novidades em primeira mão. Eu sou de um tempo em que não havia internet, nada disso existia. Então, fico doido com tecnologia! Sou fascinado pelo seu avanço e isso me instiga e me faz buscar o novo a todo instante. Seja nos games, ou agora com o meu carro 100% elétrico, ou com a experiência com a Inteligência Artificial que estamos fazendo um projeto agora… Acho incrível viver na era da revolução tecnológica!

Acadêmicos do Baixo Augusta
Data: 23 de fevereiro
Concentração: 13h, na Rua da Consolação
Início: 14h
Término: 19h

DESTAQUES do Carnaval PAULISTANO 2025
2, 9 e 16/2 – Ensaios do Acadêmicos do Baixo Augusta 2025, Audio
6/2 – Bloco Forrozin, Casa Natura Musical
7/2 – Ritaleena 10 anos, Casa Natura Musical
8/2 – Festival CarnaUOL, no Allianz Parque – Christina Aguilera, Claudia Leitte, Sean Paul, Steve Aoki, Belo, Ana Castela, Tony Salles, DJ KVSH, DJ Sofia e Deekapz
15/2 – Ballena Pool Party, Bom Retiro
15/2 – Guapo Pré-Carnaval São Paulo, Komplexo Tempo
15/2 – Bloco do Johnny Hooker, Casa Natura Musical
16/2 – Bloco Abacaxi de Irará Convida Cordão da Dona Micaela, Casa Natura Musical
20/2 – Léo Santana, Pré-Carnaval do Villa, Villa Country
22 e 23/2 – Ensaios da Anitta, Parque Villa-Lobos
22 e 28/2; 1, 2 e 8/3 – Camarote 011 (Especial com Jorge Aragão no dia 28)
28/2 a 2/3 – Desfile das Escolas de Samba de São Paulo, Sambódromo do Anhembi
28/2 – Camarote Essepê com Thiaguinho e Jeito Moleque, Distrito Anhembi
28/2; 1, 2 e 8/3 – Camarote Bar Brahma, Sambódromo do Anhembi
1/3 – Camarote Essepê com Péricles e Turma do Pagode, Distrito Anhembi
1/3 – Carnaval do Tiquequê, Casa Natura Musical
1 a 4/3 – Carnaval na Cidade 2025, Centro Esportivo Tietê
2/3 – Camarote Essepê com Sorriso Maroto e Jonas Medeiros, Distrito Anhembi
3/3 – Macumbafolia com Sandro Luiz, Bar Templo
7/3 – Baile do Baleiro – Especial Carnaval, Casa Natura Musical
8/3 – Camarote Essepê com Belo e Pixote, Distrito Anhembi
8/3 – Desfile das Campeãs, Sambódromo do Anhembi