Novo projeto para ampliação e maior eficiência do aeroporto de Congonhas prevê reformas imediatas, como reordenamento do raio-x, e conexão com metrô até 2025
Operadora de Congonhas desde outubro passado, a Aena Brasil apresentou o projeto para a ampliação e modernização do aeroporto de São Paulo, que receberá um novo terminal de passageiros com mais que o dobro do tamanho atual, novas pontes de embarque e diversas melhorias para a eficiência operacional, que devem acontecer nos próximos quatro anos. De acordo com as projeções, Congonhas passará a dispor também de 20 mil metros quadrados para áreas comerciais.
Depois de implementadas as melhorias, com todos os pontos de parada de aeronaves preparados para receber aviões de maior capacidade, como o Airbus A321neo – que pode realizar voos internacionais –, o aeroporto poderá movimentar até 29,5 milhões de passageiros ao ano. Em 2023, foram 21,8 milhões, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Mais de R$ 2 bilhões serão aplicados em todas as reformas até 2028. “O Aeroporto de Congonhas é um patrimônio da cidade de São Paulo e do Brasil, com um papel importante para a conexão de toda a malha aérea nacional. Agora, vai passar por grandes alterações, tornando-se mais eficiente e oferecendo mais espaço e conforto aos passageiros”, reforça Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil.
Entre as ações imediatas, a serem implementadas ainda em 2024, estão o reordenamento das vias e meios-fios, implantação de bolsão e praça pick-up com 72 vagas para embarque em carros de aplicativos, retrofit do sistema de ar-condicionado do terminal atual, reforma dos banheiros, reordenamento e ampliação do raio-x, revitalização da fachada e ampliação da sala de embarque remoto.
Ainda sem ligação direta por trem ou metrô, com a maioria dos passageiros se deslocando de carro, o congestionamento no entorno do aeroporto é intenso. Para aliviar o trânsito e integrar às melhorias, o governo do Estado de São Paulo afirma que pretende concluir até o fim de 2025 as obras da Linha 17-Ouro, que terá uma estação conectada ao aeroporto.
Outras mudanças
De acordo com a Aena Brasil, o projeto contempla a preservação, revitalização e integração das áreas tombadas pelo Patrimônio Histórico ao novo terminal. A área nova – posicionada onde hoje estão os hangares da Gol, ainda uma herança da Varig – será utilizada para o embarque dos passageiros, enquanto o terminal atual será todo destinado ao desembarque. Com a ampliação, Congonhas receberá também mais espaço comercial, que inclui novas lojas, salas VIP, além de locais para escritórios e salas empresariais.
O terminal de embarque terá um novo salão de check-in com 72 posições, podendo chegar a 108, e novo píer com 36 metros de largura e 330 metros de comprimento. Serão 19 novas pontes de embarque, em substituição às 12 atuais, garantindo 70% ou mais dos embarques diretos às aeronaves. Além disso, haverá 10 portões de embarque remoto, 13 leitores automáticos de cartão de embarque e aumento de 10 para até 17 canais de inspeção. O projeto prevê ainda portões de embarque reversíveis, capazes de acomodar voos internacionais.
A operadora também destaca a instalação de um novo sistema de processamento de bagagens, mais rápido e inteligente, com 10 carrosséis (são três atualmente), e o aumento de cinco para sete esteiras de restituição de bagagem. A segurança das operações será reforçada com o afastamento maior entre aeronaves e pistas, dentro da norma internacional, redução da circulação viária interna, com mais pontes de embarque e oferta de serviços nas posições de parada, e novas áreas de escape (RESAs) na pista auxiliar e adequação de sinalização e balizamento.
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