Tatiana Weston-Webb representará o surf brasileiro nas Olimpíadas de Tóquio

Tatiana Weston-Webb representará o surf brasileiro nas Olimpíadas de Tóquio

Única brasileira na elite do surf, Tatiana Weston-Webb representa o país nas Olimpíadas de Tóquio.

O sonho de Tatiana sempre esteve nas águas. Filha do surfista inglês Douglas Weston-Webb e da bodyboarder brasileira Tanira Guimarães, não havia outra escolha senão se apaixonar pelas ondas. Nascida em Porto Alegre, mas morando no Havaí desde os dois meses de idade, ela se prepara para retornar às raízes. Em julho, a atleta representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

 

Tati Weston-Webb - Foto: Divulgação

Tati Weston-Webb – Foto: Divulgação

 

Competidora desde os oito anos de idade – quando ganhou dos pais a sua primeira prancha – Tatiana acumula títulos. Foi bicampeã mundial júnior e segue desde 2017 no Top10 da Liga Mundial de Surf. “Tóquio será um desafio diferente e as expectativas estão altíssimas”, conta.

Essa é a primeira vez que o surf integra o rol de esportes olímpicos oficiais – e Tati foi a escolhida para inaugurar a modalidade. “Estar no maior evento esportivo do mundo sempre foi meu sonho, e é uma honra representar o nosso país”, comenta.

Para o preparo físico, ela conta com o apoio do Comitê Olímpico brasileiro. “Eles disponibilizam acompanhamento online contínuo com uma equipe de nutrição e fisioterapeutas”, explica. Em tempos de isolamento social, os treinos foram adaptados seguindo os protocolos sanitários. “Eu pratico em lugares onde a pandemia está mais controlada, como a Austrália”. Lá, a surfista se reveza entre a preparação olímpica e as novas etapas do Mundial.

Hoje, Tatiana é a única brasileira na elite do surf, título que carrega entre satisfação e lamentos. “É um misto de orgulho com desejo de ver mais mulheres nesse lugar. Temos surfistas incríveis, mas o incentivo ainda é pequeno”, explica. “O surf ainda é muito masculino. Para as mulheres, falta patrocínio e temos que nos provar o tempo todo”. Segundo a atleta, as Olimpíadas são uma oportunidade de dar passos importantes para uma maior equidade no esporte. “Nós não vamos desistir. E quem sabe nossa vitória não muda esse pensamento?”, finaliza.

 

Tati Weston-Webb - Foto: Sean Evans