Verão 2025: Estilistas nacionais de beachwear apresentam suas coleções e tendências para a temporada

Verão 2025: Estilistas nacionais de beachwear apresentam suas coleções e tendências para a temporada

Confira as apostas de renomadas marcas brasileiras de beachwear para a temporada de verão 2025

O brasileiro sabe curtir uma praia como ninguém. E, apesar de o biquíni ser uma invenção francesa, ele ganhou toques tupiniquins que representaram uma verdadeira revolução no mercado da moda – até hoje, somos referência no assunto no mundo inteiro. Muito mais do que peças bonitas, a indústria nacional se destaca pelo uso de tecidos de alta tecnologia – com proteção contra os raios UV, por exemplo –, modelagens sofisticadas e estampas únicas.

“Os consumidores, hoje, buscam funcionalidade, conforto e versatilidade. A moda praia não se limita apenas a biquínis e inclui uma variedade de roupas que transitam entre o casual e momentos de lazer”, explica Marcella Sant’Anna, diretora de estilo e marketing do Grupo Rosset, detentor da tradicional marca de beachwear Cia. Marítima. Para o Verão 25, a marca apresenta uma coleção inspirada na beleza natural de Punta del Este, no Uruguai, com cores marcantes e quatro estampas.

 

Top Cortininha Estampado Chica (R$ 358) e Tanga Amarradinha Estampada Chica (R$ 258), da Cia. Marítima – foto Lufré

 

“A Del Mar reflete uma sofisticação despojada, com assimetrias, decotes halterneck e texturas, em peças que podem ser usadas tanto na praia quanto em ambientes urbanos. Vestidos fluídos, quimonos e calças leves continuam a ser destaques, enquanto tons vibrantes como roxo, rosa claro e turquesa traduzem o calor e a energia da estação”, completa.

Outra marca de beachwear com reconhecimento internacional é a Lenny Niemeyer, criada pela estilista homônima, que tem como característica marcante o lifestyle carioca. A grande inspiração para esse verão foi a beleza dos dias ensolarados. “Visitamos as memórias e histórias de nossas viagens para praias europeias ao criar essa temporada. O verão de 2025 tem um perfume vintage, é sofisticado e traz as estampas que sempre me inspiram, como os florais grandes e as cores complementares”, diz Lenny.

 

Maiô Triângulo Detalhe Fresh (R$ 658), da Lenny Niemeyer – foto divulgação

 

Suas apostas para a estação são bases com texturas, cartela de cores que equilibra tons clássicos e suaves com alguns pontos de luz, e estampas menores que complementam os florais icônicos da marca.

E denominada Sea Wanderer, a a nova coleção de alto verão da ViX Paula Hermanny – marca de lifestyle da estilista Paula Hermanny – é inspirada nas cores e texturas do Mediterrâneo, com bordados e relevos, tricô, tule, crochê com brilho, laise em diversos recortes e padrões, além de alfaiataria com a combinação de linho e organza.

 

Maiô Cassie Champagne (R$ 648), da ViX Paula Hermanny – foto divulgação

 

Cia. Marítima
Rua Pamplona, 1.704, Loja 226 – Piso 2, Shopping Jardim Pamplona, Jardim Paulista.
Tel. 3052-0338.
De segunda a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 14h às 20h.

Lenny Niemeyer
Rua Sarandi, 98, Jardim Paulista.
Tel. 2397-0017.
De segunda a sexta, das 10h às 20h; sábado, das 10h às 18h.

ViX Paula Hermanny
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232, Jardim Paulistano, Shopping Iguatemi. Piso Faria Lima.
Tel. 21 99359-0513.
De segunda a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 14h às 20h.

Silvia Braz e Maria Braz: mãe e filha, as criadoras de conteúdo de moda e lifestyle cativam o mercado de luxo

Silvia Braz e Maria Braz: mãe e filha, as criadoras de conteúdo de moda e lifestyle cativam o mercado de luxo

Dois dos principais nomes da criação de conteúdo em moda e lifestyle no Brasil e no mundo, Silvia e Maria Braz cativam o mercado de luxo com autenticidade e muita parceria

O Instagram se tornou uma importante ferramenta para a disseminação de informação e entretenimento. Nessa plataforma, Silvia Braz e Maria Braz – mãe e filha, respectivamente – trabalham como comunicadoras de moda e estilo de vida, especialmente no mercado de luxo, que é acessível a poucos, mas gera muita curiosidade e encantamento.

Aos 44 anos, Silvia é referência no mundo fashion. Ela está entre os top 3 influenciadores mais admirados pelo mercado deste ano e figura na lista das Mulheres de Sucesso da Forbes 2024. Natural de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, e formada em Direito, começou a carreira como criadora de conteúdo com seu blog, em 2010. Hoje, Silvia vive entre São Paulo e o Rio e cobre as principais semanas de alta costura no mundo, em parceria com grandes grifes como Carolina Herrera, Dior, Dolce & Gabbana, Fendi, Gucci e Prada. A influenciadora tem mais de 50 contratos ativos, incluindo uma coleção de bolsas e calçados que levam sua assinatura, lançada neste ano pela Arezzo.

 

Maria (à esquerda) e Silvia a caminho do desfile da Ferragamo – foto Marlon Brambilla

 

Mãe de três filhas (Maria Vitória, de 24 anos, Maria Antônia, de 19, e Maria Isabela, de 10), ela é também colega de profissão de sua primogênita, que segue os mesmos passos, mas com ligação mais forte com as gerações Z e Alpha, trazendo um frescor e um olhar diferenciado para um mercado por vezes saturado.

Maria fez de São Paulo sua casa e, munida de todos os aprendizados absorvidos com o trabalho da mãe, solidificou seu nome junto às mais importantes marcas de moda do mundo. Em 2024, ela foi indicada como uma das influenciadoras mais pesquisadas pelas empresas, transitou pelas principais semanas de moda nacionais e internacionais, e estreou nos tapetes vermelhos dos festivais de Cannes e de Veneza. Outra novidade que vem catapultando seu sucesso é o programa “Hunting Fashion”, com entrevistas sobre moda e beleza nas redes sociais.

Em entrevista à 29HORAS, a dupla compartilha suas visões sobre o futuro do mercado da moda e dos influenciadores, detalha a parceria entre mãe e filha e vislumbra as principais tendências para 2025. Confira!

Silvia, você é uma das principais comunicadoras de moda e lifestyle do Brasil. Como teve início a sua trajetória no mundo da moda e da internet?
Sempre fui apaixonada por moda e comunicação, mas foi a Maria quem me incentivou a criar um blog. Ela tinha uns 9 anos na época e eu comecei quase que por brincadeira. Com o tempo, vi que poderia transformar essa paixão em uma profissão e, olhando para trás, acho incrível como trabalhar com as redes me mantém ativa, viva, aprendendo algo novo todos os dias. Realmente é a profissão que eu nunca sonhei, mas que se encaixou perfeitamente no que amo fazer!

 

Silvia em ensaio exclusivo para a 29HORAS – foto Marlon Brambilla

 

Ao longo desses anos de trabalho, quais são as principais mudanças que você observou no mercado de luxo e no trabalho de influência digital?
O mercado evoluiu muito, com uma demanda crescente por autenticidade, agilidade, qualidade e transparência. Eu acredito que um criador de conteúdo que realmente consegue ter impacto nas redes sociais é quem cria uma conexão genuína com o público. Sinto que comunico mais do que produtos ou serviços, tem a ver com transmitir valores, experiências que são boas para mim e minha família e que de alguma forma podem servir de inspiração para outras pessoas. Acredito que o luxo passou a ser menos sobre exclusividade e mais sobre significado.

Maria, você já cresceu nesse ambiente digital e vendo a sua mãe nos holofotes. De que forma sua mãe te inspirou a seguir o mesmo caminho?
Crescer nesse ambiente foi enriquecedor, mas também desafiador. Eu tinha consciência de que o trabalho da minha mãe era público e demandava muita dedicação, mas só com o tempo percebi o quanto exige equilíbrio emocional. A maior inspiração que ela me deu foi a coragem de ser eu mesma. Minha mãe nunca tentou me moldar, apenas me ensinou a importância da autenticidade e do esforço. Ela é uma força da natureza e observar seu sucesso me motivou a construir meu próprio espaço, com a minha personalidade e meus valores.

 

A dupla a caminho do desfile de Elie Saab, em Paris – foto Lucas Vianna

 

Foi difícil criar o seu próprio nome no mercado, independente da sua mãe? Como lida com as comparações?
Foi desafiador, sim, mas eu vejo isso como parte do processo. Minha mãe é uma referência gigante e é inevitável que as comparações aconteçam, mas tento lidar com leveza. Para mim, é uma honra que meu nome esteja ao lado do dela, mas estou construindo minha própria trajetória. Aos poucos, vou afirmando a minha identidade e mostrando minha visão única sobre moda e comunicação.

Como surgiu a ideia do quadro ‘Hunting Fashion’? Tem alguma história curiosa de bastidores?
A ideia surgiu da vontade de explorar a moda de uma forma diferente, mostrando não apenas as tendências das passarelas, mas também o que acontece nas ruas das grandes cidades do mundo. O “Hunting Fashion” é sobre traduzir a moda de um jeito mais acessível, contando histórias e revelando os bastidores de marcas e estilos icônicos. Uma história inusitada aconteceu em Tóquio, que foi uma das cidades mais incríveis que visitei. Tive muita dificuldade para encontrar pessoas para o quadro, porque poucas falavam inglês e a maioria por lá é super discreta, o que deixou todo o processo de gravação e logística um verdadeiro desafio! Mas, no final, foi uma experiência única que rendeu histórias divertidas.

 

Maria em ensaio exclusivo para a 29HORAS – foto Marlon Brambilla

 

Silvia, como é criar três filhas em um mundo tão digital e conectado? Como você lida com a exposição?
Estamos sempre preocupados com o que as meninas estão consumindo. Tento orientá-las sobre limites, autenticidade, o valor das conexões reais, para que saibam que a vida não se resume ao digital. Também temos uma vida offline muito gostosa! Prezamos por viagens em família, festas de aniversário, almoços, jantares. O café da manhã, por exemplo, é um ritual na nossa casa. É o nosso momento de fortalecer o presente, o concreto. Sinto que o digital traz muitos benefícios e que podemos aproveitá-lo, sem deixar de lado a importância do toque, da risada, do abraço.

Quais são os lados positivos e negativos da internet? E do trabalho como influenciadora?
Silvia: O lado positivo é a conexão com pessoas que eu nunca teria a oportunidade de conhecer se não fosse o digital. A parte negativa é a pressão exagerada para ser perfeita. Hoje em dia já sou mais segura em dizer que não sou perfeita, sou real!
Maria: O lado positivo é, sem dúvida, a conexão com pessoas que compartilham os mesmos interesses e o alcance que temos para transmitir mensagens relevantes. O lado negativo é a pressão constante e a necessidade de criar conteúdo o tempo todo. Para mim, cuidar da saúde mental é essencial para equilibrar a vida pessoal e profissional.

 

Silvia no desfile da Prada, em Milão – foto Marlon Brambilla

 

Maria, o que você mais admira em sua mãe? E você, Silvia, o que mais admira na Maria?
Maria: O bom humor e o alto astral dela. Minha mãe tem uma energia que contagia todo mundo ao redor, e isso é algo que eu levo para a vida. Ela me ensinou que um sorriso e uma palavra gentil podem abrir portas, e isso é algo que busco aplicar no meu trabalho.
Silvia: Fico até emocionada em falar disso, mas admiro a força e o foco da Maria. Ela é super organizada, trabalhadora, tem uma coragem que abre os caminhos dela. Amo ver como não se intimida com novos desafios e sempre busca dar o seu melhor.

Qual balanço vocês fazem de 2024? Quais foram, para cada uma, os grandes destaques e momentos mais emblemáticos?
Silvia: Foi um ano de muito crescimento, tanto pessoal quanto profissional, cheio de projetos desafiadores. Meu apartamento no Rio de Janeiro com certeza é um sonho que se realiza, assinei coleções em colaboração com marcas que admiro muito, recebi convites para prestigiar momentos de marcas que amo e fui indicada como uma das Mulheres de Sucesso da “Forbes”!
Maria: Para mim, foi um ano de conquistas e reconhecimento, especialmente ao consolidar minha presença no mercado de moda. Fui indicada como uma das influenciadoras mais procuradas pelas marcas, fiz minha estreia nos tapetes vermelhos de Veneza e Cannes, e visitei cidades maravilhosas.

 

Maria no tapete vermelho do Festival de Cannes – foto Gerson Lilio / Cannes

 

Como enxergam o futuro da moda e do mercado de luxo? Quais serão as principais tendências em 2025?
Silvia: Acredito que a moda estará cada vez mais voltada para a sustentabilidade e responsabilidade social. 2024 foi um ano em que a indústria da moda mostrou sua potência, por exemplo, nos auxílios ao Rio Grande do Sul durante as enchentes e sinto que esse impacto da moda será ainda mais relevante.
Maria: Vejo a moda caminhando para um equilíbrio interessante entre o maximalismo e o minimalismo. Peças chamativas e ousadas coexistirão com um estilo mais clean e refinado. Também acredito que a sustentabilidade continuará sendo um pilar fundamental para o mercado de luxo. Mais do que nunca, o consumidor quer entender a história por trás de cada peça e saber que está fazendo uma escolha consciente.

Podemos esperar mais parcerias com marcas e grifes no próximo ano? Algum spoiler?
Silvia: Estou com vários projetos em andamento e, em 2025, acredito que uma das situações mais esperadas por mim é me ver em um filme, essa estreia já está me deixando com frio na barriga!
Maria: No ano que vem quero explorar ainda mais meu lado comunicadora, abordando temas que vão além da moda, como comportamento e estilo de vida. Um spoiler? Estou trabalhando em um novo projeto em que vou entrevistar personalidades da moda brasileira. Estou muito animada!

Foto da capa: Marlon Brambilla

Lenny Kravitz traz sua turnê mundial a São Paulo neste mês, em show único no Allianz Parque

Lenny Kravitz traz sua turnê mundial a São Paulo neste mês, em show único no Allianz Parque

Lenny Kravitz traz a Blue Electric Light Tour 2024 para o Brasil, segue afirmando seu amor pelo Brasil e multiplica suas expressões artísticas em diferentes áreas, como fotografia, moda e negócios

Considerado um dos músicos de rock mais proeminentes, estilosos e cheios de atitude da atualidade, Lenny Kravitz transcendeu gênero e estilo ao longo de uma carreira musical que já dura mais de três décadas e acumula incríveis 40 milhões de discos vendidos. Depois de passar pela Europa e pelos Estados Unidos, ele agora traz a Blue Electric Light Tour 2024 para o Brasil, sendo o único show em São Paulo, em 23 de novembro, no Allianz Parque.

Sem se apresentar na capital paulista desde 2019, quando subiu ao palco do Lollapalooza Brasil, Lenny apresentará ao público canções do recente álbum e clássicos que marcaram a sua trajetória. Liniker, Frejat e a cantora e compositora britânica Lianne La Havas farão os shows de abertura da noite. “Nós acabamos de finalizar o primeiro trecho da turnê, que aconteceu no verão europeu. Fizemos algumas alterações para os shows de Las Vegas [que aconteceu em 18 de outubro] e para a apresentação no Brasil. Estamos sempre evoluindo o formato e faremos pequenas mudanças no setlist”, antecipa.

 

foto Mia Ross

 

“Blue Electric Light” é o seu novo álbum – o décimo segundo da carreira – produzido durante a pandemia e lançado seis anos após “Raise Vibration”. O projeto é uma mistura potente de funk, rock e grooves sedutores, que materializam seu domínio do multi-instrumentalismo e da produção musical. “Vejo que a pandemia em si não influenciou a sonoridade do trabalho, mas me colocou em um único lugar por um longo período. Eu fiquei no meu estúdio nas Bahamas por dois anos e meio, rodeado por natureza e com um círculo de, no máximo, dez pessoas. Eu tinha natureza, paz e tempo. Então fiz três álbuns e ‘Blue Electric Light’ foi o que senti que tinha de lançar primeiro. Foi um tempo de muita criatividade, sem pessoas dizendo que eu tenho que estar em algum lugar específico ou marcando compromissos para mim.”

Mente aberta, corpo são

Lenny Kravitz nasceu em Nova York, em 26 de maio de 1964, e cresceu em um ambiente multicultural, sendo filho de uma atriz de ascendência bahamense e afro-americana, Roxie Roker, e de um produtor de televisão judeu, Sy Kravitz. “A minha maior influência e o que mais me impactou foi ter crescido em Nova York, nos anos 1970, com um pai e uma mãe que amavam arte. Eles me levavam para todos os lugares, como teatros, museus, locais de poesia, de música. Eu vi de tudo, de todos os lados e de todos os tipos. Foi uma verdadeira vantagem para mim!”, conta.

 

Lenny com seus pais em sua juventude – foto arquivo pessoal

 

Lenny celebra as influências de soul, rock e funk dos anos 1960 e 1970 em seus álbuns, além de tocar muitos instrumentos, como guitarra, baixo, bateria e piano – autenticidade e criatividade que o fizeram ganhar quatro prêmios Grammy. O músico ainda foi recentemente homenageado com o Prêmio Ícone da Música no People’s Choice Awards 2024 e foi indicado como integrante do Rock and Roll Hall of Fame 2024.

“Ser um multi-instrumentista me permite trabalhar sozinho ou com apenas mais uma pessoa. Craig Ross, por exemplo, é meu guitarrista, engenheiro de som e parceiro de estúdio. Na maioria das vezes, somos só nós dois no estúdio. Assim consigo fazer o meu som sem a necessidade de ter de explicar para os outros o que desejo comunicar”, afirma. “Eu me vejo como um pintor: tenho a tela e os sons dos instrumentos são como as cores. Tenho vários modelos de guitarras, baixos, baterias, teclados, aparelhos analógicos, eletrônicos, instrumentos clássicos e percussão. E todos eles ficam plugados na mesa de som, prontos para serem tocados. Então eu posso ir de um para o outro aleatoriamente. Eu tenho todas essas cores para pintar e expressar o que quero.”

Além dos destaques no meio musical, o cantor recebeu neste ano uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood e foi reconhecido pelo CFDA (Council of Fashion Designers of America) com o prêmio Ícone da Moda por seu papel não apenas como um dos músicos mais respeitados do rock, mas também como uma grande influência no universo fashion. E ele está à frente da empresa criativa Kravitz Design Inc., que possui um portfólio interessante e diversificado, incluindo propriedades hoteleiras, projetos de condomínios, residências privadas e trabalhos para marcas lendárias de luxo como Rolex, Leica e Dom Pérignon. “Se em algum momento não estou fazendo música ou quero dar uma pausa, eu posso usar outros meios e ainda assim me expressar”, define.

 

Lenny Kravitz com sua estrela na Calçada da Fama, em Hollywood – foto Mathieu Bitton

 

Em 2022, ele lançou sua própria marca de bebidas ultra-premium, Nocheluna Sotol, um destilado feito em Chihuahua, no México, derivado da planta sotol. O artista ainda é autor do livro “Flash”, que reúne fotografias de sua autoria, que capturam a essência do que é ser uma estrela do rock que está constantemente sob os holofotes. Sua recente autobiografia, “Let Love Rule”, lançada em 2020, também o colocou na lista de best-sellers do jornal “The New York Times”. “Minha vida é toda sobre opostos”, ele escreve. “Preto e branco. Judeu e cristão. Jackson 5 e Led Zeppelin. Eu aceitei minha alma de Gêmeos. Eu a abracei. Eu a adorei. Yins e yangs se misturaram em várias partes do meu coração e da minha mente, me dando equilíbrio e alimentando minha curiosidade e conforto.”

O músico é o rosto global da colônia da grife Yves Saint Laurent Beauty e é embaixador global dos relógios de luxo Jaeger-LeCoultre. E ele se aventurou ainda no cinema em sucessos de bilheteria como “Jogos Vorazes” e em filmes aclamados pela crítica como “Preciosa” e “O Mordomo”.

Aos 60 anos e com uma alma tão versátil, Lenny Kravitz surpreende pela excelente disposição e forma física. Em publicações nas redes sociais, ele é elogiado por fãs em fotos e vídeos que mostram sua rotina de treinos na academia. Questionado constantemente sobre o assunto em entrevistas, Lenny reforça que a idade não importa, celebra por estar vivo e faz escolhas essenciais para manter sua energia em alta, como uma dieta vegetariana.

 

Lenny segurando seu prêmio no VMA 2024, em que ganhou na categoria “Melhor Canção de Rock”, com a faixa “Human” – foto divulgação

 

Brasilidades no coração

Os brasileiros são fãs de Lenny Kravitz e ele é fã do Brasil. “O amor pelo país veio das pessoas, da cultura, da música, da arquitetura, da Bossa Nova, do Tropicalismo… Eu tive a oportunidade de conhecer esses movimentos. Cresci amando a obra do Oscar Niemeyer, por exemplo”, conta. Esse sentimento criou raízes e o cantor adquiriu uma fazenda avaliada em R$ 12 milhões em Duas Barras, município no interior do Rio de Janeiro e terra natal do mestre do samba Martinho da Vila.

O astro da música produz alimentos vegetarianos de alta qualidade no local e tem uma suntuosa casa, com academia, piscina, piano de acrílico e até uma poltrona que pertenceu a Andy Warhol. Sem visitar a propriedade desde a pandemia, ele a disponibiliza em plataformas de aluguel de casas de luxo, com diárias na faixa dos R$ 18 mil.

 

O cantor em sua propriedade no Brasil – foto divulgação

 

“O Brasil é uma mistura de tudo o que eu amo, como a natureza e a sofisticação. Eu moro nas Bahamas, onde tem toda aquela natureza; e eu moro também em Paris, que é uma cidade super sofisticada e conhecida por sua arquitetura. O Brasil, da sua maneira, junta tudo isso em um só lugar. É um país colorido, além de ter uma diversidade enorme de paisagens, sabores e culturas. Então a Bahia não é igual a São Paulo; e São Paulo é diferente do Rio de Janeiro; enquanto o Rio não é como o Recife. Não importa aonde você vá, terá sabores diferentes. Eu amo as pessoas, o espírito e a terra brasileira!”, declara.

Joalherias impulsionam o crescimento do mercado da moda no país

Joalherias impulsionam o crescimento do mercado da moda no país

O mercado de joalherias de luxo cresceu 18% em 2022, atingindo o patamar de R$ 74 bilhões

Não é de hoje que as joalherias são parte percursora e motriz do segmento de luxo. Com a ascensão das redes sociais e a rápida digitalização das informações pós-pandemia, a comunicação de moda também despertou o interesse de diversos públicos sobre a joalheria, que enxergam as peças-desejo além de itens de moda, mas, principalmente, como um investimento a longo prazo.

 

Joia da marca brasileira Diamond Design – foto Luis Morais

 

De acordo com uma pesquisa realizada pela Bain & Company, o mercado da joalheria de luxo cresceu 18% em 2022, atingindo o patamar de R$ 74 bilhões. O público feminino com maior poder aquisitivo ainda é predominante no interesse e no consumo de peças clássicas e valiosas. Porém, é notável a propensão de mais homens investindo em joias neutras e com design sofisticado nos últimos anos.

Em uma era de tendências virais de moda que vão e vêm a todo tempo na internet, a geração Z, por exemplo, é influenciada a buscar por joias permanentes e personalizadas, sendo em maioria colares e pulseiras criadas de acordo com cada preferência. Singulares e práticas, essas pedras podem ser coringas para dar match com todos os estilos e momentos, transitando entre as tendências que já foram e as que estão por vir.

 

foto divulgação

 

E o Brasil é um dos maiores fornecedores de pedras naturais do mundo. A grande quantidade de gemas preciosas e semipreciosas em território brasileiro se deve à geografia e geologia vasta e privilegiada. Toda essa diversidade e extensão territorial atrai olhares do mundo para a nossa riqueza nacional. Por aqui, as pedras mais trabalhadas são as de diamantes ou esmeraldas, que lideram o ranking de vendas e preferência nessa categoria premium. Dentre as joias com um design mais exclusivo e maximalista, turmalina, topázio e quartzo estão entre as principais escolhas.

Com essa realidade à vista, o mercado de luxo vive o seu melhor momento e prevê um futuro ainda mais próspero, graças à internet. Apesar do efeito fluído das tendências de moda, fica evidente que as joias exclusivas e com design único permanecerão como um acessório que atravessa gerações e são o melhor investimento para os próximos anos.

 

 

*Ana Carolina Fontenele é designer e diretora criativa da Diamond Design

Peças feitas à mão valorizam a cultura e os designers locais e se destacam no mercado da moda global

Peças feitas à mão valorizam a cultura e os designers locais e se destacam no mercado da moda global

As marcas que trazem suas raízes em seu DNA são as que mais têm se destacado no cenário da moda nacional e internacional

Um dos movimentos mais interessantes a surgir na moda brasileira pós-pandemia é a ascensão de marcas e estilistas que colocam a brasilidade como principal identidade de estilo, seja pela temática ou pelo uso de manualidades ancestrais como crochê, rendas, bordados e cestaria.

A pandemia certamente atuou como aceleradora desse movimento de “olhar para dentro”, fazendo com que consumidores acostumados a viajar para o exterior para compras e diversão tivessem de satisfazer seus desejos no próprio país. No cenário global, ainda evidenciou o feito à mão, sobretudo no mercado de luxo, sendo uma resposta à homogeneização da produção em massa impressa pelo fast fashion.

 

Bolsa da Catarina Mina – foto divulgação

 

Essa valorização do handmade não se limitou apenas ao exímio trabalho de couro de maisons francesas como Hermès ou Louis Vuitton. Engloba também o trabalho têxtil da Colômbia, a cestaria africana e, claro, o crochê e as rendas do Nordeste do Brasil.

Nota-se também um desejo crescente na população em consumir histórias, e não somente peças de roupa. Marcas autorais, cujos estilistas possuem raízes no interior, têm sido especialmente bem-sucedidas nesse quesito e tornaram-se foco dentro do Nordestesse – em uma proposta de impulsionar esses criadores que reforçam a cultura nacional.

Fundamos o hub que cresce de maneira colaborativa junto aos designers para que as raízes de nossa terra sejam resgatadas, evidenciadas e valorizadas.

 

Camisa Imbira, da marca Foz – foto divulgação

 

Marcas nordestinas se saem muito bem, uma vez que a região foi o ponto de convergência entre europeus, povos originários e negros, formando o berço da nossa nação. Além de boa parte dos nossos saberes manuais ancestrais terem nascido no Nordeste, eles se mantiveram razoavelmente intactos porque a região não foi tão beneficiada pelo processo de industrialização, mantendo a população dependente de seus talentos manuais como forma de sustento.

As marcas que trazem suas raízes em seu DNA são as que mais têm se destacado no cenário da moda nacional – como a alagoana Foz e a cearense Catarina Mina, que debutou este ano no SPFW.

São marcas que abraçam o regional criando produtos de interesse global, sobretudo para os consumidores de alta renda, que podem se dar ao luxo de priorizar em seu guarda-roupa o feito à mão.

 

Daniela Falcão, fundadora da Nordestesse – foto Bruna Guerra

 

*Daniela Falcão é jornalista e fundadora da plataforma Nordestesse.