Para Rachel Maia, da RM Consulting, diversidade nas empresas é uma responsabilidade social

Para Rachel Maia, da RM Consulting, diversidade nas empresas é uma responsabilidade social

A empresária Rachel Maia ajuda corporações a apostarem na representatividade no ambiente de trabalho, fazendo com que inovem e ampliem seus negócios.

No início de 2021, segundo a Companhia de Estágios, empresa de RH, as contratações de estagiários negros triplicaram no Brasil. Foram 743 admissões no primeiro trimestre em relação às 250 nos primeiros três meses de 2020, um aumento de 197%. Conjunturas melhores e abertura para debates dentro das empresas estão no centro dessa mudança.

Para Rachel Maia, da RM Consulting, priorizar a representatividade nas companhias não é questão apenas de responsabilidade social, mas também de oportunidade. “O processo de letramento social consiste em entender que as empresas não operam no vazio, mas sim nas sociedades, em que as mudanças culturais, sociais, econômicas e políticas refletem nas práticas do universo corporativo. Ter pessoas diferentes em um mesmo ambiente proporciona ter vários pontos de vista para uma mesma situação; isso é essencial para o desenvolvimento de um negócio, porque amplia a capacidade de inovação e a pluralidade do debate.”

 

Rachel Maia, empresária - Foto: Divulgação

Rachel Maia, empresária – Foto: Divulgação

 

A empresária defende o conceito de letramento social para que os colaboradores passem a refletir criticamente sobre a sociedade e entender que a falta de pluralidade é um problema estruturalmente enraizado. “A partir daí é que haverá embasamento para a criação de ações afirmativas voltadas à empregabilidade de grupos historicamente minorizados, como PcD, negros, LGBTQIA+, mulheres, dentre outros”, explica Rachel, que dá consultoria a grandes empresas, como a XP e a JBS Brasil.

Uma das poucas mulheres negras a chegar ao topo do universo corporativo na América Latina – foi CEO da Lacoste, Pandora e Tiffany –, ela hoje se dedica a projetos próprios: além da consultoria RM, Rachel é fundadora do Capacita-me, voltado à educação e empregabilidade de pessoas em vulnerabilidade socioeconômica.

Por ter transitado em diferentes espaços e testemunhado a falta de representatividade em muitos deles, a empresária considera a diversidade e a inclusão parte importante da sua jornada. “Eu fui uma outlier! Nasci na periferia, estudei em escolas públicas e encarei preconceitos por ser negra e mulher. Mas tudo isso me fez acreditar nos meus valores e lutar pela inclusão”. Rachel Maia conta ainda que vislumbra um momento em que as pessoas se sentirão desconfortáveis em ambientes predominantemente compostos por um único grupo da sociedade: classe social, gênero ou cor. “Acredito que, em breve, por meio do letramento social e da educação, as pessoas serão genuinamente agentes da transformação social.”

 

Rachel Maia, empresária - Foto: Divulgação

Rachel Maia, empresária – Foto: Divulgação

Conheça o “Stay Charlie”, um novo jeito de se hospedar em São Paulo e Porto Alegre

Conheça o “Stay Charlie”, um novo jeito de se hospedar em São Paulo e Porto Alegre

Startup apresenta soluções para uma hospedagem completa e flexível, além de potencializar venda de imóveis.

As casas não são mais apenas para descanso, hoje as residências se transformaram em escritório, academia, escola e lazer. A monotonia das quarentenas prolongadas fez crescer a busca por hospedagens em diferentes lugares e a tecnologia já acelera e descomplica aluguéis em diversas cidades pelo mundo. Nesse cenário, o Charlie – uma startup com o propósito de reimaginar a hospitalidade – mescla as praticidades do hotel com o conforto de casa, oferecendo uma experiência de estadia e serviços sob demanda para curta, média e longa duração.

 

Apartamento do Charlie, com sala e cozinha equipadas, em São Paulo - Foto: Divulgação

Apartamento do Charlie, com sala e cozinha equipadas, em São Paulo – Foto: Divulgação

 

Os apartamentos – atualmente em São Paulo e em Porto Alegre – são mobiliados e dispõem de inovações que facilitam o dia a dia do hóspede e morador. As opções contam com TV a cabo e internet sem fio de alta qualidade, cozinha equipada, além de um serviço de concierge inteligente, o Charlie, disponível durante 24 horas, que oferece informações sobre a cidade, entre outras indicações. “Ampliamos as experiências que costumam ser oferecidas em hotéis, a limpeza e o café da manhã são sob demanda, e possibilitamos refeições e kits, como para cinema e queijos e vinhos, à parte”, explica Allan Sztokfisz, CEO do Charlie.

Os valores das diárias e mensalidades variam de acordo com a localização, estrutura do prédio e design dos apartamentos. Para locações entre 30 e 90 dias, o cliente deve assinar digitalmente um contrato de temporada. A partir de 90 dias, um contrato de locação é exigido por lei, mas sem imposição de tempo mínimo de permanência. “No Charlie, o hóspede pode, realmente, ficar pelo tempo que desejar, não existe limite, a flexibilidade é muito importante. Não é necessário fiador ou seguro fiança, apenas o pagamento mensal pré-pago e uma análise prévia de crédito.”

As facilidades também são oferecidas para investidores e incorporadoras. A startup atua em parceria com a incorporadora desde a definição de qual produto será oferecido até o suporte de vendas em estandes e a operação das locações. “É uma solução completa, que agrega valor ao empreendimento. Para a incorporadora, é importante que seus clientes lucrem com a compra de seus imóveis, e o proprietário só terá o valor da taxa de administração descontada dos aluguéis arrecadados e não pagará ao Charlie nada a mais por isso”, conta. A taxa de administração inclui todos os serviços prestados pela empresa, que vão desde a preparação da unidade – que podem incluir reformas e organização geral – manutenção dos imóveis, até os trâmites de locação em si.

 

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Cannes Lions, maior festival da publicidade, acontecerá online em 2021

Cannes Lions, maior festival da publicidade, acontecerá online em 2021

Formato online é apenas uma das transformações que atravessam os festivais de publicidade e inovação

Nenhuma mudança em 67 anos de Cannes Lions foi mais intensa do que a provocada pela pandemia do coronavírus no ano passado. De uma vez, evaporaram-se mais de 13 mil participantes dos auditórios do Palais Des Festivals – número registrado na edição anterior, em 2019. Naquele ano, 30 mil trabalhos de agências e anunciantes de 98 países concorreram aos Leões de Ouro, Prata e Bronze, além dos troféus de Grand Prix.

O formato online de 2020 vai se repetir em 2021, e o evento está marcado para acontecer de 21 a 25 de junho. A novidade, porém, é que, além dos seminários, o festival vai retomar a premiação, promovendo a avaliação de trabalhos pelos seus diversos júris.

 

Festival de Publicidade de Cannes - Foto: Divulgação

Festival de Publicidade de Cannes – Foto: Divulgação

 

Criado em 1953 de carona no Festival de Cinema, o então Festival Mundial do Filme Publicitário passou por inúmeras mudanças. Inicialmente abrigando publicitários do primeiro mundo, viu gradativamente aumentar a participação de profissionais da América do Sul, Ásia, Europa Central e Japão.

No ano 2000, com a primeira delegação da China, o festival já apresentava uma série de transformações na divisão de áreas, com a ampliação de seu repertório para além dos comerciais de TV e Cinema. No final da década, assistiu- se a outro fenômeno no evento, a participação maciça de executivos de Marketing dos maiores anunciantes do planeta.

Essa viagem sem volta levou a Cannes, todo ano, profissionais de marcas dos mais diversos países. A sala de exibição de filmes, antes em local nobre no Grande Auditório, ficou em um cantinho do grandioso Palais. Acompanhando a evolução do negócio, o renomeado Cannes Lions passou a dar mais importância aos cases de Marketing e seus resultados, às diferentes plataformas e aos conteúdos das mensagens.

O festival se tornou imprescindível para anunciantes conhecerem os projetos de marcas mais inovadores do mundo. Afinal, a tecnologia e o digital mostram que as empresas não podem mais se preocupar apenas com os produtos inerentes ao seu DNA.

Ao redor do evento, começou a girar também um mundo que considera a sustentabilidade do planeta, a mobilidade das grandes metrópoles, a saúde e o bem-estar de todas as pessoas. Não só de seus consumidores. À essas questões foram agregadas as políticas de luta pelos direitos das mulheres, contra a violência feminina, a favor da liberdade sexual e de combate aos vários tipos de preconceitos.

O mesmo aconteceu com outros tantos festivais pelo mundo, todos agora em formato remoto, com lives e o julgamento online das peças. Com participação efetiva do Brasil desde seu lançamento, em 1969, o Festival Ibero Americano de la Publicidad (FIAP) não realizou sua edição comemorativa de 50 anos. Nem em 2019, por desistência da prefeitura de Buenos Aires que o abrigaria, nem em 2020 por causa da pandemia.

Antes mesmo disso, o FIAP já havia adotado sua mais profunda reformulação atendendo às mudanças da comunicação. Os trabalhos são avaliados somente em quatro áreas distintas: Formatos, Inovação, Anúncios e Produção. Acompanhando as decisões internacionais de distanciamento social, o festival deste ano já definiu sua edição online, no início de outubro, a partir de Miami.

É um novo mundo da publicidade, que talvez nunca volte ao velho normal.

Entenda como funciona o ‘passaporte sanitário’ para a covid-19

Entenda como funciona o ‘passaporte sanitário’ para a covid-19

Países e companhias aéreas anunciam o lançamento do “passaporte sanitário” que contém informações sobre a saúde de cada viajante e seu respectivo histórico de exames e vacinas

À medida que a vacinação avança pelo mundo, os países vão relaxando as restrições à entrada de estrangeiros e o setor de viagens vai se reaquecendo. Mas as autoridades migratórias vão verificar e comprovar se os viajantes estão devidamente imunizados?

Pensando nisso, a União Europeia está criando um “passaporte sanitário” que permite que cidadãos europeus que já foram imunizados viagem pelo bloco livremente. O governo da China monitora o deslocamento de pessoas com um passaporte regional.

A International Air Transport Association (Iata), entidade que congrega as principais companhias aéreas do mundo, criou o Travel Pass – um aplicativo onde os viajantes podem arquivar os seus comprovantes de vacinação e os resultados de seus exames PCR, desde que realizados em laboratórios parceiros. Algumas companhias aéreas (como Swiss, Singapore, Emirates, Iberia, Korean e Qatar) já estão testando a adoção do Travel Pass da Iata como um documento oficial na hora de fazer o check-in de seus passageiros.

No “novo normal”, esses e outros passaportes sanitários serão essenciais para quem pretende fazer viagens internacionais. O foco do documento vai ser informar se a pessoa foi vacinada e com qual imunizante, mas pode reunir também todo o histórico de saúde. Pode atestar que você já teve ou não Covid-19, se fez testes e quando foram feitos, quais os resultados, o tipo [PCR ou de anticorpos] e em qual instituição.
A ideia não é nova e foi adotada para outra doença muito antes da pandemia, a febre amarela. Viajantes de algumas partes do mundo precisam se vacinar antes de chegar ao local de destino, ou quando fazem escala em algum país que exige a vacina, e precisam apresentar um comprovante internacional de vacinação para as autoridades locais.

 

Travel Pass (passaporte sanitário) no celular - Foto divulgação

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Radar

Gol abroad
Antes programada para junho, a retomada dos voos internacionais da Gol foi adiada para o dia 1º de outubro devido à segunda onda da pandemia do coronavírus e às consequentes restrições impostas aos brasileiros em vários países. O site da empresa já está comercializando passagens para cidades como Buenos Aires, Mendoza, Montevidéu, Santiago, Lima, Cancún, Punta Cana, Orlando e Miami.

Queixas no ar
A Latam foi a companhia aérea doméstica com o maior número de reclamações do consumidor em 2020. Foram 23.460 queixas, com uma média de 144,4 reclamações para cada 100 mil clientes. Em segundo lugar, a Gol gerou 16.718 querelas, média de 100,1 a cada 100 mil passageiros. A Azul ficou em terceiro, com 10.581 reclamações, média de 73,1 por 100 mil passageiros. Os dados são do site consumidor.gov.br, ligado à Anac.

VCP nos trilhos
A Prefeitura de Campinas publicou em abril um edital de chamamento para que empresas e apresentem estudos para a implantação de uma ligação ferroviária de 18 quilômetros, entre o Centro de Campinas e o Aeroporto de Viracopos. A empresa chinesa BYD já propôs que esse ramal seja operado por um SkyShuttle, veículo elétrico com rodas de borracha e automatizado (sem condutor) que se desloca por uma pista elevada. Agora a Prefeitura aguarda para ver se outros projetos aparecem.

 

Presidente do Meio & Mensagem, Marcelo Salles Gomes, analisa a transformação da comunicação

Presidente do Meio & Mensagem, Marcelo Salles Gomes, analisa a transformação da comunicação

Mais de quarenta anos após sua fundação, a empresa de mídia Meio & Mensagem segue fiel ao propósito original de gerar e compartilhar conhecimento para o desenvolvimento da indústria da comunicação no país. De lá para cá, a tecnologia mudou não só a forma de se comunicar, mas consequentemente como as marcas fazem publicidade e vendem seus produtos. Nas últimas décadas, a evolução dos negócios da propaganda foi intensa e agora é acelerada pela pandemia. No centro dessa transformação do jornal e com os olhos e ouvidos atentos aos novos negócios está o atual presidente do veículo, Marcelo Salles Gomes.

 

Foto divulgação

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“O Meio & Mensagem tem a capacidade de ocupar um espaço e sempre acreditou nisso”, conta. Marcelo lembra que, na década de 1980, a economia brasileira era mais fechada à inovação, e faltavam referências empresariais que falassem sobre criatividade e mídia. “Nosso primeiro evento foi em 1980, o prêmio Caboré, que destaca profissionais da indústria de comunicação, e em 1986 realizamos o Encontro de Criatividade e Mídia, algo então inédito sobre conteúdo, com palestrantes internacionais.”

 

Marcelo Salles Gomes premiando profissionais da comunicação com o troféu Caboré. - Foto Divulgação

Marcelo Salles Gomes premiando profissionais da comunicação com o troféu Caboré. – Foto Divulgação

 

Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com MBA em Marketing na Michigan State University, nos Estados Unidos, Marcelo presenciou em sua formação acadêmica a digitalização sem volta que estava por vir nos negócios da propaganda. “Lembro de ter o primeiro contato com email na universidade nos EUA, quando isso ainda não era uma realidade no Brasil, no início dos anos 1990, voltei e acabei sendo porta-voz do que a tecnologia já representava lá fora”, recorda.

Depois de estágios em agências, como a Almap, e em veículos, como a Editora Abril e a MTV, Salles Gomes assumiu a criação do site do Meio & Mensagem e criou a área de Marketing da empresa. Antes da vice-presidência executiva, que exerceu por 12 anos, foi diretor de Marketing e de núcleo digital da companhia. Em janeiro deste ano, assumiu a presidência, o que representa os esforços do veículo em colocar como estratégia central algo que antes era visto como futuro. “Somos uma empresa de mídia multiplataforma, a comunicação hoje é composta por peças que formam o todo, é necessário entender cada rede e pensar como a narrativa de uma propaganda, por exemplo, vai ser aplicada nesses formatos.”

 

Marcelo no evento Proxxima, realizado pelo Meio e Mensagem, que discute marketing e comunicação digital no Brasil - Foto Divulgação

Marcelo no evento Proxxima, realizado pelo Meio e Mensagem, que discute marketing e comunicação digital no Brasil – Foto Divulgação

 

 Novos territórios

A intensa digitalização da comunicação impõe um desafio para as empresas de como se manter relevante. “As marcas entendem o território e propósito que ocupam, mais do que nunca precisam compreender o que representam, utilizando os canais disponíveis, que estão em constante ampliação e adaptação, como as redes sociais que já são entre si diferentes, onde as pessoas consomem conteúdo de forma diversa.”

O processo de fragmentação das mídias tradicionais também acompanha o fenômeno digital. “Um exemplo é a mídia Out Of Home (OOH) – conhecida pelo público como painéis e banners nas ruas, shoppings, aeroportos e estações de metrô – é excelente como veículo que inicia a conversa com a audiência, é um meio estratégico para qualquer marca se apresentar ao público, atualmente as narrativas da propaganda podem começar em um formato e se desenrolar em outro”, analisa. Para o presidente do Meio & Mensagem, no passado a marca tinha o controle de como sua jornada iria ser recebida, hoje é a audiência que se engaja com o melhor formato que encontra para si.

Em meio a esse cenário, a pandemia do coronavírus também desencadeou no mundo uma aceleração radical de novos negócios digitais. “Demos um salto em uma direção que a indústria já caminhava, pulamos 5 anos em 1”, reflete. Presencia-se a intensificação do e-commerce e de estratégias inovadoras de atendimento ao consumidor, projetos que as empresas já vislumbravam, mas agora colocam em prática. “É a era de ouro para o marketing, pois é o setor central para qualquer empresa, é o CEO da nova era, já que é quem tem a compreensão da demanda do consumidor, que por sua vez está de volta ao início do desenvolvimento de um produto”, finaliza.

 

O empresário no Maximídia, que também conta com a realização do veículo - Foto divulgação

O empresário no Maximídia, que também conta com a realização do veículo – Foto divulgação