Coar um café especial em casa é um momento de pausa, sabor e prazer

Coar um café especial em casa é um momento de pausa, sabor e prazer

Preparar café coado em casa, manualmente, é um hábito, uma cultura, e pode ser um ritual luxuoso e acessível quando a matéria-prima é de excelência

O Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, com 20,5 milhões de sacas de 60 kg consumidas em 2024, segundo a Organização Internacional do Café. O consumo médio é de cerca de 81 litros por pessoa ao ano. Não à toa, preparar café coado em casa, manualmente, é um hábito, uma cultura, e pode ser um ritual luxuoso e acessível quando a matéria-prima é de excelência. 

Tudo começa pela escolha do grão de categoria de qualidade especial (antes dele temos o gourmet, o superior, o tradicional e o extra-forte). Prefere notas que remetam ao caramelo? Que tal chocolate? Ou a frutas e flores? Nada disso é adicionado: são expressões naturais do terroir, da variedade, da torra e dos cuidados que o grão especial recebe até chegar à sua xícara.

 

foto Shutterstock

 

Fique atento à data de torra: o ideal é consumir o café em até três meses. Armazene bem, em local seco, fresco e vedado, para preservar seus aromas e sabores. A água é a maior parte da receita – use sempre filtrada. Quando ferver, desligue o fogo e aproveite esse tempo para enxaguar o filtro e os utensílios. Assim, a temperatura cai para cerca de 95 graus Celsius, ideal para o preparo do café coado.

A busca é pelo equilíbrio: uma bebida limpa, com notas sensoriais bem preservadas. Pode ser preparada no filtro de papel ou no pano, como valoriza a cultura brasileira. Moer na hora garante ainda aroma fresco e maior controle do preparo. Uma moagem muito grossa faz a água passar rápido demais; muito fina entope o filtro, esfria a bebida e acentua o amargor. O ajuste depende do método. Coadores de fundo reto, como o Melitta, retêm mais a água. Já os modelos cônicos, como o V60, aceleram o fluxo, por isso, o ideal é despejar a água aos poucos para o resultado não ser um “chafé”.

No barismo, há até campeonato dedicado ao café filtrado. O atual campeão brasileiro é Thiago Sabino, que representou o país no mundial em Jacarta, na Indonésia, onde conquistou a 11ª colocação. O título internacional ficou com o chinês George Jinyang Peng.

Para nós, meros mortais apaixonados por café de boa qualidade, uma receita básica é um bom ponto de partida: use como base 10 g de pó de café para cada 100 mililitros de água. A partir daí, ajuste conforme seu gosto: mais água resulta em uma bebida mais leve, enquanto menos água torna o café mais intenso. Mexer delicadamente o pó no início da extração ajuda a realçar os sabores. E ter uma balança simples à mão facilita manter a proporção, repetir receitas e evitar desperdícios. Aproveite!

*Gi Coutinho é jornalista, provadora de café e fala sobre essa bebida apaixonante no Instagram @puracaffeina e no Podcast Pura Caffeina.

Dia dos Pais: novidades em tecnologia, relógios, bebida e acessórios para presentear

Dia dos Pais: novidades em tecnologia, relógios, bebida e acessórios para presentear

Uma curadoria do que há de melhor no mercado de relógios, acessórios, bebida e tecnologia para presentear nesse Dia dos Pais

Mala de Bordo Airox Frequent Flyer Hardside, da Victorinox
Pesando apenas 2,3 kg e fabricada em policarbonato virgem 100% puro, é resistente e tem sistema de abertura com fecho borboleta. As rodas proporcionam rotação de 360°. (R$ 3.295)

 

foto divulgação

 

Jean Paul Gaultier Le Male Elixir Absolu
A icônica fragrância masculina ganha uma nova versão, em que a lavanda de Le Male se encontra com a ameixa e a fava tonka, criando um perfume envolvente. (R$ 759 – 75 ml)

 

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Tênis Rsv R-broox Good Luck, da Reserva
Unindo a cultura street e o sport glam, o tênis tem um jogo de texturas entre couros, tecidos esportivos e acabamentos metálicos. Possui estabilizador e vem com kit de personalização com três pares charm lace. (R$ 1.199)

 

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Luminor Luna Rossa, da Panerai
Com design esportivo e casual, o relógio dispõe de uma caixa de 44mm de diâmetro em aço inoxidável, pulseira feita em bi-material e resistência à água de até 100 metros de profundidade. Acompanha uma segunda pulseira em borracha preta. (R$ 44.600)

 

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Fone de ouvido Motorola Moto Buds Loop
O primeiro fone de ouvido aberto da marca tem design que se molda às orelhas do usuário e conta com a tecnologia inovadora do Sound by Bose, que proporciona um áudio com altíssimo nível de nitidez e balanço. (R$ 899,10)

 

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Caneta Esferográfica Writers Edition Johann Wolfgang von Goethe, da Montblanc
Dedicada ao escritor alemão, a tonalidade cinza-azulada e a sutil textura marmorizada da tampa e do corpo são inspiradas no papel de parede da Sala Juno da residência de Goethe em Weimar. (R$ 7.700)

 

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BOSS Bottled Bold Citrus Eau de Parfum
Em edição limitada, a fragrância fresca apresenta uma explosão de notas cítricas de limão primofiore e bergamota, extrato de elemi, essência de gerânio Bourbon, patchouli e vetiver. (R$ 599 – 50 ml)

 

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Kit de Colares Solo Noir Prata Boho, da Hector Albertazzi
Homenageando o solo e a conexão familiar, a coleção é banhada em prata boho e conta com cristais na cor noir, que destaca um preto intenso e sofisticado. (R$ 1.091)

 

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Whisky Single Malt The Glenlivet 21 anos
Com acabamento triplo em barris de primeiro uso de Oloroso Sherry, Carvalho Troncais de Cognac e Vintage Colheita de Porto, a bebida tem notas de peras caramelizadas e passas, equilibradas com toques de gengibre aquecido. (R$ 2.499)

 

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Prêmio Sabores da Orla chega à sua 8ª edição com mais de 150 quiosques participantes

Prêmio Sabores da Orla chega à sua 8ª edição com mais de 150 quiosques participantes

Criado pela Orla Rio, o Prêmio Sabores da Orla é um verdadeiro espetáculo de sabores, histórias e experiências à beira-mar

Concessionária responsável pela administração dos 309 quiosques e 27 postos de salvamento da orla carioca, a Orla Rio promove a revitalização e qualificação da orla, transformando os quiosques em verdadeiros pontos de encontro, lazer e gastronomia.

A partir de 1º de julho, os quiosques da Orla Rio estrelam o maior festival de gastronomia praiana do Brasil, o Prêmio Sabores da Orla, que chega à sua 8ª edição. Serão mais de 150 quiosques concorrendo em seis diferentes categorias: Prato Estrela, Pastel do Pódio, Rei do Petisco, Sanduba do Mestre, Sobremesa dos Sonhos e Caipi das Caipis by Smirnoff. A seleção técnica dos finalistas será feita pelo time do SENAC, e os vencedores serão escolhidos por um júri liderado pelo chef João Diamante, embaixador oficial do festival.

 

Prato principal do Qui Qui, que ficou em primeiro lugar em 2024 – foto divulgação

 

A grande novidade deste ano é o novo critério de avaliação “Sustentabilidade”, que considera o uso de ingredientes sustentáveis, o apoio a pequenos produtores, o aproveitamento de insumos e o combate ao desperdício. “A orla carioca é muito mais do que paisagem: é cultura, é encontro, é potência. O Sabores da Orla reconhece e valoriza os operadores que transformam seus quiosques em vitrines de criatividade, excelência e propósito. E com o novo critério de sustentabilidade, damos mais um passo rumo a uma experiência ainda mais responsável e inspiradora”, afirma João Marcello Barreto, presidente da Orla Rio. O público também poderá votar em seus pratos preferidos no site oficial do festival saboresdaorla.com.br.

Os vencedores serão revelados no dia 4 de setembro, em uma cerimônia especial com transmissão nas redes da Orla Rio e cobertura da Record TV. Até lá, o festival promoverá uma série de ativações com influenciadores, visitas surpresa aos finalistas e uma programação digital recheada de interação e engajamento.

Outra novidade é que o público poderá montar sua própria rota gastronômica pelo site oficial, salvando o itinerário na agenda e compartilhando com os amigos por WhatsApp. “A gente quer que cada pessoa monte o seu próprio roteiro à beira-mar, com os sabores que mais combinam com seu paladar e estilo. O festival virou um verdadeiro espetáculo gastronômico, e mais do que nunca o público também faz parte do enredo”, destaca Ingrid Lagrotta, diretora de Marketing e Negócios da Orla Rio.

 

foto divulgação

 

8º Prêmio Sabores da Orla
De 1º a 31 de julho.
Anúncio dos vencedores: 4 de setembro
Saiba mais e monte sua rota: saboresdaorla.com.br

 

Consumo de coquetéis não alcoólicos cresce em restaurantes estrelados

Consumo de coquetéis não alcoólicos cresce em restaurantes estrelados

Coquetéis sem álcool e harmonização completa em jantares de restaurantes estrelados mostra a queda de um certo moralismo às avessas da categoria de profissionais de bar

Segundo a OMS não há métrica segura para o consumo saudável de álcool e indicadores noticiados nos últimos anos apontam para uma mudança no hábito por parte da geração Z. Foi olhando não apenas os números em macro, mas também em microescala, que começamos a explorar os não alcoólicos na coquetelaria do restaurante Tuju, em São Paulo. Primeiro, em alguns coquetéis sem álcool, depois, com a ideia de ter uma harmonização que acompanhasse todo o jantar.

De um total de nove mesas, passamos a observar que, toda noite, pelo menos um convidado de uma delas não bebia. Nossa iniciativa caminhou no sentido de fazer essa pessoa se sentir igualmente bem recebida. Tal qual uma harmonização com vinhos, servimos 50 ml de cada criação líquida a cada etapa, sem nunca repetir ingredientes que já estão no prato. Ela é quase 100% artesanal, produzida internamente – mas, eventualmente, contamos com insumos processados, como mostarda, goiabada e óleo de coco. O restante é feito a partir da própria fruta, erva ou hortaliça.

Esses coquetéis, a meu ver, não têm o objetivo de serem bebidos sozinhos, mas consumidos junto com o prato para o qual foram desenvolvidos. Nesta temporada (de março a julho de 2025), a minha etapa favorita é uma soda de cambuci com salsão, que acompanha o crudo do menu. Para produzi-la, clarificamos os produtos principais e adicionamos um pouco de sal e açúcar.

 

foto Rubens Kato

 

Evidentemente, toda essa exploração não passa incólume a estranhamentos positivos e negativos. Já tivemos clientes brasileiros que disseram se sentir estrangeiros por não conhecerem vários dos ingredientes apresentados, como uvaia, cambuci, murici, bacuri, cajá e polpa de cacau. Acredito que ser bartender é sobre misturar e, por vezes, ousar em uma linguagem nova. Não alcoólica, inclusive.

Some-se a esse processo a dor e a delícia de quase não termos fabricação ou importação de itens sem álcool. Vá ao departamento de não alcoólicos em lojas de bebidas nos Estados Unidos, por exemplo, e haverá uma profusão de bourbons, gins, aperitivos, amaros e vermutes sem álcool. Por outro lado, o Brasil tem uma disponibilidade abundante de hortifrutis incomparável.

Cada um tem o direito de escolher o que consumir. Gosto de pensar que há pessoas que um dia optam por harmonização não alcoólica por desejarem experimentar algo diferente também. E é meu papel pensar em como atendê-las à altura. Essa é a sensação de estar dialogando com o público, sem medo de perdê-lo.

*Rachel Louise é chef de bar do restaurante Tuju.

Chás e infusões preparados com ervas “integrais” geram experiências sensoriais melhores que a dos sachês

Chás e infusões preparados com ervas “integrais” geram experiências sensoriais melhores que a dos sachês

O consumo de chás no Brasil nos últimos anos aumentou mais que a média mundial, sinalizando uma maior valorização das propriedades benéficas da bebida

O mercado de chá no Brasil tem demonstrado um crescimento significativo nos últimos anos, refletindo a busca por opções mais saudáveis e por uma experiência sensorial diferenciada. Nos últimos anos, o consumo de chás por aqui aumentou mais que a média mundial. Esse crescimento expressivo sinaliza uma mudança de hábitos e uma maior valorização das propriedades benéficas da bebida. Em 2025, algumas tendências prometem consolidar ainda mais essa expansão e transformar a maneira como os brasileiros consomem chá.

Uma das tendências é a preferência por chás a granel e acessórios como infusores de aço inox. Os chás a granel possuem uma qualidade muito superior quando comparados ao pó que vem em sachês do mercado. E cada vez mais o consumidor está de olho na qualidade do que ingere. Outro fenômeno que tem se destacado é o fortalecimento das experiências que nos convidam a viver o momento presente. O ato de preparar e degustar um chá propicia uma pausa no meio da correria, podendo ser feito como uma prática de mindfulness.

 

Chás a granel da Talchá – foto divulgação

 

Essa preocupação com a saúde física e mental tem impulsionado o consumo de chás. Após a pandemia, a demanda por bebidas que auxiliam no equilíbrio do corpo e da mente aumentou consideravelmente. Chás que são ricos em propriedades como auxílio na digestão, relaxamento e fortalecimento da imunidade estão entre os mais procurados. E sabemos que o hábito só será mantido se for um momento prazeroso. Na Talchá, os chás são, acima de tudo, saborosos e gostosos.

Ingredientes inovadores, como a Clitoria ternatea, que resulta em um liquor de cor azul vibrante, torna o consumo da bebida uma experiência que aguça diferentes sentidos, incluindo a visão. A busca por sabores únicos e combinações inusitadas atraem um público curioso e aberto para explorar novas sensações ao degustar um chá.

No Brasil, o chá gelado também tem conquistado mais adeptos. Com um clima predominantemente tropical, a popularização dessa versão refrescante da bebida tem sido impulsionada pelo aumento do conhecimento sobre seu preparo e pela procura por alternativas saudáveis às bebidas industrializadas.

 

Loja da Talchá, no shopping Pátio Higienópolis – foto @Csioandreasi

 

Diante dessas mudanças, marcas especializadas têm investido em lançamentos que atendam às novas demandas do consumidor. A Talchá, por exemplo, trouxe ao mercado o Vapt Vupt Glass – um infusor prático feito de vidro borossilicato, ideal para quem busca praticidade e sustentabilidade no dia a dia. Além disso, lançamos novos sabores de blends. Destaque para a infusão “Relaxa”, lançada em collab com a Chef Renata Vanzetto, que leva capim-limão, maçã, casca de laranja, cenoura, murta limão e folhas de amora doce.

*Mariana Schvartsman é sócia-fundadora da Talchá, marca especializada em chás e acessórios no Brasil.