A 2ª edição do PRIO Festival de Inverno enche de música o palco na Marina da Glória

A 2ª edição do PRIO Festival de Inverno enche de música o palco na Marina da Glória

Com 18 grandes atrações se apresentando entre os dias 5 e 14 de julho, a 2ª edição do PRIO Festival de Inverno promete 60 horas de shows

Mais um festival enche de música a Marina da Glória neste mês. Entre os dias 5 e 14 de julho, a 2ª edição do PRIO Festival de Inverno promete 60 horas de shows, apresentadas por 18 atrações.

A festa começa na sexta, dia 5, com Ney Matogrosso, Criolo e Marcelo D2. No sábado, dia 6, é a vez de Frejat, Nando Reis e Arnaldo Antunes. Para fechar o primeiro fim de semana, no domingo, dia 7, Alcione, Maria Rita e Péricles trazem o samba para o palco, numa linda homenagem à Estação Primeira de Mangueira.

Na semana seguinte, Vanessa da Mata, Marina Sena e Liniker comandam a noite da sexta, dia 12. Na sequência, o sábado (13), quando se celebra o Dia Mundial do Rock, as atrações são Ana Carolina cantando hits de Cássia Eller, Pitty e Pato Fu. No domingo, dia 14, o samba pede passagem mais uma vez e encerra a programação com Thiaguinho, Ferrugem e Xande de Pilares.

 

foto divulgação

 

Marina da Glória
Avenida Infante Dom Henrique, s/ n°, Aterro do Flamengo.
Ingressos de R$ 80 a R$ 280 à venda no site www.ingresse.com.

Tiago Iorc viaja a seis cidades brasileiras neste mês com a turnê “Noite dos Namorados”

Tiago Iorc viaja a seis cidades brasileiras neste mês com a turnê “Noite dos Namorados”

O cantor e compositor Tiago Iorc leva o romance para seis cidades brasileiras em junho com a turnê “Noite dos Namorados” e aquece corações com novas composições

O amor é a força motriz que move Tiago Iorc em suas canções. Não à toa, vinte de suas suaves músicas estão em roteiros de cinema e novelas. Atualmente, ele contabiliza em sua trajetória musical mais de 250 shows e seis turnês no Brasil e no exterior. A próxima, em curta temporada, leva shows íntimos e exclusivos – no formato voz e violão – criados especialmente para celebrar a data mais romântica do ano.

“Noite dos Namorados” traz apenas seis apresentações, em locais com capacidade limitada, nas cidades de Maceió, Recife, Natal, São Paulo, Belo Horizonte e, por fim, Rio de Janeiro, em 15 de junho, no Teatro Multiplan, no Shopping Village Mall. “Queremos criar uma atmosfera íntima com meu público, ideal para celebrar este mês”, conta.

Natural de Brasília, Tiago cresceu no Rio de Grande do Sul e viveu na Inglaterra e nos Estados Unidos com sua família. Começou a cantar e compor em inglês, mas recuperou a sua brasilidade após dois álbuns lançados, em 2013. “Escrevi em português e mergulhei em influências de grandes artistas do nosso país, como Gilberto Gil e Djavan.”

 

foto Gleeson Paulino

 

O cantor soma sete indicações e cinco premiações no Grammy Latino, sendo o artista brasileiro mais indicado ao prêmio. Ele também coleciona parcerias musicais interessantes como Milton Nascimento, Sandy, Maria Gadú e o uruguaio Jorge Drexler. Em 2022, apresentou o álbum “Daramô”, que agora conta com um documentário especial com toda verba revertida para o Sul após as chuvas torrenciais que atingiram o estado – que faz parte de sua história familiar.

Neste ano, o cantor lançou ainda “Antes Que O Mundo Acabe”, que tem como inspiração a esperança e as relações humanas. “O álbum representa, mais do que nunca, meu sentimento frente a tudo que estamos vivendo. Acredito muito na resiliência humana e na capacidade de seguir em frente mesmo quando tudo parece perder o sentido”, define.

Em entrevista à 29HORAS, Tiago Iorc fala sobre sua personalidade romântica, suas referências brasileiras fortalecidas e a respeito de sua relação amadurecida com a fama e a privacidade. Confira os principais trechos dessa conversa nas páginas a seguir.

Sua nova turnê “Noite dos Namorados” passa somente por seis cidades em espaços menores e mais intimistas. Por que você escolheu esse formato?
A ideia desse projeto é criar toda uma atmosfera romântica e uma conexão mais íntima com meu público, o que tem muito a ver com a data! Por isso o formato menor, mais íntimo. É um show exclusivo e diferente dos meus outros projetos. Claro que adoraria passar por mais cidades, mas assim fica um gostinho de quero mais! Quem sabe no ano que vem a gente viaja a outros lugares…

Você se considera um cara romântico?
Acredito que a música tem essa força de ser trilha de grandes amores, então nada mais belo do que poder celebrar o amor com canções tão especiais que venho pensando com carinho para esse momento. E eu me considero romântico, o amor é a força motriz, acho importante mantermos o romantismo em nossas vidas nas mais diferentes fases!

 

foto @mechamoanderson

 

Entre suas composições, qual você considera a mais romântica? E quais artistas contemporâneos mais te emocionam?
É impossível escolher uma música mais romântica, são tantas! Têm as mais conhecidas pelo público, como “Amei Te Ver” e “Coisa Linda”, outras do meu mais recente álbum, como “Fala que me Ama” e “Amor Delicioso”, que é uma parceria com a minha companheira Duda Rodrigues. Todos os meus trabalhos e albuns têm músicas que falam sobre o amor, definitivamente ele é uma inspiração para mim! Vários artistas me emocionam muito, como Djavan, Laura Pausini, Marisa Monte, Caetano Veloso e muitos muitos outros…

Apesar de todo amor, assistimos nas últimas semanas ao desastre humanitário causado pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Você cresceu no estado, como acompanhou esses tristes acontecimentos?
Fiquei e ainda estou extremamente tocado e mexido com os últimos acontecimentos no Rio Grande do Sul, minha terra querida. Está sendo muito difícil acompanhar cidades inteiras destruídas e famílias que perderam tudo. Eu e minha equipe mudamos o curso de alguns lançamentos e projetos previamente agendados para que, de alguma forma, nossas ações pudessem ajudar o povo gaúcho que tanto precisa de nós. Em parceria com a plataforma Vakinha, lançamos o documentário sobre o meu disco anterior, “Daramô”, com toda renda revertida para o Sul. Para assistir, é só acessar o meu site tiagoiorc.com, fazer a sua doação e aguardar o link do vídeo por e-mail. É importante reforçar que essa tragédia está longe de acabar, não podemos desviar a atenção, ainda terá muito o que ser feito por lá! Por isso, vamos nos unir e continuar doando e ajudando como pudermos!

Você iniciou a sua carreira com álbuns em inglês, como o primeiro “Let Yourself In”. É diferente se expressar em outra língua? Por que cantar em inglês?
Eu e minha família moramos muito tempo em países de língua inglesa, eu tinha apenas dez meses quando a gente se mudou pela primeira vez, para a Inglaterra, e mais tarde fomos para os Estados Unidos. Depois minha família continuou a falar muito inglês dentro de casa. Foi um processo natural, e eu vi que fazia sentido com o tipo de música que queria fazer. Acabou se tornando uma particularidade do meu trabalho. No final abriu as portas para o universo inteiro na música.

Quando você decidiu que seria interessante gravar em português também? O que te motivou?
Acho que foi acontecendo de maneira natural e orgânica, de acordo com o que fazia mais sentido para mim em cada momento de vida. Depois do sucesso de “Amei Te Ver” e do “Troco Likes”, estabeleci uma comunicação maior com o grande público brasileiro, por isso era inevitável me aprofundar em um processo de busca da brasilidade. E mergulhei mais em influências de grandes artistas do nosso país, como Gilberto Gil e Djavan.

Entre diversas apresentações no Brasil e no exterior, qual foi a marcante?
Mais uma vez, é impossível escolher (risos). Para mim, estar no palco é sempre uma emoção imensa, seja no Brasil ou fora, com banda ou sem. Ver o público cantando as letras junto comigo não tem preço, as pessoas se emocionam e eu me emociono junto, todas as vezes, eu amo estar no palco, é a sensação mais gratificante que existe!

Em seus 16 anos de carreira, você soma parcerias com grandes nomes, como Milton Nascimento e, recentemente, a cantora Laura Pausini. Como você escolhe esses encontros? E quais parcerias ainda gostaria de realizar?
Cada parceria acontece de forma diferente, às vezes parte de mim, durante o processo de composição eu penso que certa canção teria tudo a ver com um artista e convido a pessoa, às vezes chegam até mim, fico sempre muito honrado quando sou convidado.

No caso da Laura, ela sempre foi uma referência para mim, fiquei muito feliz quando ela me convidou para participar desse projeto, que é a versão em português da música “Durare”. Já com Milton, fui para Juiz de Fora e passei alguns dias na casa dele despretensiosamente. Durante essa longa visita, começamos a conversar e acabou surgindo essa parceria que deu certo!

 

Tiago com a cantora Anitta – foto Rodrigo Varela | Getty Images

 

Você também optou por momentos de hiato e de afastamento das redes sociais e de eventos públicos na sua carreira. Como você equilibra a privacidade e a fama? Quais impactos a reclusão trouxe para seu trabalho e para a vida pessoal?
As redes sociais são como uma máquina de caça-níqueis, que algumas vezes te recompensam, mas quando não, continuam alimentando seu desejo de ganhar. Por isso vemos muita gente com alguma exposição sofrendo com problemas de saúde mental. Elas não sabem como lidar com tanta agressividade, incompreensão ou com o excesso de amor, que também é danoso. Assim, busco estar presente, mas também na medida certa para mim, a que me faz continuar saudável. Quero que as pessoas saibam que estou ali, retribuindo de alguma forma essa atenção que recbo delas, mas preciso de tempo para que possa estar conectado com a minha criatividade. Nas primeiras semanas após me afastar das redes sociais, foi um choque, como qualquer mudança brusca. Mas depois senti uma felicidade tremenda, e entrei em um ritmo de pequenos prazeres. Voltei a jogar futebol, ver os amigos, fazer coisas que eu não fazia mais. Essa vida mais cotidiana restaurou minha saúde mental e vitalidade. Foi a partir daí que peguei o violão e voltei a compor.

Na sua opinião, o que a vida online tem de melhor e de pior?
Claro que tem vantagens, o encurtamento das distâncias, poder falar com alguém em qualquer lugar do mundo, me aproximar do meu público através do contato pelas redes sociais. Mas corremos o risco de perder o que tem de mais gratificante na vida, que é sentir a emoção das pessoas pessoalmente, o contato olho no olho, essa conexão é fundamental e não podemos trocar isso pelas relações da vida online.

 

Posando ao lado de sua companheira Duda Rodrigues, na festa do Grammy Latino – foto Borja B. Hojas | Getty Images

 

No ano passado, você lançou o álbum “Daramô”, e recebeu três indicações ao Latin Grammy 2023, sendo o artista brasileiro mais indicado. O que essas indicações significam para você?
É sempre gratificante receber essas indicações, é um grande reconhecimento, claro, além de poder reverberar o Brasil em uma premiação internacional! Não somente eu, mas todos os envolvidos no projeto ficam muito felizes, é uma maneira de medir a resposta das pessoas, um tipo de recompensa pelo trabalho que fazemos com tanto amor e dedicação.

Hoje, você soma mais de vinte canções em roteiros de cinema e novelas. Quando você compõe, imagina a música como trilha sonora de uma história?
Assim como as premiações, é muito legal ver o trabalho rendendo esses frutos e desdobramentos. Quando a música vai para alguma trilha de filme ou de novela, acaba chegando em muitas pessoas, o que é incrível e faz com que a minha arte chegue a novos lugares, alcance mais pessoas. Mas nunca penso nisso quando estou compondo e criando. Meu processo de criação acontece de forma muito natural e orgânica, porque a canção fala com muita gente e expressa sentimentos em diferentes enredos, é muito bonito.

 

 

Foto da capa: João Almeida

Anitta sobe aos palcos a partir deste mês com sua maratona carnavalesca “Ensaios da Anitta”

Anitta sobe aos palcos a partir deste mês com sua maratona carnavalesca “Ensaios da Anitta”

Prestes a subir aos palcos com sua maratona carnavalesca que passará por 10 cidades brasileiras, Anitta reflete sobre seu novo momento de vida e seu sucesso internacional em constante ascensão

Já estamos em 2024, mas, de acordo com os apaixonados por folia, o ano começa somente após o Carnaval. Há uma verdade nisso, pois o clima festivo de dezembro combinado com o verão e seguido pelas férias de janeiro pede uma prorrogação na alegria. E se tem uma pessoa que sabe festejar e contagiar como ninguém o grande público, ela atende pelo nome de Anitta. 

Todos estão familiarizados com o sucesso estratosférico da cantora, que nos últimos anos alcançou patamares nunca imaginados por artistas brasileiros. Ela tem dedicação, foco, visão estratégica e consegue encarar com naturalidade situações que fariam a maioria das pessoas tremer na base. Anitta já se apresentou nas mais importantes premiações da indústria da música para plateias recheadas de ícones e figurões mundiais; deu entrevistas em inglês em programas de destaque na televisão dos Estados Unidos, como “Jimmy Kimmel Live!” e “The Tonight Show”; esteve no line-up dos maiores festivais de música do mundo, como Coachella e Lollapalooza; e atuou em espanhol na série “Elite”, da Netflix. 

 

foto Andre Nicolau

 

Hoje, entretanto, a nossa garota do Rio quer mesmo ser feliz, escolher a dedo projetos que lhe deem prazer e, acima de tudo, se divertir e aproveitar a jornada. “Sempre falei que iria me aposentar aos 30 anos e de fato tenho essa vontade, só não parei de fazer os projetos de que realmente gosto”, confessa a cantora, que completou 3 décadas de vida em março . Entre eles, o Carnaval é sagrado. 

Com a nova temporada de “Ensaios da Anitta” – maratona carnavalesca que acontece de janeiro a fevereiro em Salvador, Floripa, Brasília, Fortaleza, Recife, Rio, BH, Vitória, Curitiba e São Paulo –, a poderosa se prepara para ficar cerca de quatro horas em cima do palco por 11 dias praticamente seguidos. É intenso, mas ela garante que se sente realizada. A edição de 2024 trará como novidade uma releitura de suas músicas antigas e, em cada cidade, uma escola de samba será homenageada. 

Em entrevista à 29HORAS, a cantora fala não apenas de Carnaval, mas também de seu sucesso estrondoso mundo afora, de seu novo álbum focado no mercado externo e faz um balanço da carreira até agora. Confira, nas páginas a seguir, trechos dessa conversa.

O que podemos esperar da temporada de pré-carnaval “Ensaios da Anitta”?
Há muitos anos tive a vontade de fazer um bloco de Carnaval. Depois, amadureci um pouco a ideia e decidi fazer um show dos ensaios, única e exclusivamente porque me divertia demais. Eu amo show de Carnaval, axé e misturar músicas que têm a cara do verão. Para essa temporada, renovei um pouco o repertório e acredito que a galera vai curtir. Sempre gosto de incluir canções de outros artistas como Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Harmonia do Samba, Daniela Mercury e Margareth Menezes, mas esse ano farei uma releitura das minhas músicas antigas. Preciso destacar também os looks, que estão inacreditáveis, um verdadeiro sonho! Fizemos em parceria com o stylist Daniel Ueda e vamos homenagear uma escola de samba em cada dia.

 

Shows da série ‘Ensaios da Anitta’ pelo Brasil – foto Julia Bandeira

 

Está ansiosa para o Carnaval? Além dos Ensaios, o que você pretende fazer nesse período?
É o único período que escolho para estar no Brasil e me preparo com alimentação saudável e uma rotina de treinos para conseguir aguentar cerca de quatro horas em cima do palco cantando sem parar e por muitos dias seguidos. Além disso, ando com uma fonoaudióloga o tempo todo para me ajudar a não perder a voz. Não sou super disciplinada, então começo a preparação alguns dias antes. Estou doida para começar logo e para acabar logo, porque é muito cansativo e fico destruída (risos). Brincadeiras à parte, me divirto demais! Hoje escolho fazer só o que me dá prazer. Os únicos momentos em que faço shows são o verão e o Carnaval. Estou muito nessa fase de me divertir e aproveitar. Sempre falei que com 30 anos eu iria me aposentar e de fato tenho essa vontade, só não parei de fazer aquilo que eu realmente gosto.

Você tem uma visão empresarial muito forte tanto para a música quanto para outros negócios. Quem é a sua grande inspiração e como desenvolveu essa faceta ao longo dos anos?
A forma como fui fazendo tudo foi muito pela minha intuição e pelo meu estado de espírito. Se estou me sentindo confortável, gostando do lugar onde estou e do que estou fazendo, eu sigo. Se não, mudo, faço tudo diferente. Então, nunca teve muito a ver com olhar outras pessoas, mas sim com meus sentimentos e do que me dará tesão e a sensação de dever cumprido. Minha carreira inteira foi baseada nessa ideia e, hoje, a minha menor motivação é trabalhar apenas pelo dinheiro, sucesso ou para mostrar para os outros que continuo bombando e não fracassei. Antigamente, era mais tensa com tudo, mais dependente de fazer sucesso, estar no topo e ganhar dinheiro. Eu tinha essa fome. Não tenho mais essa coisa de acordar e falar ‘tenho que’. Estou mais relaxada e com um pensamento de que tenho que ser feliz e aproveitar – bem diferente da Anitta que todo mundo conhecia. Toda essa competição, comparação e busca pelo sucesso acaba deixando a gente muito tenso, quando na verdade devemos pensar em um propósito maior.

 

A cantora em Festa do Spotify – foto divulgação

 

Quais outros projetos você tem engatilhados para 2024?
Vou lançar meu novo álbum na primeira metade deste ano. É 100% de funk brasileiro, mas é em inglês e espanhol e muito focado na minha carreira fora do Brasil, não é pensado para o público brasileiro, pois já conquistei meu espaço aqui. Quero que o mercado externo conheça o ritmo. Entendo que é mais difícil por ser um estilo novo para eles, mas tenho muita paixão por esse projeto.

Como está sendo a recepção do público estrangeiro? Para você foi uma surpresa ou esse sucesso foi algo planejado?
Eu queria muito conquistar isso, mas não sabia como, então fui fazendo o que me dava prazer. Não sei se fiquei surpresa, porque sempre tive dentro de mim uma certeza de tudo. Mas fico feliz e honrada, porque muitas vezes fora do país sou tratada de uma maneira um pouco mais especial do que no Brasil, onde há muito julgamento. No exterior, aprendi o quanto o que faço tem valor e o quanto que realmente sou trabalhadora e tenho talento. Eles têm muito respeito pelas coisas que fiz, pois têm noção de que é muito difícil ser do Brasil e fazer sucesso fora. Internamente, na indústria, rola uma dificuldade e atribuo muito ao fato de ser mulher e jovem.

 

Na Final da Champions League, no ano passado – foto divulgação

 

É diferente se apresentar no Brasil e no exterior? Quais são as particularidades do público brasileiro?
O Brasil não tem igual, é o país mais caloroso que existe! No exterior a galera é mais fria, às vezes até tenho a impressão de que não estão gostando do show (risos). É diferente, eles não reagem tanto, são mais de ficar olhando apenas. Aqui nós somos intensos, curtimos, nos entregamos, pulamos, dançamos.

Hoje você é uma pessoa poliglota, fala espanhol e inglês fluentemente. Como você estuda outras línguas? Sempre teve essa facilidade e interesse?
Tenho muita facilidade. Quando era criança, frequentei a escola pública Itália no Rio de Janeiro e tinha aulas de italiano. Consigo me virar porque sempre fui muito estudiosa e tenho uma memória muito boa. Aos 10 anos, comecei a estudar inglês e, quando iniciei a carreira de cantora, quis aprender espanhol, porque ‘Show das Poderosas’ começou a tocar na Espanha. Gosto muito de me comunicar e, durante a pandemia, passei a aprender francês também.

 

No Festival Megaland, em Bogotá (Colômbia) – foto divulgação

 

Você já conquistou diversos prêmios e números superlativos na indústria da música. Tem algo que ainda almeja alcançar? Algum público estrangeiro em mente?
Para ser bem sincera, nunca tive essa vontade de ganhar prêmios. É claro que fico feliz quando ganho, é maravilhoso e gratificante, mas não condiciono minha carreira com base nisso. Não é isso que diz quem é melhor e acho que nem existe isso de ser melhor. Nunca imaginei que fosse chegar nesse nível e que estaria concorrendo ao Grammy ao lado de artistas como Beyoncé e Adele. Eu já cheguei tão longe, que não quero ter esse pensamento de que falta algo, é injusto com tudo o que já fiz e com todo o meu esforço. Existe essa pressão da sociedade, de que ‘tem que fazer mais, tem que continuar’. E eu não sei se ‘tem que’. Talvez não, já aproveitei, arrasei e agora quero fazer nada, quero só ficar com a minha família e viajar o mundo. Quero atuar mais também. Fiz ‘Elite’ na Netflix e tive um feedback incrível, muita gente elogiou a minha atuação. E foi a minha primeira vez!

Faz 10 anos que você lançou “Show das Poderosas”, que te iniciou no cenário musical. Qual balanço você faz dessa última década? Quais foram os maiores aprendizados até aqui? Qual foi o momento mais surreal da sua carreira até agora, algo que você ainda não acredita que aconteceu?
Faz dez anos do lançamento, mas antes disso já tinha três anos de carreira ralando nas favelas do Rio de Janeiro e do Brasil. Mas o hit foi, sem dúvida, uma revolução no país para a indústria musical e para as mulheres. Antes, para divulgar uma música, precisava de muito investimento. Depois de ‘Show das Poderosas’, todo mundo começou a fazer seus próprios clipes de funk e isso para mim foi uma revolução. Além disso, diria que tive outros três momentos muito marcantes na minha trajetória. Com ‘Bang’, comecei a ser aceita no mundo fashion e ganhei mais credibilidade. Antes era completamente rechaçada e, depois desse lançamento, comecei a mostrar que eu era uma artista completa. Outra revolução foi ‘Vai Malandra’, pois pessoas do mundo inteiro começaram a me procurar. Por último, com ‘Envolver’, conquistei o primeiro lugar nas paradas e expandi a minha fama internacional. Foi muito bizarra a sensação de ter o mundo falando de mim. Esses quatro momentos foram, com certeza, super surreais!   

 

Anitta e seus dançarinos na festa do Video Music Awards 2023 da MTV, em que venceu na categoria de “Melhor Clipe de Música Latina” – foto Kevin Mazur

 

Em ritmo acelerado
06/01 Salvador, BA
07/01 Florianópolis, SC
13/01 Brasília, DF
14/01 Fortaleza, CE
20/01 Recife, PE
21/01 Rio de Janeiro, RJ
25/01 São Paulo, SP
27/01 Belo Horizonte, MG
28/01 Vitória, ES
03/02 Curitiba, PR
04/02 São Paulo, SP
Ingressos:
www.carnavaldaanitta.com.br

Mês de novembro ferve com shows, feiras e eventos! Confira os destaques!

Mês de novembro ferve com shows, feiras e eventos! Confira os destaques!

Em novembro, São Paulo recebe shows, feiras e eventos esportivos que agitam fãs, giram a economia e coroam ano positivo para o entretenimento na cidade

A Fórmula 1, A CCXP e os shows internacionais de Taylor Swift, Roger Waters e Alanis Morissette já contribuíram para a elevação dos preços da hospedagem neste mês e movimentam o setor de serviços da capital paulista antes mesmo das festas de final de ano. Segundo um levantamento realizado pela Travel Tech Onfly – plataforma de gestão de viagens – o preço médio da diária em São Paulo aos finais de semana de novembro é 72% maior em relação ao de outubro.

 

São Paulo Grand Prix Official Party – foto divulgação

 

Em setembro, o valor médio da diária entre sexta e domingo costuma ser de R$ 453, preço 43% inferior ao cobrado em novembro, que é de R$ 562. Em outubro, as diárias sob esse mesmo recorte custam R$ 379; em dezembro, mês de festas e férias escolares, a diária média é de R$ 377 – a de novembro deste ano já é 73% superior. Neste mês, chama ainda mais atenção o valor médio da diária no primeiro final de semana, entre os dias 3 e 5 de novembro, quando a capital sedia a Fórmula 1: R$ 864.

E por falar no Grande Prêmio da Fórmula 1, quem acompanha o evento que ocorre no domingo (dia 5) no Autódromo de Interlagos – com ingressos esgotados há meses – confere pelo terceiro ano consecutivo a corrida Sprint, de 14 voltas, que é disputada no sábado.

 

GP São Paulo de F-1 – foto Shutterstock

 

Paralelamente às corridas, chega à cidade também a primeira edição da São Paulo Grand Prix Official Party – festa oficial do GP São Paulo, nas dependências do hotel Unique. As duas noites são assinadas pela Posh, club brasileiro de entretenimento que começou sua expansão internacional no último ano. A primeira noite (3/11) destaca Jack-E, famoso DJ de St.Tropez, e o americano Apache, um dos representantes da Spiritual House, estilo que alia dance music à espiritualidade, além dos brasileiros Dyve, Edo Krause e Druck & Soul Alchemist. A segunda festa traz como a principal atração Bedouin, uma parceria de produção musical dos Estados Unidos. Os ingressos começam no valor de R$ 500 e podem ser adquiridos no site www.blueticket.com.br

A música não para

Das pistas de dança para os palcos, o penúltimo mês do ano agita São Paulo com shows de artistas internacionais de peso – reflexo da intensa agenda de festivais e apresentações na cidade durante 2023. Um dos maiores nomes do rock mundial, o inglês Roger Waters traz sua turnê de despedida para o Brasil, passando por seis cidades – Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo. Na capital paulista, o artista se apresenta no dia 11 deste mês, no Allianz Parque. Até o fechamento desta edição, os ingressos seguem disponíveis a partir de R$ 190 na plataforma Eventim.

 

Roger Waters – foto Getty Images | Red Bull Content Pool

 

Sete vezes vencedora do Grammy Awards, com mais de 60 milhões de discos vendidos, a canadense Alanis Morissette volta ao país após 12 anos. A cantora embarca em turnê no segundo semestre deste ano para celebrar os 25 anos do emblemático álbum “Jagged Little Pill”, e o Brasil é o único país da América do Sul a receber esse show histórico. A única apresentação acontece no dia 14 (ingressos esgotados), no Allianz Parque, com um repertório que passa por músicas como “Ironic”, “You Oughta Know”, “Hand in My Pocket” e “You Learn”.

 

Alanis Morrissette – foto Depositphotos

 

E uma das maiores cantoras pop do momento, Taylor Swift chega ao Rio de Janeiro para três apresentações no Estádio Nilton Santos – Engenhão nos dias 18 e 19 de novembro e um show extra no dia 17 de novembro e três apresentações em São Paulo, no Allianz Parque, nos dias 24, 25 e 26 de novembro, com a sua “The Eras Tour”. Todos os ingressos já estão esgotados, mas o som da cantora pode ser curtido também em uma festa dedicada à Taylor, a “After Party The Eras Tour”, que acontece na Estação Marques, na Barra Funda, com entrada a R$ 40 por pessoa no Sympla.

Encontro geek

A CCXP é o maior festival de cultura pop do mundo. O evento já recebeu mais de 1,5 milhão de pessoas ao longo de todas as edições em São Paulo, uma edição da CCXP Tour em Recife e uma edição internacional da CCXP Cologne, na Alemanha. Neste ano, o festival acontece de 30 de novembro a 3 de dezembro, na São Paulo Expo, e recebe como convidado Julian Totino Tedesco – quadrinista contemporâneo argentino, que já teve passagens pela Marvel e DC Comics, e estará presente em todos os dias do festival.

 

CCXP – foto divulgação

 

O evento traz ainda o premiado quadrinista norte-americano Box Brown, listado entre os mais vendidos do jornal ‘The New York Times’ e reconhecido por obras de não-ficção em quadrinhos como “André, o Gigante”, “Tetris”, “Cannabis” e “Efeito He-man”. Brown é vencedor do prestigioso Prêmio Eisner, o mais cobiçado na indústria de histórias em quadrinhos. Os ingressos para a feira podem ser adquiridos em www.ccxp.com.br e começam no valor de R$ 190.

7 festivais que vão bombar em São Paulo ainda neste primeiro semestre

7 festivais que vão bombar em São Paulo ainda neste primeiro semestre

2023 começou com tudo no quesito festivais e São Paulo recebe mais shows nos próximos meses. Confira os eventos musicais e artísticos que acontecem em maio e junho

C6 Fest
O novo festival é ideal para os amantes de rock, soul e jazz, e acontecerá simultaneamente em São Paulo, no Parque Ibirapuera, nos dias 19, 20 e 21 de maio, e no Rio de Janeiro, no Vivo Rio, nos dias 18, 19 e 20. Dentre as atrações confirmadas, estão grandes nomes do jazz, como Jon Batiste e Samara Joy. A vencedora do Grammy deste ano na categoria de artista revelação se apresenta pela primeira vez no Brasil, e celebra: “Depois da pandemia, as pessoas perceberam o quanto a música ao vivo é importante para a comunidade”. Em São Paulo, o evento contará com quatro palcos: Tenda Heineken, Auditório Ibirapuera, Plateia Externa do Auditório Ibirapuera e Pavilhão das Culturas Brasileiras.
Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº (portões 2, 3 e 10), Av. IV Centenário (portões 6 e 7). Ingressos a partir de R$ 80. www.c6fest.com.br

Samara Joy - foto Meredith Truax

Samara Joy – foto Meredith Truax

Encontro das Tribos
A Arena Anhembi recebe a nova edição do Encontro das Tribos, que pela primeira vez ocorrerá em dois dias, 6 e 7 de maio. O tema deste ano é Circus e trará um ambiente lúdico, nostálgico e divertido para o público, com grandes nomes nacionais e internacionais do hip-hop, reggae, rock, R&B. Ice Cube, Whiz Khalifa, Steel Pulse, Racionais MC’s, Filipe Ret, Planet Hemp, Gloria Groove, Armandinho, Matuê, Pitty e Marcelo Falcão são alguns nomes que subirão aos palcos.
Avenida Olavo Fontoura, 1.209, Santana. Ingressos a partir de R$ 370. www.ticket360.com.br

Steel Pulse - Foto Alan Hess | reprodução Facebook

Steel Pulse – Foto Alan Hess | reprodução Facebook

 

Nômade Festival
Pela primeira vez, o Parque Villa-Lobos será palco da 4ª edição do festival, que acontece nos dias 20 e 21 de maio. O evento, que é conhecido pela atividade vanguardista em explorar diferentes cenas e gêneros musicais, traz em seu line-up grandes nomes da música brasileira, como Alcione, Nando Reis, Chico César e Geraldo Azevedo, Seu Jorge, Luedji Luna, Liniker e Criolo. O evento também terá obras dos ganhadores do concurso “Nômade Cria: Arte na Rua”.
Avenida Prof. Fonseca Rodrigues, 2.001, Alto de Pinheiros. Ingressos a partir de R$ 120. www.ticket360.com.br

Festival Nômade - foto @Cabrauu

Festival Nômade – foto @Cabrauu

 

Festival MITA
Com o sucesso de sua primeira edição em 2022, o Mita (Music Is The Answer) está de volta este ano com o mesmo espírito de inovação e irreverência. Após passar pelo Rio de Janeiro (em 27 e 28 de maio), o evento chega ao Vale do Anhangabaú, em São Paulo, nos dias 3 e 4 de junho, com dois palcos, mais de 16 atrações, artistas nacionais e internacionais e ativações. Na programação, destaque para Lana Del Rey, Florence + The Machine, NX Zero, Capital Inicial, Natiruts e Duda Beat.
Parque Anhangabaú, Vale do Anhangabaú, Centro. Ingressos a partir de R$ 467,50. www.eventim.com.br/mitafestival

Lana Del Rey - Foto divulgalção

Lana Del Rey – Foto divulgalção

 

Best of Blues and Rock
Completando 10 anos de história em 2023, o Best of Blues and Rock segue com o objetivo de difundir o rock e o blues no Brasil. A edição comemorativa, que acontece nos dias 2, 3 e 4 de junho, na plateia externa do Auditório Ibirapuera, terá como atração especial o veterano guitarrista norte-americano e lenda do blues Buddy Guy, que traz sua turnê “Damn Right Farewell Tour” para o país. Além dele, estão confirmados shows de Tom Morello, Steve Vai, Goo Goo Dolls, Extreme, Ira!, Dead Fish e Day Limns.
Av. Pedro Álvares Cabral s/n° (portões 2, 3 e 10), Parque do Ibirapuera. Ingressos a partir de R$ 450. www.eventim.com.br

Buddy Guy - Foto divulgação

Buddy Guy – Foto divulgação

 

João Rock
Mais um festival que também está celebrando uma data especial. Este ano, o João Rock completa 20 anos e promete mais uma edição histórica. No dia 3 de junho, a cidade de Ribeirão Preto receberá mais de 30 atrações, distribuídas em quatro palcos, além de manifestações artísticas, esportes radicais e ações interativas com o público. O line-up traz apenas artistas brasileiros, entre eles Emicida, Capital Inicial, CPM 22, Pitty, Gilsons, Tom Zé, Zé Ramalho, Alceu Valença e Gilberto Gil.
Av. Orestes Lopes de Camargo, 350, Jardim Jóquei Clube, Ribeirão Preto. Ingressos a partir de R$ 230. www.joaorock.com.br

Capital Inicial - Foto Leo Aversa

Capital Inicial – Foto Leo Aversa

 

Festival Turá
Nos dias 24 e 25 de junho, a área externa do Auditório Ibirapuera receberá também a segunda edição do Turá, festival que contempla música, gastronomia e outras manifestações culturais brasileiras. No line-up já estão confirmados Zeca Pagodinho, Maria Rita convidando Sandra de Sá, Jorge Ben Jor, Gilberto Gil & Família com o espetáculo “Nós, A Gente” – pela primeira vez em São Paulo –, Pitty, Joelma convidando Mariana Aydar e banda Tuyo, e muito mais.
Av. Pedro Álvares Cabral s/nº (portões 2, 3 e 10), Av. IV Centenário (portões 6 e 7ª), Av. República do Líbano (portão 7), Parque do Ibirapuera. Ingressos a partir de R$ 175. www.ticketsforfun.com.br

Festival Turá - foto divulgação

Festival Turá – foto divulgação