Surpreendentes rótulos portugueses de diferentes regiões do país do Velho Mundo para compor a sua adega

Surpreendentes rótulos portugueses de diferentes regiões do país do Velho Mundo para compor a sua adega

Minha recente viagem a Portugal, para conhecer o novo quarteirão cultural WOW (World of Wine), em Vila Nova de Gaia, nas margens do Rio Douro, não poderia ter sido mais WOW! Imaginem que o complexo do grupo Fladgate, que compreende o hotel The Yeatman, a renomada Taylor’s e todas suas outras marcas de vinho do Porto como Croft, Fonseca, Krohn contempla nada menos do que sete museus, nove lojas e 12 restaurantes, além de uma escola de vinhos tudo em uma região magnífica que rodeia uma grande praça com vista para o Porto.

Entre visitas e passeios, pude frequentar diversos desses restaurantes e provar diferentes vinhos, aliás o WOW possui uma enorme adega onde circulam cerca de 90 mil rótulos ao ano, e faz questão de mostrar aos frequentadores a enorme diversidade vínica que Portugal tem uma das maiores em termos de castas autóctone e, certamente, a maior se considerarmos o pequeno território. Fantástico… o Brasil é vinte e duas vezes mais populoso que Portugal, mas o consumo per capita de vinho no país europeu é vinte e duas vezes maior que o dos brasileiros!

 

Praça Principal WOW | Foto Divulgação

Praça Principal WOW | Foto Divulgação

 

Anotei os vinhos que degustei com o agradável grupo com quem viajei e relaciono aqui os melhores para você: Porto Taylor’s 20 anos, espumante rosado Soalheiro, Branco Mira de Bucelas, Tinto Proibido A Capela (cem castas sendo 90 tintas e 10 brancas), Terras de Lava Açores, Terras de Bragão e Fonseca Terra Prima orgânico. Experimentei ainda cinco rosés no Pink Palace, um museu dedicado ao vinho rosé dentro do complexo, dos quais apenas anotei o Vale do Bragão Rosé e o Croft Pink, que valem a prova.

Há ainda o Taylor’s Chip Dry, Taylor’s Late Bottled Vintage 2017, Taylor’s Port 10 Years Old Tawny, Taylor Fladgate Vintage Port 2018, Quinta do Pinto, Rol de Coisas Antigas do Campolargo e Quinta das Carvalhas Branco. Amplie a sua lista com as recomendações portuguesas e acrescente outros, como Soalheiro Alvarinho, Abanico Quinta da Passarella, Lagar de Baixo Bairrada Baga do Niepoort, Casa Cadaval Trincadeira Preta e Pintas Character.

Totalizando 36 vinhos em cinco dias de viagem, finalizo as sugestões com Arco d’Guieira, Casa de Santar Encuzado de Curtimenta, Tinta Carvalha chão dos Eremitas do Antonio Maçanita, Ramisco Colares 2012, Krohn Colheita 2005, Taylor’s Vintage Port2018, Taylor’s Reserve Tawny Port, Mapa Vinha dos Pais do meu amigo Pedro Garcias o Carrau Teles, do querido Amigo Mateus Nicolau de Almeida, e o Manoela Douro Vinhas Velhas.

Agradeço ao grupo Fladgate pelo convite. Saúde!

Cantora Clara Nunes é tema de exposição inédita no Museu de Arte do Rio

Cantora Clara Nunes é tema de exposição inédita no Museu de Arte do Rio

A cantora mineira radicada no Rio de Janeiro é tema de uma mostra montada no Museu de Arte do Rio (MAR), que explora sua ligação com a escola de samba Portela e com a Pequena África carioca

O foyer da Escola do Olhar, no Museu de Arte do Rio (MAR), abriga até o dia 26 de fevereiro a exposição “Clara Nunes”. A mostra apresenta ao público uma leitura contemporânea da cantora mineira que marcou a música brasileira, abordando a relação da artista com o Rio de Janeiro (para onde ela se mudou no início da década de 1970), em especial com a região da zona portuária. Com cerca de 50 obras, a exposição conta com fotografias inéditas da intérprete registradas pelo fotógrafo Wilton Montenegro no Morro da Saúde, localizado na Pequena África, e com duas peças inéditas de artistas contemporâneos. Com atenção especial à estética afro-brasileira, a mostra também explora a conexão de Clara Nunes (1942-1983) com o Jongo da Serrinha e com a Escola de Samba Portela, além de sua viagem a Angola, apresentando assim uma visão ampla da trajetória da artista.

Clara Nunes | Foto Wilton Montenegro - Divulgação

Clara Nunes | Foto Wilton Montenegro – Divulgação

 

Museu de Arte do Rio
Praça Mauá, 5, Centro. Entrada gratuita.

Para muito além de suas grutas, cachoeiras e rios, Bonito também guarda encantos às margens de suas águas

Para muito além de suas grutas, cachoeiras e rios, Bonito também guarda encantos às margens de suas águas

A cidade sul-mato-grossense conhecida por seus passeios de flutuação em águas límpidas explora seu turismo em atividades não-aquáticas – que vão de cavalgadas pelas montanhas a trilhas com 4×4

Para muito além de suas grutas, cachoeiras e rios absurdamente cristalinos ideais para passeios de flutuação em meio à vida aquática pantaneira a cidade de Bonito também guarda encantos às margens de suas águas. Eleito por 16 vezes o melhor destino ecoturístico do Brasil, esse famoso município do Mato Grosso do Sul que fica a pouco menos de 300 km da capital, Campo Grande, e desde o ano passado recebe voos diretos de Congonhas em seu modesto aeroporto local pode muito bem ser explorado a seco, em passeios em terra firme diferentões, mas igualmente sedutores.

Localizada a pouco mais de 20 minutos do movimentado centro comercial da cidade, a fazenda Recanto do Peão abre suas porteiras a turistas que desejam imergir no estilo de vida pantaneiro “raiz”. Todo final de tarde, são realizadas por ali cavalgadas em grupo sob o pôr do sol da Serra da Bodoquena. Ao longo do percurso, de aproximadamente 5 km, os visitantes conhecem a história da região por onde passavam as antigas comitivas boiadeiras e realizam pausas para degustar lanches típicos. Pipoca fresquinha, café preparado em forno a lenha e porções da clássica sopa paraguaia espécie de bolo salgado feito com milho, cebola, leite e parmesão são itens indispensáveis ao cardápio. O passeio completo sai por R$ 120 por pessoa, e é obrigatório o uso de capacetes e de calçado fechado.

Recanto do Peão | Foto Divulgação

Recanto do Peão | Foto Divulgação

 

Já aos turistas que preferem momentos de adrenalina, a Trilha Boiadeira aluga quadriciclos 4×4 para passeios radicais, em meio à mata ciliar. Por R$ 190 (em baixa temporada), todos os visitantes com mais de 16 anos e que não tiverem ingerido bebida alcoólica recentemente podem se arriscar em um trajeto de 7 km com obstáculos, assumindo a direção ou simplesmente contemplando a vista, da garupa, guiados por monitores. Crianças de até 6 anos passeiam de graça, no banco de trás. Em dias fortuitos, é possível topar com um ou outro tamanduá se banhando nas poças de lama que recobrem o caminho.

Trilha Boiadeira | Foto Divulgação

Trilha Boiadeira | Foto Divulgação

 

E por falar em fauna e flora, uma boa pedida para quem quer mergulhar na diversidade ecológica da região é se hospedar no charmosíssimo Hotel Cabanas Aventura. Ao longo de seus 400 mil m² de área preservada onde tatus, cutias e outros animais silvestres circulam livremente, cabanas rústicas e bangalôs privativos de alvenaria ficam à disposição dos hóspedes. Com diárias que variam dos R$ 555 aos R$ 1235, o hotel oferece ainda um programa completo de atividades, inclusas no valor e pagas à parte por visitantes. Vale reservar uma tarde para praticar arco-e-flecha, se aventurar em circuitos de arvorismo ou, ainda, explorar a vegetação em trilhas autoguiadas ao redor do célebre Rio Formoso.

 

Hotel Cabanas | Foto Divulgação

Hotel Cabanas | Foto Divulgação

 

Hotel Cabanas
Rodovia MS 382, KM 6, Bonito, Mato Grosso do
Sul, tel. 67 3255-3013.
Reserva pelo site www.hotelcabanas.com.br

Miguel Rio Branco ganha mostra no IMS Rio sobre sua obra

Miguel Rio Branco ganha mostra no IMS Rio sobre sua obra

Em sua carreira de mais de 50 anos, Miguel Rio Branco (1946) construiu uma obra singular, marcada pelo cruzamento entre a fotografia, o cinema, a instalação e a pintura. Sua produção fotográfica é o foco da exposição “Palavras Cruzadas, Sonhadas, Rasgadas, Roubadas, Usadas, Sangradas”, em cartaz no Instituto Moreira Salles (IMS) Rio. A seleção reúne trabalhos produzidos desde os anos 1970, quando Rio Branco iniciava as experimentações com a fotografia, até os dias de hoje. A mostra é também a última oportunidade de visitar a sede do IMS, localizado na Gávea, antes de o local passar por um restauro, que deve se estender por quatro anos. Projetada pelo arquiteto Olavo Redig de Campos, em 1948, e inaugurada em 1951 como residência da família Moreira Salles, a casa está situada em um terreno de aproximadamente 10 mil m², em meio à floresta da Tijuca. Em 1999, passou por adaptações para se transformar em centro cultural.

 

IMS Rio - Foto Robert Polidori | acervo IMS

IMS Rio – Foto Robert Polidori | acervo IMS

 

Série "Coração, espelho da carne", 1980, da mostra de Miguel Rio Branco | Foto Divulgação

Série “Coração, espelho da carne”, 1980, da mostra de Miguel Rio Branco | Foto Divulgação

 

IMS RIO: Até 26 de março. Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea, Rio de Janeiro.

Marcelo Serrado é o protagonista da peça “Um Pai de Outro Mundo” no Teatro das Artes

Marcelo Serrado é o protagonista da peça “Um Pai de Outro Mundo” no Teatro das Artes

Serrado leva ao palco do Teatro das Artes as situações hilárias e os dramas vividos pelos pais deste mundo

Os múltiplos dilemas e demandas do pai moderno se transformaram em matéria-prima para a criação da peça “Um Pai do Outro Mundo”, uma parceria de Marcelo Serrado e Claudia Mauro, com direção de Marcelo Saback. Em cartaz até o dia 26 de fevereiro no Teatro das Artes, o espetáculo se propõe a retratar a rotina dos pais contemporâneos com os dramas e as piadas prontas que vêm junto. No palco, Serrado interpreta o caos e a delícia desse personagem que precisa se desdobrar em muitos para dar conta da revolução que a paternidade provoca dentro da casa e da cabeça. Em ritmo de comédia, o ator dá vida a Paulo Hernesto, um cantor de jingles e pai de uma menina pré-adolescente, fruto do seu primeiro casamento. Um dia ele recebe da atual mulher a notícia de que será pai de gêmeos. Entre dúvidas e angústias, Paulo encara o desafio e faz de tudo para ser o melhor pai desse mundo.

 

Marcelo Serrado| Foto Rogerio Faissal - Divulgação

Marcelo Serrado| Foto Rogerio Faissal – Divulgação

 

Teatro das Artes
Rua Marquês de São Vicente, 52, (Shopping da Gávea, 2º
piso), tel. 21 2540-6004. Ingressos de R$ 50 a R$ 100.