À frente do canal “Deboche Astral”, Vitor diCastro produz vídeos com muito humor

À frente do canal “Deboche Astral”, Vitor diCastro produz vídeos com muito humor

Nem sempre o ator Vitor diCastro gostou de astrologia. Nascido em uma família católica, não conhecia nada sobre os mistérios do zodíaco. Foi no curso de teatro que viu seus colegas conversarem sobre signos e foi convencido a fazer o mapa astral. “Câncer três vezes: signo, ascendente e lua! Todos já apareceram com mil interpretações e, no fim, me identifiquei muito.” Tomou gosto, descobriu os signos dos amigos e começou a fazer vídeos. Hoje, tem o canal “Deboche Astral”, que conta com incríveis 1,5 milhão de inscritos no YouTube e 300 mil seguidores no Instagram.

Como o nome já diz, o canal tem muito humor. As melhores e as piores combinações do zodíaco, os defeitos e as qualidades de cada signo, de Áries a Peixes nas mais diversas situações, Vitor se vê como uma ponte para o aprofundamento nesse estudo que é milenar. “Tenho uma parceria com a astróloga Tyfani Justo, quero fazer um conteúdo responsável mesmo que divertido, e quem assiste aos vídeos acaba querendo descobrir mais”, conta.

 

Vítor diCastro sorrindo

Foto Breno da Matta

 

Hoje, 10 pessoas trabalham para o canal – entre roteiristas, diretor, produção, câmera, mídias sociais, editores – que começou em 2019 e cresceu muito durante a pandemia. “Todos estão atrás de respostas, a astrologia se mostrou como uma possibilidade, e os brasileiros sempre se ligaram muito ao que é místico.” Foram 80 vídeos produzidos somente durante os meses de isolamento social e a equipe experimentou formatos novos de interação com o público – fizeram clipes de música e o quadro “Deboxonados”, em que Vitor comenta histórias de amor da audiência.

A vida de um produtor de conteúdo não para e exige trabalho duro. “É preciso sempre estar ligado e ver a internet como trabalho, com planejamento e organização, levar de um jeito bem capricorniano mesmo”, ri. Com 31 anos, Vitor encara o canal como um negócio, busca patrocínios e em seus descansos simplesmente não está online, porque ali é sua profissão. Para 2021, o ator não vê a hora de tirar do papel uma série de ficção para o Youtube. “Será sobre astrologia, claro, e terá uma produção grande, no nível dos streamings”, antecipa.

 

Passo a passo para uma jornada mais saudável e sustentável em 2021

Passo a passo para uma jornada mais saudável e sustentável em 2021

Um ano mais saudável e sustentável

2020 foi um ano desafiador, marcado pela maior pandemia dos últimos tempos, que abalou todas as nações, com enormes efeitos econômicos, sociais e emocionais. Foi também um ano marcado por índices históricos e terríveis de queimadas no Pantanal e na Amazônia. A pandemia apertou o botão da urgência e o interesse pela sustentabilidade aumentou de forma significativa: pessoas e empresas se deram conta de suas responsabilidades e da necessidade de ação.

Agora começamos um novo ano, e 2021 nos traz inúmeras possibilidades de fazermos diferente, com mais cuidado com as pessoas e com o planeta. Vamos acompanhar mais de perto o que os governos e as empresas estão fazendo para deixar uma pegada mais responsável para as futuras gerações, e assim escolher com mais critério representantes, marcas e produtos.

 

Foto divulgação

 

Temos que nos reinventar e agir para fazer deste ano uma jornada mais saudável e sustentável. Assim, sugiro aqui cinco passos simples:

1. Reconhecer que nossas atividades e decisões diárias tem impacto no meio ambiente (consumo de água, energia, resíduos) e nas pessoas (boas condições de trabalho, inclusão e equidade).

2. Repensar nossa forma de adquirir e usar bens materiais e imateriais além de estar sempre atentos à nossa responsabilidade e, dessa forma, evitar desperdício de água, usar sacolas reutilizáveis, separar bem nossos resíduos, e até garimpar em brechós (há várias opções online enquanto não estivermos todos vacinados) e reformar roupas antigas.

3. Renovar nosso compromisso com as pessoas e com o planeta a cada manhã, criando metas atingíveis, sem angústia pois não tem como sermos 100% perfeitos e não tem marca 100% sustentável.

4. Reciclar ideias que tivemos lá atrás e acabamos não tirando do papel por algum motivo, e usar a criatividade para inová-las e colocá-las em prática agora.

5. Revelar nossas experiências e boas práticas para o mundo, seja para a família, a comunidade onde vivemos ou nas redes sociais. Assim podemos inspirar mais gente, ou mesmo encontrar outras pessoas inspiradoras pelo caminho!

 

E para seguirmos juntxs nessa trilha mais consciente, deixo um presente para você. Baixe aqui o Calendário da Sustentabilidade Ecoera, com datas especiais que falam sobre o planeta e as pessoas.

Espero continuar lado a lado com você, por um futuro melhor em 2021!

Restaurante Manacá é uma parada mais do que obrigatória para quem vai ao litoral norte de São Paulo

Restaurante Manacá é uma parada mais do que obrigatória para quem vai ao litoral norte de São Paulo

No começo, tudo era mato. E até hoje ainda é! O restaurante Manacá é um oásis de Mata Atlântica no meio das residências que se acotovelam nas vizinhanças da badalada praia de Camburi, no litoral norte paulista. Inaugurado em 1988, ele funciona em um bangalô suspenso sobre palafitas construídas em um terreno onde a exuberante vegetação divide as atenções com a gastronomia caprichada.

O cardápio é assinado pelo chef Edinho Engel, e os trabalhos na cozinha são comandados pela chef Maria Ferreira. Depois de se acomodar e tomar aquela caipirinha de limão siciliano e gengibre, deleite-se com um dos pratos clássicos da casa, como os camarões empanados em tapioca, o atum demi-cuit com creme de iogurte e caramelo de balsâmico, o tartare de peixe branco com maçã verde, creme de raiz forte e ovas de mujol ou ainda o peixe no assado papillote de folha de bananeira e servido com farofa de banana e camarões.

 

Prato Atum Demi-cuit com creme de iogurt

Atum Demi-cuit com creme de iogurte, servido na casa – Foto divulgação

 

Para celebrar suas três décadas de atividade, Edinho introduziu novidades no menu, como o tiradito de peixe à peruana (finas fatias do peixe mais fresco do dia com molho cítrico, coentro e cubos de batata doce), o polvo grelhado com salteado de favas e purê de cenouras ou ainda o peixe em crosta de castanhas brasileiras, servido com purê de inhame, creme de cúrcuma e vinagrete de gengibre. Na hora da sobremesa, não deixe de provar a mousse de queijo branco com goiabada e fatias de goiaba brûlée.

 

Polvo grelhado com salteado de favas e purê de cenouras do restaurante Manacá

Polvo grelhado com salteado de favas e purê de cenouras – Foto divulgação

 

Outra novidade é a entrada do restaurateur Maurício Cavalcanti na sociedade do empreendimento. Ele é um antigo conhecido: antes de abrir o Più e o Piccolo – trattorias italianas de sucesso em São Paulo, ele trabalhou com Edinho no restaurante Amado, que o chef mantém desde 2004 em Salvador. Também sommelier, Maurício renovou a carta de vinhos e a seleção de coquetéis do bar do Manacá.

Muita coisa mudou na região desde os tempos em que Edinho vendia apenas sanduíches e marmitas aos frequentadores da praia, mas a essência do Manacá segue a mesma: um espaço que mistura bom gosto com simplicidade, sofisticação e despojamento, alta gastronomia internacional e receitas tradicionais caiçaras. Que permaneça assim por mais três décadas!

 

Chef Edinho Engel na entrada do restaurante Manacá

Chef Edinho Engel na entrada do restaurante Manacá – Foto divulgação

 

Manacá: Rua do Manacá, 102, Camburizinho, São Sebastião, tel. 12 3865-2550. De terça a sábado, das 13h às 22h; aos domingos, das 13h às 18h.

Boeing encolhe na pandemia e Airbus minimiza perdas

Boeing encolhe na pandemia e Airbus minimiza perdas

Entregas das duas principais fabricantes de aviões são duramente impactadas pela crise global causada pelo coronavírus, mas a europeia Airbus consegue fechar o ano com um resultado satisfatório, se comparado ao fiasco da norte-americana Boeing 

As duas principais montadoras de aviões tiveram um 2020 especialmente ruim por causa da pandemia. A norte-americana Boeing, que em 2019 já havia tido um ano complicado devido à paralisação das vendas dos 737MAX e ainda assim conseguiu entregar 380 aviões, fechou 2020 com apenas 157 entregas. Desde 1984 a empresa não encerrava um ano com menos de 200 aviões comerciais entregues. Naquele ano, foram efetivamente liberadas aos clientes um total de 146 aeronaves.

Do outro lado do Atlântico, o consórcio europeu Airbus encerrou o ano passado com 566 aviões entregues – mostrando força e resiliência apesar da aguda crise que atingiu o setor de aviação. O resultado ficou 34% abaixo do registrado em 2019 – o melhor ano da história da Airbus, quando 861 aeronaves foram enviadas aos clientes. Evidentemente não é um bom desempenho, mas considerando os desafios impostos às companhias aéreas do mundo todo, essa performance foi celebrada com um grande feito da empresa de capital francês, alemão, britânico e espanhol.

O impacto da queda brutal no tráfego aéreo internacional foi maior no segmento dos jatos de longo alcance. De 173 widebodies entregues em 2019 (como os A330, os A350 e os A380), a Airbus só concluiu a entrega de 82 aeronaves no ano passado. Já os aviões de corredor único apresentaram uma queda menos acentuada.

A família A220 teve 38 entregas (dez a menos que no ano anterior) e o A320neo – maior sucesso da Airbus – apresentou queda de “apenas” 22% em relação a 2019.
Na Boeing, o modelo mais vendido foi o 787 Dreamliner, com 53 unidades entregues ao longo de 2020. A expectativa é de que, com a recertificação do Boeing 737MAX, 2021 não seja um ano tão cruel para a gigante com sede em Seattle.

 

Aeronave Airbus A320

Airbus A320 – Foto divulgação

 

Radar

Vacina voadora
A Singapore Airlines espera se tornar a primeira companhia aérea do mundo a vacinar todos os seus tripulantes contra a Covid-19. Desde meados de janeiro, eles estão recebendo aplicações do imunizante da Pfizer/BioNTech. Já a Emirates está vacinando seu staff com a vacina da chinesa Sinopharm ou com a da Pfizer – ambas foram aprovadas pelas autoridades de saúde dos Emirados Árabes Unidos.

Roma-Brasil
O Conselho de Administração da Italia Trasporto Aereo, nome comercial da nova Alitalia, divulgou seus planos para o futuro, após mais uma reestruturação. Inicialmente, a companhia terá apenas 61 rotas, operadas por 52 aeronaves. Os voos Roma-São Paulo serão retomados em 2021, assim como Los Angeles, Nova York, Washington, Miami e Buenos Aires. Pelo cronograma, a rota Roma-Rio só deve ser reativada em 2023, junto com os voos para Tóquio, Nova Delhi e San Francisco.

Tolerância zero
A Agência de Aviação Civil dos Estados Unidos decidiu punir severamente quem desafiar a lei e arrumar confusão a bordo. Ela está emitindo multas de US$ 35 mil (cerca de R$ 180 mil) a passageiros desobedientes que não usam máscaras e causam desordem a ponto de ameaçar a segurança dos voos. Esse procedimento será adotado até, pelo menos, o dia 30 de março.

 

Conhecido por interpretar personagens cômicos, Anderson Di Rizzi agora investe em papéis mais complexos

Conhecido por interpretar personagens cômicos, Anderson Di Rizzi agora investe em papéis mais complexos

Aos 42 anos, Anderson Di Rizzi já tem vários personagens marcados na memória de quem gosta de acompanhar as novelas da Globo – sempre em papéis leves e divertidos. Fora da TV, o ator vem investindo em trabalhos mais complexos e desafiadores. Antes da pandemia, iniciou um giro pelo país com a peça “Um Beijo para Kafka” – que narra um episódio curioso da vida do escritor tcheco – e atuou no filme “O Segundo Homem”, ambientado em um cenário distópico, em que o porte de armas é liberado no Brasil. Na produção, ele interpreta Miro, um pai de família que se une a uma legião estrangeira criada para controlar a desenfreada violência no país. Por causa da pandemia, a peça interrompeu sua turnê e o filme – que tem também Cléo Pires, Wolf Maya, Negra Li e Lucy Ramos no elenco – entrou na fase de finalização.

Enquanto isso, Di Rizzi se isolou no interior de São Paulo com a mulher (a professora Taise Galante) e os dois filhinhos pequenos: Helena e Matteo, de 3 e 1,5 anos, respectivamente. “Foi um período de introspecção, de aprendizado e de conexão com a minha família. Agora sinto que algo melhor está por chegar. Acredito que em 2021 vamos colher os frutos que plantamos em 2020, tudo vai ser diferente”, avalia. Assim seja!

Veja a seguir os principais trechos da entrevista que ele concedeu à reportagem da revista 29HORAS.

 

FOTO DESSA PIRES | STYLIST LILI GARCIA

 

Quais recordações você tem dos tempos em que morava em Campinas?
Morei na cidade até os 17 anos. Meus pais ainda vivem lá, assim como vários dos meus amigos. Até hoje eu ainda voto no mesmo colégio em que estudei. Fui dono de um salão de beleza no Jardim Guanabara. Sempre que visito a cidade, passo pelo Conjunto Bandeirantes e pelo Jardim Pacaembu, onde corria descalço, jogava bolinha de gude e empinava pipa. Minha infância foi uma fase bem feliz da minha vida. Tenho orgulho de ser campineiro.

 

Quando adolescente, você queria ser jogador de futebol e até passou pela Ponte Preta. Por que razão acabou abandonando o futebol?
Tenho um carinho especial pela Ponte Preta. Quando eu atuava nas categorias de base, jogava do meio para frente. Era um jogador de criação, mas também fazia muitos gols. Acabei me afastando do esporte por causa de um acidente de carro. Quebrei um dedo do pé e ele não cicatrizou do jeito certo. Durante anos, sentia dores, e isso acabou me desanimando.

 

Como foi a transição de jogador de futebol para ator?
Quando trabalhava em uma academia de musculação, me chamaram para trabalhar com promoção e entregar panfletos na rua. Nesse “bico”, conheci uma galera que também fazia figuração em comerciais de TV. Me juntei a eles, fiz vários jobs nessa área e tomei gosto por atuar. Como sou muito obstinado e determinado, mergulhei nesse mundo e comecei a estudar, fazer cursos, ler livros e assistir a todas as peças e filmes que podia. Depois fiz faculdade de Artes Dramáticas e, quando conquistei meu DRT (registro na Delegacia Regional do Trabalho para exercer a profissão), enfim me senti um ator de verdade. Foi uma caminhada dura. Tomei muito “não” na cara, pensei várias vezes em desistir, mas acabei indo até o fim.

 

Anderson Di Rizzi e Camila Queiroz na novela Êta Mundo Bom

Anderson Di Rizzi e a atriz Camila Queiroz na novela Êta Mundo Bom! – Foto divulgação

 

Quando revemos a sua trajetória, vêm automaticamente à nossa mente o Xavier de “Morde & Assopra”, o Palhaço de “Amor à Vida” e o Zé dos Porcos de “Êta Mundo Bom!”. Qual deles é o seu predileto?
Eu adoro todos, e gostaria de também incluir nessa lista de favoritos o professor Josué de “Gabriela”, o Juvenal de “O Outro Lado do Paraíso” e o Márcio de “A Dona do Pedaço”. Mas quem ocupa um lugar especial no meu coração é Sargento Xavier, de “Morde & Assopra”. Quando fiz o teste, o personagem nem tinha nome. A sinopse dele só tinha cinco palavras: “Um guarda medroso e atrapalhado”. Me inspirei no Mazzaropi na composição. Aí o personagem foi crescendo e acabou virando um dos principais da novela. O sucesso do Xavier abriu várias portas na minha carreira e fez com que o grande público me “descobrisse”.

 

Anderson Di Rizzi na novela Morde & Assopra com o ator Ary Fontoura

Anderson Di Rizzi na novela Morde & Assopra com o ator Ary Fontoura – Foto divulgação

 

Onde você “quarentemou”? O que foi mais difícil durante o isolamento? O que você tirou de positivo para a sua vida desse período tão peculiar?
Logo no começo da pandemia, me isolei com a minha família em Itu, onde tenho uma casa no meio do mato. Apesar de o coronavírus ter interrompido a temporada da minha peça abruptamente, eu não reclamo. Tento sempre extrair alguma coisa boa dessas situações. Depois de muito tempo viajando com a peça e gravando novelas em outras cidades, fiquei meses e meses com meus filhos e com Taise, a minha mulher. Foi legal demais acompanhar a Helena e o Matteo crescerem, perceber como eles evoluem, vê-los brincando na grama e na terra, tomando água pura direto da nascente, colhendo frutas no pé, plantando verduras na horta, interagindo com os animais, aprendendo a respeitar a natureza. Se dependesse da Helena, a gente nunca sairia de lá…
O isolamento para mim foi uma oportunidade para que eu pudesse olhar para dentro, pensar na vida, repensar paradigmas. E o distanciamento teve também reflexos positivos no meu corpo. Montei uma pequena academia em casa e tive bastante tempo para me exercitar e cuidar da parte física.

 

Quais são seus projetos para 2021?
Estou muito otimista para este ano. Acredito que vai ser diferente, cheio de coisas boas, bem melhor do que 2020. Assim que possível, vamos retomar a turnê do espetáculo “Um Beijo para Kakfa” e, no cinema, estarei em “Tô Ryca 2” (sem data de estreia) e em “O Segundo Homem”, dirigido por Thiago Luciano e ainda em fase de finalização.

 

Anderson Di Rizzi na peça "Um Beijo em Franz Kafka"

Anderson Di Rizzi na peça “Um Beijo em Franz Kafka” – Foto divulgação

 

Em “O Segundo Homem”, você interpreta um personagem que vive em um Brasil distópico onde as armas são liberadas – roteiro cada vez menos ficcional e mais realista! A seu ver, que perigos o armamento sem controle da população pode trazer à sociedade brasileira?
Tenho medo desse futuro no qual é possível comprar uma arma em um supermercado, pagar no caixa e sair por aí com ela na cintura. Tenho medo das pessoas destreinadas. Para mim, quem quiser ou precisar ter uma arma tem de, obrigatoriamente, passar por uma avaliação psicológica e ser treinado para aprender a manusear o equipamento de forma apropriada e segura. Essas são medidas razoáveis, necessárias e indispensáveis. É horrível o que acontece em alguns países que tem uma legislação frouxa no controle das armas, como os Estados Unidos. De tempos em tempos, um desajustado mata ou coloca em risco a vida de dezenas de inocentes. Não gostaria de ver essa mesma situação aqui no Brasil.

 

Anderson Di Rizzi no filme "O Segundo Homem"

Anderson Di Rizzi no filme “O Segundo Homem” – Foto divulgação

 

Na TV, você se notabilizou por papéis leves e bem-humorados, mas no teatro interpretou textos de Kafka e no cinema encarnou esse pistoleiro nada cômico. Em qual gênero você se sente mais à vontade?
Tenho um prazer enorme em fazer comédia. Foi muito divertido dar vida ao Palhaço, ao Sargento Xavier e ao Zé dos Porcos. Mas agora quero explorar outras facetas desse trabalho de interpretação. Quem for à minha peça ou assistir “O Segundo Homem” me verá de uma maneira diferente. Pretendo focar agora em papéis novos para mim. Adoraria aparecer na TV como um vilão psicopata ou como um personagem shakespeariano bem dramático. Não é só para mostrar para o público o que eu capaz, é para satisfazer uma necessidade que eu, como ator, trago dentro de mim.

 

Quais são os seus 5 atores prediletos? O que cada uma dessas feras tem que você tanto admira?
O Marlon Brando é o melhor de todos. Ele está sempre pronto para encarnar seu personagem. Não precisa de preparação nem de laboratório. O Daniel Day-Lewis é outro monstro. A entrega dele em cada papel é algo que me impressiona muito. Pena que fez poucos filmes e se aposentou precocemente. No Brasil, tenho paixão pela Fernanda Montenegro, pelo Selton Mello e pelo Wagner Moura. Ver a Fernandona em ação é uma aula, e tive a oportunidade de vivenciar isso em “O Outro Lado do Paraíso”. Cada palavra que sai da boca dela tem uma cor diferente, o repertório dela é infinito. Já o Selton e o Wagner, além de serem excelentes atores, muito versáteis, têm a minha admiração também por causa de suas posturas profissionais e pessoais, diante de questões éticas, humanas e políticas.

 

Por fim, qual é a primeira coisa que você vai fazer após tomar a vacina?
Quero ir a Campinas dar um abraço gostoso nos meus pais, com calma e sem medo. Não faço isso desde março de 2020! Em seguida, vou pegar a Taise, as crianças e fazer uma viagem bem bacana para fora do Brasil. Depois de ficar tanto tempo em confinamento, quero ir para bem longe!

 

Anderson Di Rizzi com seus filhos, Helena e Matteo

Anderson Di Rizzi com seus filhos, Helena e Matteo – Foto arquivo pessoal