Do mar à mesa: Ocyá proporciona a alimentação consciente de frutos do mar na brasa a partir da pesca local seletiva

Do mar à mesa: Ocyá proporciona a alimentação consciente de frutos do mar na brasa a partir da pesca local seletiva

Em um charmoso arquipélago na Barra da Tijuca, na Ilha Primeira, o Ocyá é comandado pelo chef Gerônimo Athuel e supreende ao oferecer espécies de peixes desprezadas pela maioria dos restaurantes

No Ocyá, o chef Gerônimo Athuel serve excelentes peixes e frutos do mar. Além de trabalhar com espécies desprezadas pela maioria dos restaurantes como sororoca, guaivira, carapeba e pitangola, a casa proporciona uma experiência única. Depois de chegarem de barco, os clientes se acomodam em mesinhas ao ar livre, à beira d’água. Gerônimo é especialista na maturação de pescados, conservados numa câmara com temperatura e umidade controladas, até atingirem seu auge em termos de sabor e textura. Não deixe de provar a lula recheada com cebola, tomate e manjericão, o polvo com maionese de kimchi e o dourado crocante preparado na brasa (foto).

Ocyá - Peixe Dourado Crocante Na Brasa | Foto Divulgação

Ocyá – Peixe Dourado Crocante Na Brasa | Foto Divulgação

 

Endereço:
Ilha Primeira – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Acesso pelos barcos que saem do Shopping Barra Point e da Estação de Metrô Jardim Oceânico.

Telefone para reservas:
(21) 97286-1250

Cardápio:
https://ocya.com.br/cardapio/

Tour cervejeiro: autênticas fábricas de cervejas para visitar na próxima ida a Campos de Jordão

Tour cervejeiro: autênticas fábricas de cervejas para visitar na próxima ida a Campos de Jordão

GÅRD e Cervejaria Campos do Jordão são alternativas mais autênticas em meio às conhecidas paisagens da região

A Serra da Mantiqueira reúne charmosas cervejarias artesanais escondidas entre as montanhas, que produzem bebidas que harmonizam com pratos elaborados por chefs de restaurantes locais. A apenas duas horas de carro de São Paulo e a três horas de Campinas, Campos do Jordão apresenta alguns rótulos interessantes e ainda pouco conhecidos por turistas.

A nanocervejaria Gard está dentro do Horto Florestal, o que faz valer o passeio até mesmo se a paixão por cervejas não for tanta assim. Produzindo apenas 4 mil litros por mês, mas já com mais de 50 tipos da bebida executadas em sua pequena fábrica, a cervejaria faz pequenas quantidades de cervejas especiais, de altíssima qualidade. Destaque para a Ipa e a belga Kölsch, além da linda garrafa de alumínio da marca, que leva elementos locais da Serra da Mantiqueira. Por ali, vale a caminhada no entorno da sede da Gard, que disponibiliza ainda uma casa para hospedagens com reservas via Airbnb e um estábulo com alguns cavalos, em uma bela paisagem bucólica.

Cervejaria GARD | Foto Divulgação

Cervejaria GARD | Foto Divulgação

Já a cervejaria Campos do Jordão tem capacidade produção maior e, desde 2019, fincou sua fábrica dentro do Parque da Cerveja, que reúne ainda um pequeno museu a céu aberto que conta a história dessa bebida milenar, o restaurante Alto da Brasa que, como o nome diz, apresenta opções de carnes, além de sanduíches e um belíssimo mirante 360 º para a Serra.

 

Cervejas Campos do Jordão | Foto Nil Fabio

Cervejas Campos do Jordão | Foto Nil Fabio

O local oferece visitação à fábrica com explicação de cada etapa da produção da cerveja e degustação dos principais rótulos. É necessário pagar entrada no parque, pelo valor de R$56 por pessoa, e a visita por dentro da cervejaria sai por mais R$61.

Alto da Brasa - Bolinho Cevada Temporada - Sabores Campos do Jordão | Foto Divulgação

Alto da Brasa – Bolinho Cevada Temporada – Sabores Campos do Jordão | Foto Divulgação

 

Entre visitas e degustações, é importante se alimentar bem. Na conhecido Capivari, o restaurante Esquina do Djalma apresenta um delicioso filé mignon grelhado com risoto de shitake. O lugar traz também cervejas autorais como a India Pale Lager (IPL) e garrafas de outras cervejarias locais, como a Caras de Malte. Outra opção para o almoço é o Dona Chica, que também está no Horto Florestal. Comandado pelo chef Anderson Oliveira, o lugar reforça ingredientes da região, como o “tomate de árvore”, fruto muito semelhante ao tomate comum, mas com plantação selvagem e gostinho que lembra maracujá. A iguaria está na Paella da Montanha no cardápio, que leva ainda cogumelos e linguiça.

 

Paella da Montanha Dona Chica Restaurante | Foto Henrique Rodrigues

Paella da Montanha Dona Chica Restaurante | Foto Henrique Rodrigues

Para o tour cervejeiro, uma recomendação de hospedagem é o hotel Chris Park, a poucos minutos do Capivari, mas, ao mesmo tempo, próximo às cervejarias. O local tem uma bela vista de Campos do Jordão e um café da manhã bastante variado. Neste mês, vale lembrar que a cidade recebe o evento “Mantiqueira Restaurant Week”, que acontece de 17/11 a 18/12, com a ideia de proporcionar uma imersão nos insumos da região.

 

CHRIS PARK HOTEL
Alameda Pérolas, 182, Morro do Elefante, Campos do Jordão
tel. (12) 3663-1151
Diárias a partir de R$ 400.

Ela é a música, Gal Costa foi uma das maiores vozes da MPB

Ela é a música, Gal Costa foi uma das maiores vozes da MPB

Capa da edição de junho de 2017 da revista 29HORAS, a cantora Gal Costa falou, à época, sobre seu álbum “Estratosférica” e mostrou por que foi e sempre será divina, maravilhosa. Relembre a entrevista a seguir

No dia da entrevista, São Paulo se encontrava debaixo da chuva. Era uma sexta-feira nublada em que os carros subiam com dificuldade a Avenida 9 de Julho e os guarda-chuvas tomavam as calçadas. O encontro seria em uma casa, em uma vila na Alameda Lorena. Uma casa branca de dois andares, telhados vermelhos e um portão metálico que separava a rua dos latidos de um vira-lata.

Entrando na casa, o cachorro preto nos recepciona com o rabo abanando e silenciando os latidos. Sentamos próximos a uma mesa enquanto esperávamos pela entrevistada. Não demorou muito, pois soou a campainha e, na porta, Maria da Graça apareceu de óculos escuros, os cabelos cacheados e soltos.

Gal Costa | BoB Wolfenson

Gal Costa | BoB Wolfenson

 

— Toda Maria da Graça na Bahia se chama Gal. — ela conta. — Então me apelidaram de Gal.
— Li que a sua mãe durante a gravidez ouvia música clássica.
— É, tinha um momento do dia que ela punha música clássica e se concentrava para o feto absorver. Ela queria que o seu filho fosse um grande violonista clássico, um músico maravilhoso. E aí nasci eu — ela sorri. — Uma cantora.

Gal Costa era ainda Maria da Graça quando começou a cantar. Aliás, segundo ela, já nasceu cantando. Só com a intuição aprendeu técnica vocal, em como usar o diafragma, e aos poucos a vida foi mostrando os caminhos. Em 1959, pelo rádio, ela se encantou com a música “Chega de Saudade”, na voz de João Gilberto, uma de suas grandes influências, que compartilha com Caetano Veloso. Ao lado deste, em 1967, estreou com o nome de Gal no álbum “Domingo”.

Gal Costa - Fantasia | Foto Divulgação

Gal Costa – Fantasia | Foto Divulgação

 

— Como você vê esses 50 anos de carreira?
— Eu vejo com muita alegria, estou numa fase ótima de trabalho. Os jovens têm um grande interesse pelo que aconteceu na era tropicalista, pela minha geração. Querem ouvir o trabalho e isso é fantástico. Isso tem alimentado bem a gente. O “Estratosférica” e o “Recanto” são discos direcionados para um público mais jovem. E também para aquele público que me acompanha, gosta de mim e sabe que a minha carreira é pautada por grandes mudanças.
— A transformação faz parte da sua essência…
— Sim, poucos artistas conseguem ser iguais e bons por muito tempo. Eu posso citar o Roberto Carlos como exemplo e a própria Bethânia… são artistas que têm uma força, um carisma, uma magia. Mas eu acho que todo artista tem que ousar. Eu sempre fui assim, desde o começo da minha carreira, e será assim até o dia que eu parar.

Em 1968, Gal participou do álbum “Tropicália ou Panis et Circencis”, marco do tropicalismo que, antes de fins sociais e políticos, foi um movimento cultural nitidamente estético e comportamental. Hoje, aos 71 anos, a cantora tem em seu repertório 36 discos e uma vida de metamorfose na música. Essa sua trajetória será revisitada na série “O Nome Dela é Gal”, que estreia dia 11 de junho na HBO com quatro episódios.

Grupo Tropicália | Foto Divulgação

Grupo Tropicália | Foto Divulgação

 

O disco “Recanto”, de 2011, idealizado por Caetano, marcou o retorno de Gal em um estilo experimental, diferente de tudo que já tinha feito. Seu mais recente álbum, “Estratosférica”, de 2015, dá continuidade a essa nova fase com uma pegada mais para o rock. Produzido por Moreno Veloso e Kassin, ele é recheado de novos parceiros como Céu, Criolo, Arthur Nogueira e Mallu Magalhães. “São compositores que eu nunca tinha gravado. E isso é bom, porque refresca o meu repertório e também dá forças para essas pessoas”.

Essas composições serão cantadas por Gal no show “Estratosférica”, na recém-inaugurada Casa Natura Musical, em São Paulo, nos dias 23 e 24 de junho, quando será gravado o DVD do álbum.

Gal em apresentação do show “Estratosférica” | Foto Anderson Zeg

Gal em apresentação do show “Estratosférica” | Foto Anderson Zeg

 

— Qual é a sensação de subir ao palco?
— É diferente sempre. Eu ainda fico nervosa, com frio na barriga, mas é muito prazeroso o que eu faço. Se não fosse, eu não faria. É um nervosismo de excitação, de ir para o palco, encarar uma plateia, fazer o show. É normal, todo artista tem que sentir isso, faz parte do tesão, né?
— Você é uma grande intérprete, você pega a música e parece que ela está saindo de você…
— É assim. Quando o compositor compõe, você pega a música e se apodera dela. Como é que se diz… tem uma palavra agora que me foge… é incorporar, tomar pra mim aquilo, como se aquilo fosse eu.
— Você também compõe, Gal?
— Eu compus duas músicas só na vida. Uma nos primeiros Doces Bárbaros e a outra com o guitarrista Lanny Gordin e o Jards Macalé. Fizemos na nossa casa, juntos, nos anos 1960. Mas eu gosto mais é de cantar — o celular de Gal toca na mesa e, depois de desligar, ela mostra a foto do filho, que está como fundo de tela: “Olha o meu filho aqui, fofinho”.

— O que é ser mãe para você?
— É a melhor coisa do mundo. Eu sempre quis e não pude ter filhos, por problemas físicos. Mas eu amo tanto o Gabriel, acho que se eu tivesse parido um filho eu não amaria tanto. Ele está no 7º ano do fundamental, vai fazer 12 anos em junho. Ser mãe é uma maravilha. É uma alegria… nossa, você aprende, todo dia você aprende alguma coisa.

Em São Paulo há cinco anos, Gal é apaixonada pela cidade. Ela veio por causa da gravação de “Recanto” e foi ficando. Na sua opinião, a capital paulista oferece de tudo e é um ótimo lugar para criar o filho. O trânsito também não a incomoda, porque “trânsito existe em qualquer lugar do Brasil, não é mais privilégio de São Paulo”.

Durante a conversa, o cachorro da casa se achegava em Gal, que passava a mão no bichano. “Acredito que Deus é a natureza, está em tudo. Está em mim, está em você, está na árvore, está no cachorro, está em todos os lugares. Acredito que exista uma inteligência maior, outros mundos habitados com vida inteligente. Acredito sim, acredito piamente”.

— E esse momento caótico do Brasil?
— O mundo está terrível, parece que no mundo inteiro há sinais de um apocalipse, de um final dos tempos. É claro que não tem fim, é sempre uma transformação. O Brasil está sangrando, mas o mundo também está. Veja o terrorismo, o Estado Islâmico, os refugiados de guerra tentando entrar nos países e sendo barrados. Então está tudo… muito esquisito. Há um sinal muito estranho no ar.
— Tem esperança no Brasil?
— Tenho — ela diz enquanto acaricia o cachorro. — Eu ouvi uma coisa do Papa Francisco que é muito linda. Que a política é a mais alta oportunidade que você tem de fazer caridade. E é isso. Se eu fosse presidente da República, e eu não nasci pra isso, mas se eu fosse, eu iria querer ajudar as pessoas, eu não ia roubar para mim. Eu ia querer dar. Deus lhe dá oportunidade de ser um político que pode fazer bem às pessoas, por que você não faz? Eu não entendo.
— E o que é a vida?
— A vida é a vida, é bonita, é bonita, é ótimo viver. A vida é sofrimento e alegria. Mas a vida é bonita. Tem muita alegria, muita felicidade. A vida é boa.

Para o segundo semestre, Gal fará “Trinca de Ases”, show com Gilberto Gil e Nando Reis em homenagem ao político Ulysses Guimarães. Um novo disco também vem por aí. “Mas eu não paro muito para pensar. Não planejo nada, as coisas vão vindo e eu pego”.

Lá fora, a chuva havia diminuído. Depois de se despedir, saindo da casa, o céu deixava aparecer alguns raios do sol. A garoa quase fina fez com que pedestres fechassem seus guarda-chuvas pela calçada. Sim. A vida é bonita, é bonita.

 

 

 

Eventos no Rio de Janeiro reúnem torcedores para acompanhar os jogos do Brasil na Copa do Mundo

Eventos no Rio de Janeiro reúnem torcedores para acompanhar os jogos do Brasil na Copa do Mundo

Programação inclui shows de DJs e de grandes nomes da música no Planetário da Gávea, Jockey Club e Morro da Urca para torcer nessa Copa

No final deste mês, começa mais uma Copa do Mundo, lá no Catar. Mas sempre que tiver jogo do Brasil, nosso país também vai parar e fazer festa. Vários eventos no Rio vão reunir os fãs de Vini Jr. & Cia, com transmissões em grandes telões, shows musicais ao vivo, comidinhas para forrar o estômago e bebidas para elevar ainda a animação da torcida. No Planetário da Gávea, DJs badalados da cena carioca e blocos de Carnaval vão agitar as festas Fill the Cup nos dias 24 e 28 de novembro, 2, 5, 9 e 18 de dezembro. As entradas custam R$ 100 e estão sendo vendidas pelo site www. ingresse.com. No Jockey Club, o Village Rio terá entre os dias 17 de novembro e 18 de dezembro shows de artistas como Anitta, Wesley Safadão, Belo, Natiruts e Baiana System. Os ingressos (com preços a partir de R$ 70) estão à venda na plataforma www.ingresse.com. No Morro da Urca, o Sky Park Rio terá, de 21 de novembro a 18 de dezembro, festas superexclusivas e shows de Zeca Pagodinho, Banda Eva e, no dia da grande final, uma celebração comandada por Bell Marques. Ingressos à venda também em www.ingresse.com.br, com preços a partir de R$ 160.

Copa do Mundo no Planetário | Foto Divulgação

Copa do Mundo no Planetário | Foto Divulgação

 

Planetário da Gávea
Rua Vice-Governador Rubens Berardo, 100, Gávea, tel. 21 2088-0536.