“Em Pleno Verão”, disco de Elis Regina, traz composições de ícones da música brasileira

“Em Pleno Verão”, disco de Elis Regina, traz composições de ícones da música brasileira

O disco histórico Elis Regina traz composições que ganham balanço e potência na voz da cantora e anunciam uma estação cheia de vida

Em 1970, Elis Regina tinha 25 anos. Já era uma cantora de sucesso e, apesar da pouca idade, estava meio na contramão da juventude rebelde e do movimento da contracultura do final dos 1960. Ela foi uma das mais aguerridas na Marcha Contra as Guitarras, em 1967, imaginem…, mas, inteligente e talentosa como era, não demorou nada para tomar outro rumo.

Como dizem no mar, vento bom é aquele que a gente sabe aproveitar. Com arranjos do grande Erlon Chaves, maestro, pianista e compositor cheio de suíngue, e com produção genial de Nelson Motta, a cantora lançou um disco histórico: “Em Pleno Verão”. Atualizando seu repertório, entraram músicas de seus contemporâneos Gilberto Gil, Caetano Veloso, Jorge Benjor, Joyce Moreno, Roberto e Erasmo Carlos esses últimos com a gravação de “As Curvas da Estrada de Santos”, que é um clássico atemporal. Elis se mostra “bluezeira” e muito pop. Na canção de Gil, “Fechada pra Balanço”, os versos filosóficos encontram a bateria de Wilson das Neves e o baixo de Luizão Maia. A cantora dá um show de balanço (com perdão do pleonasmo) na divisão das frases.

Foto Reprodução

Foto Reprodução

 

Esse disco marca também a estreia de Tim Maia dividindo os vocais com Elis, em “These Are the Songs”, com órgão roqueiríssimo tocado por José Roberto Bertrami na introdução. Aliás, a ex-famigerada guitarra está pelo disco todo tocada por Luiz Cláudio Ramos, inclusive na faixa “Vou Deitar e Rolar”, que abre o LP, sucesso imenso do repertório de Elis composta por Paulo César Pinheiro e Baden Powell. Ela improvisa, faz scat singing, solta a voz lindamente.

Em “Comunicação”, de Edson Alencar e Edson Mateus, o arranjo até lembra os tropicalistas, e a letra é totalmente pop. Elis canta Chacrinha e outros ícones da cultura colorida que invadia o país, e até “Meu Nome é Gal” aparece no improviso final. Há quem diga que a cantora baiana foi grande influência para Elis nesse momento. Faz sentido!

Em “Copacabana Velha de Guerra”, ela canta os versos de Joyce “nós estamos por aí sem medo…”, apontando mesmo uma nova direção com “desfilando com a camisa cor do mar”. O nome do LP é muito feliz, muito inspirador e a foto da capa é maravilhosa. Esse disco contraria aquela máxima de que “amor de verão não sobe a serra”. É um clássico e um grande marco na carreira dessa voz imensa. E já que essa é a estação que se aproxima, deixo aqui essa dica para começar bem chique a sua trilha sonora. Aproveite!

6 novidades gastronômicas para conhecer no Brooklin Paulista 

6 novidades gastronômicas para conhecer no Brooklin Paulista 

Despontando como um dos bairros que mais recebem lançamentos imobiliários na cidade, a região do Brooklin anuncia novidades gastronômicas para acompanhar a velocidade do crescimento local

Nascido em 1922 como Brooklin Paulista, esse bairro de São Paula abrigava famílias de imigrantes alemães e ingleses que moravam em chácaras. Foi ali que foi fundada, em 1911, a sociedade Hípica Paulista, o primeiro e o mais tradicional centro hípico do Brasil. Aliás, o lindíssimo clube, referência social na cidade, está cravado como uma mancha verde no meio da região.

O Brooklin, que abrange as ruas com nomes de estados norte-americanos, sempre passou a sensação de oferecer todo tipo de comércio a cada quarteirão. Agora, a configuração do lugar vem mudando rapidamente e restaurantes e novos modelos de comércios também não param de aparecer. Para falar das novidades gastronômicas deste novo bairro, tive a ajuda da Thaís Helena, uma amiga super gourmet e moradora da rua Nebraska há 20 anos, com quem fui visitar alguns dos bons restaurantes da região.

Começo por uma pérola do oriente que fica na esquina das ruas Nova York e Florida. Trata-se do Ian, um restaurante de comida árabe, mais especificamente Armênia cozinha da qual sou fã de carteirinha. São detalhes no tempero e nos formatos que fazem a diferença. As mezzes são deliciosas, assim como as esfihas, que são mais “esticadinhas” que o comum. Mas ali também é possível pedir o delicadíssimo mantã, composto de barquinhas de massa crocante recheadas de carne ou a torre Ian (foto), que é um kibe montado tão bonito quanto gostoso.

Torre Ian | Foto Reprodução Facebook

Torre Ian | Foto Reprodução Facebook

 

No quesito italiano, o bairro ganhou há 3 meses uma opção de qualidade, que é a Lolla Osteria, do mesmo grupo dono do Lolla Meets Fire, no Itaim. O lugar é super charmoso, iluminado e com pé direito alto. O restaurante ocupa três andares em uma esquina da rua Michigan e tem um rooftop com bar muito agradável, onde rola além da carta de bar padrão um menu só de Negronis… que tal?

Ainda na levada italiana, o Il Piato, na rua Guariauva, é comandado por aquele que foi responsável pela cozinha do Vinheria Percussi por muitos anos, e é outro mini pastifício com belíssimas opções, não só como restaurante, mas também como rotisserie. Vale a pena experimentar o ravioli de brie ao molho de abobrinha e mascarpone ou o ótimo filé à parmegiana.

E é claro que não poderia faltar novidades com foco na carne, afinal estamos no Brasil. O Butcher’s Kit originalmente abriu suas portas para oferecer kits para churrasco com todas as variedades de carnes nobres. Mas a casa também tem uma área de convivência, onde pode-se degustar os cortes inclusive aquele que você acaba de adquirir e harmonizar com vinhos ou cervejas da ampla carta do lugar.

Outro endereço surpreendente é o Doce Vida Steakhouse, na esquina da rua Nova York com a Nebraska. É uma Steakhouse especializada em cortes de carnes bovinas 100% Wagyu e cortes de cordeiros oriundos da raça “île de France”, reconhecida como das melhores no mundo. O lugar é muito legal, bem iluminado e confortável. Para acompanhar essas carnes premium, a casa oferece pranchas de legumes grelhados e polenta crocante!

Com tantas esquinas ocupadas por novidades gastronômicas, destaco também uma super padaria. A novidade é O Pão Padaria Artesanal, que fica na Ribeiro do Vale com a rua Flórida e oferece tudo que uma padaria premium pode apresentar. São pães de fermentação natural, croissants, brioches… tudo muito bom! E ainda tem um balcão que dá para a rua (no estilo street flow), onde é possível tomar um café.

Agora você já sabe, atravessou a ponte, o Brooklin é logo ali! Até!

O Reserva Royal, em Santa Catarina, contará com 1 milhão de metros quadrados de Mata Atlântica preservada

O Reserva Royal, em Santa Catarina, contará com 1 milhão de metros quadrados de Mata Atlântica preservada

Localizado em Tijucas,  o projeto, que será entregue em até vinte meses, engloba a criação do Parque das Orquídeas o terceiro maior parque urbano do Brasil

O estresse faz parte do dia a dia, mas quando a dose é excessiva mente e corpo se prejudicam, surgindo problemas como depressão, aumento de ansiedade e até dores crônicas. Uma forma simples de gerenciar o estresse é passar um tempo em contato com a natureza. Ou, como dizem os japoneses, “tomar um banho de floresta”.

Foi no Japão, em 1982, que esse conceito foi criado. O objetivo era duplo: oferecer um antídoto para o esgotamento do boom tecnológico e inspirar a população a se reconectar e proteger as florestas do país. O termo “shinrin-yoku” pode ser traduzido como “absorção da atmosfera da floresta”, o que, na prática, significa vivenciar a natureza de forma sensorial. E isso pode acontecer em um parque, numa praça ou simplesmente em um jardim.

Simulação do que serão o boulevard verde e a quadra de esportes do Reserva Royal, em Tijucas | Foto Divulgação

Simulação do que serão o boulevard verde e a quadra de esportes do Reserva Royal, em Tijucas | Foto Divulgação

 

A pandemia pautou mudanças de estilos de vida, especialmente com o advento do home office, o que fez muita gente procurar lugares com natureza e sossego. Assim, novos empreendimentos surgiram com essa proposta, como é o caso do Reserva Royal, da Verde & Azul Urbanismo.

 

Simulação do que serão o boulevard verde e a quadra de esportes do Reserva Royal, em Tijucas | Foto Divulgação

Simulação do que serão o boulevard verde e a quadra de esportes do Reserva Royal, em Tijucas | Foto Divulgação

 

Localizado em Tijucas, entre Florianópolis e o Balneário Camboriú, em Santa Catarina, o projeto, que será entregue em até vinte meses, engloba a criação do Parque das Orquídeas o terceiro maior parque urbano do Brasil, com 1 milhão de metros quadrados de área verde. Está atrás apenas do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, no Distrito Federal, com 4,2 milhões de metros quadrados.

“Hoje as crianças sofrem de transtorno de déficit de natureza, com a vida cada vez mais emparedada nas cidades; por isso é tão importante viver perto do verde”, diz Luiz Carlos Gallotti Bayer, CEO da Verde & Azul. “Decidimos não apenas manter o maciço florestal, que será aberto ao público com o Parque das Orquídeas, mas também recuperar a mata ciliar de todo o entorno, melhorando a saúde do ecossistema local, o que trará de volta espécies de aves, répteis e pequenos mamíferos que rarearam com o aumento da urbanização na região.”

 

Foto Divulgação

Foto Divulgação