App Mãe Fora da Caixa tem conteúdo para mulheres que querem empreender

App Mãe Fora da Caixa tem conteúdo para mulheres que querem empreender

A Plataforma B2Mamy agora expande sua atuação para o o universo digital com o lançamento do app que contribui para formação de mulheres

Primeiro hub de inovação do país a investir exclusivamente em negócios desenvolvidos por mulheres, a B2Mamy já contribuiu para a formação profissional de mais de 60 mil brasileiras. Fundada em 2016 pela empresária e mãe Dani Junco e atuando, desde então, pela reinclusão feminina e materna no mercado de trabalho, a aceleradora agora expande sua atuação para o universo digital, com o lançamento do app Mãe Fora da Caixa.

Disponível para download gratuito nos sistemas Android e iOS, a plataforma reúne materiais exclusivos sobre empreendedorismo feminino, tecnologia e marketing digital, ao mesmo tempo que conecta suas usuárias a oportunidades de emprego. “Ao todo, são mais de 20 abas de conteúdos originais, entre tutoriais para pitches de sucesso, cursos rápidos sobre microempreendedorismo, ofertas de vagas em empresas parceiras e dados em tempo real sobre o que está em alta no mundo da inovação e da tecnologia”, comenta Junco.

Foto divulgação e Rawpixel.com | Freepik.com

Foto divulgação e Rawpixel.com | Freepik.com

 

Ela compartilha a autoria do projeto com a escritora Thaís Vilarinho. “Antes da nossa parceria, o aplicativo funcionava exclusivamente como uma rede social para encontros e debates sobre maternidade e pós-puerpério. Agora, atualizado, o app resume nossa meta de atuar também no pilar da informação e da empregabilidade”, celebra.

 

Thais Vilarinho e Dani Junco, idealizadoras da nova versão do app - Foto Paulo Liebert | Divulgação

Thais Vilarinho e Dani Junco, idealizadoras da nova versão do app – Foto Paulo Liebert | Divulgação

Fazenda Terra Preta se destaca pelo seu café de origem, reconhecido no exterior

Fazenda Terra Preta se destaca pelo seu café de origem, reconhecido no exterior

Para Fernanda Silveira Maciel Raucci, o café não é apenas uma bebida incrível, com seu aroma e sabor inigualáveis. O café é a história de suas raízes. Seu pai e seu avô paterno eram cafeicultores; seu avô materno, comerciante de café; e o bisavô materno corretor de café no Brasil e na Europa. Proprietária da Fazenda Terra Preta, parte remanescente de uma centenária fazenda de café situada em Pedregulho, na região da Alta Mogiana paulista, ela vê com orgulho a quarta geração, com seus filhos Felipe e Regina, dar continuidade a esse forte vínculo familiar com o grão.

“O café corre nas minhas veias, é meu projeto de vida”, diz Fernanda, que começou a tocar a fazenda em 1990, quando eram raras as mulheres produtoras na região. “Hoje queremos aumentar a presença feminina em todos os processos do negócio, por isso criamos o grupo Cerejas do Café, que une cafeicultoras de São Paulo e Minas Gerais.”

 

Fernanda Raucci na plantação de café em sua Fazenda Terra Preta - Foto: Divulgação

Fernanda Raucci na plantação de café em sua Fazenda Terra Preta – Foto: Divulgação

 

O café Terra Preta foi destaque no concurso Florada Premiada, da marca Três Corações, focado nas cafeicultoras; conquistou o título máximo no Concurso Nacional de Cafés da ABIC; e a classificação no Cup of Excellence de 2016 e 2017. Fernanda exporta o café verde, sem torrefação, e o produto industrializado para China, Estados Unidos, Espanha e Reino Unido.

Levemente frutado, com sabor caramelo e corpo licoroso, o Terra Preta está na categoria dos cafés especiais, determinados por características sensoriais. Livres de defeitos e com pontuação acima de 80 em uma escala de 0 a 100, os especiais têm torra mais clara e sabores e aromas distintos. Fernanda explica que o café tradicional acaba sendo mais escuro porque é excessivamente torrado para esconder impurezas como grãos brocados e fragmentos.

 

O terreiro de café na fazenda Terra Preta - Foto: Divulgação

O terreiro de café na fazenda Terra Preta – Foto: Divulgação

 

Durante a pandemia, ela se surpreendeu com o alto consumo do café especial, o nicho que mais cresceu nesse período: “Mais em casa, as pessoas começaram a experimentar cafés diferenciados e aprender sobre métodos de preparo.”

Preocupada com a sustentabilidade, a fazenda alia novas tecnologias agrícolas ao respeito e cuidado com o meio ambiente, e tem vários certificados, como o Rainforest Alliance. “Trabalhamos com dedicação para oferecer nossos melhores grãos. Na torrefação, o mestre é meu filho Felipe, que conhece como ninguém cada característica, cada detalhe dos cafés, do plantio à xícara”, diz Fernanda, apaixonada por essa bebida.

Hair Concept por Roberta Gomes inaugura novo espaço em Campinas

Hair Concept por Roberta Gomes inaugura novo espaço em Campinas

A empresária Roberta Gomes acaba de chegar em Campinas com sua marca internacional, focada em cuidados capilares personalizados.

Ela é carioca, mas vive como cidadã do mundo. Roberta Gomes tem 43 anos, mora em três países – Brasil, Estados Unidos e Emirados Árabes – e passa boa parte do seu tempo nos ares, ainda que seja muito pé no chão. “Vivo nos aeroportos, entre voos, para monitorar as fábricas e os salões”, conta. A Hair Concept, sua rede especializada em produtos e tratamento para saúde capilar, emprega 200 funcionários em doze unidades espalhadas por cinco países. Além dos três acima, Qatar e Bahrein.

 

Roberta Gomes aplicando sua tecnologia de análise de fios - Foto: Divulgação

Roberta Gomes aplicando sua tecnologia de análise de fios – Foto: Divulgação

 

Nas últimas semanas, Roberta tem circulado mais pelo Aeroporto de Viracopos, já que acaba de inaugurar um novo espaço em Campinas, no hotel Royal Palm Plaza. Aberto para hóspedes e clientes da região, o salão oferece, além dos serviços básicos de beleza, a detalhada análise diferencial dos fios e do couro cabeludo, com cuidados personalizados e uso de tecnologia de ponta. Todos os procedimentos seguem protocolos e cumprem as regras estabelecidas pela OMS e pela Prefeitura de Campinas.

“É um conceito inovador que permite recriar o cabelo saudável e perfeito com o qual você nasceu”, explica. A empresária começou cedo nessa área. E mergulhou de cabeça por necessidade própria: “Fui mãe aos 14 anos e, apesar de não recomendar essa experiência para ninguém, a maternidade precoce me fez entender que eles dependiam inteiramente de mim. Criei meus quatro filhos sozinha, por ser separada do pai deles. Isso foi um grande incentivo para entrar no ramo da beleza e me especializar em cosmetologia e tricologia.”

 

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

 

Depois de ter lançado várias marcas de produtos para cabelos nos Estados Unidos, onde mora desde 2008, Roberta acordou um dia com um sonho. “O Hair Concept surgiu em um sonho. Nele, a gente personalizava os produtos e cada profissional estava setorizado com uma responsabilidade, exatamente como é hoje. Foram quatorze meses para projetar esse conceito, não existia nada parecido no mundo”, conta.

A primeira unidade foi montada em 2016, na Flórida. A segunda em São Paulo e a terceira no Qatar, pois ela já atua no Oriente Médio há doze anos com a marca RG Cosmetics. “Costumo dizer que meu coração é dividido em três: Brasil, EUA e Oriente Médio”, define Roberta, que quando não está ocupada gerenciando as empresas da RG Holding, não abre mão de ficar em casa curtindo a família e aprendendo a nova arte de ser avó com Sophia, sua primeira neta, de um ano e meio.

 

Entrada do Hair Concept, em Campinas - Foto: Divulgação

Entrada do Hair Concept, em Campinas – Foto: Divulgação

Marfrig adquire uma significativa participação na BRF

Marfrig adquire uma significativa participação na BRF

Marfrig, potência das carnes bovinas, adquire uma significativa participação na BRF, líder no mercado de aves e suínos. Se a fusão for concluída, vai dar origem a uma poderosa empresa com faturamento anual de mais de US$ 20 bilhões.

Em um movimento que surpreendeu muita gente, a processadora de carnes Marfrig, do empresário Marcos Molina, abocanhou mais de 30% das ações da empresa de alimentos BRF. A Marfrig é 100% focada em carne bovina e é dona de marcas como Montana e Bassi. Já a BRF trabalha apenas com carne de frango (entre 70% e 80% da receita) e carne suína (entre 20% e 30%).

 

Foto: Divulgação

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Uma empresa complementa o portfólio da outra, e uma eventual união entre as duas geraria pouca sobreposição geográfica, uma vez que as operações da Marfrig se concentram na América do Norte (70% da receita) e América do Sul (30%), enquanto a BRF — controladora das marcas Sadia e Perdigão — tem sua atuação mais limitada ao Brasil (80% da receita) e ao Oriente Médio.

A nova empresa formada pela fusão já nasceria como uma das cinco maiores empresas de proteína do planeta, com um faturamento anual de mais de R$ 100 bilhões (ou cerca de US$ 20 bilhões), mais de 50 unidades produtivas e mais de 120 mil colaboradores. A Marfrig informa que — ao menos no curto prazo — não pretende interferir diretamente nos rumos da BRF ou eleger membros para o Conselho de Administração. A aquisição dessa significativa participação na empresa seria apenas um “investimento estratégico”. Mas a posse de mais de 30% das ações garante à Marfrig um enorme poder de fogo nas assembleias e nas tomadas de decisão do Conselho da BRF.

A aquisição, fusão ou seja lá qual nome tiver essa operação, ainda não está concluída. O desfecho deve acontecer neste segundo semestre de 2021. E certamente vai colocar mais uma gigante do agronegócio brasileiro em destaque no cenário mundial.

 

Foto: Divulgação

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Prosa rápida

  • Mango hype

Enquanto a Marfrig avança sobre a BRF, sua arquirrival JBS anuncia a compra da Rivalea, líder na criação e processamento de carne de porco na Austrália, responsável por 26% dos suínos processados no mercado local. Com essa aquisição, a JBS diversificará seus produtos no país e no Sudeste Asiático.

  • Sem apagão

Neste momento em que os reservatórios das usinas hidrelétricas estão esvaziados e em situação periclitante, as usinas de processamento de cana-de-açúcar podem ajudar a reduzir a chance de apagões e racionamento de energia elétrica no Brasil. A eletricidade de biomassa, gerada a partir do bagaço de cana, custa menos da metade daquela produzida nas centrais térmicas movidas a gás, diesel e carvão. As usinas sucroalcooleiras, concentradas no Centro-Sul, podem entregar energia por algo entre R$ 300 e R$ 400 por mega watt-hora, enquanto hoje há usinas térmicas com custo superior a R$ 1.000 por MWh.

  • Lanche venenoso

O uso de agrotóxicos no país é tão descontrolado que eles aparecem até em vários alimentos processados. Análise feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) detectou a presença de resíduos de herbicidas de alta toxicidade em produtos como as bebidas de soja da Batavo, os cereais matinais Nesfit, os snacks Baconzitos (da Pepsico), os biscoitos Triunfo (da Arcor) e Oreo (da Mondeléz) e nas bisnaguinhas Panco, Seven Boys (da Wickbold) e Pulmann (da Bimbo).

Para Rachel Maia, da RM Consulting, diversidade nas empresas é uma responsabilidade social

Para Rachel Maia, da RM Consulting, diversidade nas empresas é uma responsabilidade social

A empresária Rachel Maia ajuda corporações a apostarem na representatividade no ambiente de trabalho, fazendo com que inovem e ampliem seus negócios.

No início de 2021, segundo a Companhia de Estágios, empresa de RH, as contratações de estagiários negros triplicaram no Brasil. Foram 743 admissões no primeiro trimestre em relação às 250 nos primeiros três meses de 2020, um aumento de 197%. Conjunturas melhores e abertura para debates dentro das empresas estão no centro dessa mudança.

Para Rachel Maia, da RM Consulting, priorizar a representatividade nas companhias não é questão apenas de responsabilidade social, mas também de oportunidade. “O processo de letramento social consiste em entender que as empresas não operam no vazio, mas sim nas sociedades, em que as mudanças culturais, sociais, econômicas e políticas refletem nas práticas do universo corporativo. Ter pessoas diferentes em um mesmo ambiente proporciona ter vários pontos de vista para uma mesma situação; isso é essencial para o desenvolvimento de um negócio, porque amplia a capacidade de inovação e a pluralidade do debate.”

 

Rachel Maia, empresária - Foto: Divulgação

Rachel Maia, empresária – Foto: Divulgação

 

A empresária defende o conceito de letramento social para que os colaboradores passem a refletir criticamente sobre a sociedade e entender que a falta de pluralidade é um problema estruturalmente enraizado. “A partir daí é que haverá embasamento para a criação de ações afirmativas voltadas à empregabilidade de grupos historicamente minorizados, como PcD, negros, LGBTQIA+, mulheres, dentre outros”, explica Rachel, que dá consultoria a grandes empresas, como a XP e a JBS Brasil.

Uma das poucas mulheres negras a chegar ao topo do universo corporativo na América Latina – foi CEO da Lacoste, Pandora e Tiffany –, ela hoje se dedica a projetos próprios: além da consultoria RM, Rachel é fundadora do Capacita-me, voltado à educação e empregabilidade de pessoas em vulnerabilidade socioeconômica.

Por ter transitado em diferentes espaços e testemunhado a falta de representatividade em muitos deles, a empresária considera a diversidade e a inclusão parte importante da sua jornada. “Eu fui uma outlier! Nasci na periferia, estudei em escolas públicas e encarei preconceitos por ser negra e mulher. Mas tudo isso me fez acreditar nos meus valores e lutar pela inclusão”. Rachel Maia conta ainda que vislumbra um momento em que as pessoas se sentirão desconfortáveis em ambientes predominantemente compostos por um único grupo da sociedade: classe social, gênero ou cor. “Acredito que, em breve, por meio do letramento social e da educação, as pessoas serão genuinamente agentes da transformação social.”

 

Rachel Maia, empresária - Foto: Divulgação

Rachel Maia, empresária – Foto: Divulgação