Prime Video lança série que é adaptação de podcast sobre mulher excêntrica de Higienópolis; Max estreia comédia fantástica que começa com o atropelamento de um unicórnio; Apple TV revisa a história da unificação do Havaí e Netflix exibe longa de animação sobre a última noitada de um cão antes de sua castração
“CHEFE DE GUERRA” Apple TV Estrelada por Jason Momoa (de “Aquaman”), nascido em Honolulu, e com elenco composto quase totalmente por atores polinésios, essa série em nove episódios que acaba de estrear na plataforma conta a história da colonização e da unificação do Havaí no século 18 pela perspectiva indígena. A ideia é dar mais visibilidade à cosmovisão dos povos tradicionais do arquipélago. A trama é baseada na história verídica de Ka’iana, um líder que se une ao rei Kamehameha na missão de pacificar os reinos em guerra.
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“FIXED” Netflix Esse hilariante longa de animação para adultos estreia dia 13 de agosto e conta a história de Bull, um cachorro que descobre que seus donos vão castrá-lo no dia seguinte. Então ele junta seus amigos e parte em uma última noitada de farra. Criada e dirigida por Genndy Tartakovsky (de “Samurai Jack” e “Hotel Transilvânia”), a produção aborda de forma cômica e comovente os mitos sobre a masculinidade. Os personagens são dublados por estrelas como Adam Devine, Kathryn Hahn, Idris Elba e Fred Armisen.
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“A MULHER DA CASA ABANDONADA” Amazon Prime Video Estreia no dia 15 de agosto a série em três episódios que é uma adaptação do podcast produzido em 2022 pelo jornalista Chico Felitti que se tornou uma sensação nacional. A produção, que ouve a vítima do caso pela primeira vez, conta a história de uma senhora excêntrica que mora em uma mansão em ruínas em Higienópolis e que, no passado, foi acusada de explorar a empregada doméstica Hilda Rosa dos Santos nos Estados Unidos. A direção é de Katia Lund, parceira de Fernando Meirelles em “Cidade de Deus”.
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“MORTE DE UM UNICÓRNIO” Max Nessa longa, o executivo Elliot (interpretado por Paul Rudd, de “Homem-Formiga”) e sua filha Ridley (vivida por Jenna Ortega, de “Wednesday”) atropelam um unicórnio e logo descobrem que a criatura possui poderes curativos. Essa revelação atrai o interesse do chefe bilionário de Elliot. A história explora a ganância e suas consequências: depois que a família do magnata inescrupuloso tenta lucrar com as propriedades medicinais do ser mágico, uma série de macabros eventos sobrenaturais tem início.
Atriz, diretora e ativista social e ambiental, Dira Paes celebra quatro décadas de carreira com muita versatilidade e é aclamada pela crítica e pelo público
Para colher bons frutos, é preciso semear com carinho, consciência e dedicação. Neste ano, Dira Paes colhe os frutos mais raros e especiais de sua semeadura, como ela mesma se refere à celebração de seus 40 anos de carreira. E a “coroação” dessa trajetória aconteceu em maio, com uma merecida homenagem no Festival de Cinema Brasileiro de Paris. “É um orgulho observar que são quatro décadas, mais de 40 filmes e tantas novelas, séries e peças de teatro. É uma sensação de que eu caibo no mundo inteiro”, comemora a atriz de 56 anos.
Maio também foi o mês de estreia nos cinemas de “Manas”, dirigido por Marianna Brennand e que já acumula mais de 20 prêmios internacionais, inclusive nos festivais de Veneza e de Cannes. O filme conta a história de uma jovem moradora da Ilha de Marajó, no Pará, inserida em um ambiente de violência, e Dira interpreta Aretha, delegada que atua na defesa dos direitos das mulheres e no combate à violência sexual na região. Para completar o mês de sucesso, viu ainda lançada a série cômica “Pablo e Luisão”, do Globoplay, criada por Paulo Vieira, na qual da vida à Conceição, mãe de Paulo. A personagem marca seu retorno ao humor, “adormecido” desde seu último papel cômico como Solineuza, no seriado de sucesso “A Diarista” (2004-2007).
foto Renan Oliveira
Multifacetada, recentemente Dira se aventurou como diretora, no filme “Pasárgada”, do qual também é protagonista, que expõe o tráfico de pássaros silvestres e a relação do ser humano com a ancestralidade e a natureza, temas tão caros à atriz paraense, que é ativista social e ambiental há mais de 25 anos.
Em entrevista exclusiva à 29HORAS, Dira Paes reflete sobre sua trajetória como artista e mulher amazônica, discute seu engajamento em causas sociais e ambientais – já de olho na COP 30, que acontece em novembro, em Belém – e adianta quais são seus próximos projetos, incluindo a protagonista da próxima novela das 21h, “Três Graças”, de Aguinaldo Silva, prevista para outubro. Confira os principais trechos desta conversa nas próximas páginas.
Em maio, você foi homenageada no Festival de Cinema Brasileiro de Paris e recebeu um prêmio pelo conjunto de sua obra. Como é ver seus trabalhos alcançando públicos internacionais?
É um sonho realizado! Fui surpreendida com esse convite muito antes de ser anunciado o Ano Cultural Brasil-França 2025 e a COP 30 em Belém, então houve uma convergência astral. Foi um presente dos deuses do teatro, dos deuses do Olimpo, aquele momento em que você tem a oportunidade de olhar para si como observadora da sua própria existência. E é um orgulho observar que são 40 anos, mais de 40 filmes e tantas novelas, séries e peças de teatro. É uma sensação de que eu caibo no mundo inteiro. Quando um filme viaja além-fronteiras, a gente vê que cabe em qualquer lugar. Tenho o desejo de que as coproduções sejam mais corriqueiras, que a gente possa sair um pouco da caixa do português e interagir com outras línguas. Esse é um caminho natural dos novos tempos.
O cinema brasileiro vive um ótimo momento, também no cenário internacional. Você acha que esse reconhecimento vem mais de fora? Enxerga uma evolução aqui no Brasil?
É um ano muito próspero, mas eu, pessoalmente, acredito que o cinema brasileiro é bem-sucedido há muito tempo. Temos que reverenciar nossos antepassados e lembrar que a primeira estrela dos musicais no mundo é brasileira e se chama Carmen Miranda. Desde a retomada do cinema brasileiro, na década de 1990, tivemos um investimento muito grande no audiovisual de Pernambuco, que frutificou em um cinema que vem contribuindo há mais de 30 anos para o cenário internacional. E eu sou fruto desses movimentos.
O público se sente atraído pelo cinema brasileiro, mas muitas vezes não pode pagar o ingresso e, com isso, a plateia não se renova. Pelo fato de os cinemas não estarem mais nas beiras das ruas, eles se tornaram muito caros. Temos que ter algum tipo de política que popularize cada vez mais as sessões para o público. Se tivermos esse incentivo, triplicamos rapidamente o alcance!
Dira Paes nas gravações da série de comédia “Pablo e Luisão”, do Globoplay – foto Léo Rosário / Globo
Você está no ar com a série de comédia “Pablo e Luisão”, criada por Paulo Vieira. O que te levou a aceitar o papel?
Paulo Vieira é uma renovação dos nossos votos com esse país, ele é aquele brasileiro que a gente tem orgulho que existe. Um belo dia, após o término da novela ‘Pantanal’, eu estava no Círio de Nazaré, conheci o Paulo e ele falou ‘eu quero que você faça a minha mãe numa série’. Fiquei feliz, porque eu já o admirava, e falei ‘quero fazer’. Mas também disse para ele: ‘Paulo, preciso ter um argumento forte para ser a escolhida para a série e não outra atriz’. E ele respondeu: ‘minha mãe queria que você fizesse ela’. É muito bom habitar o inconsciente criativo das pessoas e ser uma referência.
Na vida real, você é mãe de dois meninos. A maternidade transformou a sua forma de ver e fazer arte?
A maternidade trouxe um lado que eu não tinha, que é a vontade de voltar correndo para casa. Antes eu era mais frágil e, depois de ter filho, fiquei mais forte e hoje choro com menos facilidade. Tento ser mais salomônica, não permitindo que as emoções sejam donas de mim. Antes era muito mais voluntariosa, por causa da liberdade de estar sozinha. Você aprende a lidar com o cotidiano de uma maneira mais producente, mais rica, com propósito. Quero sempre fazer valer o dia. Minha pior sensação é a de que eu saí de casa, fiquei longe dos meus filhos e não valeu a pena, porque eles são a melhor coisa da minha vida.
Como é fazer comédia hoje no Brasil? É muito diferente do início dos anos 2000, quando fez a Solineuza?
O humor é urgente, é necessidade vital e sem ele a gente não sobrevive nesse mundo. No final do ano passado eu fiz um filme com o Pedroca Monteiro e o Marcus Majella, que deve sair esse ano e estou muito feliz de estar fazendo as pessoas felizes. Quero poder ter essa capacidade de transitar nesses mundos. Quando saiu ‘2 Filhos de Francisco’, eu estava bombando com a Solineuza. Agora estou no ar com ‘Pablo e Luisão’ e com ‘Manas’ nos cinemas. As pessoas não correlacionam esses personagens e isso me faz muito feliz, porque é uma atriz saindo do seu lugar de conforto. A Solineuza é muito atual, tanto é que foi uma comoção agora no show dos 60 anos da Globo. Eu fiquei 1 minuto e meio no ar, e nunca esperava que fosse ser do jeito que foi, com amor, com saudade. As pessoas são muito gratas quando a gente faz a família rir. E isso é muito bom de sentir.
Como Solineuza em um episódio da série de televisão “Encantado’s” deste ano – foto Fábio Rocha / Globo
Ano passado você estreou como diretora, no filme “Pasárgada”, em que também é a protagonista. Como foi atuar do outro lado da câmera?
Queria experimentar uma transgressão da minha própria existência, colocar à prova meus olhares, meu faro, minha capacidade de criação. E a pandemia deu tempo e autonomia e trouxe um existencialismo para nós. Eu preciso assumir e reconhecer que o fato de ser casada com um diretor de fotografia [Pablo Baião] facilita, então era um sonho possível. Quando começou a ideia de filmar, estávamos fazendo naquele momento 15 anos de casados e nos olhamos um dia e falamos ‘vamos fazer um filme?’. Eu queria assumir todos os riscos da experiência cinematográfica e me propus essa trajetória de criação da ideia original do roteiro, negociação com Globo Filmes, filmagem, montagem, direção e interpretação.
Por que escolheu essa história para a sua estreia como diretora?
Eu queria partir desse sentimento da solidão provocada pela pandemia. E isso combinava também com a minha idade, meu momento, com uma solidão da maturidade, quando você reconhece que amadureceu e se pergunta ‘quem é essa jovem mulher madura?’. Queria experimentar o avesso do olhar que as pessoas têm sobre mim e trazer essa mulher que não tem o apelo do sorriso – eu sei que meu sorriso é muito largo! Então, fui tateando esses vácuos dentro de mim e me peguei também com aquela sensação de ‘vou-me embora pra Pasárgada’, eu queria um paraíso para chamar de meu e achamos uma fazenda na região serrana do Rio onde ficamos reclusos e eu pude observar a liberdade dos pássaros. Quando fui pesquisar mais sobre eles e os animais silvestres, me deparei com o terceiro maior tráfico internacional do mundo – e aí eu achei o mote para o meu roteiro: a mulher solitária desconectada do paraíso, que está seca e entra na mata para ficar úmida de novo.
Dira e Humberto Carrão em “Pasárgada” – foto divulgação
Como você falou, o filme expõe a questão do tráfico de pássaros silvestres e você é muito envolvida com causas sociais e ambientais. Como uma mulher do norte do país e amazônica, quando e como você despertou para o ativismo?
A vida é troca e eu tive esse despertar muito cedo, aos 13 anos, na campanha ‘Ação da cidadania contra a fome’. Foi a minha comunhão com os direitos humanos e quando compreendi, como amazônida, o quanto há um equívoco de relação com esse bioma. Todo mundo olha pra Amazônia com o intuito de ter algo dela, nem que seja um ar puro. Mas o que você faz por ela? Com os indígenas, é impossível dar um presente e não receber alguma coisa em troca. Se ele te dá um colar de presente, você tira a sua camiseta e dá para ele. Mas as pessoas ainda tratam com exotismo uma das filosofias mais refinadas do mundo. Os indígenas não construíram templos verticais para alcançar o céu, os costumes são todos biodegradáveis, a alimentação é sem glúten, sem açúcar e praticamente sem sal, baseada em mandioca, caça, fruta e semente. Onde há problemas de propriedade rural, há todas as infrações humanitárias. O Pará tem um dos piores IDHs do país e essa equação eu não admito, não vou me calar nunca. Não podemos ser apáticos. Quem não mexe uma palha para ajudar alguém, está morto em vida.
Por falar em questões ambientais, a COP 30 será em Belém, no Pará, em novembro, seu estado natal. Você participará? Por que é tão importante ter um evento deste porte no Pará?
Estarei nas gravações da novela ‘Três Graças’ durante a COP e ainda não sei se conseguirei participar, mas já me sinto nela. O grande segredo dessa COP é que é um convite para conhecerem a Amazônia como ela é, que sustenta um povo e uma cultura originária há séculos. Não podem falar que nós somos atrasados, porque, na verdade, somos um estado altamente explorado, com uma sequência de descuido humanitário e social. E, mesmo assim, conseguimos manter nossas riquezas, nossos costumes únicos e nossa identidade regional. O Brasil não conhece o Brasil, temos um olhar americanizado, desejamos um país que não é o nosso. Temos que reconhecer a nossa sabedoria ancestral de preservar um lugar como esse há tantos séculos, apesar de toda a destruição. Temos que ouvir o que os amazônidas propõem em relação ao maior bioma tropical do mundo. Espero poder ver transformações verdadeiras acontecendo e não promoções.
O filme “Manas” também traz como cenário o Pará e questões das comunidades ribeirinhas da Ilha de Marajó, como a violência contra menores. Como conseguiram abordar um tema tão difícil de forma delicada?
Todo mundo tinha que correr para o cinema para assistir a esse filme, que aborda a violência, a falta de oportunidade, a falta de diálogo, a solidão, o Brasil gigante em terras descontínuas, onde temos comunidades a 20 horas de barquinho de capitais. Tudo o que o filme retrata acontece em qualquer lugar do mundo. Não é um assunto amazônico, é um assunto universal, urgente. A arte é pioneira em quebrar fronteiras, silêncios e ciclos. Falar divide a dor, tanto é que foi criado o manifesto ‘Manas Apoiam Manas’ e é importante ter atitudes pós-filme.
Cena do filme “Manas” – foto divulgação
O que pode adiantar sobre seus próximos projetos? Quais papéis Dira vai interpretar ainda este ano?
Deve estrear o filme ‘Agentes Especiais’, com o Majella e o Pedroca. Em outubro começa a novela ‘Três Graças’, que trará uma história de sobrevivência e resistência nesse universo feminino da família brasileira. Eu serei Lígia, mãe de Gerluce (Sophie Charlotte) e avó de Joélly (Alana Cabral). Fiz agora o filme ‘Sedução’, dirigido pelo Zelito Viana e pelo Marcos Palmeira, contracenando com o Marquinhos. Deve lançar ano que vem e é também a estreia do Marcos Palmeira na direção. Eu me senti testemunha de um momento muito especial no cinema brasileiro, que é ver o pai e o filho dirigindo um filme. São os bons ventos, uma boa onda. Temos que surfar, né? Mas com a responsabilidade que isso tudo traz.
Prime Video exibe série que revela os bastidores de companhias de dança de Paris e Nova York; HBO Max lança produção sobre a primeira agente negra do FBI que traz ator de “Lost” no elenco; Globoplay estreia novela com jeitão de “farnordeste” (faroeste nordestino) e AppleTV esmiúça as relações entre mãe e filha em filme estrelado por Julianne Moore
“ECHO VALLEY” Apple TV
Estreia dia 13 de junho este filme de suspense estrelado por Julianne Moore que tem ainda em seu elenco Domhnall Gleeson (de “Harry Potter”) e Kyle MacLachlan (de “Twin Peaks”). A atriz interpreta Kate Garrett, uma mulher que trabalha com cavalos numa fazenda isolada. Certa noite, sua filha rebelde, Claire (Sydney Sweeney, de “Todos Menos Você”), aparece na propriedade assustada e coberta de sangue. Ao tentar desvendar o que aconteceu, Kate descobre até onde uma mãe pode ir para salvar sua filha.
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“DUSTER” HBO Max
Esta aguardada série reúne J. J. Abrams (o produtor de “Lost”) e o ator Josh Holloway, que interpretou o abusado Sawyer no icônico seriado exibido de 2004 a 2010. A trama é ambientada em 1972 e, em oito episódios, acompanha a história da primeira agente negra do FBI, que se une a um motorista de fuga para derrubar um grande sindicato do crime que operava no sudoeste dos Estados Unidos. Essa policial é vivida por Rachel Hilson, de “The Americans”, e Josh Holloway é quem encarna o tal piloto de fuga.
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“GUERREIROS DO SOL” Globoplay
Estreia dia 9 de junho esta novela produzida exclusivamente para a plataforma. Ambientada no Nordeste, nas décadas de 1920 e 1930, a trama foca no romance entre Rosa (Isadora Cruz) e Josué (Tomás Aquino). Ela é uma moça ingênua que se casa com o poderoso coronel Elói (José de Abreu), e Josué é um destemido cangaceiro que representa a resistência à opressão e à crueldade dos tenentes e policiais locais. O elenco traz ainda Alexandre Nero, Alice Carvalho, Daniel de Oliveira e Alinne Moraes.
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“ÉTOILE: A DANÇA DAS ESTRELAS” Amazon Prime Video
Em uma jogada ambiciosa para salvar suas instituições históricas, duas companhias de balé de renome mundial em Nova York e Paris trocam suas estrelas mais talentosas. Dos mesmos produtores-executivos de “A Maravilhosa Sra. Maisel”, esta nova série em oito episódios celebra a arte, a beleza, o humor e a imprevisibilidade da vida. No elenco, Charlotte Gainsbourg (de “Ninfomaníaca”), Luke Kirby (de “Ted Bundy: A Confissão Final”), Lou de Laâge (de “Agnus Dei”) e Gideon Glick (de “Maestro”).
Com sua carreira até alguns anos ainda marcada pelo seu primeiro papel na TV, a minissérie “Presença de Anita”, exibida em 2001, Mel Lisboa estreia este mês no Teatro Casa Grande o espetáculo “Rita Lee – Uma Autobiografia Musical”, incorporando com impressionante fidedignidade essa extraordinária personagem, fazendo o público acreditar piamente que a roqueira paulistana ainda está entre nós
Depois de ser assistido por quase 90 mil espectadores em São Paulo, o espetáculo musical “Rita Lee – Uma Autobiografia Musical” chega ao Rio, com estreia no dia 26 de junho no Teatro Casa Grande. Nessa montagem, a atriz gaúcha Mel Lisboa interpreta com espantosa verossimilhança a inesquecível roqueira paulistana, numa encenação que mistura história e hits como “Menino Bonito”, “Ovelha Negra”, “Todas as Mulheres do Mundo” e “Mania de Você”.
No palco, Mel impressiona a plateia com sua personificação de Rita — personagem que ela já havia encarnado na TV (na minissérie “Elis: Viver É Melhor que Sonhar”, de 2019) e em outra peça teatral – “Rita Lee Mora ao Lado” – que foi assistida pela própria cantora em 2014. Sua atuação no musical que agora estreia no Rio lhe rendeu o Prêmio Shell de melhor atriz em 2025.
foto Mauricio Nahas
Com 43 anos e dois filhos adolescentes, a atriz tem uma carreira muito profícua e eclética no cinema (com filmes como “Cães Famintos”, “Atena” e “Conspiração Condor”, que deve estrear só em 2026), no teatro (com interpretações marcantes em peças como “Misery”, “Peer Gynt” e “Dogville”) e no streaming (com participações em produções como “Maníaco do Parque”, da Amazon Prime Video, “Coisa Mais Linda”, da Netflix, e “A Vida Secreta dos Casais”, da HBO Max).
Em conversa com a reportagem da 29HORAS realizada bem no dia em que fãs lembravam os dois anos da morte de Rita, a emocionada Mel Lisboa falou sobre sua afinidade com Rita, seus projetos como produtora e outros trabalhos no teatro, como “Madame Blavatsky – Amores Ocultos” –, monólogo que ela também vai encenar durante esse seu breve retorno ao Rio, onde viveu entre os anos de 2000 e 2004. Confira nas páginas a seguir os principais trechos da entrevista.
Qual a sua explicação para esse sucesso todo de “Rita Lee – Uma Autobiografia Musical”?
Não existe uma explicação. Um sucesso dessa magnitude se dá por causa de muitos acertos simultâneos. Não é só em razão do texto afiado, da direção precisa, da trilha sonora fantástica, do elenco entrosado. O sucesso se deve ao inexplicável. Não existe uma fórmula para agradar crianças, adultos, idosos, fãs da Rita e gente que nunca se ligou muito no trabalho dela.
A montagem carioca vai ser idêntica à paulistana?
Absolutamente idêntica. Tudo igualzinho.
A atriz Mel Lisboa na pele da eterna Rita Lee, no espetáculo “Rita Lee – Uma Autobiografia Musical”, que chega ao Rio este mês – foto Priscila Prade
E o que mudou desde a estreia, em abril do ano passado em São Paulo, até hoje? Dá para dizer que é um espetáculo mutante?
Todo espetáculo é mutante e evolui com o tempo. O teatro é vivo, é orgânico. Quando a gente estreia, o espetáculo está ensaiado, mas não está pronto. Ele só fica pronto mesmo quando entra em cartaz e conta com a energia dos espectadores. A plateia é um agente ativo na evolução da montagem. Com os feedbacks que recebemos, fazemos pequenas mudanças e adaptações na luz, no figurino, na movimentação e até no texto. E, com o tempo, os atores também vão ficando mais à vontade. Hoje, por exemplo, eu brinco muito mais com a plateia do que nas primeiras apresentações. E eu sei muito bem o que funciona e o que não funciona nessa interação.
A própria Rita não teve a oportunidade de ver o espetáculo, mas o que o Roberto de Carvalho achou da montagem?
Ele ficou muito feliz. Se emocionou muito. Ele já havia acompanhado um dos nossos últimos ensaios e, na nossa estreia, ele foi com a família inteira. Gostei muito quando ele me disse que a nossa montagem estava do jeitinho que a Rita gostaria que sua autobiografia fosse encenada.
O que você e a Rita têm em comum? E o que você absorveu da Rita e incorporou ao seu jeito de ser, ao longo desse último ano de “convívio” tão intenso com ela?
Nós duas somos capricornianas e temos em comum várias características típicas das pessoas desse signo. A Rita me ensinou e me ensina um monte de coisas todo dia. Eu queria ser mais como a Rita, mas não é fácil ser parecida com uma pessoa tão ‘fora da curva’. Ele era uma mulher muito inteligente, rápida, irreverente e debochada. Eu tento ser como ela, é uma grande inspiração para mim, mas eu tenho meus limites…
foto Priscila Prade
O que foi mais difícil na hora de criar a sua Rita? Cantar foi um desafio ou você ficou à vontade, já que atuou em outros musicais?
Nunca fico à vontade cantando! O ideal seria se eu cantasse igual à Rita, mas nossas vozes são diferentes. Então eu tento reproduzir a música da voz dela, o jeito dela falar, o sotaque diferente do meu. Uma vez, recebemos na plateia um grupo de pessoas com deficiências visuais que são fãs da Rita. Eu fiquei preocupada, pois muito da minha composição vem do figurino, da caracterização, mas isso eles não enxergam. Aí, no final, uma garota desse grupo me disse uma coisa linda, que me deixou comovida. “Eu não via a Rita, mas eu ouvi a Rita”, disse ela. Voltei para casa com aquela sensação de missão cumprida.
Depois de interpretar a Rita Lee no palco e no cinema, não tem receio de ficar estigmatizada como “aquela atriz que é cover da Rita Lee”?
Minha trajetória foi marcada por duas personagens muito fortes – a Anita de “Presença de Anita” e a Rita Lee. Eu tive algo que muitos passam uma vida inteira sem ter. Me sinto uma privilegiada! E, a propósito, para mim não é problema nenhum ter a minha imagem associada à da Rita. Muito pelo contrário. Me sinto muito honrada!
Por falar nessa outra personagem forte da sua trajetória, durante anos você foi conhecida como a moça de “Presença de Anita”, mesmo depois de vários outros trabalhos. Isso te incomodava?
Quando eu te digo que me sinto privilegiada e honrada de ver a minha imagem e o meu nome associados à Rita e à Anita, essa é uma visão que tenho hoje. Até alguns anos, isso era de fato um problema, eu me questionava muito se isso era bom ou ruim, se eu havia cometido algum erro ao aceitar esses papeis. Não foi um processo fácil e suave essa mudança de pensamento, mas o fato é que hoje isso não é mais uma questão na minha cabeça. Estou muito bem resolvida com minhas escolhas.
foto Priscila Prade
Quando foi que você deixou de priorizar a TV e veio para São Paulo fazer teatro e se tornar uma musa da cena alternativa, com peças de baixo orçamento, mas muito bem recebidas pela crítica, como “Após a Chuva”, “A Boca do Lixo”, “Luz Negra” e “Cenas de uma Execução”?
Morei no Rio até 2004, onde fiz várias novelas. Em 2003 fui fazer uma peça em São Paulo e logo me identifiquei com a cidade e me encantei pelas pessoas e pelo jeito que as coisas funcionavam por lá. Aí me mudei definitivamente em 2004 e, aos poucos, fui tendo a oportunidade de trabalhar e aprender com grandes diretores e atores. Um dia, percebi que não era mais uma forasteira, eu já me sentia perfeitamente inserida na cena teatral paulistana. Hoje, de fato, sinto que pertenço a esse lugar.
Ultimamente você vem assumindo a função de produtora. Como é produzir cultura em um país que não a valoriza.
É sempre difícil, né? Precisa ter muito amor pelo teatro para entrar nessa atividade. Para mim esse foi um caminho natural. Assim como outros tantos atores e atrizes, também quero ser dona dos meus projetos. Mas isso não significa que eu não quero mais trabalhar para outros produtores, realizadores. Eu só quero que essa seja mais uma alternativa para mim, sem impedir ou anular a minha participação em projetos capitaneados ou produzidos por outras pessoas. A ideia é ampliar o leque de possibilidades, não restringi-lo.
Me fale de “Madame Blavatsky – Amores Ocultos”, peça que você produziu e vai encenar no Rio paralelamente ao musical sobre a Rita Lee?
No Rio, “Madame Blavatsky” terá apenas quatro apresentações, em noites de quarta-feira, no Teatro Prio, no Jockey Club. Se der certo, depois a gente pode voltar à cidade para uma temporada de verdade. É uma peça que brinca com os limites da ficção, investigando convenções da representação teatral e simulando, através do texto, uma incorporação mediúnica. Em cena, o espírito de Helena Blavatsky, fundadora da Sociedade Teosófica, exige retornar a um teatro, utilizando-se do corpo de uma atriz, para colocar a sua controversa história em pratos limpos.
A atriz em cena do monólogo “Madame Blavatsky – Amores Ocultos” – foto Gatú Filmes
Helena Petrovna Blavatsky foi uma mulher bem menos solar e bem mais introspectiva que a Rita Lee. Tem sido difícil incorporá-la no palco? E, neste caso, o termo “incorporar” está em seu sentido bem literal, já que você encarna o espírito dela na peça, não?
A Rita e a Blavatsky são diferentes, mas conectadas em muitos aspectos. Ambas são meio bruxas, e as duas, por serem capricornianas, têm em comum muitas das características típicas das pessoas desse signo. E as duas morreram no mesmo dia, 8 de maio, olha só! A peça tem muito metateatro, o tempo todo a gente fala do ato de fazer teatro. E, ao contrário do que acontece com o musical da Rita Lee, eu não preciso tentar falar ou me mexer como a Blavatsky. Ninguém sabe como era a voz dela, como se movia, qual era o seu gestual. Ela morreu em 1891, tudo o que temos dela são seus escritos e algumas fotos. Eu me sinto muito livre para interpretá-la. Aliás, eu não a interpreto, no palco eu sou a Mel encarnando o espírito dela.
Trazer uma mulher ucraniana aos palcos nesse momento foi uma escolha intencional por causa da situação do país, invadido pela Rússia desde 2022?
Não. A primeira vez que encenei essa peça foi como solo on-line, na pandemia, quando os teatros estavam fechados. Foi antes do início dessa guerra.
Quais outras mulheres poderosas você gostaria de viver no palco?
Várias outras, felizmente! É difícil enumerá-las. Mas digo que Medéia [de Eurípedes] é um personagem que me cativa.
Para encerrar, a Rita Lee fechou sua autobiografia dizendo se orgulhar de ter feito muita gente feliz. E você? Se orgulha de quê? De ter feito muita gente refletir? Recordar? Se divertir?
A arte tem o poder de tocar e transformar as pessoas. Eu me orgulho de, ao longo desses vinte e tantos anos de trabalho na TV e no teatro, ter auxiliado de alguma maneira na transformação de muita gente. A vida presta. É um trabalho árduo, mas que vale a pena.
Mel Lisboa com sua musa Rita Lee – foto reprodução Instagram
A atriz Isis Valverde ultrapassa as fronteiras do Brasil com o lançamento de seu primeiro filme hollywoodiano, ao lado de Sylvester Stallone. Já neste mês, ela estreia no Disney+ a série “Maria e o Cangaço” e ainda promete outras surpresas para 2025
Em 2006, um véu caía e apresentava ao Brasil Isis Valverde. Na pele da misteriosa personagem Ana do Véu, na novela “Sinhá Moça”, a atriz iniciante de apenas 19 anos fazia sua estreia na TV. O que era para ser uma trama secundária, acabou atiçando a curiosidade dos telespectadores ao longo dos capítulos, até finalmente o rosto de Ana – e de Isis – ser revelado.
Com uma beleza única e um ar inocente, a conexão com o público foi imediata e não demorou muito para que a mineira de Aiuruoca conquistasse papéis de maior destaque na TV Globo, como a divertida manicure Rakelli, em “Beleza Pura” (2008), que sonhava em ser dançarina do programa “Caldeirão do Huck” e arrancava gargalhadas com seus erros de português; a romântica Camila, em “Caminho das Índias”(2009), que largava tudo no Brasil para viver um amor quase impossível na Índia; a musa Suelen do bairro do Divino, na icônica “Avenida Brasil” (2012); a rainha do axé Sereia, protagonista da minissérie-thriller “O Canto da Sereia” (2013); e a sedutora e narcisista Ritinha, em “A Força do Querer” (2017).
“A Ana do Véu e a Rakelli são papéis especiais para mim, foram o pontapé em um universo artístico pelo qual sempre fui tão encantada. Aprendi muita coisa sobre atuação e ter a oportunidade de contracenar com tantos artistas que foram um espelho foi a realização de um sonho”, relembra Isis.
foto Ivan Erick
No cinema, ela também deu vida à protagonista Maria Lúcia em “Faroeste Caboclo” (2013), inspirado na canção homônima de Renato Russo, e encarnou Tereza, esposa do cantor e compositor Wilson Simonal, no filme “Simonal”, de 2019.
Hoje, com muito talento e carisma, Isis faz parte de um seleto grupo de atores que conseguiu ultrapassar os limites das telas brasileiras e fincar os pés em Hollywood. Com 38 anos de idade e 20 de carreira, a atriz estreia agora em abril seu primeiro filme internacional, “Código Alarum”, e lança a série “Maria e o Cangaço”, no Disney+, em que dá vida à icônica cangaceira Maria Bonita. Além disso, ela está envolvida nas gravações do longa “Corrida dos Bichos” e do telefilme “Quarto do Pânico”.
“Nos últimos anos, tivemos grandes mudanças no audiovisual atreladas às novas tecnologias e é muito importante expandirmos nosso trabalho e levarmos arte e cultura ao máximo de pessoas. Cada formato pode contribuir de uma forma diferente, seja para nós como artistas ou para o público”, analisa a atriz sobre estar afastada da TV desde 2021, quando interpretou Betina em “Amor de Mãe”, e estar focada nos streamings e no cinema.
Para completar, deve lançar ainda este ano seu segundo livro de poesias – o primeiro, intitulado “Camélias de Mim”, chegou às livrarias em 2019 e reúne 48 poemas escritos por ela. “Desde muito jovem sou encantada pelo universo literário, amava ler e escrever, mas nunca tive pretensão de ser poeta e me aprofundar nisso. O que eu quis foi dividir os meus sentimentos e me expressar na escrita, foi tudo muito orgânico”, reflete. O novo “Vermelho Rubro” trará uma coletânea de poesias que abordam reflexões sobre a vida e as nossas humanidades. O projeto conta com direção criativa de Giovanni Bianco, fotos de Hick Duarte e prefácio de Nelson Motta.
Isis na pele da histórica Maria Bonita, nas gravações da série “Maria e o Cangaço”, do Disney+ – foto divulgação
“Este ano tem sido muito especial para mim, pois tenho começado a traçar novas metas e objetivos e quero sair também da minha zona de conforto. Apesar de ser desafiador, sinto que é o momento ideal. Estou pronta e madura para encarar novos desafios e aprender cada dia mais”, afirma.
One, two, three… action!
Suspense, ação e muita adrenalina, em uma superprodução hollywoodiana e com elenco encabeçado por ninguém menos que Sylvester Stallone. É assim que Isis dá os primeiros passos na indústria cinematográfica mundial. “Eu costumo dizer que a minha carreira é ‘apenas uma’, em que naturalmente a nacional e internacional se complementam. Meu grande objetivo é levar meu trabalho para o maior número de pessoas possível, independentemente do local”, reflete.
Em “Código Alarum” – em cartaz a partir do dia 3 de abril –, Joe (Scott Eastwood) e Lara (Willa Fitzgerald) são agentes secretos que vivem fora do radar, mas quando saem de férias com amigos, se tornam alvos de uma caçada brutal por um agente da CIA (Sylvester Stallone). Suspeitos de estarem ligados à Alarum, uma rede secreta de espiões, são forçados a fugir, sem saber em quem confiar. No longa, Isis Valverde interpreta Bridgette, amiga de Joe e Lara. “A Bridgette é uma francesa que se torna amiga do casal principal da história, mas acaba sendo confundida com uma grande espiã e pagando um preço alto no fim. Amei fazer e espero que o público curta também!”
Bastidores do filme “Código Alarum” – foto arquivo pessoal
Para ela, um dos maiores desafios foi atuar em outras línguas com naturalidade e se expressar com agilidade. “Apesar de já falar inglês, sair da nossa língua nativa é muito diferente e contracenamos também em francês. Mas foi muito bacana e, claro, trabalhar com tanta gente talentosa foi um imenso prazer, uma troca única”, diz.
Além dessa estreia, 2025 está recheado de novos trabalhos importantes em fase de produção aqui no Brasil. É o caso de “Quarto do Pânico”, uma adaptação de “Panic Room” (2002), do cineasta norte-americano David Fincher, com Jodie Foster no papel principal. Com produção da Floresta – uma empresa Sony Pictures Television no Brasil –, o telefilme terá no elenco Marco Pigossi, André Ramiro e Caco Ciocler.
Na trama, uma mulher e sua filha pré-adolescente se mudam para uma casa com um quarto blindado. Quando supostos ladrões invadem a casa, elas se refugiam no quarto, até descobrir que é justamente lá que está escondido o que eles desejam. “É um filme de prestígio e que fez muito sucesso. Então, quando surgiu a oportunidade, eu não pensei duas vezes em me aventurar no projeto”, lembra a atriz, que adianta que a história será adaptada para os tempos atuais e com um toque das produções brasileiras. “As filmagens foram muito impactantes, algo que nunca tinha vivido em outras produções. Vocês vão se surpreender!”
A atriz em momento descontraído nas gravações de “Quarto do Pânico” – foto Kelly Fuzaro
Brasil do passado e do futuro
Completando o ano de sucesso, a atriz chega ao Disney+ neste mês com “Maria e o Cangaço”, série de seis episódios inspirada no livro “Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço”, de Adriana Negreiros, que apresenta a história de Maria Bonita sob uma nova perspectiva, com foco em sua jornada como mulher e mãe durante o movimento cangaceiro no Brasil, entre o final do século 19 e início do século 20.
Com direção geral de Sérgio Machado e direção de Thalita Rubio e Adrian Teijido – que também é o diretor de fotografia da série e do indicado ao Oscar “Ainda Estou Aqui” (2023) –, a produção da Cinefilm conta ainda com nomes como Júlio Andrade (no papel de Lampião, líder cangaceiro e companheiro de Maria Bonita), Rômulo Braga, Mohana Uchôa, Clebia Sousa, Thainá Duarte e Geyson Luiz.
Intérprete da protagonista, Isis afirma que o projeto já está entre os seus favoritos da carreira e que exigiu muito trabalho de todos os profissionais envolvidos, especialmente por causa da caracterização dos personagens, que foi feita com todos os detalhes minuciosos. “É uma personagem que mexeu muito comigo, como mulher e como mãe. É assim com muitas mulheres que hoje representam e mostram sua força, mesmo com tantas adversidades numa sociedade que ainda está longe de ser igualitária entre homens e mulheres”, reforça.
Na série “Maria e o Cangaço” – foto divulgação
Por fim, outro longa que está em desenvolvimento é o ambicioso “Corrida dos Bichos” – dirigido por Fernando Meirelles, Ernesto Solis (autor da história) e Rodrigo Pesavento –, que apresentará o Rio de Janeiro em um futuro distópico após uma catástrofe climática. Para sobreviver às condições precárias de vida, os habitantes participam de uma versão mortal do jogo do bicho, que garante um prêmio milionário.
Apesar de não poder dar muitos spoilers, Isis garante que o filme de ficção científica será um verdadeiro acontecimento, fechando metaforicamente o ano de muito trabalho. “Fernando é um profissional ímpar com quem sempre tive vontade de trabalhar. Trazer esse universo distópico num filme brasileiro vai causar muita curiosidade no público. E a abordagem é muito interessante, é uma oportunidade para refletirmos sobre os caminhos que a humanidade vem seguindo e os rumos que certos comportamentos podem nos levar”, antecipa. Ao lado de Isis nesse projeto estão Rodrigo Santoro, Grazi Massafera, Bruno Gagliasso, Matheus Abreu, Thainá Duarte e até a popstar Anitta.
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