Recém-inaugurado no Leblon, restaurante Salí aposta em cardápio mediterrâneo

Recém-inaugurado no Leblon, restaurante Salí aposta em cardápio mediterrâneo

No Salí, o novo restaurante do chef Ricardo Lapeyre, os sabores do mar estão presentes não só nas comidas, mas também nos drinques do bar

O nome do restaurante Salí, recém-inaugurado no Leblon, é uma referência à salicórnia, uma espécie de alga que também é conhecida como “aspargo marítimo”. O cardápio da casa comandada pelo chef Ricardo Lepeyre também é uma ode aos frutos do mar e aos sabores do Mediterrâneo, como se convidasse os comensais a um tour que passeia pelo sul da França, pelo Líbano, pela Espanha, pelo Marrocos, pela Itália e pela Turquia. Tem croqueta de lagostim com aioli de limão siciliano, polvo grelhado e servido com purê de grão-de-bico, spaghetti com vôngoles e lambretas, peixe do dia grelhado e acompanhado de compota de tomate e pesto de pistache, o tamboril envolto em presunto ibérico e muito mais. O mar está presente até nos drinques, como o Bloody Salí – versão cheia de umami do clássico coquetel, aqui elaborado com vodca, suco de tomate, limão siciliano e tinta de lula.

 

Ricardo Lepeyre - foto divulgação

Ricardo Lepeyre do restaurante Salí – foto divulgação

Salí
Rua Dias Ferreira, 78, Leblon, tel. 21 2512-6526.

Tropìk, o beach club do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana, é eleito o melhor quiosque da cidade

Tropìk, o beach club do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana, é eleito o melhor quiosque da cidade

Tropìk chega chegando ao Posto 6, com suas comidinhas de inspiração grega, seus drinques refrescantes e sua eclética programação musical

O beach club Tropìk, inaugurado no final de 2022, é uma extensão do elegante hotel Fairmont Copacabana. Com um espaço ao ar livre em pleno Posto 6, um dos trechos mais agradáveis da orla carioca, o Tropìk surgiu inspirado nos estabelecimentos em estilo pé-na-areia do Mediterrâneo. Seu cardápio de beliscos valoriza os ingredientes leves e as receitas com sotaque grego. O menu foi concebido pelo chef francês Jérôme Dardillac e traz opções como a moussaka tradicional, o souvlaki (espetinho) de camarões com molho de iogurte, os sanduíches de kebab e a burrata com tomates cereja marinados e tapenade (patê de azeitonas) – além de petiscos brasileiríssimos, como o caldinho de feijão com alho crocante, os bolinhos de peixe, os dadinhos de tapioca e os bolinhos de feijoada recheados de couve e bacon.

Bolinho de peixe assado com molho de pimenta sweet chilli - Foto divulgação

Bolinho de peixe assado com molho de pimenta sweet chilli – Foto divulgação

 

Para bebericar, a carta de drinques tem coquetéis coloridos e refrescantes, como o Santorini (que combina gim, cordial de limão, Curaçau Blue, club soda e hortelã), o Tropìk GT (um gim-tônica turbinado com xarope de tangerina e um ramo de alecrim) e o Creta (de vodca com maracujá, pimenta, soda de cranberry e louro).

Para completar o clima de descontração e informalidade, o espaço tem ainda uma eclética programação musical que inclui apresentações de samba, MPB, jazz e até mesmo eletronic beats – selecionados por DJs com uma pegada menos frenética e mais relaxante. Trilhas sonoras perfeitas para quem quiser curtir com segurança e conforto a magnífica paisagem, que inclui o Forte de Copacabana, o Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara.

 

Quiosque Tropik Beach Club - Foto divulgação

Quiosque Tropik Beach Club – Foto divulgação

 

Por essas e por outras, não por acaso o Tropìk acaba de ganhar da revista “Veja Rio” o troféu de Melhor Quiosque da cidade. “Trouxemos um novo conceito para a praia, proporcionando aos nossos visitantes – hóspedes ou não do hotel – a oportunidade de vivenciar uma experiência memorável desde o café da manhã até a programação noturna, com as apresentações musicais. Ficamos muito felizes com o reconhecimento do sucesso do point mais badalado da praia de Copacabana”, conta Netto Moreira, gerente-geral do Fairmont Rio de Janeiro Copacabana.

Tropìk Beach Club
Avenida Atlântica, 4.201, Copacabana, tel. 21 2525-1244. Aberto de domingo a quinta-feira, das 8h às 20h; às sextas e sábados, das 8h à meia-noite.

Com um chef de origem veneziana, o restaurante Nido aposta em receitas da tradicional gastronomia mediterrânea

Com um chef de origem veneziana, o restaurante Nido aposta em receitas da tradicional gastronomia mediterrânea

Apostando na clássica culinária do mediterrâneo, o Nido Ristorante tem sua cozinha comandada pelo chef veneziano Rudy Bovo. Inspirado nas tradições de sua terra natal, ela acaba de criar novos pratos para o cardápio. Entre eles, vale destacar as quatro versões de polentas (com queijo Taleggio, com mix de cogumelos, com tinta de lula e lagostins ou com ragu de linguiça), a lasanha fresca com ragu de vitelo, o pente de cordeiro em crosta de ervas e servido com risoto de açafrão e ainda os raviólis com massa de cacau e recheados com cogumelos e trufas servidos com molho de mascarpone e presunto parma. Na hora da sobremesa, a dica é a Regina – uma esfera de chocolate 70% recheada com sorvete de pistache e frutas. Aproveite que “nido” em italiano quer dizer “ninho” e aconchegue-se no acolhedor ambiente do restaurante.

 

Ravioli de Camarão do Nido Restaurante - Foto Lipe Borges

Ravioli de Camarão do Nido Restaurante – Foto Lipe Borges

 

Nido Ristorante
Avenida General San Martin, 1.011, Leblon, tel. 21 2259-7696 e 21 98122-03944.

ABC Paulista se destaca em qualidade de vida e oferece boas opções de gastronomia para moradores e visitantes

ABC Paulista se destaca em qualidade de vida e oferece boas opções de gastronomia para moradores e visitantes

A região escolhida há algumas décadas como sede de montadoras, da indústria de plásticos e de vários outros setores também se destaca em qualidade de vida e apresenta excelentes pções gastrônomicas

Andaram me perguntando por que nunca escrevo e nem comento nada a respeito dos atrativos gastronômicos da região do ABC, apesar da importância econômica que ela representa. Pesquisei e encontrei restaurantes, bares e até padarias que atendem os moradores e visitantes em grande estilo. As perguntas vieram de passageiros, cujos destinos por aqui estão concentrados nessa área. A verdade é que não frequento Santo André (SA), São Bernardo do Campo (SB) e São Caetano do Sul (SCS). Mas também é verdade que as poucas pessoas que conheço que moram ou moraram por lá só tem boas histórias para contar dessas cidades que acolheram fábricas enormes nas décadas de 1960, 1970 e 1980.

Muitas famílias de franceses cujos filhos estudavam no Liceu Pasteur na época moravam por lá porque empresas multinacionais, como a francesa Rhodia, eram sediadas na região. A Rhodia, no caso, em Santo André. Já a Scania, a Toyota, a Volkswagen e a Bombril se instalaram em São Bernardo. Não à toa a região é conhecida como grande geradora de empregos e de riqueza.

Santo André já foi eleita uma das dez melhores cidades do Brasil para se viver várias vezes, por causa de sua infraestrutura, das áreas verdes e da renda per capita. São Caetano, por sua vez, foi premiada como a melhor cidade para se criar filhos, em função da quantidade e do nível das instituições de ensino que abriga. Junte a isso a proximidade do litoral Santos e Guarujá ficam a 40 minutos do ABC e poderá entender a razão de a região contar hoje com quase 3 milhões de habitantes.

Listo aqui algumas das casas que dão orgulho aos moradores. Começo o dia com o pão e o café da manhã da Padaria Brasileira, em São Caetano do Sul, eleita disparada a melhor da região. Para o almoço, três churrascarias se destacam, todas em São Bernardo. São elas a Tordilho SBC, a Varandão e a Casa da Costela. Não à toa as três vivem lotadas no almoço!

Para quem curte um sushi e a culinária japonesa como um todo, as melhores opções são o Okay Sushi (SA), o Zensei Sushi (SA) e o Tominaga Sushi Bar (SCS). Para quem não dispensa uma boa massa ou um belo parmegiana, recomendo La Trattoria di Jaime (SB) e o Empório Nero D’avola (SCS).

Por fim, sendo o ABC uma extensão de São Paulo, não poderiam faltar boas pizzarias. As melhores e mais concorridas são a Tutto Pizza (SBC) e a Grazie Napoli (SA). Ambas fazem pizzas de longa fermentação com molho e farinha importada. Vale conhecer! E para não dizer que faltou um autêntico boteco para fazer um happy hour com clientes e amigos, conheça o Buteko Zé do Brejo (SCS), com seu famoso torresmo de rolo e suas pimentas dedo de moça recheadas, e o Boteco Casarão (SA) famoso por suas caipirinhas e pela sua feijoada.

Grazie Napoli | Foto Reprodução Facebook

Grazie Napoli | Foto Reprodução Facebook

 

Espero que com essas dicas as viagens de trabalho para essa região tão pulsante se tornem ainda mais agradável. Até!

Conheça seis restaurantes que refletem o melhor da primavera em seus menus

Conheça seis restaurantes que refletem o melhor da primavera em seus menus

Nesta seleção, chefs premiados, espaços aprazíveis e receitas sensíveis encarnam a sazonalidade com estilo próprio e valem uma visita antes do verão se achegar. São sugestões de menus que enaltecem a estação dos dias suaves, de novas flores e de jovens folhas na capital paulista.

Como manda a natureza

Vegetais, algas, grãos e leguminosas trabalhados de acordo com a época do ano. O princípio da culinária dos monges budistas japoneses, ou Shojin Ryori, é evocado por Telma Shiraishi, no Aizomê.

Foto | Rafael Salvador

Foto | Rafael Salvador

 

Servido no balcão para até 12 pessoas, o omakase vegano de uma das raras mulheres condecorada chef do Consulado do Japão é colorido, é filosófico, é sublime. Sem contrariar a natureza, vale-se de produtos orgânicos e artesanais para contemplar os cinco elementos do zen (terra, água, fogo, ar e o vazio).

Com caldos, sushis e tempuras revela, em cinco tempos, os cinco gostos (doce, salgado, azedo, amargo e umami), os cinco sentidos (visão, olfato, paladar, tato e audição) e os cinco tipos de preparação (grelhado, cozido, frito, ao vapor e in natura). Um passeio oishii (isso é, delicioso) pelo reino vegetal!

Aizomê
Alameda Fernão Cardim, 39, Jardim Paulista, tels. 2222-1176 e 97247-3862.

 

Olhar estrangeiro

Foi num passeio pelo Mercadão que Jean-Georges Vongerichten inspecionou os vegetais da estação, provou pastel de palmito com catupiry genérico e não conseguiu entender por que tantas barracas vendiam bacalhau, mas nenhuma vendia apenas frutas nativas.

Foto | Ricardo D’Angelo

Foto | Ricardo D’Angelo

 

Verdade seja dita, após três anos longe do Palácio Tangará primeira e única cozinha sul-americana com sua grife o estrelado chefão tinha pressa: das compras passou logo à ação. Em outras palavras, à elaboração de um menu para celebrar a estação.

Com sabores e texturas intensos dos sucos de vegetais, das essências de frutas, dos caldos singelos e das vinagretes de ervas que lhe caracterizam, o francês colocou em cartaz uma sequência de seis tempos. Por ora, destacam-se receitas como o Bubble Tea, um coquetel comestível com caviar e leite de amêndoas aromatizado com alga kombu; a lagosta assada em emulsão de coco, ervas e especiarias com alcachofra fresca e a Linzer, torta tradicional de sua Alsácia que, aqui, ao invés de compota, leva morangos in natura e no sorbet.

Contudo, a depender dos produtos do dia e de sua bênção, o chef residente, Filipe Rizzato, pode inserir substituições.

 

Tangará Jean-Georges
Rua Dep. Laércio Corte, 1.501, Panamby, tel. 4904-4040.

 

Brasilidades arejadas

Helena Rizzo e Willem Vandeven não criaram com essa intenção, porém, a degustação do Maní é a cara da estação. Tem delicadeza, tem flor e frutinhos primaveris. Um bom exemplo? A jabuticaba.

FOTO | Gui Galembeck

FOTO | Gui Galembeck

 

Infusionando regionalismos com toques dos cem anos do modernismo da Semana de Arte de 1922, o menu é autenticamente brasileiro. É zero clichê. Ao longo de 12 passos, os chefs brincam com mandioca, milho e feijão; na casquinha servem caranguejo com maracujá, na folha de capeba moqueiam farinha de Uarini, banana, pimenta-de-cheiro e coentro para acompanhar o carapau.

Ao final, “mata atlanticam” a floresta negra com frescor e acidez, ou melhor, com aquela mencionada jabuticaba, amora, trevinhos e cumaru.

 

Maní
Rua Joaquim Antunes, 210, Jardim Paulistano,
tel. 3085-4148.

 

Florescer bilíngue

O Metzi é um lar mexicano-brasileiro de forte sotaque oaxaquenho. Em parte pelas origens de Eduardo Ortiz, em parte pela paixão de Luana Sabino por suas receitas. Em cinco atos, seu Pre-Fix Menu faz questão de honrar cada época do ano.

FOTO | Estúdio Cumaru

FOTO | Estúdio Cumaru

 

Ainda assim, dificilmente deixa de sugerir preparações simbólicas como a guacamole, o mole (ou um dos milhares de molhos pré-hispânicos realçados por pimentas variadas que originalmente escoltam carnes e peixes), as tortillas, um tamal ou uma enchillada, por exemplo.

Enquanto a temporada permitir, cabe frisar, flores de abóbora, brócolis, couve-flor e abobrinha colorem o cardápio. Quando elas se forem, outras pancs e plantas cumprirão tal papel.

 

Metzi
Rua João Moura, 861, Pinheiros,
tel. 98045-5022.

 

Febril e festivo

Ok, não existe primavera na Amazônia. O segundo semestre todinho é de verão amazônico, com estiagem das chuvas, “praias” nos rios e temperaturas febris batendo os 36°C. Porém, no paulistano Notiê, Onildo Rocha serve uma leitura tão fresca da região que poderia ser apelidada de primaveril.

Fotos | Wesley Diego Emes e Divulgação

Fotos | Wesley Diego Emes e Divulgação

 

Depois de se aproximar de pequenos produtores e cozinheiros locais, o chef traçou um banquete de dez tempos, estrelando a mandioca. Nele há esferas de tacacá com jambu; croquete de mandioca com queijo marajó; tapioca com ovas e o arubé, que à base da raiz e de pimentas, traz caranguejo e pupunha.

Se os ingredientes da floresta alegram as papilas, as apresentações, marcadas por folhas e floreios, fazem sua festa à parte!

 

Notiê
Rua Formosa, 157, Centro, tel. 2853-0373.

 

Gostosuras ao ar livre

No antigo casarão de Cacilda Becker, Luiza Hoffmann encena sua culinária. E aproveita para propor que, nos dias em que a primavera faz questão de exibir seu esplendor, o comensal se demore na varanda. Com um drinque fresco ou um dos vinhos naturais, orgânicos e biodinâmicos selecionados pela sommelière Gabriela Bigarelli, percorra receitas variadas que harmonizam com o tempo.

 

Foto Divulgação

Foto Divulgação

 

Vale iniciar pelo sashimi de robalo com laranja na brasa, passar pelo ceviche de lichia com pipoca de arroz selvagem, compartilhar o nhoque de milho com mascarpone e o polvo com arroz de bacon e tomate, para então se açucarar sem dó com a pavlova com creme de açafrão, morangos e tomilho.

 

Atto
Rua Pais de Araújo, 138, Itaim, tel. 94810-0000.