Revista Online: Edição 138 – VCP

Revista Online: Edição 138 – VCP

Villa Paranaguá é um hotel boutique com charme francês em Santa Teresa

Villa Paranaguá é um hotel boutique com charme francês em Santa Teresa

Instalado em um casarão histórico que pertenceu à Tônia Carrero, o Villa Paranaguá tem apenas dez amplas e exclusivas suítes.

Hospedar-se em Santa Teresa durante uma visita ao Rio é uma boa pedida não só para quem quiser ficar um pouco afastado da badalação e do agito da Zona Sul. É também uma alternativa para quiser uma opção mais intimista, menos impessoal e mais próxima do Centro. Isso mesmo, Santa Teresa fica a um pulinho da Cinelândia, da sede da Petrobras, do Porto Maravilha e do Aeroporto Santos Dumont.

 

Piscina do hotel - Foto: Divulgação

Piscina do hotel – Foto: Divulgação

 

Inaugurada meses antes da pandemia, a Villa Paranaguá Hotel Boutique & Spa é um excelente refúgio para quem busca conforto, paz, exclusividade e muito charme em Santa Teresa. São apenas nove amplas suítes – todas com varanda – distribuídas por um casarão histórico que já pertenceu à diva do teatro e do cinema Tônia Carrero, erguido em um terreno com 4.000 metros quadrados.

Em anexo à casa principal, o Le Pavillon é um aprazível apartamento que completa as opções de acomodação. Todos os cômodos do hotel são decorados com peças e móveis assinados por grandes designers, como o brasileiro Sérgio Rodrigues, o norte-americano Warren Platner e os franceses Le Corbusier e Philippe Starck. Na área externa, com direito a vista para o Pão de Açúcar, ficam a convidativa piscina e o pequeno spa, para o hóspede relaxar ainda mais.

 

Área interna do hotel - Foto: Divulgação

Área interna do hotel – Foto: Divulgação

 

O restaurante serve deliciosas crepes, omeletes e sucos de frutas no café da manhã e pratos mais elaborados no almoço e no jantar, como o risoto de abóbora com queijo de cabra, a cocotte de lulinhas à provençal ou ainda steak & frites com molho de roquefort.

Tudo na Villa Paranaguá tem um toque francês, e isso não acontece por acaso. O hotel surgiu por iniciativa dos parisienses Pierre e Marie Beuscher, que compraram o imóvel em 2013 e o converteram em um hotel com ajuda do filho Joachim e de sua esposa, a brasileira Laís Vertis. O casarão é também o cenário ideal para a realização de um miniwedding e para reuniões corporativas. É possível fechar o hotel para grupos que reservarem um mínimo de cinco quartos por duas diárias – um buyout sem a necessidade de ocupar todas as dez suítes.

 

Quarto do hotel - Foto: Divulgação

Quarto do hotel – Foto: Divulgação

Pico das Cabras: viaje pelo espaço sem sair de Campinas

Pico das Cabras: viaje pelo espaço sem sair de Campinas

Pico das Cabras é o lugar ideal para curtir um lindo pôr-do-sol e admirar com nitidez as estrelas e planetas do céu, por meio dos possantes telescópios do Museu Aberto de Astronomia.

Localizado a 30 km do centro de Campinas, já quase no município de Morungaba, o Pico das Cabras é um parque que fica a uma altitude de 1.080 metros acima do nível do mar, na pequena cadeia de montanhas que formam a Serra das Cabras. O parque, com 1 milhão de metros quadrados, tem várias trilhas que levam à floresta, ao borboletário, ao formigário e às bonitas formações rochosas que fazem sucesso no Instagram – principalmente entre aqueles que curtem fazer retratos românticos durante o pôr-do-sol. Dessa área onde ficam a Pedra da Águia e a Pedra Mór, em dias mais claros dá para avistar as cidades de Itatiba, Jundiaí e Morungaba.

 

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

 

O Pico das Cabras é um espaço muito usado para pesquisas sobre a riqueza da flora e da fauna da região (mais de 862 espécies já foram catalogadas ali) e para filmagens, shows musicais e até festas de casamento. Mas a atração principal do local é o Museu Aberto de Astronomia (MAAS). Em outros tempos conhecido como Estação Astronômica de Campinas, o museu abriga um planetário que faz projeções das estrelas em um domo de 12 metros de diâmetro, um jardim com esculturas de deuses e figuras mitológicas ligadas à Astronomia e telescópios onde é possível observar com absoluta nitidez os satélites de Júpiter e os anéis de Saturno.

Na área dedicada ao Sol, dá para ter impressionantes visões em tempo real da estrela que nos aquece e nos ilumina. O telescópio equipado com filtro H-Alpha, capaz de bloquear 99,9% da radiação solar emitida pelo astro-rei, permite observar ao vivo as protuberâncias solares que ocorrem em sua superfície, a Fotosfera. E, no Celóstato, por meio de um conjunto de espelhos acoplados a um telescópio, a imagem da fotosfera solar é projetada em uma tela dentro do Solário, possibilitando que os visitantes admirem as proeminências solares em um ambiente escuro e climatizado. A apresentação é complementada por explicações sobre a dinâmica do Sol, a formação de manchas solares e suas características físicas e orbitais.

 

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

 

No Espaço Atlas, um Sistema Solar mecânico fica permanentemente em exibição, com todos os planetas realizando suas órbitas em torno do Sol, cada um com sua velocidade própria. Outra mostra em cartaz revela segredinhos da Lua, o nosso Satélite Natural. A exposição aborda os eclipses, os ciclos lunares e as missões humanas à superfície lunar, dentre outros aspectos desse corpo celeste.

Por fim, para quem sentir fome, o parque tem uma lanchonete simples, com pães de queijo, sanduíches, salgadinhos, água, sucos e refris.

 

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

 

O melhor do forró, para aproveitar o clima junino em casa

O melhor do forró, para aproveitar o clima junino em casa

Uma seleção para curtir as delícias do forró e se inspirar com a diversidade do gênero.

De onde vem o baião? Perguntou Luiz Gonzaga. E o xote das meninas? O chiclete misturado com banana? Esses ritmos tradicionais nordestinos que nos fazem dançar ganharam o país justamente com o maravilhoso Lua – sanfoneiro pernambucano nascido em Exu, em 1912. Chegou ao Rio de Janeiro muito jovem, disposto a viver de música. Tentou cantar boleros, mas o que o povo queria mesmo ouvir era a música de sua terra natal.

Foi da festa, do forrobodó, que nasceram todas essas delícias. O forró é mais que um gênero, é uma manifestação cultural brasileira que reúne muitos elementos: a festa, a saudade do sertão, os instrumentos, os ritmos e as formações típicas, além de grandes letristas, ícones da nossa música, e canções populares.

 

Mariana Aydar - Foto: Autumn Sonnichsen | Divulgação

Mariana Aydar – Foto: Autumn Sonnichsen | Divulgação

 

Se não fosse a pandemia teríamos agora uma grande temporada de shows e festas dançantes por todo Brasil, especialmente pelo Nordeste. Para não perder de todo a graça, vamos recorrer à música. Vamos ouvir em casa uma bela seleção que começa com Mariana Aydar, cantora e compositora paulistana que ama o forró. Tanto que fez um disco chamado “Veia Nordestina”, contando em capítulos a história do gênero. Começa com a voz de Luiz Gonzaga chamando para o baile e, se ele chama, a gente afasta os móveis da sala e tira o par para dançar.

Agora vamos de Mestrinho, jovem sanfoneiro que tem grande inspiração na delicadeza do mestre Dominguinhos. Mestrinho é de Itabaiana, Sergipe, e toca que é uma beleza! Recomendo a música “Eu e Você”, para deixar o baile cheio de chamego. Mas ouça mais, aventure-se no repertório dele e descubra o grande instrumentista que ele é. “Numa Sala de Reboco”, clássico de Luiz Gonzaga, tem que estar nessa lista. E aí você escolhe na voz de quem quer ouvir. Tem Elba, Lua, Dominguinhos, trios e mais trios de forró que gravaram essa canção para lá de convidativa.

Quer forró instrumental? Procure por Nicolas Krassik, um violinista francês que vive no Brasil e é apaixonado pelo gênero. “Cordestinos” é incrível! E seu mais recente trabalho é uma leitura da obra de Gilberto Gil com quem ele tocou bastante. Forró pé de serra é aquele mais ligado à tradição. Tem Falamansa, Bicho de Pé, tem Chico César, Quinteto Violado, uma infinidade. E tem até o Forronejo, mas esse, eu confesso, conheço pouco. Mistura o eletrônico, o brega e o sertanejo mais pop com o forró para dançar.

Vale tudo para se divertir e esquecer a tristeza. Dançar para não dançar, já cantou a mestra Rita Lee. Ou como canta o velho Gonzaga: “Todo tempo que eu tiver pra mim é pouco pra eu dançar com meu benzinho numa sala de reboco”. Tem coisa melhor?

Acesse a playlist do 29HORAS Play no Spotify e participe desse arraiá sem sair de casa!

 

Mestrinho - Foto: Sesc Virada

Mestrinho – Foto: Sesc Virada

Casa dos Arandis: hospedagem com o sossego do litoral da Bahia

Casa dos Arandis: hospedagem com o sossego do litoral da Bahia

Instalado na lindíssima Península do Maraú, a Casa dos Arandis é um hotel pequeno, mas com alma e dengos criados especialmente para fazer seus hóspedes entrarem no clima.

A Península de Maraú é um dos trechos mais deslumbrantes da Costa do Dendê, no litoral baiano. Sua orla com 40 quilômetros tem trechos semi-desertos, emoldurados por coqueirais sem fim, lagoas de água doce, manguezais e espetaculares piscinas naturais formadas na maré vazante entre as barreiras de coral. Em praticamente todos os rankings de praias mais bonitas do país, pelo menos alguma faixa de areia da região aparece nas primeiras colocações. Até mesmo em uma seleção feita pelo jornal britânico “The Guardian”, a Península do Maraú está representada.

 

Piscinas de coral nas praias na Península do Maraú - Foto: Divulgação

Piscinas de coral nas praias na Península do Maraú – Foto: Divulgação

 

É em meio a esse paraíso tropical que o casal de cariocas Cacau Falcão e Nana Teixeira inaugurou em 2011 a Casa dos Arandis, um pequeno hotel boutique com apenas duas casas de praia e quatro exclusivos bangalôs de frente para o mar da Praia de Algodões, charmosamente construídos de forma sustentável, com madeira de demolição e telhas recuperadas.

Logo na chegada, os hóspedes são convidados a entrar no clima se refrescando com toalhas geladinhas umedecidas com essência de capim-limão e bebendo um drinque à base de cachaça e mel de cacau – néctar extraído da polpa da fruta.

Ideal para quem quiser relaxar naquele ritmo bem Dorival Caymmi, o hotel tem um mini-spa com banheira de hidromassagem balinesa, uma sauna a vapor, ducha pressurizada, tenda de massagem, espaço para a prática de yoga e lounge para descanso. Tem ainda um restaurante com mesas distribuídas pelo salão e por uma agradável varanda, onde são servidas maravilhas da culinária baiana, preparadas com ingredientes bem frescos. É impossível não se impressionar com a moqueca de camarão, o catado de caranguejo e o arroz de polvo.

 

Vista do hotel Casa dos Arandis - Foto: Divulgação

Vista do hotel Casa dos Arandis – Foto: Divulgação

 

O hotel possui certificado orgânico concedido pela rede Povos da Mata – uma associação de agroecologia composta por famílias de indígenas, quilombolas, pescadores e outros habitantes da região.

Para quem quiser um pouco mais de atividade – não muito, eu prometo – as melhores opções são o snorkel nas piscinas de corais, o stand-up paddle na Lagoa do Cassange e na área do manguezal, o tour de bike pela beira do mar até a praia de Taipus de Fora, a visita a uma fazenda de cacau e os passeios de barco até a cachoeira do Tremembé ou à Ilha da Pedra Furada.

Para chegar na Casa dos Arandis, é preciso pegar um voo até o aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, e em seguida encarar uma pequena viagem de 100 quilômetros por estradas. As diárias no hotel começam na faixa dos R$ 1.250. Desde 2018, o Casa dos Arandis é associado da Brazilian Luxury Travel Association (BLTA).

 

Cachoeira do Tremembé - Foto: Divulgação

Cachoeira do Tremembé – Foto: Divulgação