Caminhar é a forma mais democrática de se locomover. Andando, imprimimos um ritmo próprio e original ao passeio, enquanto observamos o entorno e o vaivém das outras pessoas. O andar diz respeito à saúde pública e ao bem-estar nas cidades. Metrópoles que estimulam e facilitam a caminhada como meio de transporte elevam a qualidade de vida da população.
Durante o Carnaval, quando o trânsito costuma ficar ainda mais complicado, a caminhada é uma solução para se divertir e ao mesmo tempo ativar a energia, melhorar a circulação sanguínea e tonificar os músculos… E os blocos são uma ótima maneira de participar da festa de forma mais descontraída.
Bloco do Sargento Pimenta no Carnaval de rua de São Paulo – foto Soul em Cena | divulgação
Confira algumas dicas para que esses momentos sejam só alegria:
Seja qual for sua fantasia, escolha o conforto e a segurança para os pés, protegendo-os de pisadas e risco de cortes. Tênis e sapatos fechados com solados resistentes e antiderrapantes são os ideais, por isso deixe a rasteirinha em casa. As ocorrências mais comuns nessa época são cortes causados por objetos cortantes, como garrafas quebradas.
Antes de sair, faça uma boa refeição para pular e se divertir à vontade, com toda energia. Não se esqueça de levar água para se hidratar no caminho. Lanches saudáveis também podem estar na mochila.
Planeje e confira o trajeto e o local de concentração do bloco antes de seguir para as ruas, dando preferência para o transporte coletivo. Carros por aplicativo costumam encarecer bastante nesse período, especialmente se chover. Se precisar chamar, procure sair da muvuca para ser atendido com mais agilidade e conforto.
Use um filtro solar com fator de proteção alto, boné ou chapéu e óculos escuros. Com o sol escaldante e o aumento acentuado das temperaturas, é essencial se proteger para evitar queimaduras e doenças cutâneas.
Leve com você apenas o básico, para curtir a festa sem preocupações com furtos, já que nas aglomerações dos blocos o risco aumenta. Doleiras, pochetes e shoulder bags são ótimas para levar celular, cartões e dinheiro de forma segura.
Bicicleta é bom o ano todo, mas nesse finalzinho fica melhor ainda, já que o clima é convidativo para passeios sentindo o frescor do vento no rosto. Veja a seguir sugestões de roteiros pelos cinco cantos da capital
Zona Sul
Acessar o Parque do Ibirapuera de bicicleta é fácil, pois há boas ciclovias para quem vem da Avenida Paulista, da Vila Mariana ou mesmo da Zona Oeste, como o Parque Villa-Lobos com a ciclovia da Faria Lima. Dentro do parque há uma ciclovia que passa por marcos da arquitetura de Oscar Niemeyer como a Marquise, o pavilhão da Bienal, a Oca, o Auditório Ibirapuera, o MAM e o Museu AfroBrasil. Pedale também: até a Paulista, aproveitando aos domingos e feriados o programa Ruas Abertas, que funciona igualmente no bairro da Liberdade.
Zona Oeste
Um rolê bacana na Vila Madalena é o colorido Beco do Batman. Fechado à circulação de carros, o lugar é uma verdadeira exposição a céu aberto, com grafites que vêm sendo constantemente renovados pelos próprios artistas. No entorno pontilhado de cafés e bares, é possível fazer gostosas pausas nesse passeio que já virou atração turística em São Paulo. Pedale também: até a Galeria Parede Viva, no We Sampa, na Barra Funda, para conhecer a exposição “Resíduos Mundanos” do artivista Mundano, fundador do Pimp My Carroça e do app Cataki. E se delicie na adorável Praça Benedito Calixto, que reúne aos sábados uma feira de antiguidades e ótimos quitutes.
foto Lucas Ninno | iStockphoto
Zona Leste
O Parque do Carmo é perfeito para longos passeios de bicicleta, uma vez que oferece vários atrativos em seus bosques, trilhas e jardins. Vale visitar o Museu do Carmo, perto do Bosque da Leitura, e aproveitar os caminhos que circundam os lagos. Localizado na área da antiga fazenda do empresário Oscar Americano, ele sedia em agosto a tradicional Festa das Cerejeiras para comemorar o florir da árvore-símbolo do Japão. Pedale também: dentro do Parque Ecológico do Tietê, que tem uma ciclovia de 11 km, que vai da Penha a São Miguel Paulista.
Zona Norte
A região é bem representada pela ciclovia da Avenida Braz Leme, em Santana, que vai até a Ponte da Casa Verde em direção ao Centro e também liga os bairros da Freguesia do Ó e Limão. Aos domingos e feriados, a Ciclofaixa de Lazer (das 7h às 16h), acessa três lugares de destaque na Zona Norte: o Parque da Juventude, que tem em seu interior a Biblioteca de São Paulo; o Sesc Santana; e o Parque do Trote, na divisa com o município de Guarulhos. Pedale também: até o CTN, Centro de Tradições Nordestinas, no Jardim Pereira Leite, que celebra a cultura e a gastronomia do Nordeste.
Zona Central
No coração da cidade, a ciclovia da Paulista vai da Rua da Consolação até o viaduto da Rua Treze de Maio, possibilitando vários passeios bacanas, enquanto aos domingos e feriados a Ciclofaixa de Lazer une a Rua da Consolação até a Praça Oswaldo Cruz. Ela passa pela Praça Roosevelt, Theatro Municipal, Mosteiro de São Bento, Pinacoteca, Pátio do Colégio e vários outros símbolos paulistanos. Pedale também: até o Minhocão, via expressa que liga a Zona Oeste ao Centro. Aos finais de semana, fica fechado para veículos e é um dos programas mais interessantes da região central, onde se vê a cidade e as pessoas sob uma outra ótica.
A importância do debate sobre mobilidade urbana nas escolas para o desenvolvimento de cidades mais seguras, mais felizes e com qualidade de vida melhor para todos
Por que a gente fica tanto tempo parado no trânsito? Por que pouca gente anda de bicicleta? Por que não vamos de ônibus para a escola? Crianças perguntam e precisam conhecer as respostas. No Brasil, a mobilidade urbana é um assunto complexo, um tema que está muito longe de ser resolvido. Temos cidades esgotadas pelo uso excessivo do carro, muita poluição, uma taxa crescente de acidentes de trânsito e nenhum incentivo público para o uso da bicicleta, além de uma desaceleração no investimento do transporte sobre trilhos.
No país, são poucas as escolas de ensino fundamental e médio que propõem a mobilidade urbana como disciplina, embora seja um tema transversal previsto na BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Mas é fato que esse assunto precisa estar na sala de aula, uma vez que se relaciona com saúde, sustentabilidade, urbanismo, cidadania, educação e economia financeira.
Carona a pé: caminhando juntos até a escola – foto acervo Carona a Pé
Um projeto interessante, e que vem acontecendo em escolas públicas, centros de formação de professores e órgãos governamentais, é o Cidadania em Movimento, voltado à educação para a mobilidade urbana, uma das causas abraçadas pela Fundação Grupo Volkswagen.
Feita em parceria com a Associação Nova Escola, a iniciativa leva conteúdos gratuitos de mobilidade urbana para professores, com cursos e atividades que podem ser trabalhados durante as aulas. O tema entra em diversas disciplinas, como ciências, história, matemática e geografia, entre outras. “A gente em geral pensa na mobilidade urbana para o adulto e deixa a criança em segundo plano, mas ela é fundamental na construção de cidades melhores para todos. Acreditamos na cultura da corresponsabilidade da infância. A criança precisa ter acesso ao espaço público para desenvolver valores ligados à cidadania e suas competências socioemocionais”, diz Vitor Hugo Neia, superintendente da Fundação Grupo Volkswagen.
Outro projeto bacana é o Carona a Pé, que engaja comunidades escolares por meio de formações, produções de conteúdo, palestras e consultorias para que atuem, localmente, como multiplicadores. O principal objetivo é incentivar que grupos de crianças e seus pais e cuidadores caminhem juntos até a escola, usufruindo de outros espaços urbanos e construindo uma nova relação com a cidade onde vivem.
Planejamento urbano, cidades verdes, transporte ativo (bicicleta e pedestrianismo), segurança viária, prevenção a acidentes, cidadania, intermodalidade. São temáticas inspiradoras para crianças e jovens que estarão à frente do país nas próximas décadas, o que poderá resultar em cidades – e pessoas – mais seguras e felizes.
A revisão do Plano Diretor da cidade de São Paulo impacta a mobilidade urbana. Entenda a relação do projeto com o deslocamento das pessoas
Como fica a mobilidade urbana de São Paulo com a aprovação da revisão do Plano Diretor, uma lei municipal que orienta o crescimento e o desenvolvimento urbano de todo o município? Qual é o impacto da expansão da verticalização, que vem sendo feita em vários bairros paulistanos? E o que dizer do transporte coletivo, pouco valorizado e que agora volta várias casas no tabuleiro, uma vez que a revisão incentiva a implantação de vagas de garagem nos edifícios perto dos eixos de transporte?
Imagem de Perdizes, antes da revisão do Plano Diretor – foto Ivan Maglio
O Pro Coletivo conversou com Ivan Maglio, engenheiro e doutor em saúde ambiental, pesquisador do projeto “Cidades Globais” do Instituto de Estudos Avançados e do Laboratório de Áreas Verdes da FAU/USP. Confira os principais trechos dessa conversa:
Sem limite de altura
“A aprovação da revisão do Plano Diretor deixou muitas questões em aberto, em especial no item sobre a permissão de verticalização com edificações sem limites de altura nas áreas chamadas de EETUs (Eixos de Estruturação e Transformação Urbana), em torno dos eixos de mobilidade e transportes existentes e planejados até 2029. Essa expansão poderá elevar em cerca de 150% o território da cidade a ser adensado e verticalizado”.
Efeitos negativos do uso do carro
“A própria ampliação do uso de garagens mediante simples pagamento adicional – eram antes limitadas a uma vaga por apartamento nos EETUs – irá causar mais impacto no sistema viário e vai na direção contrária de redução do uso do carro, trazendo aumento de engarrafamentos, da poluição do ar e das emissões de gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas”.
Projeção de Perdizes pós-revisão do Plano – foto Ivan Maglio
Impactos ambientais nos bairros
“A ampliação das áreas destinadas à verticalização e adensamento foi feita sem que nenhum estudo de impacto urbano, ambiental, econômico e de capacidade de suporte dos sistemas de transporte tenha sido realizado. Além da ausência desses estudos, a imposição da ampliação dos limites dos EETUs não considera os grandes impactos ambientais que já estão em curso na maioria dos bairros e subprefeituras, como Perdizes, Pinheiros, Vila Mariana, Butantã, Belém, Tatuapé e Santana, entre outros”.
Planejamento precisa incluir a mobilidade coletiva e ativa
“A influência de qualquer plano diretor para a melhoria da mobilidade nas grandes cidades é enorme, mas faltam vontade política, planejamento e recursos para a construção e implantação de novas linhas de metrô, a expansão da rede de corredores de ônibus e de ciclovias. Esses sistemas deveriam ser os principais pilares do planejamento urbano moderno”.
Tecnologias avançadas como a inteligência artificial estão presentes no Brasil e devem ser cada vez mais frequentes nos próximos anos
Integrada aos mais variados setores, a inteligência artificial (IA) vem transformando os meios de transporte, ajudando as pessoas a se locomover de forma mais rápida, segura e sustentável. Confira alguns dos principais recursos de IA:
Foto divulgação
Mapeamento feito por drones
Na cidade de Londrina (PR), os drones têm sido usados no monitoramento do trânsito, auxiliando na avaliação de medidas que podem melhorar o fluxo. A partir de imagens e vídeos se entende melhor a dinâmica das ruas para implantação e controle de semáforos, além de contagem de veículos e obtenção de ortofotos, que permitem ter as dimensões das vias e o escaneamento das calçadas, avaliando as condições de acessibilidade e os obstáculos que atrapalham a locomoção de pedestres.
Semaforização inteligente
Especializada em sensores de movimentos, a empresa Sensortraffic desenvolve semáforos inteligentes, que monitoram em tempo real o fluxo dos veículos e a velocidade em que os carros estão se movimentando, bem como o controle de pedestres e ciclistas. Quando há mais trânsito, o semáforo fica mais tempo aberto; com menos trânsito, o tempo se reduz.
Deep learning ou inteligência artificial profunda
Baseada em redes neurais, essa tecnologia, que tenta imitar o comportamento do cérebro humano para captar informações e realizar tomadas de decisão, tem sido aplicada em novas pesquisas com carros autônomos, a fim de que eles sejam mais eficientes, confiáveis e inteligentes. No Brasil, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) tem um projeto que envolve a construção desse tipo de veículo e segue realizando pesquisas na área.
IA no ônibus
A Optibus, empresa israelense de tecnologia presente em 2 mil cidades, entre elas algumas capitais brasileiras, usa inteligência artificial, algoritmos de otimização avançados e computação em nuvem distribuída para tornar o transporte público mais eficiente e rápido. No Rio, ela foi contratada pela MOBI-Rio, empresa de transporte municipal administradora do BRT, para dar suporte de dados no trabalho de melhoria da infraestrutura e na expansão da rede.
Registros relacionados ao clima
Com os desafios climáticos que se agravam a cada ano, aumenta a importância dos dados fornecidos por IA sobre condições meteorológicas, problemas com obras e outros contratempos, informações que evitam congestionamentos e sugerem percursos com tempo reduzido.
Automação e integração de pagamentos
Simplificar e facilitar o pagamento de modais de transporte coletivo e estacionamentos por meio de um único cartão ou dispositivo é tendência no mundo todo e garante segurança e agilidade no dia a dia das grandes cidades, reduzindo filas na compra de bilhetes e trazendo eficiência de serviços.
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