Boas tendências na garrafa: vinhos frescos e leves são ideais para festas e refeições

Boas tendências na garrafa: vinhos frescos e leves são ideais para festas e refeições

Vinhos frescos e leves seguem em alta nas prateleiras e são alternativas estratégicas para diferentes momentos, como festas e para acompanhar refeições

Existem muitos modismos e potenciais preferências no mundo do vinho, que mudam rapidamente e são difíceis de acompanhar. Mas, entre as tendências mais consolidadas para 2025, já é possível observar a prevalência de vinhos mais leves e frescos, além de tintos de castas como Gamay, Pais, Garnacha de pouca extração, Grignolino, Dolcetto de pouca extração e Alvarelhão. Também há destaque para vinhos tipo “Palhete” – feitos de uvas tintas e brancas vinificadas juntas, que resultam em bebidas com leveza que acompanham a refeição sem pesar e que a qualquer momento caem bem, especialmente mais refrescados.

Acredito ainda que a onda dos orgânicos, biodinâmicos e naturais se solidificará no Brasil, como já aconteceu na Europa e nos Estados Unidos, onde deixaram de ser moda para serem tendência e se estabeleceram como premissa de consumo sustentável, especialmente entre o público mais jovem.

 

foto Courtneyk / iStockphoto

 

E os vinhos com Álcool Zero devem ganhar seu espaço, principalmente como opção para aqueles com problemas em consumir bebidas alcoólicas e que gostariam de estar mais inseridos nos contextos sociais e festivos – além, claro, daqueles que são “escalados” para dirigir e podem ainda participar de forma menos constrangedora do que bebendo refrigerante. Inclusive, já existem boas opções dessa categoria, como rótulos da Freixenet, Salton e Aurora – com ênfase para os espumantes, que são mais parecidos com os originais.

Listo, abaixo, vinhos que incorporam bem as tendências deste ano:

Clemens Busch VDP. Grosse Lage Marienburg Fahrlay Riesling Auslese – Biodinâmico com 7,5% de álcool na Premium Wines

Molitor Ockfener Bockstein Riesling – Biodinâmico de 9% de álcool na Weinhaus Exzellenz

Stefan Vetter Müller Thurgau – Natural de 9,5% de álcool na Natural Vinci

Selbach-Oster Sonnenuhr Auslese – Com 8,5% de álcool na Mistral

Hochheimer Kirchenstück Riesling Spätlese Trocken – Com 9% de álcool na Mistral

Bernkasteler Badstube Riesling Kabinett – Com 8% de álcool na Mistral

Moscato d’Asti Moncalvina – 5% de álcool na Mistral

Saravá Loureiro – Natural do Minho com 10% de álcool na Cellar

Phaunus Palhete da Aphros Wine – Biodinâmico com 10% de álcool na Cellar

Aphros Ouranos de Alvarelhão – Biodinâmico com 10,5% de álcool na Cellar

Produção artesanal de saquê no país tem investido na adaptação da bebida ao paladar local e ao clima tropical

Produção artesanal de saquê no país tem investido na adaptação da bebida ao paladar local e ao clima tropical

Com consumo em alta no Brasil, o saquê conserva tradições ao mesmo tempo que encontra novos mercados e públicos

Com sabores que variam de leves e delicados a robustos e complexos, o saquê é uma bebida alcoólica milenar japonesa feita a partir da fermentação do arroz. Mais do que um símbolo da cultura, representa um legado de tradição e respeito aos ingredientes locais cultivados ao longo dos séculos.

Hoje, existem mais de 1.600 fabricantes de saquê no Japão, que oferecem mais de 40 mil variedades de rótulos. Historicamente, a produção era dominada por homens e essa exclusividade era justificada como uma forma de “proteger” as mulheres do trabalho árduo, o que, na verdade, refletia preconceitos e desigualdades de gênero.

 

Sakê Tomoe, considerado o primeiro craft saquê brasileiro – foto reprodução facebook

 

Ainda com poucas produtoras femininas, as mulheres estão quebrando barreiras e introduzindo inovações, conquistando espaço e respeito na indústria, especialmente na última década. A japonesa Nanami Watanabe, por exemplo, é uma das mais jovens mestras na produção de saquê e se destaca com rótulos como o Hakurakusei Junmai Guinjo, que apresenta um equilíbrio entre notas frutadas e acidez cítrica.

E escolher um bom saquê requer atenção aos detalhes do rótulo. Um dos principais indicadores de qualidade é o grau de polimento do arroz, conhecido como seimaibuai. Esse termo se refere à quantidade de arroz que permanece após o polimento, que remove as camadas externas dos grãos para deixar apenas o núcleo de amido. Quanto menor o seimaibuai, mais refinada é a bebida – resultando em sabores mais complexos e sutis.

Outro ponto importante é o processo de fermentação. Saquês classificados como junmai não recebem adição de álcool destilado após a fermentação, o que preserva o sabor puro e o umami da bebida. Métodos tradicionais de fermentação natural, como o kimoto e o yamahai, trazem uma acidez mais acentuada.

O consumo de saquê no Brasil tem aumentado significativamente, impulsionado pela popularidade da culinária japonesa e o interesse por bebidas diferenciadas. A produção artesanal no país tem investido na adaptação da bebida ao paladar local e ao clima tropical. Entre os destaques está o Sakê Tomoe, considerado o primeiro craft saquê brasileiro, criado em homenagem a Tomoe Gozen, uma lendária samurai mulher.

Essas iniciativas mostram não apenas o crescimento do mercado brasileiro, mas também uma mudança na produção de saquê em todo o mundo, em que as mulheres começam a desempenhar papéis cruciais, trazendo novas abordagens e perspectivas para uma bebida muito marcada pela tradição.

*Jade Mayworm é saquê sommelière e responsável pelas cartas de saquês e chás do restaurante Elena, no Jardim Botânico, no Rio.

O cozinheiro Jimmy Ogro acaba de inaugurar seu primeiro bar, o Dimmi

O cozinheiro Jimmy Ogro acaba de inaugurar seu primeiro bar, o Dimmi

Dimmi tem um ambiente que remete aos ‘ruin bars’ que ocupam prédios abandonados do centro de Budapeste. Cardápio lista apetitosas comidinhas e drinques tentadores

O cozinheiro Jimmy Ogro — que comanda o restaurante BistrOgro, na Barra, e a hamburgueria Ogro Steaks, em Copacabana — acaba de inaugurar seu primeiro bar, o Dimmi. O décor pós-apocalíptico remete aos “ruin bars” de Budapeste e tem itens aleatoriamente distribuídos pelo espaço — mais ou menos como as ideias se “organizam” na mente do amalucado Jimmy, que focou sua energia na seleção dos comes e bebes do empreendimento.

O cardápio tem apetitosos petiscos, como o torresmo de barriga de porco com chutney de abacaxi picante, os pastéis surf & turf de camarão com bacon e catupiry ou ainda a macaxeira nevada, coberta com muito queijo parmesão ralado.

 

 

A carta de drinques lista ótimas pedidas, como o Cerveja Quente (que mistura cerveja, limão, sal, pimenta e molho inglês) e o Ogroni — versão do clássico Negroni com cachaça no lugar do gim. Para quem preferir alternativas não-alcoólicas, vale provar o mate com limão e as sodas da casa — de gengibre ou de morango.

Dimmi Bar
Rua Sorocaba, 585, Botafogo.

Os sabores únicos de Santiago do Chile, que desponta na cena gastronômica mundial

Os sabores únicos de Santiago do Chile, que desponta na cena gastronômica mundial

Muito mais do que um destino de passagem para estações de esqui e de passeios por vinícolas próximas, a capital chilena Santiago é um excelente e pulsante polo gastronômico

Sobrevoar a Cordilheira dos Andes deve estar na lista de qualquer viajante que aprecia os encantos naturais do mundo. E para os brasileiros, o percurso é rapidinho e pode ser desfrutado em uma viagem a Santiago, a capital do Chile. Em menos de quatro horas, ao espiar pela janela do avião – não deixe de escolher o assento que tem vista direta –, a majestosa formação montanhosa coberta por neve branquinha enche os olhos. São mais de 3 milhões de quilômetros quadrados de área e quase 7 mil metros de altitude.

Apesar de ser destino certo no inverno em razão de suas estações de esqui, como Valle Nevado e Ski Portillo, o país pode ser apreciado o ano todo. Muito mais do que uma cidade de passagem, Santiago é vibrante e cosmopolita e merece alguns dias de atenção. Especialmente agora, que desponta na cena gastronômica com diversos restaurantes em importantes listas dos melhores da América Latina e do mundo.

 

Skyline de Santiago – foto Tifonimages / iStockPhoto

 

É o caso do premiado Boragó, que já foi eleito o melhor restaurante do Chile e figura sempre entre os melhores do mundo – este ano, ficou em 29º lugar na lista The World’s 50 Best Restaurants, e em 2021 foi considerado o restaurante mais sustentável do mundo pelo mesmo ranking.

Em 2006, o chef Rodolfo Guzmán inaugurou o estabelecimento no sofisticado bairro Vitacura com o objetivo de repensar a comida chilena, introduzindo novos métodos de cozimento, ingredientes nativos milenares e produtos locais. Tal interesse o levou a criar posteriormente o CIB – primeiro centro de pesquisa alimentar do Chile, que transforma os ingredientes nativos em novas possibilidades culinárias.

 

Entrada em formato de abelha no Boragó – foto Reprodução Instagram

 

A cozinha-laboratório sazonal e ancestral é definida como “um ensaio permanente sobre o momento do território chileno” e serve pratos de forma criativa, em um extenso menu degustação que muda cinco vezes ao ano – nas quatro estações, além de um pré-primavera, que dura apenas algumas semanas. As comidas são verdadeiras obras de arte e diferentes de tudo o que se pode experimentar por aí!

A título de curiosidade, o menu de outono deste ano apresentava um suco outonal quente de guanaco patagônico (um camelídeo nativo da América do Sul, parecido com uma lhama) e uma das entradas era em formato de abelha. Outros destaques do jantar foram o ouriço da praia de Quintay; a maçã selvagem da Patagônia; a lagosta do arquipélago Juan Fernández cozida dentro de uma alga; e o cordeiro patagônico cozido à perfeição. Todas as etapas podem ser harmonizadas com vinhos, mas há ainda a opção de harmonização não alcoólica, com sucos e chás divinos. Para acompanhar o processo de degustação, é servida a todo momento água tratada da chuva da Patagônia.

Também com uma proposta contemporânea e sazonal e listada no ranking The World’s 50 Best, a Pulperia Santa Elvira é um destino certo em Santiago para quem quer apreciar uma excelente gastronomia, mas com um charme a mais. Localizada no bairro patrimonial Matta, afastada dos luxuosos e badalados Vitacura e Las Condes, o local ocupa um casarão encantador de mais de 100 anos e seu espaço aconchegante e com jeitinho de “casa de vó” dá o tom da experiência culinária igualmente encantadora.

 

Ambiente aconchegante da Pulperia Santa Elvira – foto Vivian Monicci

 

Uma pulperia, ao contrário do que se pode imaginar, não está relacionada a polvo – que, em espanhol, é “pulpo”. Na verdade, é um termo utilizado para designar o estabelecimento comercial típico das regiões latinas, que vendia tradicionalmente itens como comida, bebida, vela, carvão e remédio.

A cozinha comandada pelo chef e proprietário Javier Avilés é criativa, mas utiliza elementos tradicionais e indígenas, priorizando sempre produtos de cooperativas sustentáveis. De suas panelas saem criações como Chupe de Zapallo (sopa com base de pão embebido em leite e diferentes texturas de abóbora) e o cozido de cogumelos silvestres com crocante de cacau.

 

Prato Chupe de Zapallo – foto Vivian Monicci

 

Muito bem executados e com apresentação impecável, os pratos harmonizam perfeitamente com a decoração e atmosfera do ambiente. Aqui, é necessário exaltar o trabalho minucioso e extremamente interessante para os olhos feito por Florencia Velasco, decoradora e esposa do chef, que embarcou junto na aventura de sustentar um restaurante fora da curva em um bairro também fora do eixo mais óbvio da cidade.

Deliciosas descobertas

Próximo à região da Pulperia, está o bairro Franklin, que deve ser incluído na lista de lugares a visitar na capital, mesmo estando mais afastado da badalação. Lá, você encontra o shopping Persa Víctor Manuel – um edifício histórico que abriga milhares de lojinhas de antiguidades, no melhor estilo mercado de pulgas. Após circular por suas vielas, vale a pena procurar em uma delas o DeMo, pedida ideal para quem ama brunch e comidinhas rápidas.

 

Ambiente do DeMo – foto Reprodução Instagram

 

Aberto apenas aos sábados e domingos, das 10h às 16h, o espaço em formato de cubo transparente e de cozinha aberta serve somente sete mesas e é comandado pelo chef Pedro Chavarría – com passagem pelo Boragó –, que elabora menus que destacam sempre os melhores produtos da semana e incluem sanduíches, docinhos e cafés, além de frutos do mar. Não deixe de pedir o inesquecível pão quentinho com patês artesanais, que aquece o corpo e o coração nos dias mais frios.
Desde sua inauguração, em 2021, o lugar chama a atenção dos locais e dos turistas e coloca Franklin no radar gastronômico de Santiago. Este ano, o DeMo foi incluído na lista 50 Best Discovery, que destaca os points para ficar de olho e que valem a descoberta.

Para experimentar uma culinária mais tradicional e regional, o Mesón de la Patagonia é outra escolha certeira. Inaugurado nos anos 1980, na região de Punta Arenas, serve comida caseira tradicional da Patagônia chilena, como a centolla (king crab do Chile) fresca – preparada das mais diferentes formas – e o cordeiro feito de maneira tradicional patagônica: preso inteiro em uma cruz de ferro e assado em uma fogueira. O preparo pode ser visto bem de pertinho, já que fica logo na entrada do restaurante e ao lado de algumas mesas externas.

 

Cordeiro feito de maneira tradicional patagônica, na fogueira, do restaurante Mesón de la Patagonia – foto divulgação

 

É com essa carne suculenta que eles preparam seu jamón caseiro – uma festa para o paladar – e a maioria dos pratos, como o surreal Garrón de Cordero, servido com uma igualmente saborosa polenta cremosa. Caso ainda sobre um espacinho no estômago ao final da farta refeição, vale provar de sobremesa a mousse de ruibarbo e a panqueca acompanhada de sorvete de baunilha e calda de framboesa ou ruibarbo.

Seguindo a linha carnívora tradicional, o Don Carlos Carne y Vino é um restaurante de parrilla argentina e se destaca pelos cortes nobres, como bife ancho, flat iron e prime rib. Com quase 40 anos de história, é um clássico da cidade e excelente escolha para quem passeia por Las Condes.

 

Carne nobre do argentino Don Carlos – foto divulgação

 

O giro gastronômico termina com a deliciosa pizzaria Capri, que está no ranking das 50 Top Pizza da América Latina de 2024. Fundada pelo jovem Nicolás Saavedra, engenheiro de profissão e apaixonado por gastronomia, o lugar nasceu de seu encantamento pela cultura italiana e sua rica tradição gastronômica, especialmente as pizzas. Após uma viagem ao país, ele retornou a Santiago determinado a aprender as técnicas das pizzas originais. Com seu desenvolvimento nesse universo, transformou o hobby em profissão e, em 2021, abriu um ponto de entrega em Vitacura.

Com o enorme sucesso, abriu em 2022 o Capri Restobar, no bairro Lo Barnechea. O negócio familiar se propõe a ser um ponto de encontro jovial, com uma boa oferta gastronômica e de bar, mas sempre destacando as redondas tradicionais de Nápoles. Vale a pena experimentar, porque são de fato deliciosas e muito leves. Sem dúvida, é mais um ótimo exemplo de como Santiago tem muito a oferecer ao viajante que se permite descobrir suas texturas diversas e seus ricos sabores.

 

Pizza Catalina (com burrata) do Capri Restobar, no bairro Lo Barnechea – foto Oscar Doussang

Novidade quente!

Em alguns países, é muito comum encontrar mercados urbanos, como o famoso Time Out Market, presente em cidades como Lisboa e Barcelona. A boa notícia é que Santiago inaugurou recentemente o primeiro mercado urbano do Chile, localizado em Las Condes, o centro financeiro da capital.

O MUT (Mercado Urbano Tobalaba) fica integrado à estação de metrô Tobalaba e tem design moderno e descolado, superatrativo aos turistas. Por lá, você encontra diversas lojas – de grandes marcas e de pequenos produtores –, feiras de artesanato, restaurantes, além de atividades culturais, oficinas e exposições.

 

Mercado Urbano Tobalaba – foto Sfs90 / Wikimedia Commons

 

Avenida Apoquindo 2730, Las Condes, Santiago.

Entrevista com a diretora de branding da Heineken: “Nosso papel é promover experiências únicas e momentos de conexão”

Entrevista com a diretora de branding da Heineken: “Nosso papel é promover experiências únicas e momentos de conexão”

Diretora de comunicação e branding da Heineken no Brasil, Beatrice Jordão fala sobre a relevância do mercado brasileiro para a marca e o investimento em eventos marcantes para o público no país

Heineken completou 150 anos em 2023 e, hoje, o Brasil representa o maior volume de venda da marca no mundo. As razões por trás de tamanha aderência dos consumidores brasileiros às “verdinhas” são muitas e o próprio tamanho do mercado justifica os elevados números. Mas há estratégia de marketing consistente nos bastidores, com destaque para a “premiumnização” da bebida – que destaca a melhor qualidade dos ingredientes da cerveja – e a aposta e os investimentos robustos em eventos de alto impacto, como o G1 de Fórmula 1 – da qual a marca é parceira desde 2016 e, em Interlagos, apresenta um verdadeiro camarote aos fãs, o Heineken Village. Por aqui, a cerveja foi consumida até mesmo por Madonna em seu emblemático show na Praia de Copacabana, em maio – em um memorável brinde feito pela rainha do pop junto aos súditos. Em entrevista à 29HORAS, Beatrice Jordão, diretora branding da Heineken, compartilha as tendências de marketing no mercado de bebidas e as estratégias ousadas da marca.

 

Beatrice Jordão, diretora de branding da Heineken – foto divulgação

 

Quais são as principais ações da Heineken por aqui?
Realizamos ações de impacto que possam contribuir com a sustentabilidade nas cidades, dentro da plataforma de sustentabilidade e cultura de marca ‘Green Your City’. Essa iniciativa visa gerar reflexão sobre o papel das pessoas nas cidades em que vivem, por meio de grandes ações. Uma das metas centrais da plataforma é promover a circularidade, incluindo estratégias de reciclagem e retornabilidade de embalagens. Até 2030, temos o compromisso de tornar 80% das embalagens de vidro da Heineken circulares. No Brasil, onde apenas 47% dos vidros são reciclados, implantar um sistema de economia circular para embalagens, como garrafas long necks, é uma prioridade para a marca.

Quais são as particularidades utilizadas na comunicação no Brasil?
Procuramos estar sempre mais próximos de nossos consumidores com campanhas e ações que possam celebrar e brindar junto à marca. Um exemplo disso foi a nossa campanha de 150 anos. Nessa celebração de aniversário, destacamos as diversas formas pelas quais os consumidores a chamam, como ‘verdinha’ aqui no Brasil, e como se relacionam com uma série múltipla de ações, mostrando que o que verdadeiramente importa são os bons momentos em que a cerveja está presente no dia a dia das pessoas.

A Heineken marca presença em eventos memoráveis no país, como o show da Madonna e o GP de Fórmula 1. Como é feita a escolha dessas ativações?
Nosso papel de marca é ser pioneira e inovadora, quebrando estereótipos, para oferecer experiências únicas e promover momentos de conexão e celebração. A gente quer, como marca, criar boas memórias. Não é só vender a cerveja no festival, é proporcionar a melhor experiência, as memórias daquele evento ou show, acompanhado de uma Heineken. A nossa escolha de ativações faz parte disso, além de buscarmos iniciativas que estão conectadas com nossos valores e visão de mundo.

Hoje, quais são as principais tendências de marketing no mercado de bebidas?
Um exemplo que estamos olhando sempre dentro do Grupo Heineken vem junto com o anúncio do lançamento da Sol Zero. Com o crescimento da cerveja sem álcool, a companhia escolheu o Brasil para iniciar a sua produção, a partir de setembro deste ano. A primeira versão zero álcool da cerveja Sol em 125 anos de história da marca também contará com vitamina D e B (B3 e B6) em sua composição e chega com a proposta de oferecer novas ocasiões de consumo no cotidiano.

Frente à grande concorrência e comunicação pulverizada, qual é o papel do marketing?
É de criar conexões profundas com os consumidores por meio de campanhas criativas e experiências inovadoras, além de contar histórias inspiradoras que comunicam os valores da marca e possam abrir a mente das pessoas para o novo. Não queremos apenas promover os nossos produtos, mas sim criar conexões emocionais nos momentos de socialização entre as pessoas. Investimos em estratégias específicas como o marketing direcionado, explorando novas tendências de consumo e inovação de produto.

Como você já comentou, o consumo de álcool diminui no mundo, principalmente entre as pessoas mais jovens. Como a Heineken tem explorado novo cenário?
Temos observado essa crescente nos últimos anos e estamos expandindo cada vez mais o nosso portfólio com a Heineken 0.0, que busca ampliar opções de consumo por meio de um lifestyle mais consciente e saudável, junto de um produto de altíssima qualidade, trazendo o sabor inconfundível da tradicional Heineken. Buscamos ativá-la sempre que possível em campanhas, eventos e comunicações da marca. Por se tratar de uma bebida sem álcool e com menos calorias, podemos estar em territórios como o esporte, conectando diretamente a marca e consumidores com bem-estar e a um estilo de vida balanceado.

Anunciamos no primeiro semestre que a Heineken 0.0 foi a cerveja sem álcool mais vendida de 2023, de acordo com dados apurados pela NielsenIQ. Desde 2010, a marca investe 10% de toda sua verba de marketing em ações de consumo responsável. A meta até 2030 é que 90% da população seja impactada anualmente pela mensagem de responsabilidade e consciência sobre o consumo de álcool.

HEINEKEN
• Fundada em 1864, em Amsterdã, na Holanda
• O Grupo chega ao Brasil em 2010
• Mais de 85 mil funcionários no mundo
• Cervejas apreciadas em mais de 192 países e presente em todos os continentes
• 31 centros de distribuição e 15 cervejarias espalhadas pelo Brasil