Com desertos e praias de pedras vulcânicas, a Ilha do Sal, em Cabo Verde, está aberta aos brasileiros.
Assim que o comandante anuncia a preparação para o pouso na Ilha do Sal, em Cabo Verde, duas lindas visões aparecem através da janela do avião. Do lado esquerdo, surge um vulcão parecido com a cratera da lua e que domina a paisagem da Ilha do Fogo. Do lado direito, o mar azul no horizonte. A vista do alto resume rapidamente a beleza do país africano formado por um arquipélago de dez ilhas. A Ilha do Sal é um dos destinos africanos abertos aos brasileiros desde outubro de 2020.
Por enquanto, há poucos voos e a entrada exige testes de anticorpos negativos para SARS-CoV-2, além do PCR, de acordo com a Embaixada do Brasil no país. Enquanto os voos vão se restabelecendo, não custa sonhar com a ilha e se planejar.
Fala-se português por lá e, no pequeno território de 30 km de comprimento e 12 km de largura, estão paisagens contrastantes: desertos com praias de pedras vulcânicas e salinas branquinhas. Para chegar aos atrativos turísticos não é difícil, já que a maior parte das estradas é asfaltada.
Um dos principais pontos turísticos é a Praia de Santa Maria, onde estão os melhores hotéis, geralmente de redes internacionais. Eles decidiram se instalar nessa região porque, além do mar azul, há lojas, restaurantes e uma praia com areia dourada.
Para quem gosta de aventura, o Shark Bay é um passeio popular. Como o próprio nome diz, a Baía dos Tubarões tem diversas espécies pequenas nadando pertinho da orla. De acordo com os moradores, o local é seguro para uma visita e costuma atrair muitos turistas.
Na terra de contrastes de Cabo Verde, um dos passeios mais lindos fica na Buracona. É um parque com uma grande rocha vulcânica esculpida pelo tempo e pelo mar. No encontro com a água salgada nasceram piscinas naturais e um grande buraco, o Olho Azul, onde é possível ver o azul intenso da água nas manhãs ensolaradas.
Ao norte da ilha, há ainda as Salinas de Pedra Lume, que lembram um grande deserto.
Luxo e all inclusive
As redes hoteleiras internacionais descobriram a Ilha do Sal há pouco tempo e aproveitaram a beleza do destino para investir em hospedagens completas, o que tem atraído principalmente europeus. Este ano, incorporaram rígidos protocolos que incluem sanitização de espaços, uso constante de máscara e distanciamento para garantir a segurança dos viajantes. Com a aceleração da vacina contra a Covid-19 na Europa, ingleses, portugueses, italianos, alemães e espanhóis devem retornar mais rápido ao destino.
Boa parte das acomodações da ilha ficam na praia de Santa Maria. Hotéis pé na areia são comuns e muitos deles têm programas de meia pensão ou all inclusive, como é o caso do Hilton Cabo Verde Sal, que tem diárias a partir de R$ 1.100 por casal. Com dormitórios amplos, muitos deles com varanda e charmosas banheiras, o resort criou ambientação natural com palmeiras, grama verdinha e uma enorme piscina com fundo de pedras, que dá a impressão de um lago no coração do hotel. A piscina é cercada por espreguiçadeiras e tendas balinesas que incluem serviço exclusivo com drinques e petiscos.
Pertinho dali, a rede de hotéis Oásis tem dois empreendimentos. O Salinas Sea é o maior e conta com 338 quartos com varanda e vista para o mar, piscina e jardim. O lugar tem sistema all inclusive e restaurante na beira da praia com buffet e grelhados. Um pouco mais simples, o Belorizonte tem 166 bungalôs superiores e 202 quartos standard, alguns com varanda. O hotel tem piscina e quadra de tênis.
Queridinha dos brasileiros, a rede de hotéis espanhola Riu também está na ilha. São três opções e todas contam com all inclusive e programação cultural. O Riu Cabo Verde é exclusivo para adultos e, ao lado, está o Riu Funana, que tem ampla programação de entretenimento para famílias com crianças e três restaurantes temáticos. E recém-inaugurado, o Palace Santa Maria promete levar luxo para a ilha: tem centro de spa, cinco piscinas e parque aquático.
Dicas importantes!
Embarque
As fronteiras foram abertas aos brasileiros no dia 12 de outubro de 2020, de acordo com a Embaixada do Brasil em Cabo Verde. Para a entrada no país são aceitos testes de anticorpos negativos para SARS-CoV-2, além do PCR. Os voos são operados via Lisboa pela TAP. As viagens podem também ser feitas com companhias aéreas africanas como a Transair, a Air Senegal e a Royal Air Maroc.
Febre amarela
É obrigatório levar certificado de vacina da febre amarela, que geralmente é solicitado antes do embarque no Brasil e na hora da chegada em Cabo Verde.
Quando ir
O país tem duas estações: verão e inverno. Embora não faça frio, o inverno é caracterizado por tempos menos ensolarados e ventosos. O verão costuma ser seco e quente.
Moeda
É o escudo cabo-verdiano, mas o euro é muito aceito.
Água
Como a ilha não tem água potável, é feita dessalinização, o que pode eventualmente oferecer problemas para quem não está acostumado. Não beba água da torneira e cuide para que as crianças não bebam água do banho!
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