Sophie Charlotte vive Gal Costa nos cinemas e antecipa seus próximos projetos

Sophie Charlotte vive Gal Costa nos cinemas e antecipa seus próximos projetos

A atriz Sophie Charlotte celebra período intenso e frutífero de sua trajetória profissional, coroado por atuação em filme biográfico de Gal Costa, que chega aos cinemas neste mês

Honrar Gal Costa, uma das maiores artistas da música popular brasileira, é uma missão, no mínimo, bonita e desafiadora. A atriz Sophie Charlotte, nascida na Alemanha e criada no Brasil – entre as ruas e as maravilhas de Niterói – assumiu esse feito protagonizando o filme “Meu Nome É Gal”, das diretoras Dandara Ferreira e Lô Politi, que estreia no dia 12 de outubro nos cinemas do país.

 

foto Bob Wolfenson

 

“Foi uma grande responsabilidade e um enorme privilégio”, define. Com 57 anos de carreira musical, Gal somou mais de 30 álbuns e diversos prêmios, entre eles o Grammy Latino à Excelência Musical, recebido pelo conjunto de sua obra. A cantora nos deixou há quase um ano, em São Paulo, no dia 9 de novembro de 2022. Seus sucessos atemporais compõem a trilha sonora do longa. “Meu Nome é Gal” – canção composta por Erasmo e Roberto Carlos e a preferida de Sophie Charlotte –, “Baby”, “Aquarela do Brasil” e “Divino Maravilhoso” embalam a produção. O filme destaca ainda “Eu Vim da Bahia”, “Alegria, Alegria”, “Coração Vagabundo”, “Mamãe, Coragem”, “Vaca Profana” e “Festa do Interior”.

Em sintonia com tamanha potência que ecoa da imortal artista baiana, Sophie vive fase efervescente de sua carreira. Além de protagonizar a novela “Todas as Flores”, exibida na TV Globo, ela também atua em “O Assasino”, novo filme do cineasta norte-americano David Fincher – o mesmo de “Clube da Luta” e “A Rede Social” – que estreia em novembro na Netflix. Ainda nos streamings, a atriz estrela o longa “Rio Desejo”, do diretor Sérgio Machado, já disponível no Globoplay. Por essa atuação, recebeu menção honrosa como Melhor Atriz, no Festival Internacional de Cinema de Punta del Este (Cinepunta), no Uruguai.

Em meio ao sucesso, Sophie Charlotte diz que exerce a profissão com afeto. “É que amo muito ser atriz! Então, seja no Brasil ou no exterior, em novelas ou séries, o que importa é o propósito de contar histórias”, festeja.

Em entrevista à 29HORAS, a atriz compartilha detalhes de sua imersão na mente, na pele e na arte de Gal Costa e antecipa seus próximos projetos. Confira nas páginas a seguir o que mais ela revelou.

 

Pôster do filme “Meu Nome É Gal” – foto divulgação

 

Você é protagonista do filme “Meu Nome é Gal”, que estreia neste mês nos cinemas. Como foi interpretar uma figura tão forte e potente para a cultura brasileira?
Ter a honra e o privilégio de viver Gal Costa no nosso filme ‘Meu Nome é Gal’ foi uma grande responsabilidade. Porque admiro e respeito imensamente a Gal e sua obra. Sua história e sua trajetória musical são tão especiais para mim e para tanta gente, que coloquei todo meu coração nessa jornada, foi realmente desafiador e bonito.

 

Sophie Charlotte em cena no longa – foto Stella Carvalho

 

Como foi seu processo imersivo em Gal Costa?
Foi muito profundo e longo – entrei no projeto antes de ter roteiro e, do convite até a estreia, já se vão cinco anos! Ouvi obsessiva e apaixonadamente a discografia, os shows que encontrava na internet, e assisti muitas vezes à série documental da Dandara Ferreira, uma das diretoras do nosso filme: ‘O Nome Dela é Gal’. Mas ninguém faz nada sozinho! Eu contei com a ajuda de muita gente! Dandara me passou todo seu material de pesquisa e mostrou Gal com tanto amor que nunca vou esquecer! Ela e a Lô Politi (também diretora e roteirista do filme) me apresentaram Salvador, que é a cidade natal de Dandara – e de Gal, Caetano, Gil, Bethânia –, o Gantois… passamos um verão inesquecível na Bahia.

O que mais você leu e ouviu? Quem mais ajudou?
Também tive a ajuda do Claudio Leal, jornalista formidável, que encontrava matérias, entrevistas e histórias sobre Gal e aquele tempo, que me guiaram muito no processo; ele me apresentou ainda Jorge Salomão (irmão de Wally e amigo da turma que manteve a energia do desbunde a vida toda!), Cézar Mendes, que me ensina violão até hoje, não toco bem, mas ele é um grande mestre. Encontrei também com Regina Boni, que foi responsável pelo figurino que Gal usou no Festival de 1968, quando cantou ‘Divino Maravilhoso’, e Fernando Barros, fotógrafo que era muito amigo de todos da turma e, hoje, também chamo de amigo!
Contamos com a preparação maravilhosa da Amanda Gabriel; ela e o diretor de arte Thales Junqueira me estimularam a fazer uma pesquisa iconográfica e encontrar nas fotografias a evolução do corpo de Gal. Tive preparação vocal com Mirna Rubim e depois Tatiana Parra. E quando chegou a caracterização da Tayce Vale e o figurino de Gabriella Marra, tudo encaixou. Então, construir a evolução da Gracinha tímida até a Gal das dunas do barato foi formidável! E te digo que não valeria de nada sem meus parceiros de cena, meus amigos geniais! Rodrigo Lelis, Dan Ferreira, Camila Márdila, Luis Lobianco, Claudio Leal, Dandara Ferreira, Elen Clarice, Chica Carelli, Caio Scot, Pedro Meirelles, Barroso e George Sauma. Nossa amizade se firmou na preparação e sinto muito amor por todos. E eu preciso agradecer ao diretor de fotografia, José Pedro Sotero: foi uma parceria tão linda e forte, foi uma dança mesmo! Vivi a nossa Gal, minha e de todas essas pessoas e muitas outras que não vou conseguir citar aqui.

 

Sophie na pele de Gal Costa – foto Stella Carvalho

 

Muitas pessoas carregam uma admiração pela cantora. Como equilibrar todo esse afeto e ter um olhar crítico e aprofundado à vida de Gal?
Na verdade, escolhi não separar todo o afeto e a importância de Gal Costa para as pessoas e para o Brasil no processo, porque isso é a realidade, seria impossível! Não busquei ter uma visão crítica com relação à Gal, busquei, sim, ter um entendimento humano sobre ela e esse recorte de sua história.

Quais passagens da vida de Gal Costa mais te marcaram nesse processo de interpretação? O que você não sabia sobre ela que acabou descobrindo graças ao filme?
Acho que o que mais me impressiona nesse momento da Gal, que está no filme, é o rasgo que ela viveu da própria timidez para dar o grito por e para toda uma geração! ‘É preciso estar atento e forte! Não temos tempo de temer a morte!’, como cantou. A plenos pulmões, em um palco, televisionado, em plena ditadura militar! Era um grito, foi um ato revolucionário de liberdade! Descobri muito sobre Gal no processo, mas há muito ainda por conhecer. Até hoje me surpreendo com histórias que não conhecia, os fã clubes de Gal são maravilhosos. Tenho um amor e interesse inesgotável por tudo de belo que ela colocou no mundo, toda sua obra imensurável.

 

Sophie como Gal Costa – foto Stella Carvalho

 

A sua carreira começou em novelas na TV Globo, como foi transitar entre formatos e atuar em filmes e séries? Há um formato preferido?
Eu comecei meu caminho como atriz no teatro e fazendo novelas, sou imensamente grata a todas as oportunidades que recebo da TV Globo, aprendi meu ofício nos estúdios com cada funcionário, cada colega de cena, cada diretor, cada câmera. O cinema me arrebatou! A verdade é que amo muito ser atriz! Então, seja no Brasil ou no exterior, em português, inglês ou alemão, no cinema, em novelas ou séries, o que importa é o propósito de contar histórias! De me reinventar, de me divertir e desafiar cada vez mais.

 

A atriz contracenando com as colegas Letícia Colin e Regina Casé, em “Todas As Flores” – foto Globo | stevam Avellar

 

Quem são os diretores, roteiristas e atores com quem você ainda deseja trabalhar?
Tem muitos diretores com os quais gostaria de trabalhar … vou realizar um sonho agora com o Jorge Furtado, que admiro muito! Mas quem sabe um dia trabalhe com Kleber Mendonça, Carolina Markowicz, Karim Aïnouz, Lírio Ferreira, Matheus Nachtergaele, Walter Salles, Vera Egito, tanta gente! E, com certeza, trabalhar novamente com José Pedro Sotero, diretor de fotografia do nosso longa ‘Meu Nome é Gal’.

Quais projetos você desenha para um futuro próximo?
Agora estou lançando ‘Meu Nome é Gal’ e posso dizer que estou feliz da vida! Mas já estou me preparando para o longa ‘Virgínia e Adelaide’, dirigido por Jorge Furtado e Yasmin Thayná; estou muito animada para contar essa história ao lado da atriz Gabriela Corrêa. As filmagens serão ainda neste ano, em novembro. E depois sigo para as gravações da novela ‘Renascer’, na qual vou viver Eliana, que foi interpretada pela genial Patricia Pillar na primeira versão, uma atriz que admiro imensamente. Gostaria de gravar um disco também! E fazer mais teatro… é muito sonho!

Você nasceu na Alemanha e veio ao Brasil ainda criança. Como essa infância e família internacional influenciaram a sua vontade de se tornar atriz? Em que isso ainda te atravessa?
Minha família incentivou meu sonho desde cedo, meus pais me possibilitaram uma formação maravilhosa e acesso à cultura. Ter uma família com culturas tão distintas me possibilitou entender as diferenças e buscar o meu jeito de navegar os ritos e os ritmos à minha maneira. Sou uma mistura de Belém do Pará com Hamburgo, criada na Alemanha até os 8 anos e depois em Niterói, no Rio de Janeiro. Minha família é muito unida e sempre será muito importante para mim!

 

Cena do filme “Rio Desejo”, disponível no Globoplay – divulgação

 

Aena Brasil assume o Aeroporto de Congonhas e diretor-presidente fala sobre melhorias

Aena Brasil assume o Aeroporto de Congonhas e diretor-presidente fala sobre melhorias

Diretor-presidente da Aena Brasil, que assume o Aeroporto de Congonhas neste mês, Santiago Yus detalha planos de reformas no terminal e compartilha resultados da administração em outros aeroportos do país

São Paulo é a maior metrópole da América do Sul e o principal polo econômico e industrial do Brasil. A cidade é também palco de eventos corporativos, culturais, esportivos e gastronômicos de expressão nacional e internacional. Porta de entrada para essa efervescência urbana, o Aeroporto de Congonhas é o segundo terminal mais movimentado do país. Em 2022, 18 milhões de pessoas passaram pelo aeroporto e, neste cenário, uma nova operadora assume sua gestão a partir de outubro, para colocar o terminal na rota dos mais modernos do planeta.

 

foto Mayra Azzi

 

A empresa espanhola Aena – maior operadora aeroportuária do mundo – arrematou por R$ 2,45 bilhões o bloco de aeroportos liderado por Congonhas. A concessão será de 30 anos e prevê investimentos de mais de R$ 3 bilhões no aeroporto nos primeiros cinco anos. “Temos um planejamento de melhorias de curto e médio prazo, já trazendo mais conforto e eficiência para a operação atual”, resume o espanhol Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil. Entre os destaques para a melhor experiência dos passageiros, estão: implementação de novas tecnologias no check-in e no despacho de bagagens, uma melhor ambientação na sala de embarque, além da ampliação dos canais de inspeção e de reparos imediatos na infraestrutura das áreas comuns e restrita.

De acordo com o executivo, as reformas estarão alinhadas ainda aos compromissos globais de sustentabilidade, visando a redução dos impactos para o meio ambiente. Cerca de 2,5% das emissões globais de gases de efeito estufa são geradas pelo setor de aviação. Desse total, 95% vêm das aeronaves, enquanto o restante é atribuído ao controle direto dos aeroportos, ou seja, a atividades realizadas nas instalações aeroportuárias. “Trabalhamos para mitigar esses efeitos, buscando eficiência energética e a valorização de fontes renováveis”, pontua.

 

Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil – foto Mayra Azzi

 

Além disso, com arquitetura inspirada no estilo art déco – obra dos arquitetos Ernani do Val Penteado e Raymond A. Jehlen – o prédio do aeroporto é tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), assim suas características arquitetônicas serão preservadas nas futuras adaptações.

Para além da modernização de Congonhas, a atuação da Aena objetiva o desenvolvimento da aviação civil no Brasil. “O mercado brasileiro é estratégico e nos instiga a apostar em soluções conjuntas, seja com companhias aéreas e outras empresas, para a evolução do setor como um todo”. Segundo Santiago, a Aena é, hoje, uma operadora que se propõe a investir no país – com escritório em São Paulo e Recife – são 800 funcionários, sendo quase 100% das equipes formadas por brasileiros.

O gestor

Santiago Yus é graduado em ciências econômicas e empresariais pela Universidade de Zaragoza, na Espanha, e em administração pela The Nottingham Trent University, da Inglaterra. O executivo possui MBA pelo Instituto de Empresas em Madrid e PDD (programa de desenvolvimento de altos executivos) pela IESE Business School, ambos na Espanha, que é seu país natal.

Ele iniciou sua carreira profissional na Aena há vinte anos, na área de Planejamento e Gestão, e foi diretor dos aeroportos Almeria e Tenerife Sur. Desde novembro de 2019, Santiago Yus ocupa o cargo de diretor-presidente da Aena Brasil, coincidindo com sua mudança de residência para o Brasil. Fluente em português, ele se firmou no país nos últimos anos: “Não apenas construo a minha trajetória profissional por aqui, mas já posso dizer que me sinto acolhido pelo país e tenho minha casa no Brasil”.

 

foto Mayra Azzi

 

Santiago também é membro dos dois Conselhos de Administração dos aeroportos da operadora e participa, desde o primeiro momento, de todo o planejamento da concessionária no país, acompanhando os planos de investimento, os projetos e a sua execução.

Dimensão nacional

A Aena Brasil é a maior operação da empresa fora da Espanha, o que revela a importância da aviação civil brasileira para o setor. “Estamos tropicalizados, é a única administração no exterior que opera com o nome do grupo, o que reflete esse compromisso”, afirma. Desde começo de 2020, a operadora também administra seis aeroportos da região Nordeste: Recife, Juazeiro do Norte, João Pessoa, Campina Grande, Aracaju e Maceió. Em 2019, os seis aeroportos somaram quase 14 milhões de passageiros.

Santiago Yus reforça ainda que a cobertura estratégica da Aena no país mostra as potencialidades de diferentes regiões: “Temos a oportunidade criar polos comerciais no entorno dos aeroportos e desenvolver essas regiões, que podem se tornar hubs e proporcionar novas conexões para os passageiros. Nosso objetivo também é oferecer um serviço de excelência em diversas rotas distribuídas pelo Brasil.”

O Aeroporto de Recife, em Pernambuco – administrado pela empresa – é um exemplo. O terminal conquistou premiações relacionadas à qualidade e pontualidade e ganhou, pelo 2º ano consecutivo, o Prêmio Aviação Mais Brasil, do Ministério de Portos e Aeroportos, como o mais pontual do país na categoria entre 5 e 10 milhões de passageiros por ano. Em dezembro de 2022, o aeroporto foi eleito o segundo melhor do mundo pelos usuários, segundo dados da consultoria AirHelp – ficando atrás apenas do Aeroporto Internacional de Haneda, em Tóquio.

 

foto Mayra Azzi

 

Em Maceió, no estado de Alagoas, a Aena entregou um aeroporto renovado em julho deste ano. Por lá, o novo check-in agora tem 21 balcões, onde operam as quatro companhias – TAP, Azul, Latam e Gol. No desembarque, o processo de recolhimento das malas dos passageiros ficou mais rápido, com a instalação de três novas esteiras, e o pátio foi redesenhado para receber aeronaves de grande porte.

Depois da administração regional no Nordeste, a Aena venceu a licitação de mais 11 aeroportos, em agosto do ano passado. Hoje, a empresa é responsável por cerca de 20% do tráfego aéreo nacional, com a operação de 17 aeroportos do Brasil, incluindo o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. “O grande desafio agora é equilibrar a complexa operação do terminal paulistano com o restante do bloco, mas estamos confiantes”, conclui.

 

 

Internacionalização

Na Espanha, a Aena opera 46 aeroportos e dois heliportos. É acionista controlador, com 51%, do aeroporto de Londres-Luton, no Reino Unido, além de gerenciar aeroportos no México, Colômbia e Jamaica, que totalizaram um volume de passageiros de mais de 78 milhões, em 2019.

Nos Lençóis Maranhenses, a Casa Oiá é a nova opção de hospedagem de luxo

Nos Lençóis Maranhenses, a Casa Oiá é a nova opção de hospedagem de luxo

Região conhecida por sua paisagem deslumbrante e pelas pousadas em estilo “roots”, os Lençóis Maranhenses acabam de ganhar uma opção de hospedagem de alto padrão com apenas cinco exclusivas suítes e cardápio assinado por um estrelado chef francês

Visto do alto, o majestoso mosaico formado pelas dunas e lagoas de águas cor de esmeralda dos Lençóis Maranhenses compõe uma paisagem desconcertante. Quando o avião pousa e o local começa a ser explorado de carro, de barco ou a pé, o mais impactante é a imensidão desse ecossistema tão único e especial. Entre os meses de maio e agosto, as lagoas em geral estão repletas e em seu auge. Em setembro e outubro, o nível das águas começa a baixar e, aos poucos, as lagoas vão secando.

 

Dunas e lagoas que compõem os Lençóis Maranhenses – foto Creative Commons

 

A cidade de Barreirinhas é a principal base para quem pretende conhecer o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. É lá que funcionam os pioneiros resorts da região, é lá que ficam os maiores restaurantes do pedaço (em especial na Avenida Beira-Mar) e é de lá também que saem muitos dos passeios. Entre eles, as excursões que levam à lagoa Azul e à lagoa Bonita ou o tour de lancha pelos rios Formiga e Preguiças, que passam pelos vilarejos de Vassouras e Mandacaru e pela Praia do Caburé.

Mas Barreirinhas já está meio zoada por causa da ocupação desordenada e em razão da profusão de caixas de som e mototáxis. Para quem está planejando uma viagem mais contemplativa para esse fantástico destino e quiser um pouco de sossego, o melhor é procurar um lugar para se hospedar nas vizinhas Santo Amaro do Maranhão e Atins. São locais ainda com uma vibe mais rústica, sem caixas de som estridentes e, em muitas áreas, sem sinal de internet e telefonia. Esses dois povoados permitem uma imersão mais completa na natureza da região.

Atins, localizada entre o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e o mar, é o paraíso da turma do kite surf. O point já ficou internacionalmente famoso e vive cheio de turistas franceses, alemães, holandeses e britânicos. Uma visita a Atins não é completa se não incluir uma parada obrigatória nos restaurantes Dona Luzia e Seu Antônio. Pertencentes a dois irmãos, os dois estabelecimentos servem deliciosos camarões preparados na grelha ou servidos em fumegantes caldeiradas.

 

Prática de kitesurf na região – foto divulgação

 

No “interior” de Atins, do lado oposto ao da praia, ficam as lagoas da Capivara e das Sete Mulheres, que são bem populares. Para quem quiser algo fora da rota dos turistas, as opções são as lagoas Verde e do Mário. Já Santo Amaro é famosa por ter três das mais deslumbrantes lagoas da região: a da Gaivota, a da Andorinha e a lagoa Betânia. A dica é programar a visita a essas lindezas na parte da tarde, de preferência com uma parada no topo das dunas para ter uma vista panorâmica incrível do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e ainda aproveitar o pôr do sol.

É em Santo Amaro também que fica a recém-inaugurada Oiá Casa Lençóis, a primeira opção de hospedagem de alto padrão do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses. Criada por Tomas Perez (CEO do Grupo Teresa Perez, pioneiro nas viagens personalizadas e de luxo no país), essa magnífica pousada é um empreendimento que valoriza a autenticidade, a afetividade no acolhimento e as conexões com o que é essencial.

 

Oiá Casa Lençóis, em Santo Amaro, no Maranhão – foto Alexandre Suplicy

 

Instalada na antiga Fazenda Boca da Ilha, em uma área de 52.500 metros quadrados de vegetação natural, a Oiá Casa tem apenas cinco exclusivas suítes, distribuídas pela construção principal ou em bangalôs. O francês Thierry Teyssier – um dos criadores do hotel Maison des Rêves e dono do Dar Ahlam, de Ouarzazate, no Marrocos – foi parceiro de Tomas Perez na concepção do projeto. Foi Teyssier quem convocou o chef francês Cedric Nieuviarts – detentor de uma estrela Michelin por seu trabalho à frente do Château de Lacan, no Sul da França – para criar o menu da Casa Oiá, priorizando produtos locais e os sabores regionais, com um toque contemporâneo.

O projeto de decoração é assinado pelo escritório de Marina Linhares, privilegiando grandes nomes do design brasileiro e objetos da arte regional, como cerâmicas, cestaria e peças em madeira entalhada. As diárias para casal nessa pousada de luxo começam na faixa dos R$ 7.800, e os programas de hospedagem da Casa Oiá podem incluir ainda saídas de quadriciclo pelas dunas, mergulhos, piqueniques e stand up paddle nas lagoas, cavalgadas e visitas aos vilarejos próximos.

 

As elegantes acomodações do Oiá Casa Lençóis – foto Alexandre Suplicy

 

Para chegar até a região, a companhia aérea Azul Conecta opera voos de São Luiz (capital do Maranhão) para Barreirinhas. Para quem pretende ir de carro de São Luiz até o Parque dos Lençóis Maranhenses a distância a ser percorrida é de cerca de 270 km.

Casa Oiá Lençóis
Rua Boca da Ilha – Santo Amaro do Maranhão.
Tel. 11 91267-8916.

Elegância final: como harmonizar vinhos com doces e sobremesas

Elegância final: como harmonizar vinhos com doces e sobremesas

Vinhos de sobremesa são excelentes opções de presente e algumas dicas são fundamentais no momento da harmonização com os doces

O paladar de muitos brasileiros costuma recorrer com frequência aos doces, e a hora da sobremesa é aguardada com entusiasmo em muitas mesas. Como amante de vinho, ressalto que esse momento também pode ser harmonizado e existem diversos tipos de vinhos de sobremesa no mercado, como os late harvest, os botritizados, os appassimento e os fortificados. Infelizmente, não há espaço nesta coluna para falar em detalhes de cada um, já que o assunto poderia virar um livro. Mas os late harvest, que são os vinhos elaborados com uvas de colheita tardia, costumam ser os mais acessíveis e fáceis de se encontrar no país, e existem verdadeiras maravilhas nas gôndolas.

Os vinhos doces, ou de sobremesa, são ainda opções excelentes e elegantes de presentes, pois a maioria vem em meia garrafa. O importante sobre esses rótulos são as dicas de harmonização para que o resultado não decepcione.

 

foto iStockphoto

 

Fique atento a algumas dessas recomendações:
1) É fundamental que a sobremesa não seja mais doce do que o vinho, pois a harmonização não irá funcionar. O vinho ficará ácido e não produzirá um sabor agradável.
2) Sobremesas com chocolate, cada vez mais comuns, não devem ser harmonizados com vinhos doces brancos, prefira os Porto ou Banyuls.
3) Os vinhos doces podem ser a própria sobremesa, ou seja, um cálice do vinho é suficiente, eventualmente pode ser acompanhado apenas por biscoitos. Fica elegante e gostoso.
4) Com frutas, use os espumantes doces ou demi-sec.
Os moscatéis, por exemplo, são bons, baratos e ficam excelentes com frutas ou receitas à base de frutas.
5) Sorvetes não funcionam com os vinhos de sobremesa pelo fato de o gelado anestesiar as papilas gustativas.
6) Tábua de queijos fortes, como reblochon e Saint Paulin, já bem evoluídos, harmonizam excepcionalmente bem com qualquer vinho doce.
7) Os contrastes, como o dito anteriormente, são bem-vindos com os vinhos doces. O exemplo mais clássico é servir o caríssimo Sauternes com foie gras – caso é citado por muitos apreciadores, ainda que poucos tenham realmente provado essa combinação.

Lista de compras:
Casa Madeira Valduga. Chardonnay com Riesling Itálico, R$ 45 no site do produtor.

Casa Silva Late harvest. Sémillon, Gewürztraminer e Viognier, R$ 146 na importadora Sonoma.

Carmes de Rieussec 2011. Sémillon, Sauvignon Blanc e Muscadelle, R$ 275,81 na Mistral.

Vin Santo del Chianti Il Nostro. Malvasia bianca, Trebbiano Toscano e San Colombano, R$ 268 na World Wine.

Ravasqueira Late Harvest de Viognier, R$ 213 no Santa Luzia.

Encantos a bordo dos navios da Disney Cruise Line, que são para toda a família

Encantos a bordo dos navios da Disney Cruise Line, que são para toda a família

Navios da Disney Cruise Line apresentam imersão no universo da Marvel e da Pixar, sem abrir mão da programação mágica já conhecida pelos pequenos fãs e suas famílias

As experiências encantadas do mundo Disney também podem ser vivenciadas em alto mar, em navios com muito entretenimento que impressionam não apenas as crianças, mas toda a família. Na Disney Cruise Line, além das diversões esperadas em grandes cruzeiros, os viajantes acompanham musicais originais no estilo “Broadway”, festas no convés e um espetáculo noturno de fogos de artifício. Novidade dos últimos meses, a magia a bordo se estende para o universo da Marvel e da Pixar – quando personagens dessas franquias “invadem” os navios, em programações especiais ao longo do ano, partindo da Flórida, nos Estados Unidos.

 

Castaway Cay – foto David Roark

 

No Disney Dream, os navegantes de todos as idades acompanham shows no Walt Disney Theatre, um teatro com mais de mil lugares que ocupa três decks com direito a orquestra. O lugar é decorado ao estilo Art Déco e, ao mesmo tempo, é equipado com tecnologia de ponta, dando vida a produções originais e histórias da Disney de uma maneira inovadora. Outro destaque do navio é o show extravagante de fogos de artifício – conhecido por aqueles que já se aventuraram pelos parques temáticos.

Entre as atrações fixas, o D Lounge, no deck 4, no meio do navio, simula uma grande sala de estar para a família, onde todos se reúnem para uma noite de jogos. O salão é projetado para acomodar cerca de 350 hóspedes de uma vez e oferece programação durante o dia e a noite, com atividades para todas as idades e interesses. Já no Buena Vista Theatre, os visitantes podem assistir a filmes em primeira mão, incluindo longas em Disney Digital 3-D.

 

Buena Vista Theatre – foto Matt Stroshane

 

O Disney Dream possui ainda piscinas separadas para crianças, famílias e adultos. As opções de diversão ao sol incluem o AquaDuck – uma montanha-russa aquática de 233 metros de comprimento com muitas curvas, o Nemo’s Reef, que é uma área especial para crianças de até 3 anos de idade, e o Goofy’s Sports Deck, com um campo de golfe em miniatura de nove buracos e simuladores esportivos.

Relaxamento para adultos

A diversão não é privilégio apenas dos pequenos no navio, os aventureiros mais velhos podem aproveitar a viagem para relaxar no The District – um “bairro” exclusivo para adultos, que possui bares e lounges modernos. O Pink: Wine and Champagne Bar é um bar de coquetéis que serve vinhos e licores, além de champanhe. Inspirado no estilo art nouveau francês, todo o local faz com que os hóspedes se sintam como se estivessem imersos em uma garrafa.

Também chama a atenção o Pub 687, que possui um ambiente acolhedor, em uma interpretação moderna de um pub tradicional. O cenário casual é ideal para os viajantes relaxarem e assistirem a esportes ao vivo e grandes eventos de transmissão em uma das várias televisões do lugar.

 

Pub 687 – foto Matt Stroshane

 

Para a descompressão do ritmo intenso da programação, o Senses Spa & Salon oferece massagens, manicures, pedicures e uma sauna de aromaterapia com tema de floresta tropical. E o centro fitness é equipado com aparelhos de última geração e oferece sessões de treinamento com personal e aulas de yoga, pilates e aeróbica.

Guloseimas, petiscos e muito mais

É importante recarregar as energias em uma viagem em família, assim o navio apresenta uma variedade de opções gastronômicas que vão desde refeições rápidas e casuais, serviço de quarto 24 horas até guloseimas especiais, cafés e refeições exclusivas para adultos.

Entre as opções de restaurantes do Disney Dream, o Enchanted Garden é inspirado nos jardins de Versalhes e apresenta um ambiente gastronômico que se transforma do dia para a noite. Por ali, há treliças brancas, arcos verde-primavera e obras de arte originais que retratam paisagens exuberantes. A cozinha oferece menu sazonal, o café da manhã e o almoço são servidos em estilo buffet, já o jantar em serviço completo.

Os hóspedes que procuram uma refeição rápida podem visitar o Flo’s Café, localizado perto da piscina do Pato Donald, no deck 11. Com o tema de personagens populares do filme “Carros” – Luigi’s Pizza, Tow Mater’s Grill e Fillmore’s Favorites – o lugar serve lanches como hambúrgueres, pizza, frutas frescas, saladas e wraps de sanduíche. E gelatos e sorvetes artesanais ficam disponíveis para compra no convés 11, na Vanellope’s Sweets and Treats, que é inspirada na terra de doces extravagantes do jogo de carros de corrida Sugar Rush em “Detona Ralph”.

Cabines luxuosas e atendimento personalizado

Para os hóspedes que optarem pelas cabines mais luxuosas dos navios da Disney Cruise Line, a viagem começa com uma recepção privada e um almoço com o concierge. Esses viajantes recebem um itinerário personalizado para cada dia de seu cruzeiro no aplicativo Disney Cruise Line Navigator e recebem ainda mimos diários no quarto.

 

Cabine luxuosa com varanda da Disney Cruise Line – foto Matt Stroshane

 

O atendimento exclusivo continua com serviço de concierge para organizar as paradas em terra, restaurantes privados e reservas prioritárias, agendamentos de spa, creche e tratamentos de spa à beira-mar em uma cabana de praia na ilha particular da Disney, a Castaway Cay. A equipe a bordo também ajuda no planejamento de ocasiões especiais e celebrações e na organização de refeições na suíte.
Essas suítes e cabines podem ainda se conectar a outra, criando uma área de estar excepcionalmente espaçosa para grupos maiores e famílias. Cada uma possui varanda privativa e sala de estar, com no mínimo dois banheiros e closets.

 

foto Matt Stroshane

 

Para garantir uma noite de sono tranquila, é disponibilizado um menu de travesseiros, em que os hóspedes podem escolher entre uma seleção de travesseiros especiais, incluindo penas de ganso, espuma viscoelástica terapêutica, equilíbrio de temperatura, além da opção de fronhas de seda.

Dias da Marvel e da Pixar

Em um dia repleto de ação durante cruzeiros da Disney, o Marvel Day at Sea oferece encontros com a maior montagem de super-heróis e vilões da Marvel – incluindo os clássicos Vingadores, Feiticeiros e Guardiões da Galáxia, além do Capitão América, Thor, Shuri, Okoye, Feiticeira Scarlet e muitos mais. Os destaques desse dia especial incluem um show no deck com mais de 30 personagens de todo o multiverso, uma apresentação de teatro com mestres das Artes Místicas, jogos em família, atividades temáticas para jovens e menus especiais.

 

Personagens da Marvel invadem o navio Disney Dream – foto divulgação

 

O Marvel Day at Sea é oferecido em 10 cruzeiros de cinco noites pelo Caribe saindo de Fort Lauderdale, na Flórida. Partindo em 7 de janeiro, 21 de janeiro, 4 de fevereiro, 18 de fevereiro e 3 de março de 2024, o itinerário do Caribe Ocidental inclui George Town, Grand Cayman e Castaway Cay. Partindo em 12 de janeiro, 26 de janeiro, 9 de fevereiro, 23 de fevereiro e 8 de março de 2024, o roteiro do Caribe Ocidental inclui Cozumel, México e a ilha de Castaway Cay.

Já o Pixar Day at Sea, que estreou no navio Disney Fantasy em janeiro deste ano, a programação de um dia inteiro conta com um entretenimento que dá vida aos amados contos da Disney e da Pixar, como “Toy Story”, “Monstros S.A.”, “Os Incríveis” e “Procurando Nemo”. As famílias desfrutam de um dia repleto de diversão no mar, começando por um café da manhã, uma festa na piscina, atividades e guloseimas temáticas. A programação está em nove cruzeiros de sete noites pelo Caribe, saindo de Port Canaveral, na Flórida.

 

Pixar Day – foto divulgação

 

Para reservar as férias nos navios da Disney, acesse disneycruise.com , ligue 888-325-2500 ou entre em contato com um agente de viagens.