Erick Jacquin comemora os 60 anos de uma vida com muito ‘tompêro’ e celebra também seus 30 de Brasil e 10 como jurado do ‘MasterChef’

Erick Jacquin comemora os 60 anos de uma vida com muito ‘tompêro’ e celebra também seus 30 de Brasil e 10 como jurado do ‘MasterChef’

Em 2024, o chef Erick Jacquin comemora marcos importantes de sua trajetória pessoal e de sua carreira profissional. Ele completa seis décadas de vida, 30 anos de Brasil, 10 de TV e 20 de união com sua amada Rosangela

Desde criança, Erick Jacquin sabia que ia trabalhar como cozinheiro quando fosse adulto. Mas agora, prestes a completar 60 anos, ele confessa que nunca imaginou que chegaria a ser chef conceituado e, mais do que isso, uma celebridade planetária, reconhecido nas ruas de Salvador, de Lisboa e de Tóquio.

É que, de sua infância em Dun-sur-Auron, cidadezinha no interior da França, até os dias de hoje, aconteceu muita coisa. Foram hectolitros de vinho, toneladas de foie gras, centenas de amigos, milhares de charutos, milhões de reais investidos em empreendimentos de sucesso (outros tantos em fiascos) e bilhões de visualizações na TV e nas redes sociais.

Chegou a hora do sessentão colher os louros dessa glória toda. Em 2024, ele apresenta mais duas edições do “MasterChef Brasil” na Band, inaugura mais sete restaurantes com as bandeiras Ça-Va e Steak Bife, lança novos produtos com a sua marca e também festeja. Muito.

 

foto Renato Pizzutto | Comunicacao Band

 

Afinal, não são somente seis décadas de vida. Jacquin está completando 45 anos de trabalho com gastronomia, 30 anos de sua chegada ao Brasil, 10 de televisão e 20 de sua relação com Rosangela, com quem tem dois filhos – o casal de gêmeos Elise e Antoine, de 4 anos.

Na entrevista que ele concedeu à 29HORAS, o chef rememora sua chegada a São Paulo, relembra a surpresa dos paulistanos ao conhecerem o petit gateau, fala da alegria que sentiu ao ser convidado para fazer TV e rebate quem o acusa de ter se tornado um personagem patético do universo das celebridades. Confira nas páginas a seguir os melhores trechos dessa reveladora conversa.

Em 1994, quando você trabalhava no estrelado Au Comte de Gascogne, em Paris, recebeu um convite para vir trabalhar no Brasil. Qual foi o argumento que te convenceu a aceitar a proposta?
Eu já estava naquela mesma cozinha havia uns 5-6 anos, queria algo diferente. Aí um fornecedor nosso, que vendia trufas e outros itens, me indicou para um restaurateur que estava à procura de alguém para levar para o Brasil. Essa pessoa era o Vicenzo Ondei, dono do Le Coq Hardy. Ele provou minha comida e disse que eu ia adorar o Brasil, que ficaria rico se viesse para cá. Me ofereceu um salário que era mais ou menos cinco vezes o que eu ganhava à época na França. Falou para eu vir conhecer São Paulo, e que poderia voltar se não gostasse da cidade. Na véspera de embarcar, perguntou se me incomodaria de trazer um pouco de foie gras para ele. Eu disse que tudo bem, e horas depois chegaram três grandes caixas de isopor na minha casa, recheadas com quilos de fígado de ganso e pato.

 

Erick Jacquin quando ainda era um aprendiz de cozinheiro, na França – foto Arquivo Pessoal

 

Quais foram as suas primeiras impressões da cidade de São Paulo?
Logo na chegada já vi que aqui as coisas eram bem diferentes. Estava morrendo de medo de passar pela alfândega com aquele carregamento de foie gras, mas enquanto ainda estava na esteira, esperando minha mala e as caixas, fui recebido pelo sr. Ondei e um amigo dele da Receita Federal. Tudo foi liberado na hora. Depois ele me levou para conhecer vários restaurantes e eu fiquei impressionado com a agitação da noite paulistana. Quando o sr. Ondei me levou de volta ao aeroporto, dias depois, colocou no meu bolso um chumaço de dólares e disse que era para comprar uma joia bem bonita para a minha mulher com aquele dinheiro. Ele sabia como convencer as pessoas… poucas semanas depois desembarquei aqui de novo, dessa vez para ficar e acompanhado de Katia, minha esposa à época.

Você se lembra do que os clientes falaram quando você lançou o petit gateau no Brasil? O que a sua receita tem de diferente da original, do coulant au chocolate, criado pelo lendário Michel Bras?
Quando propus ao sr. Ondei fazermos o coulant no Le Coq Hardy, ele me disse que brasileiro gosta de sobremesa farta, que aquilo era um negocinho muito pequeno. Então desenvolvi algo maior e mudamos o nome para petit gateau au chocolat chaud, que significa “pequeno bolo de chocolate quente”. As pessoas ficaram maravilhadas, me perguntando como podia aquilo de ter uma parte mole dentro do bolo! Outro dia, uma amiga minha foi ao L’Avenue (restaurante na sofisticada Avenue Montaigne, em Paris) e o maître perguntou a ela o que é petit gateau. Disse que toda semana algum brasileiro aparece, pede isso e eles não entendem nada. Aí ela explicou que no Brasil esse nome é usado para designar o coulant au chocolat.

 

Seu famoso petit gateau – foto reprodução Instagram

 

Hoje, depois de 30 anos em São Paulo, você é mais brasileiro ou o seu DNA francês ainda fala mais alto?
Me sinto dividido, afinal estou completando 60 anos de vida, sendo que os primeiros 30 foram na França e os 30 mais recentes no Brasil. Quando estou na França, fico louco para voltar ao Brasil, e quando estou no Brasil, sempre sinto vontade de ir à França. Não deixo o Brasil por nada, mas jamais esquecerei o que vivi na França. O fato é que a minha vida é toda aqui: minha mulher, meus filhos, meus negócios e meus melhores amigos estão todos em São Paulo. Quase tudo que tenho devo ao Brasil e aos brasileiros.

E o que mudou na sua vida com o casamento com a Rosangela e com a chegada dos seus dois filhos mais novos? Ser pai amoleceu o seu lado “general”?
Quando conheci a Rô, foi amor à primeira vista. Já em um dos primeiros encontros, eu a convidei para ir a Paris comigo. Ela me disse “Eu nem te conheço”, e respondi “Existe algum lugar melhor do que Paris para a gente se conhecer?”. Depois que ela entrou na minha vida, tudo ficou muito melhor. Quanto às crianças, sou um paizão bem amoroso. Não sou um general – é que na cozinha esse negócio de democracia e igualdade não funciona, é um ambiente onde a hierarquia e a disciplina são fundamentais.

 

O chef com sua mulher, Rosangela, e os filhos Antoine e Elise em Tignes, nos Alpes franceses – foto reprodução Instagram

 

Como foi o convite para você integrar o time do “MasterChef Brasil”?
Depois que saí do Le Coq Hardy, montei o Cafe Antique com a Nancy e o Francisco Barroso. Foi um sucesso! Depois abrimos também o Le Vin, que virou uma rede de restaurantes. Aí parti para um caminho mais pessoal e, em 2004, abri a La Brasserie Erick Jacquin, na Rua Bahia. No começo foi tudo muito bem, mas lá sofri com duas coisas: os moradores de Higienópolis adoram pegar o carro e ir comer nos Jardins, é por isso que a região não tem muitos restaurantes, apesar de o bairro ter muita gente com alto poder aquisitivo. E a casa era muito mal administrada, uma tragédia. Mudei para o Itaim, e a coisa ficou pior ainda. Estive à beira da falência, muito decepcionado com tudo e cheio de dívidas. Foi quando, em 2014, apareceu esse convite de uns produtores argentinos lá da Band. Tinha medo de que eles fossem me rejeitar por causa do meu sotaque forte, mas eles também tinham sotaque! Dei umas caipirinhas para eles e logo fechamos o contrato. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida!

A propósito, como será a edição do “MasterChef” que estreia este mês?
A edição que entra no ar este mês será no formato tradicional, com cozinheiros amadores. No segundo semestre teremos uma edição apenas com confeiteiros, será a nossa primeira vez nesse modelo.

Hoje a audiência e a repercussão do programa são bem menores do que as das primeiras edições. Está sendo feito algo para conter essa queda?
De fato o Ibope na TV aberta caiu bastante, mas hoje esse dado já não é o mais importante. O programa continua gigante no YouTube, é muito visto no mundo todo pelos canais Discovery e ainda gera milhões de postagens, comentários e visualizações no Twitter, Instagram e TikTok. Sou reconhecido na rua quando saio em Portugal e até no Japão! Ano passado fizemos três edições (amadores, profissionais e cozinheiros sênior), e realmente acho que foi demais. Este ano serão somente duas. Não sou eu quem decide isso, mas acredito que essa é a opção mais acertada. Hoje eu nem sei dizer ao certo se sou um cozinheiro que faz TV ou se sou uma celebridade que toca uma rede de restaurantes.

 

Jacquin com Henrique Fogaça e Helena Rizzo, o trio de jurados do “MasterChef Brasil” – foto Melissa Haidar | Comunicacao Band

 

Ser um celebrity chef é colocar a sua cara em uma vidraça, sujeita a muitas pedradas e ofensas nas redes antissociais. O que você gostaria de dizer para aqueles que te “acusam” de não ser mais um cozinheiro, de só vir aos restaurantes para posar fazendo biquinho em selfies com os clientes? E para quem critica o fato de você emprestar seu nome para molhos de tomate industrializados, temperos prontos, panelas e até comida canina?
Muitas pessoas que vêm aos meus restaurantes querem fazer selfies comigo. Seria muito deselegante eu me recusar a realizar esse desejo delas. Eu cozinho cada vez menos, OK, mas sou adepto daquela frase do grande mestre Paul Bocuse, quando perguntado sobre quem cozinha quando ele não está no restaurante. A resposta dele é genial: “São as mesmas pessoas que cozinham quando eu estou e quando eu não estou”. Não interessa quem cozinha, o importante é que a equipe seja bem treinada e a comida seja bem-feita. É assim que trabalhamos em todos os oito estabelecimentos que eu comando [o mais novo deles é o Ça-Va Café no Brascan Mall, no Itaim, inaugurado no final de abril]. Quanto aos produtos, não empresto meu nome, eu vendo! Quem não tem como pagar uma refeição no meu restaurante ao menos pode sentir por meio desses produtos um pouquinho do meu “tompêro”, seja num molho Pomarola ou numa pimenta Latinex. E vem mais por aí: vamos lançar em breve o espumante do Jacquin, os charutos do Jacquin e até o miojo do Jacquin!

A propósito, porque você mudou o nome do restaurante Président para Les Présidents? Foi alguma treta com a marca de manteiga?
Bem lembrado! Quando abrimos o restaurante, a Lactalis [empresa de laticínios] reclamou que estávamos usando indevidamente a marca dela. Aí entramos em uma longa batalha judicial e, em dezembro, finalmente saiu uma decisão e fomos comunicados que deveríamos mudar o nome do restaurante. Agora, só para me vingar, estou lançando a Manteiga do Jacquin em parceria com outro laticínio, a Manteigaria Nacional. 

 

O chef Erick Jacquin no Les Présidents – foto reprodução Instagram

 

Ainda este mês, sai a nova lista dos restaurantes estrelados pelo Guia Michelin. Qual é a sua expectativa? E o que você acha dessa “corrida de cavalinhos” da gastronomia atual, dos restaurantes investirem pesado para conseguir posições mais elevadas nos rankings regionais e mundiais?
Espero que o Les Présidents receba uma estrela na próxima edição do guia. Ficaria muito contente se conquistássemos esse reconhecimento. Acho que merecemos, e seria um grande incentivo para a equipe. Agora, aquela outra premiação, o 50Best, não me interessa. É uma grande mentira! Para participar, o restaurante precisa trabalhar com as águas Panna e San Pellegrino. Que critério é esse? Deve ser por isso que há tantos restaurantes fantásticos fora dessa lista. Eu não gosto, não bebo, não compro e não vendo essas águas. Meus restaurantes são todos carbono neutro, é ambientalmente muito errado trazer água mineral italiana para vender no Brasil. Para mim, essa premiação é puramente baseada em lobby e marketing. É só moda, espuma…

Com 45 anos de carreira e muitos prêmios no currículo, qual você diria que é a receita do seu sucesso? Qual o ‘tompêro’ especial que cativa a sua legião de fãs e explica as filas nas portas dos seus restaurantes?
A receita do meu sucesso tem três ingredientes principais: exigência, perseverança e muito trabalho. Talvez tenha também um 4° componente: a sorte. Tem uma estrela lá em cima que me ilumina e me protege. Deve ser a minha mãe, que faleceu no ano passado. Mas não quero falar de morte, eu gosto muito de viver e não quero que isso aqui acabe nunca! Sempre que penso na minha mãe, me vêm à cabeça memórias, aromas e sabores deliciosos. A verdadeira comida é a comida de família! Tenho pensado muito sobre isso. A nossa formação, desde a infância até o que vivenciamos nos dias atuais, é o que cria e aprimora o nosso ‘tompêro’ pessoal.   

Foto de capa: Lucas Lima

Em Florianópolis, praia do Campeche se transforma na verdadeira “Bali brasileira”

Em Florianópolis, praia do Campeche se transforma na verdadeira “Bali brasileira”

Jovens profissionais de todos os cantos do Brasil e do mundo migram o home office para o sudeste da ilha de Florianópolis 

Florianópolis sempre foi conhecida pelo resto do Brasil como a “ilha da magia”. Afinal, reúne segurança, praias lindas e gente bonita, sendo o lugar ideal para quem busca qualidade de vida. Mas sempre foi considerada um destino de férias e curtição, não para se viver – com algumas exceções, como aposentados ou universitários em função de um mercado de trabalho restrito e poucas opções de entretenimento para além do trivial oferecido aos turistas.

Foi a partir de 2018 que os profissionais ligados à internet e ao comércio eletrônico, em busca de um estilo de vida melhor, começaram a migrar para a ilha. De acordo com a plataforma Nomad List, referência no tema, Florianópolis é o segundo destino que mais cresceu no mundo entre 2018 e 2023. E foi com a pandemia e a onda do home office que a turma dos nômades digitais, que antes viviam em cidades como Bali, na Indonésia, ou Tulum, no México, passou a escolher também a ilha como opção de residência.

Em um trecho do sudeste de Floripa, mais precisamente entre a Lagoa da Conceição e a praia do Campeche, esse êxodo fixou seu epicentro. O eixo Campeche/ Rio Tavares /Lagoa da Conceição começou a receber jovens profissionais de todos os cantos do Brasil e do mundo ao ponto de ver uma disparada absurda do mercado imobiliário e os preços triplicaram de 2021 para cá. Lugares com formatos de sucesso comprovados para esse público vêm se multiplicando para acolher o volume crescente de novos moradores. Só para constar, eu que sou fã de viennoiseries, comi croissant e pain au chocolat em uma boulangerie do Rio Tavares, chamada Uma – do naipe dos melhores de São Paulo!

 

Vista da praia do Campeche, em Florianópolis – foto Shutterstock

 

O interessante é que a preocupação com a alimentação saudável e natural, assim como o ritmo cool e relax do público e dos atendentes, é constante. É o caso do Mana’o, café muito “bali style”, para tomar um smoothie ou um matcha (chá japonês) com calda de tâmaras e leite de aveia. E do Anómada, que de dia é padaria e restaurante, com pães peculiares (tipo cacau com laranja), e de noite, uma pizzaria de fermentação natural. É normal um cliente entrar para tomar o seu café da manhã e ficar trabalhando ali até depois do almoço.

Para quem é ainda mais radical na alimentação, sugiro a Paradiso – misto de padaria e mercadinho com delícias veganas e orgânicas, provenientes de pequenos produtores, como tortas e bolos. Também me levaram para almoçar em um restaurante chamado Cumbuca, que serve pratos do dia super saborosos e com mensagens espalhadas convidando os clientes a trazerem o computador e passar a tarde inteira com direito a café e docinhos.

Esses estabelecimentos parecem ter sido feitos sob medida para essa turma. É claro que não faltam estúdios de yoga, massagem e práticas holísticas variadas. Outro fato que chama a atenção é que o meio de transporte preferido nesse eixo é a bicicleta ou o scooter, assim como em Bali. Ainda bem, porque o trânsito na ilha já se tornou um problema, mesmo fora de temporada. Até!

Restaurante Baduk conduz seus clientes por um delicioso passeio pela gastronomia de países como Líbano, Israel, Síria e Turquia

Restaurante Baduk conduz seus clientes por um delicioso passeio pela gastronomia de países como Líbano, Israel, Síria e Turquia

Recém-inaugurado no Leblon, o restaurante Baduk é especializado em comida do Oriente Médio

Baduk é o nome do mais novo restaurante especializado em comida do Oriente Médio. De origem árabe, a expressão pode ser traduzida para o carioquês como “Demorou”, ou “Já é”. Dos mesmos sócios do Pabu Izakaya, do Maria e o Boi e da Tasca Miúda, a casa tem menu assinado pelo chef Erik Nako e aposta em mezzes (entradinhas frias), saladas (como o tabule) e petiscos como kebabs (espetinhos), varenikes, gefilte fishes, shakshoukas, kibbehs turcos crus e shawarmas de costela servidos com hommus, tomate, cebola com sumac e picles no pão pita.

Na hora da sobremesa, brilham o flan de pistaches que tem massa de biscoito e recheio de creme de pistache, o kunefe de queijo com calda de flores e o elmali borek, um charutinho crocante com recheio de maçãs, tâmaras e cardamomo.
Para beber, aposte no Aster – um sour de cachaça, maracujá, limoncello, flor de sabugueiro e limão – ou no Telavivi Highball – elaborado com gim, vermouth seco, limão, hortelã, grenadine e ginger ale.

 

foto divulgação

 

Baduk Café & Bar
Rua Rainha Guilhermina, 96, Leblon.
Tel. 21 3592-0881.

Filme “Aumenta Que É Rock’n’Roll” conta a história da Rádio Fluminense, a primeira dedicada ao rock

Filme “Aumenta Que É Rock’n’Roll” conta a história da Rádio Fluminense, a primeira dedicada ao rock

A Rádio Fluminense, dedicada ao rock, foi uma das pioneiras contra a caretice vigente nos anos posteriores ao fim da Ditadura Militar

“Aumenta Que É Rock’N Roll”, longa dirigido por Tomás Portella e protagonizado por Johnny Massaro, chega aos cinemas no dia 25 de abril. O filme narra o surgimento da Rádio Fluminense FM, criada em 1982 pelo jornalista Luiz Antonio Mello (Massaro), com o apoio do amigo Samuel Wainer Filho (George Sauma). O roteiro é baseado no livro “A Onda Maldita”, escrito por Luiz Antonio Mello. A trama acompanha o dia a dia de um grupo de jovens sonhadores – produtores, repórteres e locutores – que toparam ir contra a caretice que ditava o padrão das rádios da época e deram origem à primeira rádio brasileira dedicada exclusivamente ao rock. Em uma das cenas mais icônicas, tendo como cenário o Rock in Rio de 1985, Luiz Antônio e sua amada Alice (Marina Provenzzano) selam seus destinos ao som de Cazuza, à frente do Barão Vermelho.

“Aumenta Que É Rock’n’Roll” revela a euforia vivida durante a redemocratização do país, quando o rock nacional invadiu as ruas e as vitrolas trazendo muito mais do que boa música, mas incendiando os costumes e revolucionando o jeito de se vestir, pensar, dançar e se expressar.

 

Johnny Massaro em cena do filme – foto divulgação