Méis de abelhas nativas sem ferrão são verdadeiros tesouros e já aparecem em restaurantes premiados

Méis de abelhas nativas sem ferrão são verdadeiros tesouros e já aparecem em restaurantes premiados

No Brasil, há cerca de 300 espécies de abelhas nativas sem ferrão, que produzem méis com características únicas de sabor, textura, aroma e cor

As abelhas são guardiãs da biodiversidade do mundo. De flor em flor, por meio da polinização, elas preservam a natureza e a vida. No Brasil, há cerca de 300 espécies de abelhas nativas sem ferrão, que produzem méis com características únicas de sabor, textura, aroma e cor – muito diferentes daqueles comerciais que encontramos nas prateleiras dos mercados, elaborados por abelhas de origem europeia.

Assim como vinhos e cafés especiais, a qualidade dos méis produzidos por espécies nativas – como jataí, uruçu-amarela, mandaçaia, tiúba, manduri, emerina, jandaíra – depende do terroir, o que valoriza sua origem, complexidade e autenticidade. “O sabor, o aroma e a textura de cada mel são moldados por muitos encontros: a espécie da abelha, com seus hábitos e formas de armazenar o néctar; as flores disponíveis naquele território e naquela estação; as condições do bioma (solo, altitude, umidade, vento); o tempo de maturação dentro do ninho e, principalmente, as mãos que colhem. Cada abelha imprime no mel a sua arte, mas quem cuida da colheita também deixa sua assinatura”, explica Diulha Dillmann, fundadora da Zasm, marca de mel de abelhas sem ferrão. 

 

A experiência sensorial oferecida pela Zasm – foto divulgação

 

Muito mais do que oferecer um néctar dos deuses para o paladar, as empresas que trabalham com as abelhas nativas têm um compromisso com toda a cadeia produtiva. “Trazemos méis de todas as regiões do Brasil, definimos o mel pelo terroir — não apenas pela florada — e, mais do que tudo, valorizamos os pequenos produtores, a diversidade e a sustentabilidade. Queremos cuidar das abelhas, do meio ambiente e das pessoas envolvidas nesse processo, comercializando produtos de Norte a Sul”, comenta Eugênio Basile, fundador da Mbee, que trabalha com méis de 16 espécies diferentes de abelhas, originárias de 16 estados do país – e nos próximos anos, pretende reunir pelo menos um mel de cada estado brasileiro.

 

Mel da Mbee – foto divulgação

 

A colheita deve ser a menos invasiva possível para preservar a estrutura da colmeia e poupar a energia das abelhas. “Colhemos o mel somente na primavera e no verão, quando há abundância de flores para as abelhas. Não podemos esquecer que o mel é seu alimento energético, por isso colhemos somente a parte excedente. Além disso, plantamos flores e árvores melíferas, fazendo a nossa parte para que esse ciclo virtuoso se perpetue beneficiando a todos nós”, afirma Deka Barrichello, sócia-fundadora da Beeliving, marca que surgiu da conexão da sua família com a natureza da Mata Atlântica e que atualmente conta com sete espécies diferentes, sendo a uruçu-amarela a mais presente.

 

Produtos da Beeliving – foto divulgação

 

Protagonista na mesa

A gastronomia tem sido uma grande porta de entrada para o público conhecer a riqueza dos méis das nossas abelhas nativas, que podem ter as mais diferentes notas – como florais, frutadas, cítricas, balsâmicas, fermentadas – e texturas que vão do fluido ao untuoso. “Méis de abelhas nativas são verdadeiros jardins sensoriais e iguarias para a alta gastronomia. O mandaçaia tem um sabor particular e especial, harmoniza maravilhosamente com queijos. O manduri lembra uva verde com um toque de jasmim. Tiúba tem uma acidez mais presente, vai bem na salada, salada de frutas, com própolis num shot matinal”, conta Deka, que também acredita que o mel pode ser inserido puro no dia a dia, como potencializador da nossa saúde e vitalidade.

Segundo Eugênio Basile, a gastronomia é o maior diferencial da Mbee, que está presente em restaurantes há 11 anos: “Estamos em casas premiadas do Brasil, como o Evvai, o Tuju, o Mocotó e o Aizomê em São Paulo, e o papel dos chefs na divulgação das abelhas, dos produtos artesanais e da brasilidade é fundamental para o nosso projeto”.

 

Pão de Mel 2.0 do Evvai, elaborado pela chef Bianca Mirabili com mel da Mbee – foto divulgação

 

Para a fundadora da Zasm, não basta o produto ser introduzido como mais um ingrediente. “O mel não deve entrar como coadjuvante nos menus, porque é protagonista. É possível usar nossos méis para finalizar pratos, criar contrastes em saladas, surpreender em drinques. Mas sempre com o cuidado essencial de não apagar sua presença. Consumi-lo puro já é, por si só, uma experiência sensorial completa”, finaliza Diulha, que também revela que, em julho, a marca dará seu primeiro pouso físico, no Shopping Cidade Jardim.

Beeliving
www.beeliving.com.br

Mbee
www.lojambee.com.br

Zasm
www.zasm.com.br

Bon Vivant: novas experiências em Paris para fugir do “déjà vu”

Bon Vivant: novas experiências em Paris para fugir do “déjà vu”

Viajar é a arte da aprendizagem constante e é fundamental buscar novas experiências e fugir do “déjà vu”, principalmente em lugares como Paris

A cidade que mais visito é Paris. Além das afinidades óbvias, também posso dizer que é o meu pit stop predileto. Sempre me hospedei no quartier de Saint Germain, porque já sei para onde ir para saciar todo tipo de desejo sem grandes esforços. Mas dessa vez tive vontade de provocar uma mudança radical e sair da minha zona de conforto. Escolhi um hotel do outro lado do rio Sena, no 1er arrondissement – que é o bairro mais antigo da capital francesa e que mistura a elegância do museu do Louvre com a diversidade do público do Les Halles –, e foi maravilhoso.

No primeiro dia me sentei no café Au Chien Qui Fume e fiquei vendo essa mistura de inconfundíveis turistas com os moradores – uma diversidade infinita e cheia de personalidade. O incrível é que o Forum des Halles, onde toda a cidade vem para encontrar de tudo a bons preços, fica a duas quadras do Sena. Do lado oposto à ponte, está o Centre Georges Pompidou, também conhecido como Beaubourg, que por sua vez fica a 5 minutos a pé do museu Picasso. Ou seja, eu estava do lado de Saint Germain, mas com uma vida de rua muito mais eclética.

 

Entrada do restaurante Chantefable, no 20ème arrondissement, em Paris – foto divulgação

 

Como Paris é totalmente plana a não ser pela colina do Sacré Coeur, aproveitei os dias ensolarados e fresquinhos da chegada da primavera para fazer absolutamente tudo a pé. Fiz questão de não tomar café no hotel para curtir um café com croissant em boulangeries diferentes todos os dias, um melhor que o outro. Não perdi tempo em lugar nenhum e só saí da “rive droite” (metade norte da cidade) para ir até a Île de la Cité assistir a uma missa na Catedral de Notre Dame, agora recuperada do incêndio.

A caminho de um restaurante não resisti e gastei uma hora no maravilhoso Jardin des Tuileries, que beira o Sena e nos transporta para outra época. O restaurante é o Au Petit Riche, clássico frequentado por artistas e personalidades desde os anos 50. Vale a pena conhecer! Outros que me surpreenderam foram o La Régalade, na rue Saint Honoré, onde o divino almoço foi encerrado com um suflê de Grand Marnier (licor de laranja), e o Le Bon Georges, no 9ème e na rue Saint Georges, que apresenta a carta de vinhos mais completa que já vi e a sommelière mais competente.

Por fim, o melhor dessa viagem é o Chantefable – um bistrô de mais de 100 anos que fica um pouco mais longe, no 20ème arrondissement. Não deixe de ir nesse lugar! Tudo é bom, inclusive o serviço e os preços. Escargots, rãs à provençal, as carnes, o pato, as sobremesas… E aproveitei para dar uma volta no cemitério Père Lachaise, onde repousam a maioria dos ilustres nomes da literatura e da música francesa, como Edith Piaf e Victor Hugo. Valeu muito a pena mudar a rotina em Paris. Boa viagem e até!

Experiências diferentes que envolvem fogo, carne e celebração da cultura gaúcha no Rio Grande do Sul

Experiências diferentes que envolvem fogo, carne e celebração da cultura gaúcha no Rio Grande do Sul

Casas de carne com diferentes propostas em Porto Alegre e na serra celebram a tradição gaúcha com um toque contemporâneo

É lugar comum dizer que o churrasco é elemento central da cultura gaúcha. Ele é tão presente que faz parecer que o boi é um animal típico da região. Mas não é bem assim. O gado, na verdade, chegou ao Brasil por meio dos colonizadores europeus. A espécie se reproduziu principalmente na região dos Pampas, localizada no Uruguai, em parte da Argentina e no Rio Grande do Sul.

A história conta que os gaúchos, habilidosos cavaleiros, cercavam o gado e realizavam o abate dos animais com o objetivo de vender o couro e, naturalmente, garantir o próprio sustento com a carne. Eles costumavam preparar grandes cortes de carne em espetos e assar lentamente sobre o fogo direto no chão. E assim, o churrasco acabou se tornando um item essencial da alimentação na região.

 

20Barra9 no Cais Embarcadeiro, no Centro Histórico de Porto Alegre – foto Mandabrasa

 

O tempo passou e a tradição ficou. Sair dos ambientes rurais, familiares e criar negócios que equilibram sabor, variedade, tradição e, ao mesmo tempo, inovação perpetuam em maior escala a qualidade de ingredientes e a conexão entre gastronomia e comunidade local. A exemplo disso, o Grupo Mandabrasa, responsável pelos restaurantes 20Barra9, 1835 Carne e Brasa e De Rua, proporciona experiências diferentes que envolvem fogo, carne e celebração, com forte presença no Rio Grande do Sul.

Reforçando o legado histórico da brasa no estado, os nomes dos restaurantes 1835 Carne e Brasa e 20Barra9 foram escolhidos como uma homenagem à Revolução Farroupilha – rebelião ocorrida entre os anos de 1835 e 1845, a mais longa da história do Brasil Império. Enquanto 1835 faz referência ao ano em que o movimento começou, 20 de setembro celebra a declaração da república rio-grandense.

Com nove anos de história, o 20Barra9 se destaca pelo uso de parrilla em Porto Alegre, e incorpora novos cortes ao cardápio. Com três unidades na capital – Shopping Iguatemi, Pontal e Cais Embarcadeiro –, o restaurante apresenta cortes como Entrecôte e o Vazio (fraldinha) para duas pessoas, que podem vir à mesa acompanhados do arroz de tutano com foie gras dos Pampas. Na ala das sobremesas, o Duo de Pudim da Carlota, receita autoral da consultora da casa, a chef gaúcha radicada em São Paulo Carla Pernambuco, também chama a atenção.

 

Opções de pratos para compartilhar do 20Barra9 – foto Mandabrasa

 

Cortes harmonizados

Em meio à vegetação nativa da serra gaúcha, em Canela, o 1835 conta com uma vista privilegiada para o Vale do Quilombo no Kempinski Laje de Pedra – primeiro hotel e complexo residencial da rede europeia na América do Sul. O salão é espaçoso e confortável, com longas mesas de madeira, bancos e cadeiras em pele preenchendo as áreas mais amplas, enquanto sofás e poltronas criam ambientes mais íntimos. A cozinha é aberta, com acabamento todo em vidro que permite que se acompanhe o trabalho dos cozinheiros.

No menu aparecem o Pot Pie Crocante de Costelão 12 horas (costela desfiada com toque de requeijão cremoso da serra, coberta de massa folhada crocante), o Carreteiro 1835, Vazio Gran Reserva para duas pessoas e o risoto de copa Colonia. Por lá, a carta de vinhos também valoriza produtores locais, mas traz opções internacionais e variadas, em categorias como Nosso Mundo (uma extensa seleção regional), Velho Mundo (com rótulos europeus) e Novo Mundo (com sugestões mundo afora) – a lista tem ênfase em microproduções de alta qualidade. Neste semestre, o restaurante também inaugurou a Adega 1835, onde são realizadas degustações e experiências sensoriais que apresentam as diferentes regiões vitivinícolas gaúchas.

 

Vinhos gaúchos – foto Marcos Moreira

 

Dezoito35 Carne e Brasa
Rua das Flores, 222, Kempinski Laje de Pedra, Canela (RS).
Segunda a domingo, das 11h30 às 22h.

20Barra9 Cais Embarcadeiro
Avenida Mauá 1050, Centro Histórico, Porto Alegre.
De terça a quinta, das 11h30 às 15h e das 17h às 23h. Sexta, sábado e feriados, das 11h30 às 23h. Domingo, das 11h30 às 22h.

Páscoa em SP: restaurantes com pratos especiais e saborosos para celebrar o domingo festivo

Páscoa em SP: restaurantes com pratos especiais e saborosos para celebrar o domingo festivo

Para celebrar a Páscoa, restaurantes em São Paulo preparam cardápios especiais. Confira algumas sugestões!

Borgo Mooca
Com raízes na culinária italiana e comandado pelo chef Thiago Gonçalves, o Borgo Mooca prepara um menu com três opções de pratos principais: bucatini, polpette de alheiras e crema de couve manteiga (R$ 88); raviolo scapolose recheado com bacalhau confitado e defumado, molho pil-pil e brócolis chamuscado (R$ 112); e fregola sarda, magret e caldo de asa de pato (R$ 134). De sobremesa, colomba brulée, zabaione e amarena (R$ 46) ou panna cotta de colherada e redução de Fernet Coca by Renata Nascimento (R$ 44). Rua Barão de Tatuí, 302, Santa Cecília. Tel. 97574-3213.

 

Raviolo scapolose recheado com bacalhau confitado e defumado, molho pil-pil e brócolis chamuscado – foto Ricardo Dangelo

 

Capim Santo
Exclusivamente na unidade do Solar Fábio Prado, o restaurante Capim Santo, da chef Morena Leite, serve no domingo um lombo de bacalhau confitado sobre purê de grão-de-bico e espinafre refogado, acompanhado de tomatinhos e batatas coradas (R$ 152). Avenida Faria Lima, 2705 – Solar Fábio Prado (acesso pela Rua Gumercindo Saraiva, 350). Tel. 3032-2277.

 

Lombo de bacalhau confitado sobre purê de grão-de-bico e espinafre refogado, acompanhado de tomatinhos e batatas coradas, do Capim Santo – foto Mario Rodrigues

 

Osso
Filial brasileira do restaurante peruano de Renzo Garibaldi, o Osso oferece na Páscoa um menu especial criado pelo chef Victor Cabanas. De entrada, as sugestões são: crudo de namorado, água de tomate, óleo verde, molho picante e ovas (R$ 80) e croqueta de porco e polvo com aioli de gochujang (R$ 65). Nos principais, cordeiro, milho cremoso e kale crocante (R$ 130) ou robata de camarão rosa, arroz de abóbora com gengibre e caramelo de alho (R$ 125). Para finalizar, bolo chifon grelhado, calda de rum e abacaxi e gelatto de coco (R$ 60). Rua Bandeira Paulista 520, Itaim Bibi. Tel. 3167-3816.

 

Ceviche, do Osso – foto divulgação

 

Torero Valese
O cardápio de Páscoa do chef Juliano Valese pode ser apreciado in loco no Torero Valese ou no conforto da sua casa, por meio de encomendas até o dia 16/04. Como destaques, que servem de 4 a 6 pessoas, estão o tradicional Bacalhau Gadus Morhua à Espanhola (R$ 790); a Paella Mariñera (R$ 890), o Arroz de Polvo a la Mariñera (R$ 890) e a Paella da Horta (R$ 490), para os vegetarianos. Para quem for ao restaurante, as sugestões são o arroz de pato confitado (R$ 117) e o pescado do dia (R$ 139). Av. Horácio Lafer, 638, Itaim Bibi. Tel. 94046-5556.

 

Paella Mariñera, do Torero Valese – foto Mario Rodrigues

Os sabores da praia podem ser encontrados em ótimos restaurantes na capital paulista

Os sabores da praia podem ser encontrados em ótimos restaurantes na capital paulista

Os cheiros e os ingredientes do litoral se espalham cada vez mais por São Paulo, em restaurantes de qualidade especializados em peixes e frutos do mar

Para quem não pode estar no litoral nesse verão, sugiro que desfrute dos sabores que a gastronomia paulistana oferece em seus restaurantes focados em tudo que o mar tem de bom.  A verdade é que até poucos anos atrás, São Paulo tinha poucos restaurantes de peixe e frutos do mar, em comparação à enorme oferta gastronômica de qualidade na cidade. A boa notícia é que em meio à grande quantidade de inaugurações a qual a capital assistiu entre 2023 e 2024, surgiram ótimas casas lideradas por uma nova geração de chefs decididos a explorar e a valorizar os insumos vindos do litoral.

Prova disso é a Le Bulo, no Itaim, definida pelo próprio chef franco carioca Ricardo Lapeyre como uma “brasserie do mar”. Além de só trabalhar com produtos frescos, ele utiliza todo o seu conhecimento adquirido em cozinhas francesas icônicas – como as do Alain Ducasse e do Frédéric Doucet – para oferecer um cardápio próximo ao do Comptoir de la Mer, em Paris. O chef serve um plateau du chef (misto de frutos do mar frescos do dia), peixes grelhados e uma incrível pescada amarela crua com tucupi e shissô. É sucesso total, por isso não deixe de reservar. 

 

Peixe grelhado de Azur do Mar, no Mercado de Pinheiros – foto reprodução Instagram

 

Outra casa de destaque é o Cais, muito aclamado e vencedor de vários prêmios. O restaurante de aparência simples e descontraída muda seu menu em função dos peixes e frutos do mar frescos disponíveis. Nos pratos que entram no cardápio existem influências e origens variadas, reflexo da vivência do chef em boas cozinhas, como francesa, espanhola, portuguesa e até árabe (kafta de atum) ou asiática (guioza de camarão).

Com estilo mais descontraído e gostinho de praia, mas sem abrir mão de frescor e de qualidade, está o Azur do Mar, situado no Mercado de Pinheiros e em frente à peixaria Nossa Senhora de Fátima – onde você pode escolher o peixe ou fruto do mar que quiser para ser preparado na parrilla do restaurante. Você também pode pedir a parrillada do mar (com camarão, polvo, lula, mexilhões e peixe) ou até mesmo um simples choripolvo, que traz o polvo grelhado na brasa dentro de um pão brioche. É fantástico! 

Outra boa novidade é o Irina, nos Jardins, endereço também descontraído no estilo bistrô de praia, que evidencia uma culinária com forte sotaque portiguar – já que a chef é de Natal. Tem um cardápio reduzido e bem resolvido, como a pescada-cambucu no forno com manteiga e tapioca com coco ou o crudo de robalo com quiabo e azeite de pimenta de cheiro. Os molhos e os acompanhamentos são basicamente nordestinos, assim como o camarão no molho de manteiga da terra com maracujá.

Fico feliz em ver que o interesse por peixes e frutos do mar parece estar aumentando na cidade, porque é um capítulo da culinária que prestigia o maravilhoso mar que banha toda a costa brasileira. Bom apetite e até!