Boeing encolhe na pandemia e Airbus minimiza perdas

por | fev 2, 2021 | Aviação, Coluna | 0 Comentários

Entregas das duas principais fabricantes de aviões são duramente impactadas pela crise global causada pelo coronavírus, mas a europeia Airbus consegue fechar o ano com um resultado satisfatório, se comparado ao fiasco da norte-americana Boeing 

As duas principais montadoras de aviões tiveram um 2020 especialmente ruim por causa da pandemia. A norte-americana Boeing, que em 2019 já havia tido um ano complicado devido à paralisação das vendas dos 737MAX e ainda assim conseguiu entregar 380 aviões, fechou 2020 com apenas 157 entregas. Desde 1984 a empresa não encerrava um ano com menos de 200 aviões comerciais entregues. Naquele ano, foram efetivamente liberadas aos clientes um total de 146 aeronaves.

Do outro lado do Atlântico, o consórcio europeu Airbus encerrou o ano passado com 566 aviões entregues – mostrando força e resiliência apesar da aguda crise que atingiu o setor de aviação. O resultado ficou 34% abaixo do registrado em 2019 – o melhor ano da história da Airbus, quando 861 aeronaves foram enviadas aos clientes. Evidentemente não é um bom desempenho, mas considerando os desafios impostos às companhias aéreas do mundo todo, essa performance foi celebrada com um grande feito da empresa de capital francês, alemão, britânico e espanhol.

O impacto da queda brutal no tráfego aéreo internacional foi maior no segmento dos jatos de longo alcance. De 173 widebodies entregues em 2019 (como os A330, os A350 e os A380), a Airbus só concluiu a entrega de 82 aeronaves no ano passado. Já os aviões de corredor único apresentaram uma queda menos acentuada.

A família A220 teve 38 entregas (dez a menos que no ano anterior) e o A320neo – maior sucesso da Airbus – apresentou queda de “apenas” 22% em relação a 2019.
Na Boeing, o modelo mais vendido foi o 787 Dreamliner, com 53 unidades entregues ao longo de 2020. A expectativa é de que, com a recertificação do Boeing 737MAX, 2021 não seja um ano tão cruel para a gigante com sede em Seattle.

 

Aeronave Airbus A320

Airbus A320 – Foto divulgação

 

Radar

Vacina voadora
A Singapore Airlines espera se tornar a primeira companhia aérea do mundo a vacinar todos os seus tripulantes contra a Covid-19. Desde meados de janeiro, eles estão recebendo aplicações do imunizante da Pfizer/BioNTech. Já a Emirates está vacinando seu staff com a vacina da chinesa Sinopharm ou com a da Pfizer – ambas foram aprovadas pelas autoridades de saúde dos Emirados Árabes Unidos.

Roma-Brasil
O Conselho de Administração da Italia Trasporto Aereo, nome comercial da nova Alitalia, divulgou seus planos para o futuro, após mais uma reestruturação. Inicialmente, a companhia terá apenas 61 rotas, operadas por 52 aeronaves. Os voos Roma-São Paulo serão retomados em 2021, assim como Los Angeles, Nova York, Washington, Miami e Buenos Aires. Pelo cronograma, a rota Roma-Rio só deve ser reativada em 2023, junto com os voos para Tóquio, Nova Delhi e San Francisco.

Tolerância zero
A Agência de Aviação Civil dos Estados Unidos decidiu punir severamente quem desafiar a lei e arrumar confusão a bordo. Ela está emitindo multas de US$ 35 mil (cerca de R$ 180 mil) a passageiros desobedientes que não usam máscaras e causam desordem a ponto de ameaçar a segurança dos voos. Esse procedimento será adotado até, pelo menos, o dia 30 de março.

 

0 Shares

0 comentários

Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Share via
Copy link
Powered by Social Snap