Revista Online: Edição 140 – RJ

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Destaques da delegação brasileira comentam a preparação para os Jogos Paralímpicos

Destaques da delegação brasileira comentam a preparação para os Jogos Paralímpicos

A atmosfera esportiva não deve abandonar Tóquio tão cedo. De 24 de agosto até 5 de setembro, a capital japonesa espera receber cerca de quatro mil atletas de todo o mundo para a 16ª edição dos Jogos Paralímpicos. Ao todo, 22 modalidades entram na disputa. O Brasil terá representantes em praticamente todas elas.

Os mais de 185 esportistas já confirmados na delegação nacional estão desde o início do ano em concentração no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, localizado na capital paulista. Antes de partir para Tóquio, eles seguem para um processo intensivo de aclimatação na cidade de Hamamatsu, conhecida como a “mais brasileira do Japão”, com 15% de sua população composta por nipo-brasileiros. Apesar dos muitos meses de isolamento social e treinos restritos por protocolos de saúde, o que o grupo leva na bagagem é um sentimento unânime de otimismo.

 

Daniel Dias, nadador e recordista mundial

“A preparação para Tóquio foi particularmente diferente. Sem acesso às piscinas públicas durante a quarentena, tive que improvisar treinos olímpicos em casa e me senti um peixe fora d’água, literalmente. Essa vai ser minha quarta e última participação nos Jogos Paralímpicos como atleta profissional e tudo parece ainda mais intenso e marcante. Será um dos momentos mais importantes da minha vida. Quanto à equipe, prevejo surpresas. Apesar de ser cada vez mais raro vermos multimedalhistas na modalidade, tenho observado novos nomes surgindo e acredito que o Brasil tenha grandes chances de se manter entre as potências da natação.”

DANIEL DIAS - FOTO ALEXANDRE URCH

DANIEL DIAS – FOTO ALEXANDRE URCH

 

Israel Stroh, mesatenista

“No tênis de mesa, é preciso conhecer de perto o adversário, entender o tempo de bola, o estilo de jogada. Mas nossa última referência da técnica dos nossos competidores é de bem antes da pandemia. Esse será o grande desafio desta edição. De 2019 para cá, as delegações podem ter crescido muito e surpreender. E nós também temos o mesmo trunfo. Estamos chegando preparados. O isolamento intensificou nosso treino. Com as restrições da pandemia, passávamos os dias apenas nos revezando entre centro de treinamento e casa. Foi uma imersão absoluta. Essa é a nossa vantagem.”

 

ISTAEL STROH - FOTO DIVULGAÇÃO

ISTAEL STROH – FOTO DIVULGAÇÃO

 

Veronica Hipolito, velocista

“Tóquio vai abrigar os Jogos mais fortes de todos os tempos. Acredito muito nisso. Antes, a gente receava que, depois de tantos meses de isolamento social, a qualidade da competição decairia. Eu, por exemplo, estou voltando de dois anos completamente parada, após cirurgias difíceis e, mesmo recuperada, não pude treinar como de costume por causa da pandemia. Tive que trocar as pistas pelo corredor de casa, e equipamentos de academia ultramodernos por pacotes de cimento e sacos de arroz. Mas, no fim das contas, estamos com uma equipe muito qualificada. Com torneios internacionais paralisados, vejo nossos atletas tendo ainda mais tempo para focar no preparo técnico e isso é uma vantagem. Chegaremos mais unidos e com uma ânsia ainda maior pelo ouro.”

 

Jogos Paralimpicos Rio 2016 - Verônica Hipólito - FOTO DIVULGAÇÃO CPB

Jogos Paralimpicos Rio 2016 – Verônica Hipólito – FOTO DIVULGAÇÃO CPB

 

Antonio Tenorio, maior medalhista do judô brasileiro

“Eu passei 19 dias internado, na UTI. Vencer a Covid-19 foi a primeira vitória que consegui neste ano. Depois disso, fui agraciado com a oportunidade de abrir a fila de vacinação da delegação na campanha olímpica, o que também entra na minha lista de conquistas. Agora, o próximo passo que almejo é um lugar no pódio. Dois meses depois de sair do hospital, já estou competindo em alto rendimento e me sinto confiante. No judô, nossas maiores expectativas estão no grupo feminino, com Alana Maldonado, Lúcia Teixeira e Rebeca Silva. Mas a equipe masculina também tem ótimos representantes.”

 

Antonio Tenorio - Foto Alexandre Schneider

Antonio Tenorio – Foto Alexandre Schneider

 

 

Hotel Villa Rossa é destino de esportes ao ar livre e eventos corporativos em meio à Mata Atlântica

Hotel Villa Rossa é destino de esportes ao ar livre e eventos corporativos em meio à Mata Atlântica

A apenas 40 minutos de São Paulo e uma hora e meia de Campinas, o Hotel Villa Rossa, em São Roque, tem arquitetura inspirada em vilas italianas, e garante esportes ao ar livre e relaxamento em acomodações privativas. Em meio a 350 mil m2 de Mata Atlântica, o local contou com uma consultoria da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein para controle dos protocolos sanitários.

 

vista aérea do hotel Villa Rossa, em São Roque - Foto: Divulgação

Vista aérea do hotel Villa Rossa, em São Roque – Foto: Divulgação

 

O Villa Rossa oferece hospedagens em apartamentos de até 70 m2, mas o descanso mais charmoso fica na Villa dos Lofts, que possui 18 acomodações desse tipo. Os Lofts de 110 m2 contam com lareira, piscina privativa e recebem até cinco pessoas. Por ali, é possível fazer as refeições no restaurante à la carte Siracusa, de gastronomia internacional. Fora da Villa, o hotel ainda disponibiliza outros cinco restaurantes, com buffet incluso na diária, além de três bares com adega climatizada.

 

Campo de golfe do Hotel Villa Rossa - Foto: Divulgação

Campo de golfe do Hotel Villa Rossa – Foto: Divulgação

 

Entre as opções de esportes e lazer ao ar livre, há caiaque, tirolesa, parede de escalada, campo de golfe, quadras de tênis e poliesportiva, campos de futebol e piscinas. Academia, spa e saunas completam as possibilidades de descompressão do estresse no hotel.

Para aqueles que planejam reuniões e encontros corporativos em breve, o local ainda tem seis salões, oito salas de apoio e o Anfiteatro Paulo Autran – um Auditório para 212 pessoas –, com uma equipe profissional do hotel à disposição para eventos, em 3.200 m2 destinados aos negócios no Villa Rossa.

O hotel fica na Rua Cora Coralina, 350, no bairro Vila Darcy Penteado, no município paulista de São Roque. O valor das diárias varia entre R$ 800,00 (nos apartamentos) e R$ 2.000,00 nos lofts. É possível fazer sua reserva através do site www.villarossa.com.br.

 

Projeto Ponto Firme promove ressocialização de ex-presidiários com aulas de crochê

Projeto Ponto Firme promove ressocialização de ex-presidiários com aulas de crochê

O resultado das produções são refinadas peças em crochê que são destaque na São Paulo Fashion Week.

Para os alunos do Projeto Ponto Firme, agulha e linha são ferramentas de reconstrução. Desde 2015, o programa oferece formação técnica em crochê para sentenciados da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey, em Guarulhos (SP). A ideia é apresentar aos egressos uma oportunidade de reinserção no mercado de trabalho por meio da moda e estimular a produção criativa como ferramenta de transformação social.

 

Coleção do Ponto Firme para a edição de 2021 da São Paulo Fashion Week - Foto: Mariana Sapienza

Coleção do Ponto Firme para a edição de 2021 da São Paulo Fashion Week – Foto: Marina Sapienza

 

“O crochê desperta a autonomia. Ao construir algo do zero com as próprias mãos, os educandos trabalham a autoestima, o empoderamento e ampliam suas perspectivas de futuro”, explica o pernambucano Gustavo Silvestre, estilista, designer e idealizador do projeto. É ele quem ministra as aulas e supervisiona os novos artesãos na confecção de tapeçarias, redes, bonecos, roupas e o que mais a imaginação permitir. Para a produção, os alunos usam materiais doados por empresas apoiadoras do programa. “Além de linha e agulha, recebemos retalhos e roupas com defeito de fabricação”, comenta.

O Ponto Firme já formou mais de 150 profissionais. Com turmas semestrais de aproximadamente 25 pessoas, o programa oferece, a cada módulo de ensino, certificados de conclusão e remissão da pena em alguns dias. “Parte das peças produzidas são enviadas às famílias dos alunos, para comercialização. Assim, muitos deles encontram no crochê sua principal fonte de renda, antes mesmo de conseguirem liberdade.”

 

Coleção do Ponto Firme para a edição de 2021 da São Paulo Fashion Week - Foto: Mariana Sapienza

Coleção do Ponto Firme para a edição de 2021 da São Paulo Fashion Week – Foto: Marina Sapienza

 

Das salas de aula às passarelas, as peças do Ponto Firme ganharam o Brasil e o mundo. Os crochês já foram expostos em Nova York, na Pinacoteca de São Paulo e, há quatro anos, marcam presença nos desfiles da São Paulo Fashion Week, maior evento de moda do país. Para a coleção de 2021, inteiramente produzida com materiais sustentáveis e reutilizados, Gustavo contou com a ajuda dos egressos Anderson Figueiredo, Anderson Joaquim e Tiago Araújo. “O tema do evento deste ano foi Regeneração, e isso é basicamente o que fazemos todo dia por aqui. Reconstruímos tecidos e histórias”, reflete.

Para o segundo semestre, Gustavo planeja a criação de uma escola-ateliê na capital paulista. “Fechamos uma parceria com a organização BrazilFoundation e, juntos, vamos abrir um estúdio para receber egressos de outras instituições da região, sobretudo mulheres e pessoas trans”. A longo prazo, o desejo é criar uma rede de apoio cada vez mais ampla e “ser referência da resistência por meio da arte e do afeto”.

 

Segunda edição online do Salão de Humor reúne artistas do mundo todo em Piracicaba

Segunda edição online do Salão de Humor reúne artistas do mundo todo em Piracicaba

Entre os dias 21 de agosto e 31 de outubro acontece a 48ª edição do Salão de Humor de Piracicaba, que tradicionalmente conta com a participação de cartunistas e chargistas do mundo todo. Em 2017, por exemplo, o concurso recebeu 2.985 inscrições de 560 artistas originários de 57 países diferentes.

Por causa da pandemia, em 2021 o evento será online pelo segundo ano consecutivo. “O salão nasceu em meio à repressão, durante a Ditadura Militar, e resistiu por 47 anos. Não é uma pandemia que vai impedir sua realização”, afirma Erasmo Spadotto, diretor do salão e do Centro de Documentação, Pesquisa e Divulgação do Humor (Cedhu). “Ao mesmo tempo que existe o distanciamento físico dos artistas, o acesso virtual proporciona uma grande aproximação para quem nunca pôde estar presente”, completa.

O cartaz da 48ª edição do salão foi criado pelo cartunista Silvano Mello, de 47 anos, natural de Jaboticatubas, em Minas Gerais. Ele fez um desenho que, de certa forma, conta a história de 2021. Quem observar esse cartaz imediatamente reconhecerá vários acontecimentos desse ano diferentão.

 

Cartaz da 48ª edição, desenhado por Silvano Mello - Foto: Divulgação

Cartaz da 48ª edição, desenhado por Silvano Mello – Foto: Divulgação

 

O desafio do evento é arrancar um sorriso das pessoas nesse momento tão delicado que o mundo inteiro enfrenta. Já que a orientação das autoridades é “fique em casa”, o salão se propõe a levar virtualmente um pouco de humor até cada pessoa, pelo seu smartphone ou pelo seu computador. Os trabalhos selecionados podem ser visualizados no site salaointernacionaldehumor.com.br. O salão oferece cinco prêmios, nas categorias Charge, Cartum, Caricatura, Tiras/HQs e Tema Especial – que este ano é a Olimpíada.

Os humoristas Marcelo Madureira (ex-“Casseta & Planeta”) e Leandro Hassum (ex-“Caras de Pau”) vão compor o júri, ao lado de desenhistas, ilustradores, criadores de memes, quadrinistas e editores. Conhecidos cartunistas brasileiros contribuíram para a transformação do Salão de Piracicaba em um dos mais importantes encontros do humor gráfico do Brasil e exterior nessas últimas quatro décadas. Entre eles, Ziraldo, Fortuna, Millôr Fernandes, Zélio, Henfil, Jaguar, Luis Fernando Veríssimo, Paulo e Chico Caruso, Miguel Paiva, Angeli, Laerte e Glauco.

 

Leandro Hassum será um dos jurados desta edição - Foto: Divulgação

Leandro Hassum será um dos jurados desta edição – Foto: Divulgação

 

Em paralelo à realização do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, acontece a 19ª edição do Salãozinho de Humor, que tem como objetivo incentivar os jovens à prática artística e contribuir com o seu desenvolvimento intelectual e crítico por meio da linguagem do humor gráfico. Direcionado a estudantes da rede pública e privada, reúne crianças de 7 anos a adolescentes de 14 anos e premia os 12 melhores trabalhos apresentados.