Eduardo Sterblitch mostra que é um ator completo no musical “Beetlejuice” e em personagens mais dramáticos

Eduardo Sterblitch mostra que é um ator completo no musical “Beetlejuice” e em personagens mais dramáticos

Encabeçando o elenco de um musical inspirado na comédia “Os Fantasmas se Divertem”, Eduardo Sterblitch mostra que é um ator completo. Versátil e multitalentoso, fora do palco ele investe em personagens menos cômicos e mais dramáticos, como o policial Sérgio na série “Os Outros” e o bandido Hermógenes, em uma inovadora versão para o cinema da obra de Guimarães Rosa

Em 1988, Michael Keaton interpretou o aloprado fantasma Beetlejuice no filme “Os Fantasmas se Divertem”, dirigido pelo excêntrico Tim Burton. Trinta anos depois, em 2019, o filme inspirou um musical da Broadway, indicado a oito Tony Awards. Até o dia 10 de dezembro, no teatro da Cidade das Artes, quem dá nova vida ao personagem é Eduardo Sterblitch, ator de 36 anos que – não por coincidência – é uma figura excêntrica. No palco, ele atua, canta, dança, emociona e faz rir. Tudo ao mesmo tempo, em uma versão abrasileirada da história do fantasma fanfarrão que “baixa” em um casarão assombrado toda vez que alguém grita o seu nome três vezes.

 

Eduardo Sterblitch como Beetlejuice – foto Leo Aversa

 

Nascido no Rio de Janeiro e conhecido nacionalmente desde que estreou no “Pânico na TV”, em 2009, de lá para cá Edu já mostrou sua verve em várias comédias no cinema e na TV, além de ter feito participações hilariantes e memoráveis em programas como “Amor & Sexo”, “Popstar” e “The Masked Singer Brazil”. Atuou também em uma novela (“Éramos Seis”) e, mais recentemente, começou a interpretar personagens mais sérios, como o policial Sérgio da tensa série “Os Outros” (Globoplay) e o bandido Hermógenes do longa “Grande Sertão: Veredas”, dirigido por Guel Arraes e com estreia prevista para o primeiro semestre de 2024.

Em entrevista à 29HORAS, Eduardo Sterblitch fala sobre sua preparação e seu trabalho de criação para o musical “Beetlejuice”, sobre seus personagens mais “sérios” e sobre a sua estreia como o papai do pequeno Caetano – fruto de seu relacionamento com a artista plástica e atriz Louise D’Tuani. Confira os principais trechos dessa conversa nas páginas a seguir.

 

Com Tatá Werneck na série “Shippados” – foto Estevam Avellar | TVGlobo

 

Você se define como comediante, ator, apresentador, performer, gênio ou apenas um cara meio abestado?
Eu prefiro não me definir, mas me identifico como um criativo. No fundo, o que eu quero ser é um artista brasileiro. Penso que os artistas brasileiros são os melhores do mundo, porque eles têm uma habilidade muito grande de lidar com o erro e possuem uma enorme capacidade criativa.

Reza a lenda que o seu interesse pelo humor e pela atuação surgiu quando você se encantou com o show da dupla de palhaços Xuxu & Xuxuzinho, contratada para animar a festinha do seu 3º aniversário – pelo menos é isso que consta no seu verbete na Wikipedia! Você tem alma de palhaço?
Eu sou um palhaço, com certeza – estudei para ser palhaço! Sou um palhaço quando exploro o humor físico, que não é tão falado. Eu recorro a essa formação em todos os meus trabalhos, todos os meus personagens têm um pouco desse palhaço que tenho dentro de mim. Até os dramáticos.

 

Eduardo na competição musical “Popstar” – foto RaphaelDias | TVGlobo

 

Agora no musical “Beetlejuice”, o que você traz da sua personalidade para o personagem? O diretor do espetáculo, Tadeu Aguiar, disse que “a montagem tem um olhar brasileiro, um humor nosso, de artistas com características histriônicas”. De que forma a sua excentricidade e sua loucura enriquecem o personagem?
O conceito da composição do meu Beetlejuice tem como base a mistura de todos os personagens que existem dentro de mim, que podem existir dentro de mim. Meu fantasma nesse musical é a mistura de todas essas vozes, timbres, gestos, energias, ritmos e dinâmicas. Foi essa a sacada que eu tive para criar o meu Beetlejuice, um personagem cheio de camadas. O do filme é uma coisa, o da Broadway é outra e o daqui da montagem brasileira é uma terceira versão – cada uma com suas peculiaridades.

Foi difícil para você chegar a um bom resultado ao misturar interpretação, canto e dança no palco, tudo ao mesmo tempo?
Sou de uma geração formada no Tablado. Minha tia era professora e dava aulas lá. Ela sempre repetia que ‘o artista completo tem de saber cantar, dançar e interpretar’. Tento muito fazer tudo isso – que nem os palhaços, que têm de saber fazer cascata, acrobacias e tocar um instrumento. No palco, eu me esforço ao máximo para fazer de tudo, para ser um artista o mais completo possível e encher de orgulho os meus ancestrais. A preparação para esse espetáculo foi como a de um verdadeiro atleta, bem puxada – até para que tenha fôlego, não faleça ou me lesione e possa cumprir a missão durante toda a temporada.

Em “The Masked Singer”, “Amor & Sexo” ou mesmo em “Shippados” e “Éramos Seis” deu para perceber que você é um mestre no improviso e nos chamados “cacos”. Você gosta de atuar sempre com essa liberdade total? E como está se saindo em um musical, em que tudo é cheio de marcações e praticamente não dá para sair do script?
Acho importante você estar muito dentro do roteiro, do script, da direção e de tudo o que está acontecendo para que o “caco” surja naturalmente. Eu me esforço para estar sempre absolutamente seguro do texto para que o improviso faça sentido e não seja só uma brincadeira aleatória, mas ajude a dar um respiro e enriqueça a história que está sendo contada. E “caco” não é necessariamente alguma palavra ou algo a ser dito. Pode ser uma forma diferente de se movimentar, de parar, de encostar no cenário. Para mim, é um recurso importante para evidenciar que o ator está vivo em cena, não é um ser que trabalha de forma repetitiva e mecânica.

 

Eduardo Sterblitch no programa “The Masked Singer” – foto Mauricio Fidalgo | TVGlobo

 

Já na série “Os Outros”, da Globoplay, você interpretou o ex-policial Sérgio, um personagem-chave nessa trama que é bem séria, sem espaço para o humor. Foi difícil segurar a onda, ainda mais para você, que é um cara engraçado?
Ao contrário do que muita gente pensa – assim como você –, eu não sou um cara naturalmente engraçado. Sou uma pessoa extremamente infantil, e talvez essa minha criança interior bem presente passe aos outros a falsa impressão de que sou divertido e brincalhão desde o momento em que acordo e até a hora em que vou dormir. Eu apenas sou livre, faço o que estou a fim, sem muitos bloqueios. Não ligo para o que a sociedade pensa de mim. Aliás, acho a sociedade absurda e só trabalho para ela! A trama de “Os Outros”, naquele condomínio surreal, é uma amostra perfeita desse absurdo todo. Mas, voltando à sua pergunta, para mim é mais fácil fazer um personagem dramático do que um na chave do humor. Afinal, o drama está muito mais presente nas nossas vidas, não é?

 

Na série “Os Outros” – foto Joao Miguel Junior | TVGlobo

 

Esse mesmo tom dramático também é a tônica da versão moderna de “Grande Sertão: Veredas”, que você acaba de rodar com Caio Blat, Luiza Arraes e Luis Miranda, não? O que podemos esperar da sua atuação como o bandido Hermógenes e desse filmaço dirigido por Guel Arraes, ambientado nas periferias urbanas da atualidade?
Em “Grande Sertão” a proposta é mais operística, é uma saga, uma coisa mais “hiper”. É supersônica, é uma linguagem diferente e muito instigante. É difícil de achar o tom certo, e para mim foi um desafio muito maneiro de encarar, quase uma guerra mesmo. Essa ideia de transpor a trama – que originalmente é ambientada no sertão mineiro – para uma comunidade periférica chamada Grande Sertão, que é supervigiada e militarizada, foi simplesmente genial! Meu personagem, o Hermógenes, que também é conhecido como “Demo”, é um diabo que toca o terror na área. Tive que mudar meu corpo, fiquei fortão para dar vida e veracidade a esse vilão da história.

 

No filme “Grande Sertão” – foto divulgação

 

Em março deste ano, você e sua esposa [a atriz e artista plástica Louise D’Tuani trouxeram ao mundo o pequeno Caetano. Como você está se saindo no papel de pai?
É muito bom ser pai e estou fazendo o possível para me sair bem, estou dando tudo de mim. Acho que não estou indo mal, mas a verdade é que só vai dar para saber se estou desempenhando bem esse papel quando o Caetano crescer. Apenas ele está habilitado para avaliar a minha performance. A opinião dele é a que interessa. A minha não vale nada, não importa.

 

Louise D’Tuani, sua esposa, com o filhinho do casal, Caetano – foto Reprodução Instagram

 

Olhando para trás, você tem mais orgulho ou arrependimento de ter participado do “Pânico na TV”? Quais são as melhores lembranças que você tem daquele período e como você avalia os posicionamentos reacionários que aquela turma acabou assumindo nesses últimos anos?
Eu amo ter o “Pânico na TV” no meu currículo, tenho muito orgulho de ter feito parte daquele fenômeno. Foi a minha faculdade na televisão, entrei com 17 anos e foi lá que comecei a editar, escrever roteiro, dirigir, produzir e atuar, sempre com total liberdade. No ar, a gente não contava uma piada, a gente “sangrava” ela, muitas vezes extrapolava e passava dos limites, mas depois pedia desculpas no ar e seguia em frente. Tenho muitas lembranças maravilhosas daquele período, e alguns traumas – mas eu coleciono traumas de todo lugar: da faculdade, da vida amorosa, do trabalho… Enfim, sou muito grato por tudo que eu aprendi e vivi lá. Quanto aos recentes posicionamentos políticos da turma, prefiro não opinar.

 

Como Freddie Mercury Prateado, do “Pânico” – foto Mauricio Fidalgo | TVGlobo

 

E agora, olhando para a frente, onde você imagina que o Eduardo Sterblitch estará em 2033? Ele será visto recebendo um prêmio na cerimônia do Oscar, vai comandar um talk-show dadaísta no Metaverso ou estará morando em um sítio em Lumiar, se divertindo com seus sete filhos?
Cara, adorei essa ideia de fazer um talk-show dadaísta no Metaverso! Mas acho que ficaria ainda mais interessante se ele fosse transmitido direto de um sítio em Lumiar inserido dentro do ambiente do GTA [Grand Theft Auto] e com todos os meus nove filhos ao redor. Na verdade, o que eu quero é estar trabalhando, realizando sonhos que ainda nem cheguei a sonhar. Quero ser surpreendido e surpreender. E para isso preciso ter ideias, trabalhar para seguir em frente, sem perder a pedalada do mundo. Quero estar criativo e conseguindo me comunicar com a galera. Quero fazer todo mundo se divertir, se sentir provocado, se emocionar, se inspirar… A vida é muito pouco revolucionária, então cabe a nós, artistas, criar algumas cenas e canções para – de alguma forma – driblar o inexorável tédio.

“Beetlejuice, o Musical” na Cidade das Artes
Avenida das Américas, 5.300, Barra da Tijuca, tel. 21 3328-5300.
Sessões de quinta a domingo até 10 de dezembro. Ingressos de R$ 100 a R$ 300.

Braé Hair Care é sucesso no mercado brasileiro e leva a beleza tropical para o mundo

Braé Hair Care é sucesso no mercado brasileiro e leva a beleza tropical para o mundo

Decidido a levar o brilho e o fascínio dos cabelos das mulheres brasileiras para outros mercados, o empresário Renato Antunes criou a Braé Hair Care, que hoje é sucesso absoluto no Brasil e em mais de dez países

Qual é o segredo para uma marca de beleza alcançar o sucesso nacional e internacional em meio a tanta oferta? A princípio, a resposta não parece ser simples, considerando que o Brasil é o quarto maior mercado de estética e cuidados pessoais no mundo – segundo levantamento realizado pelo provedor de pesquisa de mercado Euromonitor International – e que o setor no país teve um crescimento de 560% nos últimos cinco anos, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria, Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

Mesmo diante de um cenário tão desafiador e de intensa concorrência, o engenheiro mecatrônico Renato Antunes decidiu se aventurar no potente universo da beleza, mais especificamente no segmento de cuidados capilares, em 2015. Na época, ele trabalhava como gerente de exportação de um grupo internacional do setor e morava em Miami, nos Estados Unidos. Seu objetivo era criar uma marca de cosméticos profissionais em que pudesse levar a experiência e a tropicalização dos cabelos das mulheres brasileiras para o mundo. “O cabelo da mulher brasileira é reconhecido como um dos mais lindos, é um cabelo-desejo. Inicialmente, queria ter uma marca super premium nos Estados Unidos que remetesse a essa brasilidade e diversidade do cabelo da brasileira”, conta.

 

Renato Antunes, fundador e CEO da Braé – foto André Nicolau

 

Após imersão em salões de beleza para descobrir as queixas e as dificuldades dos cabeleireiros, Renato tirou do papel a Braé, cujo nome significa “Brazilian Experience”. O primeiro produto lançado foi o inovador Bond Angel – um protetor do fio para uso durante o processo de descoloração e exclusivo para salão de beleza. Com o sucesso estrondoso nos salões, por dois anos esse foi o único item oferecido pela empresa. Depois, o empresário ampliou o portfólio com outros produtos também para uso profissional.

Desde o início, a marca investiu pesado no branding digital, uma das especialidades de Renato. “A Braé nasceu no digital e caiu no boca a boca muito rápido, porque fizemos um trabalho muito estratégico transformando cabeleireiros do Brasil em embaixadores e porta-vozes da marca. Com a ascensão do Instagram em 2016, virou uma bola de neve positiva em que eles começaram a falar constantemente sobre a Braé”, lembra.

 

Shampoo e condicionador Bond Angel, linha carro-chefe da marca – foto divulgação

 

Criada em Miami e baseada em São Paulo, a marca se consolidou no mercado nacional e internacional e, atualmente, é concorrente de grandes players como L’Oréal, Wella e Keune. A Braé oferece linhas completas de hair care para profissionais do setor e para o consumidor final, com diferentes finalidades como reconstrução, hidratação, nutrição e proteção. Para o empresário, que é o atual da CEO da marca, a fórmula do sucesso é a humanização: “Na comparação com outros concorrentes, nosso principal diferencial é ser uma marca humanizada e muito próxima dos clientes, tanto do profissional de beleza quanto da consumidora final – trabalhamos lado a lado com eles. Geralmente, os players mundiais fazem campanhas com grandes estrelas em fotos superproduzidas. Nós procuramos trazer a celebridade desconstruída, mostrando quais são suas queixas e como ela utiliza os produtos no dia a dia”.

A importância do marketing digital

Em 2022, a Braé faturou expressivos R$ 140 milhões, um número bastante alto para uma empresa relativamente nova no mercado. Mas o que surpreende é o faturamento estimado para este ano, que já está na casa dos R$ 200 milhões, e para os próximos três anos, que deve alcançar nada menos do que R$ 500 milhões. “Nós tivemos três estratégias principais esse ano: a abertura de novos pontos de venda no varejo especializado, o lançamento de mais de quarenta produtos e a abertura de um novo cliente de exportação.”

Setembro foi um mês histórico de vendas para a Braé e Renato atribui o sucesso ao trabalho que a empresa vem fazendo na mídia, com um investimento de R$ 25 milhões em marketing, sendo 50% desse valor dedicado ao marketing de influência. Foi nesse mês que a marca lançou o “Disk Braé”, uma série de conteúdo exclusivo para o TikTok inspirada em programas de televisão e comerciais dos anos 1990, em formato de branded entertainment. No quadro, a apresentadora Luciana Gimenez e a atriz Larissa Gloor atendem dilemas capilares de influenciadores como João Guilherme, Narcisa Tamborindeguy, Blogueirinha e Nicole Bahls, em um call center da marca.

 

A apresentadora Luciana Gimenez e a atriz Larissa Gloor no call center “Disk Braé” – foto divulgação

 

Apesar de já ser muito famosa no TikTok, uma vez que as influenciadoras divulgavam os produtos, há quatro meses a Braé não tinha um perfil oficial na rede. Mas em pouco tempo, já alcançou cerca de 300 mil seguidores e vem apostando em um posicionamento diferente do Instagram. “Topamos o desafio de desconstruir a nossa marca super premium, mostrando bastidores e erros de gravação, além de trazer a consumidora final falando sobre como usar os produtos no lugar de influenciadoras famosas. O retorno do público está sendo incrível e, hoje, já temos um time exclusivo de TikTok dentro da nossa empresa.”

O pulo do gato para o sucesso do “Disk Braé”, que está concorrendo ao TikTok Awards, foi entender que a rede social é uma plataforma de entretenimento e não espaço para propaganda. Assim, o objetivo sempre foi levar uma informação de marca, mas de uma forma divertida para entreter o consumidor.

Sem dúvida o branded entertainment é uma ferramenta fundamental para a empresa se destacar no meio digital, que também é impulsionado por meio do trabalho com macro influenciadores como Mel Maia, Deborah Secco e Rafa Kalimann, e micro influenciadores locais de cada região. Apesar disso, o empresário garante que a estratégia futura é trazer cada vez mais a consumidora final e a realidade da brasileira para as mídias sociais. Outro plano que ganha investimento é o marketing offline, mirando em vitrines de lojas, outdoors e os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont.

 

Rafa Kalimann faz parte do time de macro influenciadores da Braé – foto divulgação

 

Vislumbrando o futuro

Com um portfólio de 104 produtos, a marca hoje tem 90% de sua produção no Brasil, conta com três laboratórios (um aqui, na Itália e um terceirizado em Los Angeles), está presente em 25 mil salões e 5 mil lojas de cosméticos, além de operar quatro quiosques no Rio de Janeiro. Tem, ainda, um salão próprio em Nova York, que é também uma pop-up store, operado somente por brasileiros que, segundo Renato, são os melhores cabeleireiros do mundo. Em breve, deve abrir um salão em Miami e outro em Los Angeles.

 

O protetor térmico High Protect – foto Edu Svezia

 

O carro-chefe da Braé continua sendo o Bond Angel, mas outros best-sellers são o fluido reparador multiuso da linha Essential, o Gorgeous Shine Oil da linha Revival e o sérum noturno Beauty Sleep. E as novidades não param de chegar: em outubro, a grande aposta foi a nova linha Blonde Repair de alta performance para cabelos altamente danificados, e esse ano ainda chegará às prateleiras um antiquebra da linha Essential. Mas para conquistar o almejado faturamento de R$ 500 milhões nos próximos três anos, um dos planos de expansão é entrar em outras categorias de cosméticos, como a de fragrâncias. “Vamos lançar em dezembro o nosso exclusivo Eau de Parfum, pois queremos virar uma marca presenteável. No ano que vem lançaremos seis produtos que são de outra categoria”, adianta.

 

A linha Glow Shine, que confere brilho e nutrição para os fios – foto Lufre

 

Além do Brasil e dos Estados Unidos, a Braé está em Portugal, Espanha, Suíça, Inglaterra, Rússia, Ucrânia, Bahrein, Emirados Árabes, Paraguai, Polônia e Alemanha. E o projeto de expansão para 2024 inclui entrar em mais seis países e consolidar a sua presença física em São Paulo com doze quiosques. Para os próximos anos, a meta é tirar do papel as lojas próprias.

Corrente do bem

No Braé Institute, localizado na Alameda Santos, em São Paulo, a marca profissionaliza de forma gratuita cerca de cinco mil cabeleireiros por ano. É oferecida uma ampla gama de cursos, que vão desde auxiliar de cabeleireiros até expert em loiras, sempre com profissionais renomados, inclusive internacionais. O sonho de Renato Antunes é transformar o instituto em uma franquia e abrir uma unidade em cada capital brasileira. “Estamos devolvendo um pouco do que os cabeleireiros nos deram tanto para o crescimento da marca”, destaca Renato.

 

Braé Institute – foto divulgação

Brasileiros são destaque em filme, documentário e série produzidos no exterior

Brasileiros são destaque em filme, documentário e série produzidos no exterior

Fuga do executivo Carlos Ghosn, do grupo Renault Nissan, inspira documentário britânico; ator Marco Pigossi interpreta médico na aguardada série geek “Gen V”; Sophie Charlotte atua em produção hollywoodiana dirigida por David Fincher

“O ASSASSINO”
Netflix
O novo filme do diretor David Fincher (de “Clube da Luta” e “A Rede Social”) é estrelado por Michael Fassbender e estreia no Brasil dia 10 de novembro. Baseado na graphic novel de Alexis Nolent, o roteiro foca na saga de um assassino profissional em crise psicológica que, após um erro desastroso, tem de enfrentar quem o contratou em uma caçada internacional. O elenco traz ainda a britânica Tilda Swinton e a brasileira Sophie Charlotte. Na trilha sonora, vários sucessos da banda The Smiths.

 

foto divulgação

 

“VOLTAR A LER MAFALDA”
Star+ e Disney+
A pequena Mafalda é uma das personagens mais queridas e bem-sucedidas do mundo. Em quatro episódios, esta série documental produzida pela National Geographic revela a origem do icônico quadrinho de Quino, suas fontes de inspiração e os fatos menos conhecidos de sua história. Além disso, revisita suas tiras mais memoráveis através da análise de cartunistas renomados como Maitena e Liniers. Tem ainda depoimentos de celebridades fãs de Mafalda, historiadores, editores, amigos e parentes de Quino.

 

foto divulgação

 

“GEN V”
Amazon Prime Video
Derivada do fenômeno “The Boys”, esta série de oito episódios se passa na Godolkin University, escola exclusiva para super-heróis. A trama explora o treinamento da 1ª geração de heróis que sabem do Composto V e que seus poderes foram injetados neles, no lugar de serem dados. Os privilegiados jovens colocam seus limites físicos e morais à prova ao competirem para entrar no ranking de melhores alunos. O elenco traz Marco Pigossi no papel do dr. Edison Cardosa, professor da universidade.

 

foto divulgação

 

“PROCURADO – A FUGA DE CARLOS GHOSN”
Apple TV
Nascido no Brasil, o executivo Carlos Ghosn, ex-CEO do grupo Renault-Nissan, foi preso no Japão em 2018, acusado de corrupção. Ele conta a história de sua fuga espetacular nesta minissérie em quatro episódios, que retrata sua ascensão no mundo dos negócios. Com sua casa monitorada 24h pela polícia japonesa, ele escapou dentro do estojo do instrumento de um músico que tocou em um evento promovido pelo empresário em sua residência. Hoje, Ghosn vive no Líbano, terra natal de seus pais e avós.

 

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No Trégua Cozinha, em Laranjeiras, o menu de almoço é acessível e requintado

No Trégua Cozinha, em Laranjeiras, o menu de almoço é acessível e requintado

Trégua Cozinha serve almoços com preços relativamente baratos e pratos elaborados com primor e ingredientes prosaicos – mas riquíssimos em sabor

O Trégua Cozinha é uma pequena joia que funciona desde 2021 em Laranjeiras, longe do glamour do circuito Ipanema-Leblon-Jardim Botânico. O restaurante é comandado pelo casal formado por Ana Souza e Victor Lima — talentosos cozinheiros com passagens pelo premiado Lasai e estudos na França e no México. Com ambiente despojado, a casa tem como proposta servir no almoço um menu acessível e requintado, elaborado com ingredientes baratos e da mais alta qualidade. O menu muda diariamente, mas o preço é sempre o mesmo: R$ 73 por entrada, prato principal e sobremesa. Se você der sorte, vai conseguir provar delícias como o pargo no vapor com cevadinha, as lulinhas com lentilhas e espuma de bacon, o mil-folhas de batata com almeirão roxo ou ainda o ovo cremoso com batata doce e ervilhas. No jantar, o serviço é à la carte.

 

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Trégua Cozinha
Rua das Laranjeiras, 371, Laranjeiras.
Tel. 22 3149-2633.

Museu do Amanhã recebe a primeira edição da Nova Bienal de Arte e Tecnologia

Museu do Amanhã recebe a primeira edição da Nova Bienal de Arte e Tecnologia

Mostra no Museu do Amanhã reúne criações de artistas de 30 países, explorando as múltiplas possibilidades que apenas se tornam realidade graças ao uso da eletrônica e até mesmo de conceitos da física quântica

Até o dia 29, o Museu do Amanhã recebe a primeira edição da Nova Bienal de Arte e Tecnologia, mostra que chega para reconfigurar a ideia de futuro diante do que realizadores de todo o planeta expõem e desenvolvem para telas perto de você, seja na palma da sua mão, em seu smartphone, ou através de aparelhos de TV ou paredes monumentais repletas de pixels. A concepção da exposição tem a assinatura dos curadores Ricardo Barreto e Paula Perissinotto, criadores do FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica –, realizado há mais de 20 anos em São Paulo.

 

foto divulgação

 

O público pode ver, contemplar, interagir e pensar diante de 70 obras de 30 países. Dos 66 artistas participantes, dez são brasileiros. Na obra “Capture”, da finlandesa Hanna Haaslahti, cada visitante pode ter o seu próprio avatar digital lançado em tempo real em uma projeção, na qual interage com uma multidão virtual. Na instalação “Quantum Jungle”, do alemão Robin Baumgarten (foto), os conceitos da física quântica possibilitam que o visitante tenha uma experiência inusitada e espetacular combinando molas sensíveis ao toque e 12 mil luzes de LED.

Museu do Amanhã
Praça Mauá, 1, Centro.
Ingressos a R$ 30.