Bebel Gilberto transforma saudade em música em novo álbum em homenagem ao pai

Bebel Gilberto transforma saudade em música em novo álbum em homenagem ao pai

A cantora e compositora Bebel Gilberto lança álbum-tributo a seu pai e sai em turnê levando a Bossa Nova a diferentes países do globo, assim como fez João Gilberto

Tudo na vida de Bebel Gilberto envolve família e música, ambos se misturam. Seu pai, o baiano João Gilberto, foi um dos criadores da Bossa Nova – gênero que provocou uma revolução na música brasileira e a projetou no mundo. Talvez o estilo musical continue o mais conhecido por estrangeiros e é, verdadeiramente, sinônimo de Brasil para muitos. João faleceu em 2019 – o universo da música perdeu um gênio, mas Bebel perdeu seu pai. Ficaram a saudade e uma extensa obra produzida pelo ícone.

Os dois eram próximos, as primeiras lembranças de Bebel remontam a ver seu pai tocar violão, aperfeiçoar aquelas canções clássicas e deixar a mágica acontecer bem diante de seus olhos de criança – que ainda não tinham a dimensão do que testemunhavam. Essas memórias todas vieram à tona com a partida de João Gilberto e, assim, era a hora de cantar e gravar novamente.

 

foto Salvador Cordaro

 

Em seu novo álbum, “João”, que chega às plataformas digitais neste mês, a cantora realiza uma homenagem à arte duradoura do artista, mas também manifesta um ato incrivelmente tocante de devoção de uma filha a seu pai. Em entrevista exclusiva à 29HORAS, Bebel Gilberto compartilha os detalhes desse processo criativo carregado de afeto. “Muitas vezes tive que parar, chorar… colocar esses sentimentos para fora e começar de novo. Tive que trabalhar duro para abraçar essa situação”, divide. Acompanhe, a seguir, os principais trechos da conversa.

Bebel, falamos em 2020 no lançamento de seu álbum “Agora”, o primeiro após a morte de seus pais. Era um ano difícil para todos nós, mas atravessamos a maré turbulenta e, três anos depois, você nos presenteia novamente com música, com um álbum dedicado a João Gilberto. Como foram os últimos anos para você? Por onde andou e com quem esteve?
Estive morando no Brasil durante a pandemia, onde tenho meu apartamento, no Rio de Janeiro. Quando tudo melhorou, voltei a Nova York. Ficamos preparando o disco ‘João’, estudando as canções e arranjos com o produtor Thomas Bartlett, nos Estados Unidos, no Reservoir Studio. É um espaço único, um estúdio lendário! Também cuidei da minha cachorrinha Ella, que vem comigo para todos os lados e é uma verdadeira companheira.

 

A cantora com sua cachorrinha, Ella – foto Vicente de Paulo

 

Em que os álbuns “João” e “Agora” se assemelham? E em que se diferenciam?
Os dois discos têm como semelhança o mesmo produtor, o Thomas, o que de uma certa forma já era também uma maneira de me comunicar com meu pai naquela fase tão difícil, que foi quando ele adoeceu e logo antes da morte da minha mãe. Eu diria que o álbum foi meio catarse naquele momento. E os trabalhos se diferenciam porque ‘Agora’ traz meus amores pelo mundo e toda bagagem cultural que carrego, há ainda bom humor, tudo isso diluído pela atmosfera dos arranjos eletrônicos. Já ‘João’ é uma homenagem a meu pai, é meu olhar sobre a sua obra.

 

Bebel com seu pai nos últimos anos de vida do ícone – foto acervo pessoal

 

Como você contou, o novo álbum foi construído ao lado do produtor Thomas Bartlett, que também esteve presente em “Agora”. Como foi trabalhar novamente com ele? Como é a criação conjunta de vocês?
Thomas é incrível, uma pessoa muito orgânica, muito artística e que confia totalmente no meu estilo musical. Ele me trata como músico também, o que me deixa muito à vontade quando quer tomar decisões em termos de arranjos, do conceito do disco, não é apenas cantar e compor. Thomas Bartlett é com certeza um dos meus parceiros preferidos, se não o favorito mesmo!

Você evitava visitar a obra de seu pai em seus projetos musicais, mas agora lança um álbum inteiro dedicado a ele. O que mudou? Por que lançar esse trabalho neste momento?
Muitos têm me perguntado o porquê de fazer apenas agora um disco sobre o meu pai, mas, na verdade, me sinto mais confiante e à vontade neste momento e, sem dúvida nenhuma, com muita saudade de meu pai, João Gilberto. Por isso quis fazer uma carta de amor e cantar as músicas que nunca pensei que um dia fosse cantar e gravar.

 

João Gilberto com Bebel, ainda bebê – fotos acervo pessoal

 

Como foi a escolha do repertório? Imagino que muitas canções carregam memórias afetivas, quais delas mais vierem à tona nessa produção artística?
Foram três álbuns que mais me inspiraram: o disco da capa branca ‘João Gilberto’, ao vivo em Montreux, com aquela gravação inesquecível do ‘Pato’; os discos antigos como ‘Chega de Saudade’ e, mais do que nunca, o ‘Amoroso’, com arranjos do Claus Ogerman. Tive que aprender tantas músicas, ouvindo-as repetidamente. Apreciava cada fraseado, buscando compreender por que ele escolhia cantar daquele jeito e a razão pela qual selecionou essas ou aquelas palavras. É um álbum-tributo, mas nele também atuo como criadora. Muitas vezes, tive que parar, chorar… colocar esses sentimentos para fora e começar de novo. Tem sido difícil. Eu lido com isso profissionalmente, como um adulto. Mas é difícil. Tive que trabalhar duro para abraçar essa situação. Meu pai e eu éramos muito, muito, muito próximos. Já se passaram quatro anos, mas eu adoraria ligar para ele e pedir conselhos. É algo que nunca vai acabar.

 

Os dois durante a infância da cantora e compositora – foto Helga Ancona

 

Os significados dessas músicas de João Gilberto mudaram ao longo do tempo para você? Como essas canções te impactaram na infância e como te atravessam hoje?
Nunca imaginei que aquilo que eu presenciava era tão importante. Para mim, era só a vida acontecendo. Acordava, levava café para ele e o ouvia tocar violão. Era normal, fazia parte do meu cotidiano. Mas adorava ouvi-lo tocar seus exercícios de aquecimento todas as manhãs. Com certeza, o significado de canções como ‘Adeus América’ mudou muito na minha cabeça, como várias outras. Acho que de tanto escutar as pessoas sempre me ligavam, mas eu não vivia tanto as letras, agora que eu amadureci finalmente entendo mais profundamente e as sinto de uma forma muito diferente.

Como é o seu processo criativo? Para além de repertórios musicais de outros artistas, o que te inspira a gravar e a cantar?
Adoro compor, acho que essa é minha maior inspiração, mas definitivamente fazer um cover de uma música que eu amo é uma delícia, adoro recriar as canções. Eu me identifico um pouco com meu pai nisso, tentando sempre dar um toque Bebel a músicas que já existiram quando eu as regravo, esse exercício todo me inspira a cantar e a gravar também.

 

João Gilberto no palco com a filha, em 1978 – foto acervo pessoal

 

Por falar em repertório, como sua mãe, a Miúcha, atravessa seu trabalho ainda hoje? O que você mais aprendeu com ela?
Acho que a mamãe realmente me ensinou a cantar, harmonizar e curtir a música de uma forma mais aberta, mais louca, sem tanta rigidez como meu pai, que era muito mais perfeccionista. Com minha mãe era diferente, ela era mais maluca como uma boa sagitariana, uma mãe nada convencional, muito animada e divertida. E amorosa do jeito dela, isso me atravessa e equilibra até hoje.

Nos próximos meses, você segue em turnê pelos Estados Unidos e pela Europa. Como esses públicos recebem a música brasileira, na sua opinião?
Lancei ‘Tanto tempo’ há mais de 20 anos, quase 25 anos, e rodei pelo mundo afora e isso me dá uma certeza de que eu tenho um público, que já está conectado comigo. Isso é a minha maior paixão e o meu maior incentivo. Aprendi muito tocando pelos lugares do mundo, com culturas diferentes, mas no fundo vejo que todos se unem por amor ao Brasil e à música brasileira.

E como é sua ligação com o Rio de Janeiro? Morando fora do país por muitos anos, o que a cidade significa para você? Por onde você passeia na Cidade Maravilhosa?
Eu adoro o Rio! Tenho uma vida pacata, gosto muito de andar pela praia, estar com os amigos, cozinhar em casa, malhar, tenho uma vida saudável, e amo estar perto da família. Mais do que tudo, curto a Ella, a minha cachorra! Realmente morando no Rio fica tudo mais fácil, tenho amigos maravilhosos da vida toda na cidade e isso sempre me traz muita tranquilidade e, sem dúvida nenhuma, uma qualidade de vida diferente do que em Nova York.

Pelo mundo afora

Bebel Gilberto roda países da Europa, Ásia e América do Norte, levando sua música em homenagem ao pai. Neste mês, a cantora passa por Montreal e Quebec, no Canadá, nos dias 7 e 9. Depois, viaja pelos Estados Unidos, fazendo shows em Seattle, Portland, São Francisco e Los Angeles, entre os dias 11 e 17 de setembro. Em seguida, Bebel se apresenta em Tóquio, Dubai, Amsterdã, Milão, Atenas, Londres, Paris, Barcelona e Madri, até o dia 27.

 

Bebel Gilberto em show no Rock in Rio, em 2011 – foto A.Paes | Shutterstock

O cantor pop Jão arrebata o Brasil e vive o melhor momento de sua carreira

O cantor pop Jão arrebata o Brasil e vive o melhor momento de sua carreira

Headliner do festival The Town, que movimenta São Paulo este mês, Jão bate recordes com o lançamento de seu novo álbum e com o sucesso de bilheteria em sua grandiosa “Superturnê”, programada para 2024

A maior estreia de um álbum na história do Spotify no país, com 8,5 milhões streams em 24 horas, mais de 120 mil pessoas ouvindo simultaneamente nos primeiros 30 minutos de lançamento e um milhão de reproduções em menos de uma hora. Esses são os superlativos do disco “Super”, do cantor e compositor paulista Jão.

Com apenas 28 anos de idade e cinco de carreira, o jovem artista é a nova sensação do pop brasileiro e vem alcançando números dignos de grandes estrelas. Em 2024, ele rodará 14 cidades do Brasil com a aguardada “Superturnê” – uma parceria com a produtora 30e, que trará ao público um verdadeiro espetáculo com experiências e cenografias. Com previsão de faturamento de R$ 100 milhões, a turnê promete ser um marco na carreira de Jão. O primeiro show, agendado para 20 de janeiro no Allianz Parque, em São Paulo, teve os 50 mil ingressos esgotados em apenas cinco horas.

 

foto Gabriel Vorbon

 

Natural de Américo Brasiliense, cidade da região de Araraquara, João Vitor sempre foi atraído pela música. Fã de Marisa Monte e Cazuza, ele decidiu que seu caminho também seria nos palcos. Na adolescência, começou a produzir, compor e aprender instrumentos e, aos 17 anos, mudou-se para a capital para fazer faculdade de Publicidade e Propaganda. Cantou em barzinhos e karaokês, mas tudo começou a desenrolar quando postou vídeos de covers no YouTube.

Nesses cinco anos, o artista já lançou quatro álbuns. Em 2022, foi indicado ao Grammy Latino, venceu a categoria ‘Álbum do Ano’ no MTV Music Awards com o “Pirata”, recebeu seis indicações ao Prêmio Multishow e se apresentou no Lollapalooza Brasil e no Rock in Rio. Este ano, o cantor lançou a faixa “Pilantra”, sucesso com Anitta, e é headliner do palco The One, do festival The Town, que acontece neste mês.

Em entrevista à 29HORAS, Jão divide seus sentimentos sobre esse momento que se transformou em auge de sua trajetória até agora e antecipa detalhes de seus próximos shows pelo país.

2023 se tornou um ano muito frutífero para a sua carreira. Além da canção “Pilantra”, com a Anitta, você lançou seu novo álbum “Super” e se apresenta no The Town. Quais são as sensações mais intensas neste momento?
O sentimento mais intenso que tenho antes de fazer algo grandioso é antecipação, porque às vezes passamos dois ou três anos construindo um projeto e sonhando com aquilo. Conforme o trabalho vai ganhando vida, uma sensação estranha toma conta de mim e, até eu compreender que aquilo é uma realidade, demora um tempo. Acho que tem um pouco de dissociação também, os sentimentos estão todos misturados aqui dentro.

 

Capa do álbum “Super” – foto Gabriel Vorbon | divulgação

 

Você também firmou parceria com a produtora 30e para realização de sua próxima turnê nacional, com investimento milionário. O que podemos esperar dos shows em termos de experiência, cenografia e conteúdo? O que terá de inovador?
É a turnê dos meus sonhos e estou colocando tudo de mim nela. Sempre tratei os shows como uma experiência e me esforcei muito para que fossem uma desconexão da realidade e transcendessem o espaço. A “Superturnê” será majestosa em termos de cenografia, música, luzes e tudo mais que a gente tiver direito, e será dividida em quatro atos, sendo que cada um representará um elemento que guiou os meus álbuns até agora: “Lobos” (terra), “Anti-Herói” (ar), “Pirata” (água) e “Super” (fogo).

Você já se apresentou em grandes palcos, como Lollapalooza e Rock in Rio. Qual é a expectativa para o The Town? Ainda sente frio na barriga?
O The Town é o primeiro gosto ao vivo desse novo ciclo, então traz uma importância enorme e causa muita emoção em mim. Acho que o frio na barriga se transformou em ansiedade e empolgação de querer muito fazer o show e estar ali, ocupando todos esses espaços. Assim como a “Superturnê”, a apresentação no festival destaca um cenário impressionante e uma banda realmente grandiosa.

 

O cantor já se apresentou em grandes festivais, como o Rock in Rio de 2022 – foto A. Paes | Shutterstock

 

Quais foram as maiores dificuldades e os aprendizados na sua carreira até hoje? Sua família sempre te incentivou?
Sem dúvida a dificuldade financeira, porque a situação da minha família não era confortável e eu me sentia um pouco responsável por conseguir um emprego formal e retribuir o que eles fizeram por mim. Tinha medo de arriscar e não dar certo, mas para eles nunca foi um problema, meus pais sempre foram incríveis e me incentivaram muito na carreira artística. A única exigência era que eu me formasse e tivesse um diploma. Esse foi meu combinado e acabei me graduando no meio de uma turnê.

Qual era o repertório das suas apresentações nos bares e karaokês no início? Quais são as suas referências na música?
Antes de lançar meu primeiro disco, meu repertório era uma grande salada, porque queria mostrar várias partes de mim: que conhecia clássicos como “Your Song” e “Rocket Man”, do Elton John, que era popular e sabia cantar Marília Mendonça, e no meio disso tudo eu ainda incluía um Los Hermanos para mostrar um sentimentalismo que me norteia. Todos esses artistas me influenciam e gosto muito do que eles fizeram e fazem para a música. Também sou apaixonado por Cazuza e Marisa Monte desde pequeno, são verdadeiras referências para mim.

 

Turnê “Pirata” – fotos Breno Galtier

 

Para além da fama, de que forma a arte transformou e ainda transforma a sua vida?
A arte me trouxe um autoconhecimento e me aproximou de mim mesmo por meio dos meus discos e dos meus fãs. Eu sempre me senti um pouco não pertencente a nada, então a música me trouxe essa confiança e, hoje, tenho um lugar junto com quem me acompanha, nos meus shows, e trago mais segurança comigo mesmo, com a minha arte e a minha forma de expressão.

Quais adjetivos definem o artista Jão? E o João Vitor? Como você separa as duas personas?
Penso que me sinto mais eu mesmo e verdadeiro em cima do palco do que fora dele. Mas acho que os dois adjetivos, apesar de cafonas, são ‘visceral’ e ‘apaixonado’. Trato tudo na minha vida de forma muito intensa, da tristeza à felicidade. E acho que eu separo muito bem isso de quem eu sou no dia a dia, com meus amigos e família, porque eles estão comigo desde sempre. Apesar de me apoiarem, amarem e irem a todos os shows, não ligam muito para esse universo da fama. Quando estou com eles, ninguém está me bajulando ou rindo das coisas que falo só porque eu sou o Jão. Às vezes, inclusive, estou excluído em algum canto e eles não estão nem aí para mim (risos). Isso me ajuda a valorizar o que tenho e a sentir que eu faço as coisas porque gosto e porque fazem sentido de alguma forma.

 

Turnê “Pirata” – fotos Breno Galtier

 

Como enxerga o cenário do pop brasileiro atualmente? Para você, como será o futuro do gênero no país?
Estamos entendendo o nosso poder, que somos muito bons e criativos e podemos fazer shows e discos grandiosos. Por muito tempo nos sentimos diminuídos e que apenas os artistas lá de fora podiam fazer sucesso. Às vezes, só porque você é um artista nacional, é tratado de forma menos positiva no mercado da música. Acho que estamos perdendo um pouco isso e realmente admitindo que podemos fazer ótimos trabalhos para todos os públicos, seja algo mais dançante, emocionante ou reflexivo. Vamos crescer cada vez mais, porque estamos ganhando confiança e nos apoiando.

Você gosta muito de moda e usa as roupas como forma de expressão. Como surgiu o seu interesse por esse universo e como é o seu estilo?
As roupas que uso também contam uma história. Elas complementam a narrativa do meu álbum, das minhas músicas. Me preocupo sempre com o que há por trás de cada figurino, o que vou expressar com ele. Ultimamente, tenho comprado muito em brechós. É algo de que sempre gostei e que também dialoga muito com esse novo momento da minha carreira. Agora estou me aventurando um pouco mais sozinho e me divirto bastante com esse desafio de me vestir e mostrar mais o meu estilo de forma livre e espontânea.

 

O estilo único de Jão, que usa a moda como ferramenta de expressão – foto Breno Galtier

A metrópole da música

O festival The Town acontece no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, nos dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro. Ao todo, o evento contará com mais de 235 horas de música, seis palcos em 360 mil metros quadrados e um público de 500 mil pessoas.

No line-up estão grandes nomes internacionais, como Bruno Mars, Maroon 5, Post Malone, Demi Lovato e Foo Fighters, e nacionais como Jão, Ludmilla, Iza, Pitty, Seu Jorge, Maria Rita, Ney Matogrosso, Luísa Sonza e Alok.

 

foto Breno Galtier

 

Bienal do Livro completa 40 anos e a edição deste ano acontece no Riocentro

Bienal do Livro completa 40 anos e a edição deste ano acontece no Riocentro

Com a expectativa de receber 600 mil visitantes, Bienal do Livro promete reunir mais de 300 autores e personalidades da literatura, em uma celebração da cultura, da educação e do entretenimento

Comemorando seus 40 anos, a Bienal do Livro realiza sua edição 2023 no Riocentro, entre os dias 1º e 10 de setembro. O festival de literatura, cultura e entretenimento deve reunir mais de 300 autores e personalidades em mais de 200 horas de programação para os esperados 600 mil visitantes, de todas as idades. O festival traz relevantes discussões contemporâneas, acompanhando as mudanças do mundo. Novas abordagens vão criar mais conexões com os visitantes, unindo pessoas apaixonadas por contar e ouvir histórias, e fomentar o que nos diferencia como seres humanos: a capacidade de sentir e de se emocionar, com sessões pensadas para explorar a transversalidade dos livros, trazendo as narrativas que vão para os filmes, séries, músicas e peças de teatro.

A programação inclui debates e sessões de autógrafos com autores de sucesso, como Jenna Evans Welch, Abdi Nazemian, Blake Crouch e a musa teen K. L. Walther. Na mesa inaugural, o quadrinista Mauricio de Sousa e os imortais Ana Maria Machado e Ruy Castro (foto) protagonizam a conversa.

 

foto divulgação

 

Riocentro
Avenida Salvador Allende, 6.555, Barra da Tijuca.
Tel. 21 2441-9100.
Ingressos a partir de R$ 19,50.

Restaurante Lilia é uma das melhores opções de almoço nos arredores da Lapa e Centro

Restaurante Lilia é uma das melhores opções de almoço nos arredores da Lapa e Centro

Restaurante Lilia se apresenta como boa opção para aquele break do trabalho no Centro ou então para um jantar mais caprichado no coração da boêmia carioca

Instalado desde 2017 num casarão do final do século 19, o restaurante Lilia é uma das melhores opções de almoço nos arredores da Lapa e Centro. O reconhecimento veio até do prestigiado Guia Michelin, que encaixou o estabelecimento na categoria Bib Gourmand, que reúne estabelecimentos que oferecem boa comida a preços acessíveis. Da cozinha agora comandada pelo chef Phil Fonseca saem pratos que têm como estrelas as PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais), os frutos do mar e as carnes vermelhas preparadas na brasa. O menu com couvert, entrada, prato principal e sobremesa sai por R$ 112 (aos sábados, R$ 120). Entre os carros-chefes da casa estão a carne cruda com maionese de ostra, a barriga de porco com azedinha e purê de abacaxi e ainda o polvo grelhado com emulsão de morcilla. A carta de vinhos, idealizada pelo expert Alain Ingles, tem dezenas de opções de rótulos naturais, orgânicos e biodinâmicos.

 

foto divulgação

 

Lilia Restaurante
Rua do Senado, 45, Lapa
tels. 21 3852-5423 e 98777-5660.

Companhias aéreas retomam voos diretos de São Paulo para a África do Sul

Companhias aéreas retomam voos diretos de São Paulo para a África do Sul

Ainda neste semestre, Latam e South African Airways voltam a operar voos entre Joanesburgo e Guarulhos; companhia sul-africana inaugura também uma rota inédita, ligando o Brasil à maravilhosa Cidade do Cabo

Antes da pandemia, o aeroporto de Guarulhos chegou a ter três voos diários para Joanesburgo, a capital da África do Sul. Mas essa rota entrou em um período de “hibernação” causado pela interrupção dos voos da Latam em decorrência das limitações impostas pelo coronavírus e pela crise financeira que quase fez a South African Airways encerrar suas atividades.

Agora as duas empresas retomam seus voos nessa rota quase que simultaneamente. A partir de 2 de setembro, a Latam terá três voos por semana (segundas, quintas e sábados) para Joanesburgo, com partidas de Guarulhos sempre às 17h25 e chegada na África na manhã seguinte, às 8h10. Os voos de Joanesburgo saem às 12h50 das terças, sextas e domingos e chegam em São Paulo às 18h55 do mesmo dia. Os voos serão operados por aeronaves Boeing 787-900 Dreamliner.

 

foto divulgação

 

No final de outubro, será a vez da South African Airways voltar à cena, com uma novidade importante: de seus quatro voos semanais entre o Brasil e a África, operados por um Airbus A340-300, dois terão Joanesburgo como destino (às segundas e quintas, às 17h45), enquanto os outros dois inaugurarão a rota São Paulo-Cidade do Cabo (terças e sábados, às 18h05).

Para quem não viaja a trabalho, e sim a turismo, essa nova rota é um presentão! Enquanto Joanesburgo é um centro de negócios pouco atraente, Cidade do Cabo é o oposto: é uma cidade solar, multicultural, com belezas naturais que incluem o Cabo da Boa Esperança, as praias de Camps Bay, os vinhedos de Stellenbosch e Franschhoek, o animado píer da Victoria & Albert Waterfront, a majestosa Table Mountain e os safáris fotográficos em Touws River ou na reserva de Boulders Beach, onde é possível ver de perto pinguins, tubarões, elefantes, girafas, leopardos, babuínos e muito mais!

Radar

Recorde no ar
No dia 13 de julho, a plataforma de rastreamento de voos FlightRadar24 registrou um recorde ao monitorar 137.225 voos em um mesmo dia. Em alguns momentos, registrou mais de 20 mil aviões voando simultaneamente pelo planeta. Em 2019, o dia com mais voos registrados foi 25 de julho, com pouco mais de 130 mil aviões identificados. Em 2020, 2021 e 2022, devido às restrições impostas pela pandemia, esses números caíram drasticamente. Apenas agora retomam o crescimento.

Primeira classe
A Latin American Business Aviation Conference & Exhibition (Labace), o maior evento de aviação de negócios da América Latina, acontece entre os dias 8 e 10 agosto, no Aeroporto de Congonhas. Organizada pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a Labace 2023 reúne mais de 100 expositores – incluindo os principais fabricantes de aviões executivos do mundo – e terá e dezenas de aeronaves para visitação. Ingressos de R$ 70 a R$ 550.

Zumbi 2.0
A Aena Brasil acaba de finalizar a renovação e modernização do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió. O recém-inaugurado terminal de passageiros ganhou áreas operacionais amplas, oferecendo mais conforto e um mix ampliado de lojas, restaurantes, cafés e lanchonetes. O aeroporto agora está apto a receber aeronaves de grande porte. Com essas novidades, a capacidade de operação foi aumentada em 70%.