Esther Rooftop apresenta menu variado com frutos do mar, cercado por paisagem emblemática da capital paulistana

Esther Rooftop apresenta menu variado com frutos do mar, cercado por paisagem emblemática da capital paulistana

Visitar o Edifício Esther, na República, é algo que leva tempo. A entrada com pé direito alto, as colunas no térreo e os detalhes do balcão da recepção e do elevador vintage pedem por atenção. Projetada em 1936, sendo o primeiro prédio modernista de São Paulo, a construção está localizada em frente à Praça da República. Mas a atração principal do edifício, não dá para negar, é o rooftop a antiga cobertura do chef francês Olivier Anquier.

 

Área Externa do Esther Rooftop | Foto Divulgação

Área Externa do Esther Rooftop | Foto Divulgação

 

A graça do Esther Rooftop, no 11º andar, é sentar-se na parte externa para comer enquanto se aprecia a vista da cidade. Atualizada, a cozinha do restaurante instalado ali é comandada pelo chef Benoit Mathurin, também francês, que trouxe a culinária de bistrô francesa com pegada contemporânea caracterizada por diversas influências, como brasileira e asiática, e muita valorização dos frutos do mar e dos ingredientes frescos. Destaque para o mexilhão com rabanete, aos rolinhos de camarão com molho de hortelã, ao nhoque de lulas reduzido no vinho e, claro, ao arroz de pato.

 

Nhoques com lulas em redução de vinho | Foto Divulgação

Nhoques com lulas em redução de vinho | Foto Divulgação

 

O lugar é um verdadeiro passeio, que vale a pena às sextas e aos sábados, com direito a sugestões de Benoit e cumprimentos na mesa também do outro chef, o Olivier, se der sorte. O restaurante oferece ainda menu executivo no almoço durante a semana.

 

Esther Rooftop
Rua Basílio da Gama, 29, 11º andar, República.

 

Um dos grandes expoentes da arte têxtil internacional, Rodrigo Franzão volta ao Brasil para duas exposições em São Paulo

Um dos grandes expoentes da arte têxtil internacional, Rodrigo Franzão volta ao Brasil para duas exposições em São Paulo

Nas telas, esculturas e instalações artísticas criadas por Rodrigo Franzão, diferentes geometrias e texturas se equilibram em um mosaico de cores repleto de significado. “Minhas produções são recortes dos sentimentos que experimento”, explica o artista plástico, nascido em São Paulo, radicado na cidade goiana de Abadiânia, e representado internacionalmente pela estadunidense Jillian Mac Fine Art – mesma galeria que, ainda hoje, assessora a pintora francesa Françoise Gilot, viúva de Pablo Picasso.

Inspirado pelo abstracionismo geométrico e por técnicas do construtivismo russo, Franzão é um dos principais nomes da arte têxtil mundial. Não à toa, suas produções – criadas a partir de materiais do cotidiano, como retalhos de tecido, papelões e fios de cobre – estampam os catálogos de galerias em Nova York, Londres, Berlim, Lisboa, e, a partir de fins de julho, passam a adornar os charmosos cômodos do Instituto Italiano de Cultura, na zona oeste de São Paulo. Na exposição temporária “Amazônia: Riqueza da Natureza Selvagem”, o artista traduz imagens da fauna e da flora nacionais em telas que reverenciam os biomas brasileiros.

Rodrigo Franzão em seu ateliê e obras expostas em Nova Orleans | Foto Divulgação

Rodrigo Franzão em seu ateliê e obras expostas em Nova Orleans | Foto Divulgação

 

“Após anos expondo meus trabalhos no exterior, voltar os olhos para a minha raiz é um presente”, conta o artista, que, para o segundo semestre, também planeja uma mostra inédita na icônica Casa de Vidro Lina Bo Bardi, símbolo arquitetônico da capital paulista. “Ainda estamos fechando datas e títulos, mas tudo indica que será uma das maiores intervenções da minha carreira.”

 

Tela “Happiness” (2021) | Foto Divulgação

 

As peças que integrarão as mostras ainda estão sendo elaboradas, em um processo criativo que Franzão desempenha diariamente em seu ateliê, a duas quadras da Avenida Paulista. O modesto espaço, de pouco mais de 30 metros quadrados, pode ser visitado por colecionadores, mediante contato prévio com o artista por meio de sua página do Instagram (@rofranzao). Para contemplar outras faces de sua obra, também vale uma visita à galeria Arteformatto, em Pinheiros, e um passeio virtual pelo repositório Artsoul, onde é possível, inclusive, adquirir peças de coleções únicas.

 

Obra exposta em Nova Orleans - Foto divulgação

Obra exposta em Nova Orleans – Foto divulgação

Bento Gonçalves replica o charme do Velho Mundo europeu na Serra Gaúcha

Bento Gonçalves replica o charme do Velho Mundo europeu na Serra Gaúcha

Entre o bucólico e o moderno, Bento Gonçalves atrai visitantes com seus bons vinhos, seu design refinado e sua gastronomia de origem

Quem caminha pelas charmosas ruelas de pedra que cortam Bento Gonçalves parece se transportar para as mais belas vilas da Toscana. A sensação de familiaridade não é à toa. Localizada a pouco mais de 100 km da capital gaúcha – e facilmente acessada a partir de Porto Alegre pela via expressa BR-116 –, a cidade expõe com orgulho sua tradição italianíssima, fruto da colonização tardia por imigrantes venezianos.

Por ali, assim como na Europa, o turismo se aquece à medida que os dias esfriam. Posicionada a 600 metros do nível do mar e conhecida por sua produção de vinhos, o município atrai milhares de visitantes, sobretudo entre os meses de junho e agosto, cativados pela ideia de aproveitar boas degustações em meio a um clima temperado que faz jus aos invernos do alto continente.

 

Vista aérea do Vale dos Vinhedos - Foto divulgação

Vista aérea do Vale dos Vinhedos – Foto divulgação

 

Dentre as mais de cinquenta vinícolas espalhadas pelo município, a Casa Valduga ostenta toda a pompa de um complexo enoturístico com reconhecimento internacional. Instalada no famoso Vale dos Vinhedos, a cerca de 8 km do centro de Bento Gonçalves, a propriedade com mais de 150 anos de tradição promove, semanalmente, tours guiados por suas plantações, maquinários e caves subterrâneas. São diferentes modalidades de visitação, com duração aproximada de duas horas e preços que variam entre R$ 90 e R$ 300. Ao longo da experiência, é possível conhecer cada etapa da produção local e, ainda, apreciar alguns dos principais rótulos da marca.

 

Vinhedo da Casa Valduga - Foto divulgação

Vinhedo da Casa Valduga – Foto divulgação

 

Impossível não falar também das trattorias e pizzerias napolitanas que compõem o coração gastronômico da cidade, com suas robustas sequências de massas, polentas e risottos de dar água na boca. Para uma comilança puramente italiana, vá ao Primo Camilo e peça o tortéi da casa – massa artesanal recheada com creme de abóboras – e uma cassata de chocolate e amêndoas para a sobremesa.

Já para jantares inusitados, visite a Otto e Mezzo Pizza Verace. No aconchegante espaço, não há garçons: os comensais ficam à vontade no salão, decorado com itens de antiquário que remetem às tradicionais “casas de nonna”, para se servir e anotar, eles mesmos, seu consumo nas comandas – experiência que bem reflete o espírito familiar da região. Dentre as redondas do menu, destaque para a Piemonte, com presunto cru, queijo pecorino com 90 dias de maturação e funghi porcini temperado com alho negro al tartuffo.

 

Redonda da Otto e Mezzo Pizza Verace - Foto divulgação

Redonda da Otto e Mezzo Pizza Verace – Foto divulgação

 

Design singular

Versátil e em pleno movimento, Bento Gonçalves combina ares de cidade do interior à efervescência econômica de uma grande metrópole. Considerado o maior polo moveleiro do país, o município abriga ainda parques fabris das principais marcas nacionais de móveis planejados. É ali que, por exemplo, a rede de luxo Evviva finca sua produção.

Ambiente decorado com peças Evviva compõem o showroom da marca, em Bento Gonçalves - Foto Ezequiele Panizzi

Ambiente decorado com peças Evviva compõem o showroom da marca, em Bento Gonçalves – Foto Ezequiele Panizzi

 

Líder no ramo há mais de 40 anos, a marca expõe na cidade o armazém de seu maquinário e seu maior showroom, com ambientes imersivos desenhados em parceria com os arquitetos Nicole Tomazi e Sérgio Cabral. Ainda em fase de soft opening, o lugar só pode ser visitado por convidados da marca mediante agendamento prévio, mas uma experiência semelhante pode ser vivida em São Paulo, na primeira loja-conceito da Evviva, em Moema. Vale a visita!

Para uma imersão completa nesse paraíso bucólico e descanso após tantos passeios, hospedar-se em um município vizinho pode ser uma excelente pedida – assim, gasta-se menos e aproveita-se mais a atmosfera campestre! Na pequena cidade de Garibaldi, a pouco mais de 15 minutos da divisa com Bento Gonçalves, o Hotel Casacurta alia conforto e requinte em suítes de alto padrão mergulhadas nos vales e escarpas da Serra Gaúcha. Com design rústico inspirado nas construções históricas do Vale do Loire – região da França famosa por seus castelos medievais –, o hotel dispõe de adega, piscina aquecida e uma osteria exclusiva para hóspedes, com diárias a partir de R$ 300.

 

Saguão do Hotel Casacurta, em Garibaldi, cidade a 15 minutos de Bento Gonçalves - Foto divulgação

Saguão do Hotel Casacurta, em Garibaldi, cidade a 15 minutos de Bento Gonçalves – Foto divulgação

 

*A jornalista viajou a convite da Evviv