Kátia Barbosa, jurada do “Mestre do Sabor”, traz em sua culinária o sabor da comida popular e a força da mulher brasileira

Kátia Barbosa, jurada do “Mestre do Sabor”, traz em sua culinária o sabor da comida popular e a força da mulher brasileira

Criadora dos famosos bolinhos de feijoada, dona do botequim Aconchego Carioca e jurada do reality “Mestre do Sabor”, a sempre bem-humorada Kátia Barbosa é a síntese da mulher brasileira, que sabe viver em meio a adversidades e, disso, trazer prosperidade.

Feijão preto, paio, linguiça, carne seca, costelinha, lombo, bacon e alho. Para dar liga, farinha de copioba, que é mais fininha e torradinha do que a farinha de mandioca comum. Para rechear, tirinhas de couve com mais bacon. A arquitetura de uma obra de arte é engenhosa, combina um monte de ingredientes e um bocado de processos. É preciso dessalgar, cozinhar, temperar, refogar, empanar e fritar. Foi preciso também evocar memórias afetivas para se chegar ao bolinho de feijoada. A dona desse feito tem nome: Kátia Barbosa

 

Foto - Divulgação

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Chefs estrelados de diversas partes do mundo, sambistas de cada canto do Rio de Janeiro, foodies do Brasil todo já enfrentaram fila para provar a iguaria. Embora se diga melhor vendedora do que cozinheira, Katita nunca gastou o gogó para levar multidões à Praça da Bandeira, na zona norte carioca. Naturalmente, suas generosas bolinhas de feijão viraram atrações da Grande Tijuca, junto à quadra do Salgueiro e à terceira maior floresta do mundo. Mais: eternizaram o Aconchego Carioca como um dos maiores botequins do país.

Um menu de tesouros fritos e criativos faz, sim, parte do legado. Porém, é o vestir a camisa da comida popular brasileira e o inegável carisma de Kátia que colocaram o bar na história da Gastronomia nacional. Mais do que a jurada mãezona e atual campeã do programa “Mestre do Sabor”, exibido nas noites de quinta-feira na TV Globo, ela é a defensora dos pratos com alma e técnica, do arroz com feijão de excelência, da rabada com habilidade, do escondidinho com perspicácia.
Mais desbocada e espirituosa do que se poderia imaginar para um reality show de culinária da TV, ela trilhou esse caminho como todos os outros de sua vida – espontaneamente. Há coisa de uma década, por exemplo, ela flechou o coração de Claude Troisgros: “Eu vi a Katita começar no primeiro restaurante, bem pequenininho. Vi ela entrar no mercado, crescer e se desenvolver. É uma cozinheira como ninguém, conhece a cozinha da terra, do povo e de família com muita sabedoria. É uma pessoa iluminada”.

 

Kátia Barbosa com os colegas jurados do reality "Mestre do Sabor", Leo Paixão e Rafa Costa e Silva - Foto: Divulgação

Kátia Barbosa com os colegas jurados do reality “Mestre do Sabor”, Leo Paixão e Rafa Costa e Silva – Foto: Divulgação

 

À lista de elogios que o chef francês costuma tecer faz ainda do bolinho de feijoada “uma das maiores maravilhas do mundo” e algo que não se expressa com palavras – foi ao Aconchego que Claude fez questão de levar o pai em sua passagem pelo Brasil. Para quem acha que o filho é que é celebridade, Pierre Troisgros foi um dos pioneiros da Nouvelle Cuisine, movimento que nos anos 1970 revolucionou não somente a trajetória da culinária francesa, mas mundial.

“Primeiro a Clarice, esposa de Claude, disse que ia trazer o namorado dela ao Aconchego. Quase morri quando vi quem era! Depois, no dia seguinte, ele apareceu com o cachorro e, como não tinha lugar, ficou em um degrauzinho tomando cerveja e comendo bolinho. Acabou voltando umas duas ou três vezes até me pedir a receita”, lembra-se Kátia.

Detalhe: mesmo com o passo a passo anotado, o preparo não deu certo. Resultado? Claude arrastou seu fiel escudeiro, Batista, até a cozinha tijucana e, entre a degustação de um quitute e outro, aprendeu o processo, mas não o segredo. “Como o bolinho de arroz com o arroz que sobra, o bolinho de feijoada me pareceu óbvio”, desdenha a autora. Mas ali, naquela massa, tem as lembranças da mãe engrossando o feijão com farinha, uma criatividade nata e a capacidade de sublimar as combinações mais corriqueiras.

 

A chef com Claude Troisgros - Foto: Divulgação

A chef com Claude Troisgros – Foto: Divulgação

 

Alma brasileira

Tudo dito até agora poderia ser pura ladainha, não fosse o tal bolinho uma alegoria de sua própria inventora. Cascudinha por fora, Kátia desmancha por dentro. Mais do que a forma, sabe que é o recheio que importa. Entre atender mesas e buscar os pratos na cozinha liderada pelo irmão, formou-se chef pelo olhar atento, pela sensibilidade. O aprimoramento, todavia, veio com a dedicação.

“Meu repertório era curto e eu não tinha grana, então passava horas em livrarias. Não lia receitas, porque não queria aprender a reproduzir, queria entender o comportamento dos ingredientes, as questões químicas”. Em outras palavras, a carioca devorou enciclopédias e livros de hoje colegas como Ferran Adrià e Alex Atala. Viajou o quanto pode e, por tentativa e erro, deu forma a uma metodologia instintiva, empreendedora por necessidade, brasileira até dizer chega.

Sua comida traduz sua história, nasce da vulnerabilidade e transborda abundância. Afinal, ao pé do primeiro fogão, além do irmão cozinheiro, eram mais sete crianças. Uma mãe lavadeira e um pai camelô. “Imagina fazer comida para nove filhos todo santo dia? A cozinha da minha mãe era sobrevivência. Era usar o aipim quando não tinha dinheiro para o pão, misturar o fubá com leite de coco e açúcar pra dar sustância. E quando não tinha nada, pegar o mamão verde no quintal para fazer picadinho”, conta Kátia.

O pai, por sua vez, cozinhava quando a esposa saía: “Aí todo mundo podia entrar na cozinha. Ele também levava a gente à Feira de São Cristóvão para comer rabada, mocotó e carne de sol. Para ele, comer era muito importante, porque ele passou fome, mas o mais importante era mostrar que comer aquelas coisas era um jeito de preservar a cultura nordestina”.

 

A cozinheira com sua filha, a também chef Bianca Barbosa - Foto: Berg Silva

A cozinheira com sua filha, a também chef Bianca Barbosa – Foto: Berg Silva

 

Valorizar o simples

Em vez de panelas, fuets e facas, a herança paraibana, o orgulho das origens e a infância nas vizinhanças do Complexo do Alemão são suas tatuagens. São traços sentidos no corpo, como ter doado o rim à sobrinha ou dado luz às filhas. A primogênita, Bianca, por sinal, além de cozinheira talentosa, comandará o novo restaurante da mãe, o Kalango, que abre este mês em Botafogo. Copa lombo com cuscuz nordestino, rubacão, sonho de bobó de camarão e vaca atolada estão entre os destaques do menu criado a quatro mãos.

A par da novidade, David Hertz, fundador da Gastromotiva, parceiro de Jamie Oliver e um dos maiores empreendedores da gastronomia social do mundo, repete a torto e a direito que “não bastasse fazer a melhor comida brasileira, a Kátia representa a mulher brasileira, sabe o que é viver em meio a adversidades e disso trazer prosperidade”.

Não à toa, sempre que pode ela leva essa trajetória consigo. Nessas, o percurso da chef já foi base de aulas emocionantes e jantares em Londres, Nova York e Copenhague. “Às vezes a gente precisa ir longe para ver o que está na nossa cara. Anos atrás, na Inglaterra, o Daniel Boulud serviu uma sobremesa bem cremosa, com tapioca e leite de coco, uns cubinhos bem pequenininhos de manga e um praliné de castanha de caju. Pensei: como é que um francês que mora em Nova York fez isso aqui melhor do que brasileiro? Na hora saquei que a questão era valorizar o simples, porque não adianta nada viajar o mundo inteiro e não saber fazer uma carne de panela”. Misto de reflexão e desabafo, a recordação é cotidiana durante as gravações do “Mestre do Sabor”.

Por incrível que pareça, o amigo Claude deu o maior apoio, mas foi Boninho quem escolheu a cozinheira como jurada. Desde então, há três anos, ao longo de pelo menos duas semanas, dez horas por dia, Katita se esforça para combater o “complexo tupiniquim” que pesa sobre a comida popular brasileira, para afirmar-se enquanto mulher preta e periférica e para inspirar em rede nacional: “Mais do que criar bolinho e ser copiada, o legal é motivar os botequins a melhorarem. O Aconchego foi um divisor de águas, hoje todo bar tem uma linha de bolinhos e isso me enche de orgulho. Quero passar isso também para os candidatos e para quem assiste ao programa”.

Kátia chora, briga, brinca e se emociona. Na frente e detrás das câmeras. Em casa, evita miúdos, ama vegetais, come tudo com pimenta e abre mão de qualquer coisa para ficar com Madá, a netinha de quatro anos. Nas redes sociais, esquece de postar a linha de congelados “Kátia Barbosa em Casa“, mas jamais o produto de um colega de profissão. Na cozinha, faz questão de trabalhar com jovens para remoçar e de se embrenhar no próprio DNA. E, no fim do dia, a conclusão é sempre a mesma: “Não é que essa merda de fazer bobó direitinho deu certo?”.

 

Os famosos bolinhos de feijoada, criação de Kátia. - Foto: Eduardo Almeida | Estudio Semente

Os famosos bolinhos de feijoada, criação de Kátia. – Foto: Eduardo Almeida | Estudio Semente

Cannes Lions, maior festival da publicidade, acontecerá online em 2021

Cannes Lions, maior festival da publicidade, acontecerá online em 2021

Formato online é apenas uma das transformações que atravessam os festivais de publicidade e inovação

Nenhuma mudança em 67 anos de Cannes Lions foi mais intensa do que a provocada pela pandemia do coronavírus no ano passado. De uma vez, evaporaram-se mais de 13 mil participantes dos auditórios do Palais Des Festivals – número registrado na edição anterior, em 2019. Naquele ano, 30 mil trabalhos de agências e anunciantes de 98 países concorreram aos Leões de Ouro, Prata e Bronze, além dos troféus de Grand Prix.

O formato online de 2020 vai se repetir em 2021, e o evento está marcado para acontecer de 21 a 25 de junho. A novidade, porém, é que, além dos seminários, o festival vai retomar a premiação, promovendo a avaliação de trabalhos pelos seus diversos júris.

 

Festival de Publicidade de Cannes - Foto: Divulgação

Festival de Publicidade de Cannes – Foto: Divulgação

 

Criado em 1953 de carona no Festival de Cinema, o então Festival Mundial do Filme Publicitário passou por inúmeras mudanças. Inicialmente abrigando publicitários do primeiro mundo, viu gradativamente aumentar a participação de profissionais da América do Sul, Ásia, Europa Central e Japão.

No ano 2000, com a primeira delegação da China, o festival já apresentava uma série de transformações na divisão de áreas, com a ampliação de seu repertório para além dos comerciais de TV e Cinema. No final da década, assistiu- se a outro fenômeno no evento, a participação maciça de executivos de Marketing dos maiores anunciantes do planeta.

Essa viagem sem volta levou a Cannes, todo ano, profissionais de marcas dos mais diversos países. A sala de exibição de filmes, antes em local nobre no Grande Auditório, ficou em um cantinho do grandioso Palais. Acompanhando a evolução do negócio, o renomeado Cannes Lions passou a dar mais importância aos cases de Marketing e seus resultados, às diferentes plataformas e aos conteúdos das mensagens.

O festival se tornou imprescindível para anunciantes conhecerem os projetos de marcas mais inovadores do mundo. Afinal, a tecnologia e o digital mostram que as empresas não podem mais se preocupar apenas com os produtos inerentes ao seu DNA.

Ao redor do evento, começou a girar também um mundo que considera a sustentabilidade do planeta, a mobilidade das grandes metrópoles, a saúde e o bem-estar de todas as pessoas. Não só de seus consumidores. À essas questões foram agregadas as políticas de luta pelos direitos das mulheres, contra a violência feminina, a favor da liberdade sexual e de combate aos vários tipos de preconceitos.

O mesmo aconteceu com outros tantos festivais pelo mundo, todos agora em formato remoto, com lives e o julgamento online das peças. Com participação efetiva do Brasil desde seu lançamento, em 1969, o Festival Ibero Americano de la Publicidad (FIAP) não realizou sua edição comemorativa de 50 anos. Nem em 2019, por desistência da prefeitura de Buenos Aires que o abrigaria, nem em 2020 por causa da pandemia.

Antes mesmo disso, o FIAP já havia adotado sua mais profunda reformulação atendendo às mudanças da comunicação. Os trabalhos são avaliados somente em quatro áreas distintas: Formatos, Inovação, Anúncios e Produção. Acompanhando as decisões internacionais de distanciamento social, o festival deste ano já definiu sua edição online, no início de outubro, a partir de Miami.

É um novo mundo da publicidade, que talvez nunca volte ao velho normal.

Sustentabilidade nas empresas é ponto chave para investimentos internacionais

Sustentabilidade nas empresas é ponto chave para investimentos internacionais

Parte do agronegócio brasileiro já se deu conta, mas muitos produtores rurais ainda insistem em viver no século XX. A sustentabilidade não é plus, não é algo opcional. É uma necessidade para quem quiser atrair investimentos internacionais e conquistar mercados pelo mundo. Em Nova York, em Paris ou em Hong Kong, ninguém quer comer um bife que, para ser produzido, teve de derrubar um pedaço da floresta Amazônica. Da mesma forma, rejeita o salgadinho feito com milho transgênico cultivado em um território que, até outro dia, era o habitat de onças, tamanduás e emas.

Empresas que apostam em boas práticas ecológicas estão captando fortunas de investidores globais. Quem não abandonar a mentalidade antiquada e predatória em suas fazendas vai ficar para trás.

No início deste ano, a Amaggi, uma das maiores produtoras de soja do país, ofereceu ao mercado US$ 500 milhões em títulos de sustentabilidade – papéis vinculados ao financiamento de projetos de gestão ambiental relacionados a uso do solo e recursos naturais, biodiversidade, mitigação das mudanças climáticas, desenvolvimento socioeconômico e segurança alimentar – com vencimento em 2028 a uma taxa de 5,25%. A procura foi seis vezes superior à esperada, e o volume da emissão subiu para US$ 750 milhões para dar conta da demanda.

Recentemente, a Marfrig – uma das maiores empresas processadoras de proteína animal do mundo – levantou US$ 30 milhões em um título do tipo sustainability-linked, cujos recursos serão destinados à busca de uma cadeia de fornecimento livre de desmatamento na Amazônia e no Cerrado. BRF, Suzano e JBS também são outras empresas do agro que estabeleceram ambiciosas metas socioambientais.

Sustentabilidade não é gasto, é investimento.

 

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Prosa rápida

  • Xô carrapato!

A cada ano, a pecuária brasileira perde cerca de US$ 3 bilhões por causa dos carrapatos bovinos. Agora a Embrapa, em parceria a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), desenvolve a primeira vacina contra carrapato. Em fase final de testes, o imunizante tem eficácia de 69%. A vacina já teve sua patente aprovada, mas não chegará tão cedo ao mercado. A análise para aprovação de seu uso pelo Ministério da Agricultura deve levar ainda uns dois anos.

  • Bio, lógico!

As vendas da indústria de defensivos agrícolas biológicos devem crescer 33% neste ano, para R$ 1,8 bilhão, estima a associação Croplife Brasil, com base em dados levantados pela consultoria Blink. Esses são insumos agrícolas desenvolvidos a partir de ingredientes ativos naturais, com baixa toxicidade quando comparados aos agroquímicos tradicionais e capazes de eliminar infestações sem contaminar o meio ambiente.

  • Orange is the new gold

A safra 2020/21 de laranja no estado da Flórida deve registrar uma das menores produções da história recente. O Departamento de Agricultura dos EUA estima que a colheita de laranjas seja 23% menor do que a da temporada 2019/20. Isso deve favorecer duplamente os produtores brasileiros. O preço da commodity deve subir devido à menor oferta mundial de suco e espera-se que a procura pelo produto Made in Brazil aumente.

Sampa Sky: São Paulo ganhará novo mirante retrátil, inspirado no Skydeck de Chicago

Sampa Sky: São Paulo ganhará novo mirante retrátil, inspirado no Skydeck de Chicago

O Sampa Sky, no 42º andar do edifício Mirante do Vale, deve ser aberto ao público no início de julho, com vistas espetaculares da cidade

Muita gente pensa que o prédio mais alto de São Paulo é o Edifício Itália, com seus 45 andares e 165 metros de altura. Mas na verdade esse título pertence ao Edifício Mirante do Vale, um gigante inaugurado em 1966 que tem 170 metros, 51 andares, heliponto, 12 elevadores e 146 lojas nas galerias que ocupam os andares mais próximos do térreo.

É lá que vai ser inaugurado, no dia 1º de julho, um mirante nos moldes SkyDeck de Chicago, no 103º andar da Willis Tower, um dos lugares mais instagramáveis do planeta. O Sampa Sky, que ocupa 700 m2 do 42º andar do prédio, terá como destaques duas plataformas deslizantes com piso, teto e laterais de vidro blindado que avançam para fora da fachada, proporcionando a quem estiver por lá a impressão de estar levitando sobre a cidade.

 

Skydeck - Foto divulgação - @erikmarthaler

Skydeck – Foto divulgação – @erikmarthaler

 

O primeiro observatório retrátil fica virado para a face Sul do edifício, com uma vista espetacular para o Vale do Anhangabaú, para o Banespão, para o Prédio Martinelli e para o espigão da Avenida Paulista, ao fundo. O segundo se volta para a face Leste, onde o panorama inclui o Mercado Municipal, o formigueiro humano da Rua 25 de Março, o Mosteiro de São Bento, o Parque Dom Pedro e, lá no horizonte, a região do ABC e até os contornos da Serra do Mar.

 

Edifício Mirante do Vale - Foto divulgação

Edifício Mirante do Vale – Foto divulgação

 

Além das plataformas deslizantes, o espaço terá um café operado pela Três Corações, lojinha de souvenirs e outros cenários instagramáveis, onde o visitante poderá ser clicado voando sobre a cidade a bordo da bicicleta do ET ou da vassoura de Harry Potter.

 

Vista Sampa Sky - Foto divulgação

Vista Sampa Sky – Foto divulgação

 

O projeto foi idealizado pelo chef André Berti, que tem como sócios o advogado Antônio Carlos da Relva Caldeira (proprietário do espaço) e o publicitário Alessandro Martineli. A expectativa é que o Sampa Sky seja uma das principais atrações da cidade, atraindo turistas e também os moradores da capital. Se tudo correr dentro do planejado, o local vai receber a cada mês cerca de 25 mil pessoas.

A capacidade permite acomodar até 400 pessoas simultaneamente, mas esse número deve ser reduzido no início, por causa das normas de segurança impostas pela Prefeitura e pelos órgãos de Saúde do município.

O empreendimento nem foi inaugurado, mas já está sendo procurado por promoters para verificar a possibilidade de reservar datas para eventos corporativos e casamentos. No caso de uma cerimônia matrimonial, o padre e os noivos podem ficar na plataforma, projetados “no ar”! “Fomos procurados até por gente interessada em alugar a área para aulas de ioga e meditação, fora do horário de funcionamento”, conta Alessandro Martineli.

O Sampa Sky vai abrir nos sete dias da semana, sempre das 10h às 20h. O elevador só levará novos grupos lá para cima a cada meia-hora. Para ter acesso ao mirante, o bilhete inteiro vai custar R$ 60. Mas nas primeiras semanas de operação será cobrada meia entrada (R$ 30) de todo mundo.

 

Vista do Sampa Sky para a Zona Leste - Foto divulgação

Vista do Sampa Sky para a Zona Leste – Foto divulgação

 

Mídia OOH: digital em casa, na rua e em qualquer lugar

Mídia OOH: digital em casa, na rua e em qualquer lugar

Profissionais da propaganda avaliam que a escuta ativa às necessidades dos consumidores aliada ao avanço tecnológico são tendências nas mídias.

A transformação digital, que já acontecia e foi acelerada pela pandemia, criou um ambiente extremamente desafiador para o profissional de propaganda e marketing, em meio à vasta diversidade de novos canais e métricas, e convergência de meios. Se este momento pelo qual o mundo atravessa fez com que a sociedade passasse por muitas mudanças e adaptações, com a propaganda não foi diferente.

 

Foto - Divulgação

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“Houve um ganho de complexidade dos processos de decisão de compra por parte do consumidor, o que elevou consideravelmente a noção de propósito das marcas. Os anunciantes alteraram suas estratégias de comunicação a curto prazo, com foco em ajudar, entreter, apoiar e ser útil às pessoas, mais do que vender produtos”, analisa Sandra Martinelli, Presidente Executiva da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). Segundo ela, consumidores cobram posicionamentos e valores que devem ser representados não só na comunicação, mas que devem ter consistência da porta para dentro. “A publicidade precisa refletir esses compromissos em uma relação leal, coerente e próxima ao público.”

 

Sandra Martinelli - Foto: Divulgação

Sandra Martinelli – Foto: Divulgação

 

Para Armando Ferrentini, publisher e diretor-presidente do Propmark, a publicidade brasileira tem a capacidade de enfrentar esse cenário. “O modelo brasileiro de publicidade, que é full service, ou seja, inclui na estrutura criação, mídia, atendimento, planejamento, pesquisa, produção e performance, é uma vantagem competitiva. Em vários países, a mídia é feita de forma independente e com olhar financeiro, o que torna tudo mais caro. O modelo brasileiro é campeão, está integrado à economia criativa em que esse país tanto se diferencia.”

 

Armando Ferrentini - Foto: Divulgação

 

Tradicional e inovadora

Criatividade e reinvenção podem ser percebidas e materializadas na mídia Out Of Home (OOH), que é capaz de se transformar e atender a novas demandas rapidamente. “A mídia exterior ou OOH é uma das mídias mais tradicionais e ao mesmo tempo mais inovadoras, com excelente custo-benefício, alto poder de impacto, amplo alcance e que já passou por diversas transformações nos últimos anos”, define Sandra Martinelli. “As marcas têm apostado nessa mídia, seja em anúncios em outdoor, no transporte urbano, em abrigos de pontos de ônibus ou painéis digitais, para restabelecer vínculos do cotidiano e dissipar mensagens de esperança, muito importantes nesse momento de insegurança e incerteza.”

 

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Assim como toda a indústria da comunicação, o mercado de mídia OOH aponta como tendência o digital (Digital Out of Home), ou DOOH. Os painéis de LED, por exemplo, trazem mais visibilidade e destaque às propagandas com imagens de excelente resolução, animações e vídeos. Com monitores cada vez mais modernos e tecnológicos, a mídia DOOH consegue sincronizar seus anúncios de acordo com datas, horários, fluxo de pessoas e até condições meteorológicas.

Representante dessa modernização, a Eletromidia aposta no dinamismo, no desenvolvimento de novos modelos de hardwares e na expansão para novos espaços. “A segmentação segundo os mais diversos recortes da população será cada vez mais uma realidade para a construção de campanhas de comunicação verdadeiras, empáticas e assertivas. Estamos construindo um novo conceito de conexão entre marcas e pessoas em que o avanço tecnológico transformará a experiência pelas cidades”, explica Alexandre Guerrero, CSO da empresa.

 

Alexandre Guerrero - Foto: Divulgação

 

O poder de adaptação e superação é a chave para qualquer evolução. A crise chegou de uma maneira que ninguém poderia prever e a publicidade assumiu um papel ainda mais relevante como elo entre a sociedade e o capital criativo de transformação das marcas. “A adaptação da propaganda foi além de comunicar um produto ou uma marca. O principal ajuste foi na maneira de se comunicar com o público. Agora somos o primeiro veículo de comunicação do Brasil a ter papéis negociados na B3, e isso nos enche de orgulho e fortalece o nosso objetivo de sermos agentes transformadores do mercado de mídia. Queremos ampliar nossa presença, combinando escala e tecnologia, para continuar reinventando o OOH a ser cada vez mais digital e conectado às pessoas”, finaliza.

 

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