Restaurante Manacá é uma parada mais do que obrigatória para quem vai ao litoral norte de São Paulo

Restaurante Manacá é uma parada mais do que obrigatória para quem vai ao litoral norte de São Paulo

No começo, tudo era mato. E até hoje ainda é! O restaurante Manacá é um oásis de Mata Atlântica no meio das residências que se acotovelam nas vizinhanças da badalada praia de Camburi, no litoral norte paulista. Inaugurado em 1988, ele funciona em um bangalô suspenso sobre palafitas construídas em um terreno onde a exuberante vegetação divide as atenções com a gastronomia caprichada.

O cardápio é assinado pelo chef Edinho Engel, e os trabalhos na cozinha são comandados pela chef Maria Ferreira. Depois de se acomodar e tomar aquela caipirinha de limão siciliano e gengibre, deleite-se com um dos pratos clássicos da casa, como os camarões empanados em tapioca, o atum demi-cuit com creme de iogurte e caramelo de balsâmico, o tartare de peixe branco com maçã verde, creme de raiz forte e ovas de mujol ou ainda o peixe no assado papillote de folha de bananeira e servido com farofa de banana e camarões.

 

Prato Atum Demi-cuit com creme de iogurt

Atum Demi-cuit com creme de iogurte, servido na casa – Foto divulgação

 

Para celebrar suas três décadas de atividade, Edinho introduziu novidades no menu, como o tiradito de peixe à peruana (finas fatias do peixe mais fresco do dia com molho cítrico, coentro e cubos de batata doce), o polvo grelhado com salteado de favas e purê de cenouras ou ainda o peixe em crosta de castanhas brasileiras, servido com purê de inhame, creme de cúrcuma e vinagrete de gengibre. Na hora da sobremesa, não deixe de provar a mousse de queijo branco com goiabada e fatias de goiaba brûlée.

 

Polvo grelhado com salteado de favas e purê de cenouras do restaurante Manacá

Polvo grelhado com salteado de favas e purê de cenouras – Foto divulgação

 

Outra novidade é a entrada do restaurateur Maurício Cavalcanti na sociedade do empreendimento. Ele é um antigo conhecido: antes de abrir o Più e o Piccolo – trattorias italianas de sucesso em São Paulo, ele trabalhou com Edinho no restaurante Amado, que o chef mantém desde 2004 em Salvador. Também sommelier, Maurício renovou a carta de vinhos e a seleção de coquetéis do bar do Manacá.

Muita coisa mudou na região desde os tempos em que Edinho vendia apenas sanduíches e marmitas aos frequentadores da praia, mas a essência do Manacá segue a mesma: um espaço que mistura bom gosto com simplicidade, sofisticação e despojamento, alta gastronomia internacional e receitas tradicionais caiçaras. Que permaneça assim por mais três décadas!

 

Chef Edinho Engel na entrada do restaurante Manacá

Chef Edinho Engel na entrada do restaurante Manacá – Foto divulgação

 

Manacá: Rua do Manacá, 102, Camburizinho, São Sebastião, tel. 12 3865-2550. De terça a sábado, das 13h às 22h; aos domingos, das 13h às 18h.

Boeing encolhe na pandemia e Airbus minimiza perdas

Boeing encolhe na pandemia e Airbus minimiza perdas

Entregas das duas principais fabricantes de aviões são duramente impactadas pela crise global causada pelo coronavírus, mas a europeia Airbus consegue fechar o ano com um resultado satisfatório, se comparado ao fiasco da norte-americana Boeing 

As duas principais montadoras de aviões tiveram um 2020 especialmente ruim por causa da pandemia. A norte-americana Boeing, que em 2019 já havia tido um ano complicado devido à paralisação das vendas dos 737MAX e ainda assim conseguiu entregar 380 aviões, fechou 2020 com apenas 157 entregas. Desde 1984 a empresa não encerrava um ano com menos de 200 aviões comerciais entregues. Naquele ano, foram efetivamente liberadas aos clientes um total de 146 aeronaves.

Do outro lado do Atlântico, o consórcio europeu Airbus encerrou o ano passado com 566 aviões entregues – mostrando força e resiliência apesar da aguda crise que atingiu o setor de aviação. O resultado ficou 34% abaixo do registrado em 2019 – o melhor ano da história da Airbus, quando 861 aeronaves foram enviadas aos clientes. Evidentemente não é um bom desempenho, mas considerando os desafios impostos às companhias aéreas do mundo todo, essa performance foi celebrada com um grande feito da empresa de capital francês, alemão, britânico e espanhol.

O impacto da queda brutal no tráfego aéreo internacional foi maior no segmento dos jatos de longo alcance. De 173 widebodies entregues em 2019 (como os A330, os A350 e os A380), a Airbus só concluiu a entrega de 82 aeronaves no ano passado. Já os aviões de corredor único apresentaram uma queda menos acentuada.

A família A220 teve 38 entregas (dez a menos que no ano anterior) e o A320neo – maior sucesso da Airbus – apresentou queda de “apenas” 22% em relação a 2019.
Na Boeing, o modelo mais vendido foi o 787 Dreamliner, com 53 unidades entregues ao longo de 2020. A expectativa é de que, com a recertificação do Boeing 737MAX, 2021 não seja um ano tão cruel para a gigante com sede em Seattle.

 

Aeronave Airbus A320

Airbus A320 – Foto divulgação

 

Radar

Vacina voadora
A Singapore Airlines espera se tornar a primeira companhia aérea do mundo a vacinar todos os seus tripulantes contra a Covid-19. Desde meados de janeiro, eles estão recebendo aplicações do imunizante da Pfizer/BioNTech. Já a Emirates está vacinando seu staff com a vacina da chinesa Sinopharm ou com a da Pfizer – ambas foram aprovadas pelas autoridades de saúde dos Emirados Árabes Unidos.

Roma-Brasil
O Conselho de Administração da Italia Trasporto Aereo, nome comercial da nova Alitalia, divulgou seus planos para o futuro, após mais uma reestruturação. Inicialmente, a companhia terá apenas 61 rotas, operadas por 52 aeronaves. Os voos Roma-São Paulo serão retomados em 2021, assim como Los Angeles, Nova York, Washington, Miami e Buenos Aires. Pelo cronograma, a rota Roma-Rio só deve ser reativada em 2023, junto com os voos para Tóquio, Nova Delhi e San Francisco.

Tolerância zero
A Agência de Aviação Civil dos Estados Unidos decidiu punir severamente quem desafiar a lei e arrumar confusão a bordo. Ela está emitindo multas de US$ 35 mil (cerca de R$ 180 mil) a passageiros desobedientes que não usam máscaras e causam desordem a ponto de ameaçar a segurança dos voos. Esse procedimento será adotado até, pelo menos, o dia 30 de março.