Curta o outono em um refúgio no interior paulista

Curta o outono em um refúgio no interior paulista

Em abril fez 13 meses que essa pandemia veio para mudar o nosso ritmo, tanto no trabalho quanto no lazer. Desde então todos querem estar o mais perto possível da natureza, principalmente quem mora em apartamento e sofreu mais ainda o impacto do distanciamento que o momento pede. A sorte é que para quem vive em São Paulo, o que não falta são opções de refúgio. No quesito natureza, nosso estado é um luxo só.

A dica do bon vivant para este mês é aproveitar a beleza da luz e as temperaturas amenas que são próprias do outono. Na categoria top de linha, se estiver em busca de exclusividade, o Lake Vilas Charm Hotel & Spa, em Amparo, a 140 km da capital, oferece o que há de melhor em hospedagem. Feito para casais que procuram tranquilidade, o hotel conta com oito vilas luxuosas totalmente decoradas e com absoluta privacidade.

É incrível a abundância da natureza do local. São 12 lagos naturais e diversas cachoeiras de águas límpidas, que formam piscinas naturais. É claro que ainda há serviços de spa com direito a todos os mimos possíveis. O restaurante com vista para um dos lagos também é de primeira e conta com produtos de uma horta orgânica própria.

 

Lake Vilas Charm Hotel & Spa, em Amparo - Foto: Divulgação

Lake Vilas Charm Hotel & Spa, em Amparo – Foto: Divulgação

 

E para quem busca dias mais frescos e noites já frias, o ideal é ir para a Serra da Mantiqueira. Mais precisamente para Campos de Jordão, a 1.600 metros de altitude e a 240 km de São Paulo. A sugestão é o mais antigo hotel da região, o famoso Toriba, já citado nesta revista. Situado no ponto mais alto da região, esse ícone data de 1943, quando permaneceu por décadas como referência em hotelaria. Depois de alguns anos em decadência, foi reerguido sob nova gestão e ampliou as suas instalações.

Além do prédio principal, agora o hotel conta com 26 chalés espalhados pelo parque repleto de araucárias – para mim uma das árvores mais lindas e majestosas que existem. Lá, as crianças são bem-vindas, mas com diversas atividades direcionadas para elas (fazendinha, roteiros de aventura, hortinha…). A piscina indoor e a charutaria envidraçadas são um show à parte de bom gosto.

A gastronomia é outro ponto forte do Toriba. O restaurante Pennacchi leva o nome do artista que desenhou os 60 metros de murais espalhadas pelo hotel, e é referência gastronômica da região. Além dos pratos famosos, como os camarões flambados, o restaurante também é conhecido por suas fondues. A meu ver, o custo-benefício é bem honesto e vale verificar os preços de estadias prolongadas ou durante a semana.

Cada um escolhe como aproveitar os dias com essa luz maravilhosa que o mês de maio nos proporciona. Aproveitem o outono!

 

Hotel Toriba, em Campos do Jordão - Foto: Rodrigo Colombo

Hotel Toriba, em Campos do Jordão – Foto: Rodrigo Colombo

Hotel Parador, na Serra Gaúcha, recebe hóspedes em casulos

Hotel Parador, na Serra Gaúcha, recebe hóspedes em casulos

Parador, em Cambará do Sul, inaugura sete acomodações perfeitas para os viajantes que, neste momento tão peculiar, buscam isolamento, mas não abrem mão do charme e do conforto.

Nesses tempos de pandemia, encontrar uma alternativa de hospedagem que possibilita um certo distanciamento social é exatamente o que buscam as pessoas que estão ansiosas para viajar, não é? Uma boa opção para esse pessoal é o Parador, em Cambará do Sul, na Serra Gaúcha, próximo aos magníficos cânions de Itaimbezinho e Fortaleza.

O hotel aposta em acomodações em formato de casulo, mesclando linhas contemporâneas com detalhes rústicos, valorizando elementos da região e a natureza do entorno em sua arquitetura. Exemplo disso é a luminária pendente feita com lã de ovelha.

Cada um dos sete casulos tem estrutura de madeira de reflorestamento tratada, 24 m2 de área útil, deck privativo com banheira de hidromassagem e uma lareira ecológica para contemplar a bela vista dos Campos de Cima da Serra. Têm ainda ar-condicionado, lençóis térmicos, banheiro completo e minibar. Os casulos foram batizados com nomes de abelhas nativas – como Mandaçaia, Jataí e Guaraipo –, que armazenam o mel em alvéolos de cera com formato similar ao dessas construções.

 

Acomodações em formato de casulo do hotel Parador, na Serra Gaúcha - Foto: Divulgação

Acomodações em formato de casulo do hotel Parador, na Serra Gaúcha – Foto: Divulgação

 

Os hóspedes do Parador – tanto quem se acomoda nos casulos como quem prefere ficar nos chalés, nos bangalôs, nas barracas de glamping (mistura de acampamento com glamour) ou ainda nas suítes convencionais – têm a seu dispor toda a estrutura do hotel, que inclui salão de jogos, spa com tratamentos e terapias desenvolvidos pela grife francesa L’Occitane, bar e o restaurante Alma RS, comandado pelo chef Rodrigo Bellora, que valoriza a gastronomia da região e os ingredientes mais frescos de cada estação. Às quartas e sábados, ele oferece um tradicional churrasco preparado no fogo de chão com cortes nobres. Aos domingos, serve um almoço campeiro com pratos típicos gaúchos.

Para tornar a estadia de seus hóspedes ainda mais incrível, o hotel disponibiliza uma série de experiências, perfeitas para quem quiser explorar as belezas naturais da região. É possível agendar caminhadas, passeios a cavalo, de quadriciclo ou de bicicleta, além de voos em balão de ar quente sobre os cânions. E que tal fazer um piquenique no campo ou conhecer uma cachoeira de águas cristalinas? Tudo isso é possível – assim como as vivências gastronômicas exclusivas, como a degustação e o workshop sobre a produção de queijos e a caçada aos cogumelos selvagens nas florestas da região dos Campos de Cima da Serra – acompanhada por especialistas no assunto.

As diárias nos casulos têm valores a partir de R$ 1.400, incluindo café da manhã, chá da tarde e mimos de boas-vindas no minibar.

 

Vista dos casulos - Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Hotéis do Rio de Janeiro apostam nos serviços de room e resort-office

Hotéis do Rio de Janeiro apostam nos serviços de room e resort-office

O sonho de ter um escritório na praia com uma linda vista nunca esteve tão ao alcance dos cariocas. Após meses de isolamento social, o home office já é parte da rotina de mais de 7 milhões de brasileiros, segundo dados do IBGE. De olho nessa tendência, muitos hotéis do Rio de Janeiro uniram o útil ao agradável para dar um novo uso aos quartos que ficaram vazios na pandemia. Equipados com wi-fi potente e conforto, os serviços de room e resort-office têm atraído turistas locais que desejam fugir da mesmice e trabalhar em novos ares.

A premissa é simples: as camas dão lugar a mesas de escritório e os dormitórios viram salas de reunião. É assim que tem funcionado nos hotéis da rede Accor desde janeiro. Andares inteiros de apartamentos foram adaptados para receber o público executivo. “Ainda oferecemos descontos no consumo de alimentos e bebidas e um valor diferenciado na utilização do estacionamento para as empresas que se conveniarem ao hotel”, comenta Omar Cáffaros, Diretor Regional de Operações Midscale e Econômico do grupo.

 

Deluxe One-Bedroom Suite do Belmont Copacabana Palace, equipada com mesa de escritório - Foto Edgardo Contreras

Deluxe One-Bedroom Suite do Belmont Copacabana Palace, equipada com mesa de escritório – Foto Edgardo Contreras

 

Para quem quer aliar o turismo às atividades profissionais, uma opção é o ilustre Copacabana Palace. O cartão-postal da capital fluminense criou pacotes especiais para o novo público de hóspedes locais que cresce com a pandemia. Quem optar pela oferta long stay usufrui de sete diárias com tarifas diferenciadas e até um jantar cortesia na última noite. “Todos os nossos quartos possuem estação de trabalho para o hóspede seguir sua rotina profissional. E para quem prefere estar ao ar livre, espaço é o que não falta nas nossas áreas comuns”, conta Ulisses Marreiros, gerente geral do hotel.

Já na região serrana, a aposta do resort Le Canton é outra. A inovação vem para o público infantil e promete trazer diversão e aprendizado ao isolamento familiar. Enquanto os pais aproveitam os espaços de home office, as crianças recebem acompanhamento pedagógico em uma sala com computadores, internet e material escolar higienizado. “Elas podem assistir às aulas online e fazer dever de casa, sempre com acompanhamento de uma professora para tirar dúvidas e auxiliar no uso da tecnologia”, explica Mônica Paixão, diretora geral do Le Canton.

Foi graças a esse serviço que o resort localizado em Teresópolis driblou a crise do setor e terminou 2020 com resultados positivos. “Desde que lançamos o home school, houve um aumento de 30% a 40% na ocupação durante os dias de semana”, aponta. Quanto ao futuro, Paixão acredita que o anywhere-office é uma tendência que persistirá após a pandemia. “Nós percebemos que não precisamos ficar presos em escritórios ou em casa e que a performance pode ser muito melhor de forma híbrida, ainda mais se podemos estar com a família”, finaliza.

 

 

Ilha do Sal: belezas naturais no arquipélago de Cabo Verde

Ilha do Sal: belezas naturais no arquipélago de Cabo Verde

Com desertos e praias de pedras vulcânicas, a Ilha do Sal, em Cabo Verde, está aberta aos brasileiros.

Assim que o comandante anuncia a preparação para o pouso na Ilha do Sal, em Cabo Verde, duas lindas visões aparecem através da janela do avião. Do lado esquerdo, surge um vulcão parecido com a cratera da lua e que domina a paisagem da Ilha do Fogo. Do lado direito, o mar azul no horizonte. A vista do alto resume rapidamente a beleza do país africano formado por um arquipélago de dez ilhas. A Ilha do Sal é um dos destinos africanos abertos aos brasileiros desde outubro de 2020.

 

Rocha vulcânica Buracona - Foto: Anelise Zanoni

Rocha vulcânica “Buracona” – Foto: Anelise Zanoni

 

Por enquanto, há poucos voos e a entrada exige testes de anticorpos negativos para SARS-CoV-2, além do PCR, de acordo com a Embaixada do Brasil no país. Enquanto os voos vão se restabelecendo, não custa sonhar com a ilha e se planejar.

Fala-se português por lá e, no pequeno território de 30 km de comprimento e 12 km de largura, estão paisagens contrastantes: desertos com praias de pedras vulcânicas e salinas branquinhas. Para chegar aos atrativos turísticos não é difícil, já que a maior parte das estradas é asfaltada.

 

Praia de Santa Maria - Foto: Anelise Zanoni

Praia de Santa Maria – Foto: Anelise Zanoni

 

Um dos principais pontos turísticos é a Praia de Santa Maria, onde estão os melhores hotéis, geralmente de redes internacionais. Eles decidiram se instalar nessa região porque, além do mar azul, há lojas, restaurantes e uma praia com areia dourada.

Para quem gosta de aventura, o Shark Bay é um passeio popular. Como o próprio nome diz, a Baía dos Tubarões tem diversas espécies pequenas nadando pertinho da orla. De acordo com os moradores, o local é seguro para uma visita e costuma atrair muitos turistas.

 

Rocha vulcânica "Buracona" - Foto: Anelise Zanoni

Rocha vulcânica “Buracona” – Foto: Anelise Zanoni

 

Na terra de contrastes de Cabo Verde, um dos passeios mais lindos fica na Buracona. É um parque com uma grande rocha vulcânica esculpida pelo tempo e pelo mar. No encontro com a água salgada nasceram piscinas naturais e um grande buraco, o Olho Azul, onde é possível ver o azul intenso da água nas manhãs ensolaradas.

Ao norte da ilha, há ainda as Salinas de Pedra Lume, que lembram um grande deserto.

 

Salinas de Pedra Lume - Foto: Anelise Zanoni

Salinas de Pedra Lume – Foto: Anelise Zanoni

 

Luxo e all inclusive

As redes hoteleiras internacionais descobriram a Ilha do Sal há pouco tempo e aproveitaram a beleza do destino para investir em hospedagens completas, o que tem atraído principalmente europeus. Este ano, incorporaram rígidos protocolos que incluem sanitização de espaços, uso constante de máscara e distanciamento para garantir a segurança dos viajantes. Com a aceleração da vacina contra a Covid-19 na Europa, ingleses, portugueses, italianos, alemães e espanhóis devem retornar mais rápido ao destino.

Boa parte das acomodações da ilha ficam na praia de Santa Maria. Hotéis pé na areia são comuns e muitos deles têm programas de meia pensão ou all inclusive, como é o caso do Hilton Cabo Verde Sal, que tem diárias a partir de R$ 1.100 por casal. Com dormitórios amplos, muitos deles com varanda e charmosas banheiras, o resort criou ambientação natural com palmeiras, grama verdinha e uma enorme piscina com fundo de pedras, que dá a impressão de um lago no coração do hotel. A piscina é cercada por espreguiçadeiras e tendas balinesas que incluem serviço exclusivo com drinques e petiscos.
Pertinho dali, a rede de hotéis Oásis tem dois empreendimentos. O Salinas Sea é o maior e conta com 338 quartos com varanda e vista para o mar, piscina e jardim. O lugar tem sistema all inclusive e restaurante na beira da praia com buffet e grelhados. Um pouco mais simples, o Belorizonte tem 166 bungalôs superiores e 202 quartos standard, alguns com varanda. O hotel tem piscina e quadra de tênis.

Queridinha dos brasileiros, a rede de hotéis espanhola Riu também está na ilha. São três opções e todas contam com all inclusive e programação cultural. O Riu Cabo Verde é exclusivo para adultos e, ao lado, está o Riu Funana, que tem ampla programação de entretenimento para famílias com crianças e três restaurantes temáticos. E recém-inaugurado, o Palace Santa Maria promete levar luxo para a ilha: tem centro de spa, cinco piscinas e parque aquático.

 

Área externa do hotel Hilton Cabo Verde Sal - Foto: Anelise Zanoni

Área externa do hotel Hilton Cabo Verde Sal – Foto: Anelise Zanoni

 

Dicas importantes!

Embarque
As fronteiras foram abertas aos brasileiros no dia 12 de outubro de 2020, de acordo com a Embaixada do Brasil em Cabo Verde. Para a entrada no país são aceitos testes de anticorpos negativos para SARS-CoV-2, além do PCR. Os voos são operados via Lisboa pela TAP. As viagens podem também ser feitas com companhias aéreas africanas como a Transair, a Air Senegal e a Royal Air Maroc.

Febre amarela
É obrigatório levar certificado de vacina da febre amarela, que geralmente é solicitado antes do embarque no Brasil e na hora da chegada em Cabo Verde.

Quando ir
O país tem duas estações: verão e inverno. Embora não faça frio, o inverno é caracterizado por tempos menos ensolarados e ventosos. O verão costuma ser seco e quente.

Moeda
É o escudo cabo-verdiano, mas o euro é muito aceito.

Água
Como a ilha não tem água potável, é feita dessalinização, o que pode eventualmente oferecer problemas para quem não está acostumado. Não beba água da torneira e cuide para que as crianças não bebam água do banho!

 

Praia da Ponta Preta - Foto: Anelise Zanoni

Praia da Ponta Preta – Foto: Anelise Zanoni

Canopy by Hilton de São Paulo oferece uma experiência autêntica da cidade

Canopy by Hilton de São Paulo oferece uma experiência autêntica da cidade

Nos 118 países onde está presente, os mais de 6 mil hotéis do grupo Hilton trabalham sob diversas “bandeiras”, como Conrad, Waldorf Astoria, Curio e Double Tree. Recentemente, lançou mais uma, a Canopy, que já conta com 24 unidades espalhadas por cidades como Paris, Londres, Filadélfia, Reikjavik, Cancún e Zagrebe. A mais nova pérola desse colar acaba de ser inaugurada em São Paulo, em uma simpática rua sem saída no Jardim Paulista.

Enquanto os grandes hotéis da rede Hilton se esforçam para oferecer uma hospedagem de padrão internacional e semelhante no mundo todo, a proposta dos hotéis Canopy é diametralmente oposta: a ideia é proporcionar aos hóspedes uma experiência autêntica nas cidades onde cada unidade está inserida. No caso de São Paulo, a aposta é na vibrante vida cultural da metrópole. Uma das paredes externas do hotel abriga uma enorme obra do grafiteiro Speto. Instalado a uma walking distance do Masp, da Japan House e do Instituto Moreira Salles, o hotel disponibiliza bicicletas para explorar a vizinhança.

 

Foto - Divulgação

Foto – Divulgação

 

No total, são 98 apartamentos – todos com pé-direito alto, camas ultraconfortáveis e um banheiro com ducha potente para a gente tomar aquele banho bem relaxante. O hotel tem ainda um bem equipado fitness center, duas salas para reuniões e pequenos eventos, um rooftop bar – com terraço e vista para o parque Ibirapuera ao longe – e um restaurante no térreo, que em breve certamente terá um lugar de destaque na cena gastronômica da cidade. Com sua cozinha comandada pelo chef David Gasparian (ex-Four Seasons Nações Unidas), o Stella trabalha com um cardápio rotativo. Tomara que você tenha a sorte de visitar o local quando o menu do dia incluir maravilhas como o carpaccio de filé mignon com pão tostado e missô de feijão preto ou o peixe no curry brasileiro – um mix de especiarias nacionais que emulam o aromático condimento típico da Índia.

Para incrementar a brasilidade do hotel, os corredores e o balcão do restaurante têm luminárias feitas com palha trançada ou de capim dourado do Jalapão em bonitas composições. O saguão é mobiliado com clássicos do design nacional, assinados por Paulo Mendes da Rocha e Lina Bo Bardi. E, nos quartos, os sabonetes e xampus oferecidos como amenities são da marca Terra Brasilis – especializada em produtos biodegradáveis. Com diárias na faixa dos R$ 500, o foco é em viajantes jovens e despojados, mas que sabem valorizar esses pequenos “luxos” que o Canopy oferece.

 

Foto - Divulgação

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