Bom de Copo: Qual a importância das taças para o consumo de vinhos?

Bom de Copo: Qual a importância das taças para o consumo de vinhos?

Cada vinho é mais bem apreciado em determinada taça, mas não é necessário ter uma grande variedade para acertar

Muito tem se falado na publicidade e nas redes sociais sobre a importância, ou não, das taças para o consumo de vinhos. Devo dizer duas coisas importantes: as taças fazem, com certeza, muita diferença, mas não são fundamentais – beba seu vinho onde e como você quiser.

Dito isso, são inúmeras alternativas de consumo, até em latinhas, tão apropriadas para praia, campo, baladas etc. Mas a taça correta melhora muito o vinho. Isso não é frescura nem exagero. É ciência. Certa vez fui a uma degustação de taças comandada pelo próprio Georg Riedel, representante da 10ª geração da família fundadora da Riedel Crystal – a lendária grife de taças de cristal. Confesso que fui preparado para descobrir que tudo não passava de exagero, e quebrei a cara totalmente.

Homem sentindo o aroma do vinho em taça - Foto IL21 | istockphoto

Foto IL21 | istockphoto

 

Imaginem que ele colocou quatro taças na frente de cada convidado, serviu então um Chardonnay em uma taça de Gewürztraminer, e pediu para que provássemos. O vinho ao nariz não se mostrou, depois na boca era pouco exuberante, era um Chardonnay comum. Em seguida, Georg Riedel nos pediu para passarmos aquele vinho para a taça própria para Chardonnay. O vinho ganhou muito em aromas e, na boca, ficou espetacular! Diante da surpresa de todos ele repetiu a cena com um Pinot Noir, servido em taça de Cabernet Sauvignon e depois passado para a taça apropriada. Deu-se o mesmo resultado.

Riedel explicou que os diferentes aromas dos vinhos têm diferentes volatilidades. Aromas mais florais, por exemplo, são mais leves e precisam ser segurados pelo design da taça para serem mais bem percebidos, enquanto os aromas mais pesados, não, que é o caso do Chardonnay. O Gewürztraminer é floral e se for servido na taça aberta, os aromas vão embora. Isso é sensacional!

E não é preciso gastar uma fortuna para ter uma seleção de taças apropriadas para cada tipo de vinho e em quantidade necessária para seus convidados – isso seria impensável, acho que somente é possível nas propriedades dos Riedel. Em casa, procure por uma taça bojuda, ligeiramente mais fechada na borda e funcionará como coringa. Em outra oportunidade falarei a respeito do design das taças de Champagne, que também foi tema de uma conversa que tive com o Georg Riedel, mas essa é uma história que fica para outra coluna. Saúde!

Vinhos para Páscoa: 5 rótulos que proporcionam harmonizações perfeitas com doces

Vinhos para Páscoa: 5 rótulos que proporcionam harmonizações perfeitas com doces

Para acompanhar deliciosos doces, especialmente na Páscoa, alguns vinhos de sobremesa se destacam e proporcionam harmonizações perfeitas

No mundo dos vinhos há uma frase que todo importador, produtor ou comerciante profere: “Vinho de sobremesa todo mundo gosta, mas ninguém compra”. E é verdadeira, pois normalmente são vinhos mais caros e as garrafas são menores, de 375 ml. Apesar disso, eu particularmente considero um presente muito elegante e versátil.

Esses vinhos, que existem em diversos tipos e com diferentes processos de produção, podem fechar com chave de ouro uma boa refeição. Quando um vinho de sobremesa acompanha um doce, deve-se observar que sempre precisa ser ainda mais doce do que a própria sobremesa. Há a opção também de degustá-lo como uma sobremesa em si, o que gosto muito, além de acompanhar muito bem queijos fortes.

Para quem quer harmonizar esses vinhos com os chocolates da Páscoa, sugiro os Vinhos do Porto, os Madeira doces e os Banyuls, todos fortificados, quando os chocolates têm pouca presença de cacau – aqueles que fazem parte de nossa memória afetiva. Casam-se bem por similaridade, ou seja, doce com doce e por causa do álcool elevado, que dissolve a gordura do chocolate que costuma encobrir nossas papilas, impedindo assim uma boa percepção de sabores.

 

Vinho e doces de páscoa - Foto Lechatnoir | Istockphoto

Vinho e doces de páscoa – Foto Lechatnoir | Istockphoto

 

Como tem aumentado o interesse por chocolates com 70%, 80% até 90% de cacau, que são mais intensos, bem menos doces e bastante estruturados, indico que os harmonize com os vinhos das castas Syrah Grenache e Cabernet Franc. Para esse tipo de chocolate amargo ou meio amargo, curiosamente esses vinhos ficam bons por seu perfil de taninos, especialmente os novos, mais adstringentes. Já entre os chocolates brancos, experimente combiná-los com espumante demi-sec.

Certa vez estive em um jantar muito fino promovido pelo rótulo dos vinhos argentinos Cheval des Andes, o chef era importante e os convidados idem. No cardápio, um dos pratos era um foie gras com figo maduro caramelizado, logo pensei como seria essa harmonização, que pediria um vinho doce, como Sauternes ou Tokaji. Pois o chef deu um toque de mestre, incluiu no prato um bom pedaço rústico de cacau, intenso, austero, com uma estrutura enorme e alta acidez. Foi o equilíbrio perfeito!

Feliz Páscoa! Bacio!

Da esquerda para a direita: Vinho Elégance Syrah Grenache; Gérard Bertrand Banyuls Vintage Rouge; Cheval des Andes; Vinho do Porto Taylor’s Fine Tawny; e espumante Salton demi-sec

 

Vinhos tintos de verão: Conheça 5 rótulos refrescantes que combinam perfeitamente com a estação mais quente do ano

Vinhos tintos de verão: Conheça 5 rótulos refrescantes que combinam perfeitamente com a estação mais quente do ano

Alguns vinhos tintos combinam perfeitamente com o verão, basta escolher rótulos refrescantes

Com a chegada da estação mais quente do ano vem sempre aquele senso comum de que vinho tinto é para beber no inverno e os brancos, no verão. Claro que um gostoso espumante, um refrescante branco e um sedutor rosé nos vem à mente nesses dias, na beira de piscina, na cadeira da varanda, na praia, no piquenique, porém gostaria de apresentar alguns rótulos tintos que se adequam ao verão, especialmente por sua estrutura.

 

FOTO SOLOVYOVA | ISTOCKPHOTO

 

É o caso da uva Gamay, aquela dos deliciosos vinhos do estilo francês Beaujolais. Aqui no Brasil, a Miolo produz um gama com as próprias leveduras – é um vinho fresco e frutado que deve ser consumido em temperatura mais baixa do que normalmente consumimos os tintos.

Outros exemplos são os vinhos da casta Pinot Noir, com suas diversas alternativas, como os Aurora Pinot Noir Varietal, ou o Pinto Bandeira e o Talise Pinot Noir (Vinci Vinhos). Há também os vinhos da gostosa uva País do Chile, como o Pedro Parra (WorldWine), e o Dolcetto D’Alba – italiano com grande frescor e sedutora fruta, além do Dogliani San Luigi (Mistral).

 

 

Da esquerda para a direita: Vinho Gamay, da Miolo; Aurora Pinot Noir Varietal; Pinto Bandeira; Talise Pinot Noir; e Dogliani San Luigi | Foto Divulgação

 

Todas essas castas citadas acima lhe darão grande prazer, sempre refrescados a 12ºC ou 13ºC, o que se consegue em 15 minutos de balde com gelo e água. Um vinho refrescado realça a acidez e a fruta, isso possibilita curtir perfeitamente um tinto no verão.

Para harmonizar, priorize sanduíches, saladas que incluam mozzarella e tomates, além de bruschettas, quiches diversas, saladas de batata com rosbife, e mesmo os antepastos italianos tão gostosos como as caponatas, os pimentões sem pele e temperados, as azeitonas temperadas e o queijo parmesão.

Aproveite sua taça no verão sem medo. Saúde!

Paint and Drink promove encontros que unem prova de vinhos e experimentação com pintura

Paint and Drink promove encontros que unem prova de vinhos e experimentação com pintura

São Paulo tem mesmo opções de lazer para todos os gostos. Unir o amor às artes plásticas e o prazer em degustar bons vinhos é possível nas oficinas Paint and Drink. A proposta é proporcionar momentos de relaxamento e interação por meio da arte. Não é necessário conhecimento artístico prévio para participar e as atividades são acompanhadas por artistas profissionais que ensinam todas as técnicas – o único objetivo dos participantes é pintar, beber e se divertir.

 

Oficina Paint and Drink, na sede da loja Aluf | Foto Divulgação

Oficina Paint and Drink, na sede da loja Aluf | Foto Divulgação

 

As próximas oficinas acontecem no quintal da loja da marca Aluf, na Consolação. Comandadas pela artista Thais Bambozzi, os encontros acontecem nos dias 5 e 6 de fevereiro com sessões no período da manhã (das 10h às 13h) e da tarde (das 14h às 17h). Para participar, basta comprar o ingresso no site do Paint and Drink – o valor (R$ 380) já inclui a entrada para a oficina, todos os materiais que serão utilizados e vinho à vontade. Pelo site e por meio das redes sociais da oficina, é possível acompanhar as futuras datas dos encontros.

 

Paint and Drink
Aluf: Rua da Consolação, 3.589
Para saber mais sobre as próximas oficinas, acesse o site: www.paintandrink.com.br

Com adega, carta de drinques, cortes especiais e assados, o restaurante Origem 75 celebra um ano em Vinhedo

Com adega, carta de drinques, cortes especiais e assados, o restaurante Origem 75 celebra um ano em Vinhedo

Em uma área de 1750 m2, – sendo grande parte ao ar livre, com dois salões principais, um bar e uma arejada varanda com vista para um lago e uma horta, o Origem 75 oferece um buffet rico em vegetais, legumes e grãos, além de excelentes carnes. O cardápio, elaborado com a consultoria da chef Renata Cruz, reúne opções tanto a la carte quanto self service.

Aos sábados, domingos e feriados, a casa destaca receitas especiais como a costela assada por 12 horas, com farofa de ervas orgânica; e a paleta de leitão sous vide, acompanhada de farofa de beterraba orgânica. A carta de drinques traz coquetéis preparados com ingredientes da própria horta do restaurante e que valorizam a agricultura local. Como o Dona Lúcia, coquetel que presta homenagem a última mulher da família dos quilombos da região de Vinhedo, e que leva cachaça, vermute dry, licor de flor de sabugueiro, limão taiti, melaço de cana e gelo.

 

Origem75- Foto Evelin Muller

 

Climatizada, com subsolo e estrutura metálica, o Origem 75 também abriga 1500 garrafas em sua adega, com rótulos tradicionais e uma carta com vinhos orgânicos, naturais e biodinâmicos.

O restaurante ainda disponibiliza o Espaço Bella Vista, uma área exclusiva com salão, cozinha profissional completa, bar e varanda privativa. O local pode ser reservado para funcionamento independente, ideal para reunir grupos de amigos, realizar eventos familiares, corporativos e degustações.

 

Foto Adriano Pacelli

Foto Adriano Pacelli

 

Origem 75
Rua Fluminense, 715, Vinhedo.
Km 75 da Via Anhanguera
Tel. (19) 3846-3438.