A educação para a mobilidade urbana precisa fazer parte do currículo escolar

A educação para a mobilidade urbana precisa fazer parte do currículo escolar

A importância do debate sobre mobilidade urbana nas escolas para o desenvolvimento de cidades mais seguras, mais felizes e com qualidade de vida melhor para todos

Por que a gente fica tanto tempo parado no trânsito? Por que pouca gente anda de bicicleta? Por que não vamos de ônibus para a escola? Crianças perguntam e precisam conhecer as respostas. No Brasil, a mobilidade urbana é um assunto complexo, um tema que está muito longe de ser resolvido. Temos cidades esgotadas pelo uso excessivo do carro, muita poluição, uma taxa crescente de acidentes de trânsito e nenhum incentivo público para o uso da bicicleta, além de uma desaceleração no investimento do transporte sobre trilhos.

No país, são poucas as escolas de ensino fundamental e médio que propõem a mobilidade urbana como disciplina, embora seja um tema transversal previsto na BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Mas é fato que esse assunto precisa estar na sala de aula, uma vez que se relaciona com saúde, sustentabilidade, urbanismo, cidadania, educação e economia financeira. 

 

Carona a pé: caminhando juntos até a escola – foto acervo Carona a Pé

 

Um projeto interessante, e que vem acontecendo em escolas públicas, centros de formação de professores e órgãos governamentais, é o Cidadania em Movimento, voltado à educação para a mobilidade urbana, uma das causas abraçadas pela Fundação Grupo Volkswagen.

Feita em parceria com a Associação Nova Escola, a iniciativa leva conteúdos gratuitos de mobilidade urbana para professores, com cursos e atividades que podem ser trabalhados durante as aulas. O tema entra em diversas disciplinas, como ciências, história, matemática e geografia, entre outras. “A gente em geral pensa na mobilidade urbana para o adulto e deixa a criança em segundo plano, mas ela é fundamental na construção de cidades melhores para todos. Acreditamos na cultura da corresponsabilidade da infância. A criança precisa ter acesso ao espaço público para desenvolver valores ligados à cidadania e suas competências socioemocionais”, diz Vitor Hugo Neia, superintendente da Fundação Grupo Volkswagen.

Outro projeto bacana é o Carona a Pé, que engaja comunidades escolares por meio de formações, produções de conteúdo, palestras e consultorias para que atuem, localmente, como multiplicadores. O principal objetivo é incentivar que grupos de crianças e seus pais e cuidadores caminhem juntos até a escola, usufruindo de outros espaços urbanos e construindo uma nova relação com a cidade onde vivem.

Planejamento urbano, cidades verdes, transporte ativo (bicicleta e pedestrianismo), segurança viária, prevenção a acidentes, cidadania, intermodalidade. São temáticas inspiradoras para crianças e jovens que estarão à frente do país nas próximas décadas, o que poderá resultar em cidades – e pessoas – mais seguras e felizes.

Padaria de dia e pizzaria de noite: Artesanos Bakery é point imperdível no Recreio dos Bandeirantes

Padaria de dia e pizzaria de noite: Artesanos Bakery é point imperdível no Recreio dos Bandeirantes

Artesanos Bakery resgata tradições da panificação artesanal e da produção de pizzas seguindo os rigorosos preceitos definidos por uma associação napolitana

A Artesanos Bakery é mais do que uma padaria. Lá, o casal formado por Mariana Massena e Ricardo Rocha produz não apenas pães de fermentação natural. Faz também doces clássicos da confeitaria internacional (como os brownies e a tarte citron) e ótimas pizzas. A propósito, a Artesanos é a única na cidade a possuir a certificação Associazione Verace Pizza Napoletana (AVPN), que atesta que suas receitas seguem os rígidos critérios italianos. 

 

foto divulgação

 

Do cardápio da casa é possível pedir coberturas tradicionais – como a Margherita e a Caprese – e também criações mais autorais, como a La Fresca Foresta (com mix de cogumelos, purê de alho, mozzarella e manjericão), a Portuguesa Metida a Besta (com mozzarella fior de latte, presunto, ovo cozido, pétalas de cebola roxa tostadas na lenha, azeitona Azapa e purê de pimentões vermelhos) e a brasileiríssima De Palmito (com catupiry, mozzarella, redução de tomate e manjericão). 

De sobremesa, ataque a R&J (crostata de queijo e creme de goiabada) ou o Crime Perfeito (calzone recheado de nutella, marshmallow e chocolate belga).

Artesanos Bakery
Avenida Genaro de Carvalho, 1.435, Recreio dos Bandeirantes.
Tel. 21 96691-0169.

Frutos do mar e cerveja gelada são os destaques do Labuta Mar, na Glória

Frutos do mar e cerveja gelada são os destaques do Labuta Mar, na Glória

Labuta Mar dá nova vida a um antigo botequim da Rua do Russel e faz sucesso com cervejas geladinhas e seus petiscos à base de peixes e frutos do mar

Sem frescura e com muito frescor, o Labuta Mar é um bar com foco nos frutos do mar e na cerveja gelada. E é um estabelecimento que prova que simplicidade não é sinônimo de tosquice. Da cozinha comandada pelo chef Yan Ramos saem deliciosos petiscos frios, como o peixe curado com iogurte e dill ou o trio de ostras com vinagrete ou limão ou assadas na brasa com abacate e pimenta-de-cheiro. Para quem preferir algo mais quentinho, as sugestões são as clássicas sardinhas fritas com limão, as tarteletes de siri, a porção de peixe frito com molho oriental ou ainda o polvo na brasa com pimentão vermelho, gremolata, bacon de peixe e farofa de pão. Para compartilhar, vale apostar em um dos dois clássicos brasileirinhos: a moqueca de peixe e o bobó de camarão. Para beber, além da cerveja trincando, o Labuta Mar oferece um refrescante mate da casa e drinques como o Labutônica (jambuzada, limão, xarope de gengibre e água tônica).

 

foto divulgação

 

Labuta Mar
Rua do Russel, 450B, Glória.
Tel. 21 3268-7672.

Cerveja artesanal vai muito além da bebida e pode ser uma ótima opção gastronômica

Cerveja artesanal vai muito além da bebida e pode ser uma ótima opção gastronômica

A cerveja acompanha a humanidade ao longo de milênios e, hoje, a bebida se apresenta como uma excelente opção gastronômica

O berço da cerveja é africano, embora essa informação não chegue ao grande público. Ronaldo Morado, no livro “Larousse da Cerveja”, explica que os egípcios faziam diversos tipos de cervejas, está escrito nas Tábuas de Ebla. Recentemente, arqueólogos encontraram uma cervejaria no país que produzia a bebida em larga escala – o lugar remonta há 5 mil anos, localizado em Abidos, próximo ao Cairo, e tinha capacidade de armazenar cerca de 2.400 litros. O Egito está no norte da África, logo, a cerveja tem origem nesse continente. 

 

Brusqueta de tomates cerejas, mirtilo e iogurte natural, com berliner weisse – foto Sara Araujo

 

E é de lá que vêm também as primeiras inserções de frutas e condimentos na bebida. Frutas como tâmaras, condimentos como gengibre e até o mel eram alguns dos ingredientes adicionados à época. Hoje, as cervejas com adição de frutas são apreciadas pelo paladar dos brasileiros, e alguns estilos como sour, fruit beer e berliner weisse são muito procurados por aqui. 

A cerveja sour, por exemplo, é brasileira e possui como estrela a acidez e uma carga de frutas, sendo muito refrescante e saborosa. Mas as frutas estão presentes em diversos estilos e escolas cervejeiras. Em 2013, um dos maiores nomes da cerveja mundial, o estadunidense Garrett Oliver, esteve no Brasil e visitou uma cervejaria mineira. Nessa visita, ele desenvolveu uma cerveja que levou cana-de-açúcar. 

Como podem perceber, as frutas e plantas trazem cor, sabor e muita beleza à bebida. O próprio Garrett, em “A Mesa do Mestre Cervejeiro”, declarou que a cerveja é a bebida que possui maior vocação gastronômica. Dito isso, indico três deliciosos pareamentos gastronômicos entre cerveja e aperitivos. A cerveja artesanal é gastronomia!

 

Salada de melão, mexerica, rúcula, pêssego, com mostarda e mel e redução de mexerica, com fruit beer de pêssego – foto Sara Araujo

 

Brusqueta de tomates cerejas, mirtilo e iogurte natural, com berliner weisse – cerveja que leva adição de framboesa e hortelã. 

Brusqueta de pêssego, geleia de damasco e queijo brie, harmonizada com a cerveja fruit beer de pêssego. 

Salada de melão, mexerica, rúcula, pêssego, com mostarda e mel e redução de mexerica, também com fruit beer de pêssego.

Beba com moderação! Saúde!

*Sara Araujo é sommelier de cervejas, formada pela Escola Superior de Cerveja e Malte/Doemens Academy, e consultora.

Mostra Internacional de Cinema acontece este mês em São Paulo e destaca títulos dirigidos por mulheres

Mostra Internacional de Cinema acontece este mês em São Paulo e destaca títulos dirigidos por mulheres

Telonas da cidade recebem a 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema, com uma programação que inclui mais de 300 produções de diversos países

A 47ª Mostra Internacional de Cinema acontece de 19 de outubro a 1º de novembro em São Paulo. Durante duas semanas, as seções Perspectiva Internacional, Competição Novos Diretores e Mostra Brasil apresentam mais de 300 títulos de variados países em espaços como a Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, e o circuito SPcine – que inclui o Centro Cultural São Paulo, na Vergueiro, e a Galeria Olido, na Avenida São João. 

 

A animação “Sultana’s Dream”, de Isabel Herguera – foto divulgação

 

Entre os longas confirmados, estão os sul-coreanos “In Water” e “In Our Day”, de Hong Sang-Soo; o alemão “The Theory of Everything”, de Timm Kröger; o russo “Grace”, de Ilya Povolotsky; o japonês “Evil Does Not Exist”, de Ryusuke Hamaguchi; o espanhol “Cerrar los Ojos”, de Victor Erice; o português “As Filhas do Fogo”, de Pedro Costa; o finlandês “Fallen Leaves“, de Aki Kaurismaki; o francês “The Goldman Case”, de Cedric Kahn; e o ucraniano “La Palisiada”, de Philip Stoychenko – vencedor do prêmio da crítica no festival de Rotterdam.

 

“Las Chicas Están Bien”, da diretora Itsaso Arana – foto divulgação

 

A Mostra destaca também títulos dirigidos por mulheres, exibidos em festivais internacionais, que abordam temática feminina e feminista: da Espanha, “Las Chicas Están Bien”, de Itsaso Arana e “Sultana’s Dream”, de Isabel Herguera; da França, “Brillantes”, de Silvie Goutier; dos Estados Unidos, “The Starling Girl”, de Laurel Parmet; e do Chile, “Malqueridas”, de Tana Gilbert.

 

“Malqueridas”, de Tana Gilbert – foto divulgação

 

Pelo terceiro ano consecutivo, o evento realiza ainda o Encontro de Ideias Audiovisuais, que inclui o Fórum Mostra – uma rodada de negócios para apresentação de projetos de longas-metragens e o Da Palavra à Imagem, com painéis sobre adaptações de obras literárias e encontros de autores com produtores do setor audiovisual. O Encontro ocorre de 26 a 29 de outubro, na Cinemateca Brasileira. 

 

“Brilhantes”, de Syvie Gautier – foto divulgação

 

Para acompanhar a programação completa do evento, basta acessar www.47.mostra.org.