Casa Alma, em Santa Catarina, é um dos principais pontos de avistamento na Rota da Baleia Franca

Casa Alma, em Santa Catarina, é um dos principais pontos de avistamento na Rota da Baleia Franca

Avistamento na Rota da Baleia Franca permite contato único com esses mamíferos marinhos durante os meses de inverno e primavera, e hospedagem exclusiva dá charme a essa experiência

O dia começa em silêncio na Praia da Silveira, em Garopaba, Santa Catarina. O sol brilha entre a vegetação, e os pés descalços avançam pelo deque de madeira, construído sobre a parte alta do morro. É a partir da ampla sacada da Casa Alma, um pequeno hotel singular, que avisto o balé das baleias franca. Com binóculo na mão, é fácil ver o desfile faceiro das gigantes do mar, que geralmente ocorre de julho a outubro.

 

Praia da Garopaba - Pescadores | Foto Anelise Zanoni

Praia da Garopaba – Pescadores | Foto Anelise Zanoni

 

Entre o inverno e o início da primavera, centenas de turistas sobem pedras ou têm a sorte de colocar o pé na areia para avistar esses mamíferos que visitam a costa catarinense. A época é especial, pois é quando os animais mergulham até o litoral em busca de água mais quente, tranquila e rasa para acasalar, dar à luz e amamentar filhotes. O espetáculo costuma acontecer nos mares de Garopaba, Imbituba e Laguna, na Rota da Baleia Franca.

O passeio é único. Em um dia você pode enxergar baleias a metros de distância e, em outro, ter a sorte de ver mamães e filhotes exibindo caudas ao alto. Embora os barcos sejam proibidos na região, as expedições ocorrem em terra firme e garantem belas imagens durante trilhas, caminhadas e paradas com explicações de especialistas. Um dos roteiros é feito pela agência Amo Garopaba, que mantém um verdadeiro cardápio de experiências.

 

Foto Agência Local

Foto Agência Local

 

Para quem deseja conhecer o tema a fundo, há ainda visitas em pontos como o Instituto Australis, em Itapirubá Norte, na praia de Imbituba, que oferece passeios gratuitos, palestras e oficinas sobre as baleias. Já em Garopaba, uma caminhada leva à pequena vila de pescadores e ao centro histórico. Por ali, entre as curiosidades está o fato de a igreja Matriz São Joaquim, localizada no alto da praia, ter sido construída com óleo de baleia, utilizado geralmente junto à argamassa que preenche os espaços entre as pedras.

O encontro com o passado é um presente. Com sorte, pode-se entrar em um dos galpões e encontrar pescadores tecendo redes e contando histórias sobre a caça de baleias, extinta na década de 1970. Em frente aos casarios é comum vê-los limpando peixes. A imagem singela e a possibilidade de comprar o alimento fresco é um verdadeiro luxo, encontrado também nos pratos dos restaurantes locais. Com inspiração lusitana, o Tasca dos Açores, por exemplo, aposta no menu regional e relembra receitas dos imigrantes açorianos. O cardápio incluiu iguarias como bolinhos de siri e ostras gratinadas.

Refúgio personalizado

Construída em meio à natureza e com vista para a Praia da Silveira, onde algumas baleias nadam, a Casa Alma funciona como residência com serviço de hotel e tem tarifas a partir de R$ 1.350, por casal. Foi erguida com pedras da região, concreto e madeira certificada, além de manter um telhado verde, onde foi implantada uma horta de verduras orgânicas.

Embora a construção se destaque devido à beleza da decoração que inclui uma sala integrada com lareira, um deque com fogueira e uma piscina térmica com hidromassagem o cuidado com os hóspedes é o que chama mesmo a atenção. O som dos pássaros é constante e divide espaço com o barulho do mar.

 

Casa Alma Biblioteca | Foto Anelise Zanoni

Casa Alma Biblioteca | Foto Anelise Zanoni

 

Foto Duda Bussolim | Moropolo Studio

Foto Duda Bussolim | Moropolo Studio

 

Nesse refúgio, uma cozinheira, um assador e um chef podem preparar jantares e almoços mediante reserva, o que transforma a experiência em uma hospedagem única e personalizada. Na refeição sem pressa, surgem receitas como polvo com saladinha da horta, pato na parrilla e mousse de cacau com calda de laranja. O café da manhã é servido com ingredientes de pequenos produtores locais e receitas preparadas na casa, como um doce de leite branquinho feito com pouco açúcar.

Quem desce para o andar inferior, encontra uma charmosa biblioteca e uma cozinha compartilhada. Além da estrutura física de requinte, o pequeno hotel tem produtos de marca própria, mas criados por moradores locais, como bolsas e chapéus. O conjunto de cada um dos detalhes da hotelaria oferece a sensação de uma verdadeira casa com alma, que se projeta para o mar por onde nadam as baleias em seus espetáculos.

 

Casa Alma Bolsa palha | Foto Anelise Zanoni

Casa Alma Bolsa palha | Foto Anelise Zanoni

 

Casa Alma
Estrada Geral Praia do Silveira, 2.156, Garopaba, Santa Catarina
Tel. 51 99965-4081 e 51 99982-7631.
Diárias a partir de R$ 1.350 (suíte para duas pessoas) e R$ 4.550 (casa para oito pessoas)

 

Atlanta, nos EUA, apresenta um contraste singular entre áreas verdes, prédios modernos e design criativo

Atlanta, nos EUA, apresenta um contraste singular entre áreas verdes, prédios modernos e design criativo

Poucos minutos antes de aterrissar, um tapete de verde intenso surge no canto da janela do avião. No horizonte, milhares de árvores se destacam em primeiro plano e, por curiosidade, nos fazem esquecer que o Aeroporto Internacional de Atlanta Hartsfield-Jackson, na Geórgia, nos Estados Unidos, é um dos mais movimentados do mundo.

O contraste entre a natureza e o tom frio do concreto dos prédios é comum em Atlanta. Ponto frequente para escalas de voos que percorrem o país, o destino recebe milhões de passageiros por ano, mas boa parte segue viagem sem ao menos dar uma chance para a cidade. Não sabem que, a menos de 20 quilômetros do aeroporto, está um lugar que faz parte da história dos direitos civis americanos, incluindo a trajetória de Martin Luther King, e hoje é vibrante, criativo, inovador e com gastronomia efervescente.

 

Badalada região de Atlanta Midtown - Foto divulgação

Badalada região de Atlanta Midtown – Foto divulgação

 

Para os brasileiros que retomam as viagens aos Estados Unidos, é uma grande oportunidade. Em especial porque agora, além de a companhia aérea Delta Airlines conectar Atlanta ao Brasil, a panamenha Copa Airlines tem quatro voos semanais para a capital da Geórgia e uma ligação rápida a quase uma dezena de cidades brasileiras. O cenário verde próximo ao aeroporto é replicado em lugares como Botanical Garden e o charmoso bairro Buckhead Village District, onde estão grifes mundiais, como Hermès, Dior e Christian Louboutin.

No jardim botânico, esculturas com plantas, estufas de orquídeas e horta com vista para os altos prédios permitem esquecer que a metrópole tem empresas inovadoras. Outro ponto é o Atlanta History Center, um grande museu dentro de um complexo com mais de 133 mil metros quadrados. Ali estão detalhes históricos e culturais, um extenso jardim, exposições de arte e um antigo casarão de 1928, a Swan House.

No lado agitado de Atlanta, o legado dos Jogos Olímpicos de 1996 permanece vivo. O Centennial Olympic Park exige tempo para ser contemplado, já que tem história por todos os lados. É lá onde ficam a obra com os anéis das Olimpíadas e a roda-gigante Skyview, que permite vista ampla do famoso quarteirão. Duas outras importantes atrações habitam a região: o Georgia Aquarium é uma delas e é onde você encontra uma das maiores concentrações de espécies marinhas do mundo, incluindo tubarões baleia. No fim do percurso, o World of Coca-Cola também faz bonito e permite, além de uma imersão na história do refrigerante mais famoso do mundo, degustação de dezenas de refrigerantes vendidos em diferentes países.

 

Criatividade urbana

Um exercício interessante para conhecer as inovações no design e na gastronomia de Atlanta é perambular sem pressa por Westside Provisions District e Colony Square. Em ambas é comum encontrar corredores e escadarias que levam a cenários modernos, com mobiliário colorido e criativo. Isso porque a cidade vem se renovando nos últimos anos e se apropriou de áreas abandonadas – que incluíam prédios de antigos frigoríficos e fábricas – para criar espaços de lazer, compras e gastronomia.

 

Mini-golfe no Puttshack - Foto Anelise Zanoni

Mini-golfe no Puttshack – Foto Anelise Zanoni

 

Na área de Westside, entre as lojas de decoração, está uma disputada sorveteria com aroma de caramelo, a Jeni’s Splendid Ice Creams, e descolados restaurantes de street food como Little Trouble, que trabalha com culinária asiática, e o Brown Bag, especializado em frutos do mar. A poucos passos do centro gastronômico, é possível jogar golfe indoor, beber drinques e competir com os amigos no bar de esportes Puttshack.

 

Murais da Beltline Eastside Trail - Foto Gene Philips | AtlantaPhotos.com

Murais da Beltline Eastside Trail – Foto Gene Philips | AtlantaPhotos.com

 

Ainda nessa pegada de renovação, um dos projetos mais ousados é a Beltline – antiga área de passagem de trens que se transformou em um calçadão, que é usado como pista de caminhadas e ciclovia. Nas margens estão pequenos restaurantes, cafeterias e bares, e o Ponce City Market – uma instalação contemporânea no antigo prédio da loja de departamentos Sears. O estilo industrial, com barras de ferro que atravessam paredes, contrasta com pisos coloridos e dezenas de bares, cervejarias e lojas bem iluminadas. Para quem conhece Nova York, é impossível não o comparar com o Chelsea Market.

 

Fachada do Ponce City Market - Foto Gene Philips

Fachada do Ponce City Market – Foto Gene Philips

 

Hospedagem cosmopolita

O crescimento criativo de Atlanta é proporcional à variedade de hotéis, principalmente de luxo. A poucos passos do Centennial Olympic Park, o Omni Atlanta Hotel tem quartos confortáveis com vista para o parque e tarifas a partir de US$ 229. Entre as regalias estão um amplo e disputado bar de esportes, fitness center e cafeterias. O hotel fica dentro do CNN Center.

Com vista para um cenário que mescla vegetação intensa e prédios do centro da cidade, o JW Marriott fica no bairro nobre de Buckhead e é um dos hotéis mais exclusivos. Há pouco tempo passou por repaginação, o que deixou a hospedagem mais moderna. O local tem tarifas a partir de US$ 238, piscina com raia, passeios privativos e tem passagem direta para o shopping Lenox Square.

 

Suíte Lenox do JW Marriott Atlanta Buckhead - Foto divulgação

Suíte Lenox do JW Marriott Atlanta Buckhead – Foto divulgação

 

Colônia do Sacramento preserva construções históricas, reinventa sua gastronomia e apresenta novas experiências na reabertura

Colônia do Sacramento preserva construções históricas, reinventa sua gastronomia e apresenta novas experiências na reabertura

Quem caminha pelas estreitas ruas do centro histórico de Colônia do Sacramento tem certeza de que está revivendo o passado de uma das cidades mais turísticas do Uruguai. Os raios de sol batendo no piso de pedras, as lamparinas amareladas, as construções antigas com paredes desgastadas e os plátanos que abraçam as ruas são cenários que parecem obra de arte. Embora mantenha viva sua história, o local decidiu não ficar parado – no tempo e está em plena evolução para um turismo voltado para a enogastronomia e as experiências exclusivas.

É por causa desse movimento que é fácil circular pelas ruas e encontrar hospedagens e restaurantes cada vez mais charmosos, além de um clima sem pressa para passear. Afinal, à beira do Rio da Prata e em uma das mais belas cidades uruguaias, por que precisamos correr?

É com passos lentos e olhar atento que se deve percorrer Colônia. A cidade, fundada por portugueses no século 17 e disputada por espanhóis e lusitanos, faz vizinhança com o Rio da Prata e é um saboroso refúgio especialmente para quem vem de passeios a partir de Montevidéu (a 180km) ou de Buenos Aires (a 100km).

 

Casa portuguesa no centro histórico de Colônia do Sacramento - Foto Anelise Zanoni

Casa portuguesa no centro histórico de Colônia do Sacramento – Foto Anelise Zanoni

 

No centro histórico, onde geralmente se inicia a jornada, estão muralhas que resistiram ao passado. O Portão de Campo é uma grande porta que dá as boas-vindas. É a partir dali que os visitantes seguem caminhando para pontos importantes como a Rua dos Suspiros, construída em cunha de pedra, o Farol e os museus.

Galerias de arte, lojas de artesanato e muitos bares e restaurantes surgem no caminho. No final da manhã, é comum o leve aroma de fumaça da lenha queimada. É o indicativo de que as parrillas estão aquecidas, esperando os assados.

De estilo moderno e gastronomia criativa, os bares e restaurantes reinventam a culinária do Uruguai e utilizam ingredientes locais em receitas ousadas. No Charco, bistrô à beira do rio, o cardápio é jovial e inclui tradicional provoleta, só que feita com queijo de cabra e coberta com molho de chutney de tomates. O clássico sanduíche chivito ganha lombo ao pão com ovo e recebe bacon crocante, mussarela, alface, tomate e batata cunha.

Em um passeio por Colônia do Sacramento, não fique apenas no centro histórico. Pelo contrário: ao afastar-se da rota turística, você descobre incríveis empreendimentos. O mais recente é a Plaza de Toros, reinaugurada em dezembro de 2021. O local foi construído em 1908 para receber touradas, que foram proibidas após a oitava festa toureira. Depois de ficar fechada e passar por um período de reformas, a praça recebeu nova estrutura e hoje recebe visitantes em visitas guiadas, que custam cerca de R$ 20 por pessoa.

 

Joias descobertas

A Comarca Las Liebres é um refúgio intimista. Em meio a um vasto jardim, um casarão envidraçado abriga um restaurante e um hotel com apenas duas suítes. A propriedade tem quartos com decoração leve e descontraída, espelhos com design único e banheira moderna. A hospedagem, com tarifas a partir de US$ 400, mantém uma linda biblioteca com projeção audiovisual de alta tecnologia e um terraço exclusivo com vista para Buenos Aires.

 

Vista do Comarca Las Liebres - Foto Las Liebres | divulgação

Vista do Comarca Las Liebres – Foto Las Liebres | divulgação

 

O restaurante é aberto ao público e comandado por Hugo Soca, chef que reivindicou a comida caseira como um manifesto cultural uruguaio. Os pratos são preparados com ingredientes naturais provenientes da horta orgânica da propriedade. É uma cozinha criativa, colorida e particularmente saborosa.

 

Pudim de leite do restaurante Las Liebres - Foto Fefo Bouvier

Pudim de leite do restaurante Las Liebres – Foto Fefo Bouvier

 

A poucos minutos dali e pertinho das praias, o Sheraton Colonia Golf & Resort é outro destaque. Mesmo em uma cidade tão turística, o hotel tem vida própria, especialmente porque mantém diversas opções de lazer. Com arquitetura moderna, o lugar fica no meio da natureza, cercado por campo de golfe e piscinas à beira da areia, que lembram uma praia. Restaurantes de gastronomia internacional complementam a experiência. Os quartos, com vista para os jardins, lembram que realmente é preciso tempo para aproveitar Colônia do Sacramento. As tarifas ali custam a partir de US$ 160.

 

Entre taças e lindas paisagens

A vocação para o enoturismo é evidente no Uruguai e tem se acentuado nos últimos anos. Em Colônia, a rota pelas vinícolas inclui 13 empreendimentos. A cerca de 30 minutos do centro está a Bodega Los Cerros de San Juan. Considerada a mais antiga vinícola uruguaia, fica em uma fazenda e mantém construções históricas datadas do século 19. A bodega tem visita guiada ao custo médio de R$ 40 por pessoa e inclui passeio pela área de produção e pela adega. Os almoços acontecem em um charmoso e antigo armazém que, aos finais de semana, incluem entrada, prato principal, sobremesa e dois vinhos ao custo médio de R$ 180 por pessoa.

 

Produção de vinhos da Bodega Los Cerros de San Juan - Foto Anelise Zanoni

Produção de vinhos da Bodega Los Cerros de San Juan – Foto Anelise Zanoni

 

Bem mais moderna e jovem, a Vinedos y Olivares Del Quintón traz no currículo a mistura de produção de vinhos e de azeite de oliva. No topo de uma colina, em um prédio de pedras, o empreendimento abriu para o turismo em 2020 e, atualmente, mantém 120 hectares de oliveiras e produz vinhos das uvas malbec e cabernet franc. As experiências geralmente incluem degustação de vinhos e azeites, acompanhados por pães e tábuas de frios. As visitas custam US$ 40 por pessoa.

 

Azeites da Vinedos y Olivares Del Quintón - Foto Anelise Zanoni

Azeites da Vinedos y Olivares Del Quintón – Foto Anelise Zanoni

 

Mônaco: Além dos castelos e das corridas, o destino surpreende por passeios com foco na natureza e na alimentação orgânica

Mônaco: Além dos castelos e das corridas, o destino surpreende por passeios com foco na natureza e na alimentação orgânica

Para quem quer conhecer Mônaco para além dos castelos e das corridas, o destino surpreende por passeios com foco na natureza e na alimentação orgânica – mas claro, tudo com muito charme!

Se eu perguntar a você o que Mônaco tem de especial, tenho certeza de que o luxo, as curvas da Fórmula 1 e as histórias de príncipes e princesas surgirão na sua resposta. Mesmo que você nunca tenha viajado ao principado, esse é um local que habita o imaginário de muitos viajantes, porque sempre esteve nos holofotes.

Mônaco é uma escolha ímpar. Localizado no charmoso sul da França, o destino reúne os melhores hotéis do mundo, uma dezena de restaurantes com estrelas Michelin e atrações históricas, culturais e, claro, luxuosas. Só que o pequeno país também é eclético: a proximidade com a natureza e a consciência sobre o meio ambiente trouxe inspiração para projetos de sustentabilidade, que ganham cada vez mais evidência. Assim, o lugar aposta em propostas que transformam a viagem em uma experiência inteligente e acessível até mesmo para orçamentos mais modestos.

 

Foto MONTE CARLO SOCIÉTÉ DES BAINS DE MERMC | Bay Hotel & Resort

 

Um dos projetos de sucesso é a bicicleta elétrica Monabike, que pode ser alugada em diferentes pontos com tarifas a partir de 1 euro (por 30 minutos). Há 300 exemplares à disposição e, enquanto você pedala, ajuda a reduzir a emissão de gases e circula de forma fácil em rotas que incluem atrações turísticas. Há também a possibilidade de passear com carro elétrico. O Mobee é um serviço de compartilhamento no qual o automóvel é contratado por meio de um aplicativo e devolvido onde quiser. O aluguel custa a partir de 6,75 euros a hora e você pode, inclusive, percorrer a famosa curva da Fórmula 1, que fica no centro da cidade e é a mais lenta do Mundial. A bordo de um transporte sustentável se faz diversos passeios.

Em Larvotto Beach, por exemplo, está a única praia pública do principado. É claro que ela é super charmosa, com água clarinha e tem vista para parte da baía. Em Monaco-Ville, bairro mais antigo de Mônaco, e extremamente preservado, o La Condamine Market é uma feirinha de pequenos produtores locais que tem cerca de 20 pontos comerciais, com floristas e horticultores. O mercado abre diariamente, das 7h às 15h.

 

FOTO WHALE WATCHING MONACO | Observação de baleias e golfinhos

 

Nessa pegada orgânica, reserve também um tempinho para observar as diversas hortas de alimentos instaladas em modernos prédios de Monte Carlo. A ousada plantação faz parte do projeto sustentável Terrae, uma ação inteligente que desenha, desenvolve e mantém hortas no coração das cidades. Provavelmente, você encontrará muitos desses alimentos servidos nos restaurantes estrelados da região.

Para os apaixonados pela vida marinha, há duas interessantes atrações. Uma delas é a observação de baleias e golfinhos no passeio Whale Watching Monaco. A tripulação embarca rumo ao santuário de Pelagos, área protegida na costa da Riviera Francesa, e conhece baleias-piloto, golfinhos-grampo e baleias-comuns, que podem ser vistas a bordo das embarcações. E vale visitar o emblemático Museu Oceanográfico, que fica em meio a um rochedo e abriga mais de 6 mil espécies do fundo do mar.

 

Foto BVERGELY | Museu Oceanográfico

 

Indispensável e sempre impecável

Sempre vale a pena conhecer um pouco da história de Mônaco por meio das principais atrações turísticas. Além da curva da Fórmula 1, o Cassino de Monte Carlo é um clássico e um dos primeiros lugares que os turistas gostam de visitar. Localizado na Place du Casino, o prédio tem uma réplica em miniatura da Ópera Garnier e a cada temporada são encenados suntuosos espetáculos líricos. Para a diversão dos jogadores, há roleta francesa, baccarat, blackjack e poker.

DIRECTION DE LA COMMUNICATION | MICHAEL ALESI | Plage du Larvotto Juillet

DIRECTION DE LA COMMUNICATION | MICHAEL ALESI | Plage du Larvotto Juillet

 

 

O Palácio do Príncipe também merece atenção, mesmo que você queira conhecê-lo só do lado de fora. A construção é única em arquitetura e decoração, pois foi desenhada no século 16 e tem obras pintadas à mão. O Palácio é residência da família real, e está aberto de junho a outubro.

 

Foto BVERGELY | Vista da Place du Casino e do Cassino de Monte-Carlo

 

 

Os estrelados

Em Mônaco até o conceito de exclusividade vem acompanhado da palavra sustentabilidade. Mais de 2 mil quartos de hotéis têm o certificado internacional Green Globe e muitos restaurantes estrelados pelo Guia Michelin são abastecidos com legumes e verduras das hortas orgânicas do Terrae. No luxuoso Monte Carlo Bay Hotel & Resort, os visitantes se encantam pelo jardim. O hotel tem 4 hectares de área com cascatas, solários, piscina e uma lagoa turquesa. É perfeito para o descanso em família ou férias românticas, porque há suítes comuns até exclusivas com vista única (diárias a partir de 300 euros). Os amantes da gastronomia se surpreendem: o estrelado Blue Bay é especializado nas culinárias caribenha e mediterrânea.

Hôtel Hermitage - Facade © MONTE-CARLO Société des Bains de Mer

Hôtel Hermitage – Facade © MONTE-CARLO Société des Bains de Mer

 

Já o Hôtel Hermitage Monte-Carlo hospeda o restaurante Yannick Alléno. O local prepara receitas com ingredientes locais e sazonais, inspiradas na culinária mediterrânea. Além de atrair os hóspedes pelo estômago, o Hermitage é um dos hotéis mais elegantes da região. Tem estilo belle-époque e lembra um castelo. Na carta de mimos aos hóspedes estão tratamentos termais com água do mar, sauna e academia. As tarifas começam na faixa dos 440 euros.

Há ainda opções de hospedagem mais baratas. O moderno Novotel Monte-Carlo é inspirado na Riviera Francesa e fica próximo às principais atrações de Mônaco. É ideal para quem deseja ficar bem localizado. Tem restaurante, piscina ao ar livre e quartos espaçosos, com diárias que começam na casa dos 160 euros.

 

MONTE - CARLO SOCIÉTÊ DES BAINS DE MER | Restaurante Yannick Alléno

MONTE – CARLO SOCIÉTÊ DES BAINS DE MER | Restaurante Yannick Alléno

 

 

Rumo ao paraíso

A maneira mais fácil de chegar a Mônaco é a partir do aeroporto Nice Côte d’Azur International, na França. É possível sair de táxi ou carro elétrico rumo ao principado. Os trens também são opção e ligam Mônaco a diferentes cidades do sul da França e da costa italiana. Os passageiros desembarcam no centro da cidade.

Conhecida pelo seu legado multicultural, New Orleans é destino surpreendente para conhecer a história dos Estados Unidos

Conhecida pelo seu legado multicultural, New Orleans é destino surpreendente para conhecer a história dos Estados Unidos

New Orleans mostra o legado dos imigrantes para a música e a gastronomia nos EUA, e é destino surpreendente para conhecer a história do país

No sul do mapa dos Estados Unidos, um tesouro cultural se revela à beira das águas do Mississippi. Junto ao rio que atravessa o país, estão raízes fortes que contam muito sobre a história, a arquitetura e a gastronomia. O estado da Louisiana, por exemplo, é uma das referências para quem deseja conhecer de verdade onde tudo começou. Por lá, muita coisa é diferente do resto dos Estados Unidos e, por isso, é um lugar repleto de alma e identidade, marcado principalmente pela imigração.

New Orleans, conhecida pelos moradores como Nola, é o principal destino turístico da região. Tem personalidade forte, de origem francesa, africana e hispânica. Foi lá que teve origem o primeiro bairro negro do país, o que produziu uma rica cultura. Quem observa os prédios em uma caminhada pelo French Quarter, no centro histórico da cidade, encontra um belo legado. Embora tenha fortes heranças da França, muitas construções têm características espanholas. A maioria das casas tem quase dois séculos de história, com telhados inclinados e fachadas de madeira. Os prédios de alvenaria são coloridos e, muitas vezes, protegidos por sacadas de ferro.

 

French Quarter - Foto Paul Broussard

French Quarter – Foto Paul Broussard

 

Além de belas, as edificações abrigam lojas, restaurantes e bares, que trazem animação garantida. No French Quarter é comum ver grupos de jovens bebendo e fazendo festa pelas ruas e, com sorte, bandinhas típicas de jazz e soul percorrendo ruelas próximas a Bourbon Street ao som dos trompetes, saxofones e clarinetes.

Em uma famosa quadra do bairro está a Catedral St. Louis, com cor de manteiga e três torres. Construída no século 18, o templo passou por várias reformas ao longo dos anos e teve de ser revitalizado após o fatídico furacão Katrina, que varreu a cidade em 2005. Por outros bairros de New Orleans também é fácil encontrar marcas de um passado que fez da cidade o berço do jazz e de manifestações culturais dos moradores negros, que também levaram muito sabor aos pratos da gastronomia local.

 

Catedral St. Louis - Foto divulgação

Catedral St. Louis – Foto divulgação

 

No Free People of Color Museum (Le Museé de f.p.c), um casarão histórico abriga acervo com pinturas, esculturas e objetos de “pessoas livres e de cor”, como eram chamados os negros que não eram escravizados. Um pouco mais afastado do centro está “Los Isleños Museum Complex”, que retrata a vida de imigrantes das Ilhas Canárias. Na área da música, o “Jazz Museum” recupera a trajetória do estilo musical que nasceu na cidade, e a galeria Jamnola traz importantes e coloridas referências sobre o Mardi Gras – o festejado carnaval de New Orleans.

 

Fachada do Los Ileños Museum Complex em New Orleans - Foto Anelise Zanoni

Fachada do Los Ileños Museum Complex em New Orleans – Foto Anelise Zanoni

 

 

Delícias locais

Para quem viaja a New Orleans, mergulhar na culinária local é fundamental. Os famosos beignets – bolinhos polvilhados de açúcar e servidos em lugares clássicos como o Café Du Monde – são os mais desejados pelos turistas. Quem investe nos salgados se delicia com os sanduíches po-boys, recheados com carne ou frutos do mar.

 

Fachada do Los Ileños Museum Complex em New Orleans - Foto Anelise Zanoni

Beignets do Café Du Monde – Foto divulgação Louisiana Travel

 

Uma das experiências mais interessantes é participar de uma aula prática de culinária (com degustação) na New Orleans School of Cooking. Ao custo de US$ 145 por pessoa, é possível aprender a fazer pratos clássicos e saboreá-los com vinhos e cervejas. A aula dura em média 3 horas e é uma forma saborosa de conhecer a gastronomia da Louisiana.

 

Aula de culinária na New Orleans School of Cooking - Foto Anelise Zanoni

Aula de culinária na New Orleans School of Cooking – Foto Anelise Zanoni

 

Hospedagem com ares clássicos

O estilo despojado e animado da cidade atrai importantes endereços da hotelaria. Localizado no coração do French Quarter, desde 1886, o Hotel Monteleone é referência. Mantém 522 apartamentos, sendo 55 deles suítes e quartos exclusivos com temática voltada para literatura. Truman Capote e Ernest Hemingway estão entre os homenageados. Além disso, o hotel mantém um bar em formato de carrossel, que gira durante o serviço. O local foi, por muitos anos, ponto de encontro em New Orleans. As diárias custam a partir de US$ 180.

Para quem gosta de ambientes modernos, o recém-inaugurado Four Seasons Hotel & Private Residences é sinônimo de animação com conforto. Localizado em Riverfront, o empreendimento de luxo impacta logo na chegada. Lustres gigantes de cristal e decoração arrojada chamam a atenção. O hotel conta ainda com restaurantes assinados por chefs renomados e vista para o rio Mississippi. As diárias custam a partir de US$ 400.

Piscina do Four Seasons Hotel & Private Residences - Foto divulgação

Piscina do Four Seasons Hotel & Private Residences – Foto divulgação