Marcelo D2 abre espaço que mistura arte, moda, educação, samba e rap

Marcelo D2 abre espaço que mistura arte, moda, educação, samba e rap

Centro de Pesquisa Avançada do Novo Samba Tradicional Onde o Coro Come, de Marcelo D2, tem oficinas, debates, ensaios musicais e uma mostra de fotos que retratam o dia a dia nos subúrbios cariocas

O músico Marcelo D2, em parceria com Luiza Machado, é o idealizador do Centro de Pesquisa Avançada do Novo Samba Tradicional Onde o Coro Come, que funciona até o dia 22 de março no centro histórico do Rio, com a exposição “Linhagem Suburbana”. A mostra reúne 22 obras do fotógrafo Wilmore Oliveira, também conhecido como Youknowmyface, retratando o cotidiano dos subúrbios cariocas. O espaço mistura arte, moda, educação, tecnologia e comportamento, refletindo a contínua busca de D2 por experimentações sonoras e compartilhamento de seu processo criativo, e é uma continuação do projeto Iboru. O centro abriga ainda uma série de eventos e atividades, incluindo ensaios abertos de Marcelo D2 com convidados especiais, lançamentos de livros, oficinas e debates que celebram a cultura brasileira. A programação completa pode ser conferida no perfil de D2 no Instagram (@marcelod2), e a entrada é gratuita.

 

foto Caiano Midam | divulgação

 

Centro de Pesquisa Avançada do Novo Samba Tradicional Onde o Coro Come
Rua Sete de Setembro, 43, Centro.
Até o dia 22, de terça a sábado, das 11h às 19h.

Marcas brasileiras de acessórios em couro, adeptas do conceito slow fashion, prezam pela produção certificada e responsável

Marcas brasileiras de acessórios em couro, adeptas do conceito slow fashion, prezam pela produção certificada e responsável

Com design autoral e produção artesanal e consciente, marcas brasileiras de acessórios em couro ganham cada vez mais espaço no mercado nacional

Um acessório pode ser muito mais do que algo utilitário ou mesmo supérfluo. As bolsas, por exemplo, há muito tempo deixaram de ser meros recipientes para guardar e carregar pertences e se tornaram até mesmo obras de arte e objetos de desejo que perduram por gerações, especialmente aquelas feitas por meio de processos artesanais e com materiais duráveis, como o couro.

De acordo com levantamento do Sebrae, o artesanato brasileiro movimenta cerca de R$ 100 bilhões por ano, com mais de 8,5 milhões de artesãos espalhados por todos os estados. “Desde a pandemia, o mercado viu uma valorização nos produtos artesanais e no desejo de criar laços com a marca. O movimento slow fashion se contrapõe ao modelo de negócios que vivemos atualmente, que é basicamente produzir, comprar e receber o mais rápido possível. Uma de nossas premissas sempre foi a produção em pequena escala e, muitas vezes, sob demanda, evitando desperdício e estoque parado”, analisa Nicole Malo, fundadora da Guarda Mundo – marca de acessórios feitos à mão em couro certificado, que tem como diferenciais a possibilidade de montar a bolsa do jeito que preferir e de gravar nomes nas peças.

 

Bolsa Nena, da Guarda Mundo – foto Nicole Malo

 

A empresa preza por uma cadeia produtiva transparente e, por isso, foi em busca do couro mais sustentável do mercado, que gera 93% menos resíduos quando comparado com o processo produtivo do couro comum. Além disso, conta com rastreamento via satélite que permite o monitoramento desde as fazendas de origem até a entrega do produto. “Isso garante que nossa matéria-prima seja um resíduo da indústria alimentícia e não proveniente de propriedades que estejam envolvidas com trabalho análogo à escravidão, com ocupação de áreas indígenas ou desmatamento ilegal”, pontua.

Outra marca de acessórios feitos à mão com couro natural brasileiro certificado e rastreado é a Matri, da designer Maiá Zequi, que nasceu de seu desejo de encontrar no mercado nacional bolsas com identidade, design autoral e com a qualidade de uma bolsa internacional. “A indústria de couro do Brasil é uma das maiores do mundo, nossa qualidade é AA. O processo de produção da Matri é muito transparente e é acompanhado por mim desde a criação da bolsa até a finalização, o que leva em média 30 dias. Utilizamos em todas as etapas técnicas primorosas, como costuras manuais, bordados e matelassados”, compartilha a fundadora.

 

Bolsa Emmy, da Matri – foto divulgação

 

Para Maiá, o setor ainda tem um caminho muito longo a percorrer diante das gigantes da moda, mas sempre visará manter na cadeia produtiva os seus valores e responsabilidade ambiental. “Queremos crescer como empresa e marca, mas não de forma extravagante a ponto de prejudicar a nossa essência de design autoral e qualidade em um processo claro e transparente”, reflete.

A Ryzí segue a mesma linha autoral e artesanal, e propõe peças em couro com designs geométricos que fogem do óbvio e causam impacto visual, porém fáceis de usar. “Com tecnologia, trazemos diferentes angularidades com inspiração no origami – arte japonesa de dobraduras – e efeito 3D”, conta a fundadora e diretora criativa Luiza Mallmann. Ela explica que, apesar de o mercado estar enxergando cada vez mais a importância do handcraft, cada vez menos pessoas querem trabalhar com essa arte porque gera um lucro baixo e tem um grau de dificuldade manual alto.

“Grandes maisons como a Bottega Veneta, têm criado escolas para formar profissionais e na Ryzí nós também investimos na capacitação de artesãos locais dentro de nossa fábrica, para preservar a tradição do couro e garantir a qualidade artesanal”. A marca demora em média seis meses para desenvolver um produto e trabalha sempre com lançamentos menores.

 

Item da coleção da Ryzí + Alexandre Herchcovitch, que acaba de ser lançada – foto divulgação

 

Guarda Mundo
Rua Ferreira de Araújo, 409D, Pinheiros.
Tel. 2592-5652.
De segunda a sábado, das 11h às 18h.

Matri
Alameda Lorena, 1304, sala 1204, Cerqueira César.
Tel. 97506-9888.
O estúdio atende com hora marcada.

Ryzí
Rua Estados Unidos, 2090, Jardim América.
Tel. 51 99992-1101.
De segunda a sexta, das 9h às 19h.

Com os brechós de luxo, a economia circular é a nova tendência fashion

Com os brechós de luxo, a economia circular é a nova tendência fashion

Brechós de luxo ganham cada vez mais adeptos que buscam itens de grifes por um preço reduzido e com consciência ambiental

A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo. Além de ser responsável por 2% a 8% do volume global de emissões de carbono, o tingimento têxtil é o maior poluidor de fontes de água no mundo, segundo dados da ONU. A situação alarmante torna imprescindível a adoção de uma forma de consumo mais sustentável. Com o objetivo de reduzir os impactos ambientais e tornar o mercado de alto padrão mais acessível, os brechós de luxo são a nova febre entre os apaixonados pelo universo fashion. Além do formato de vendas online, muitos contam com espaços físicos que oferecem atendimento personalizado.

Esse é o caso da fashiontech Cansei Vendi, criada pela empreendedora Leilane Sabatini e que tem Luana Piovani como sócia e Arlindo Grund como head de estilo. A marca tem uma loja nos Jardins, que integra online e offline e é inspirada em galerias de arte contemporânea. Em seu acervo estão mais de 10 mil itens de 120 marcas de alta-costura, incluindo artigos de coleções, clássicos e raridades, vendidos a preços até 80% menores. “É um mercado em absoluta ascensão. Com o dólar alto e o fato de que muitas lojas de luxo não estão digitalizadas, o second hand, por vezes, se torna a única alternativa de se consumir determinadas marcas”, analisa Leilane.

 

O espaço físico da Cansei Vendi – foto Alberto Ricci

 

Outro brechó de sucesso é o Pretty New, criado em 2014 pela empresária Gabriella Constantino Leal. “Temos uma lista de 250 grifes nacionais e internacionais que aceitamos em nossa curadoria atualmente, que passa por muito estudo e busca contínua”, afirma. De acordo com ela, as pessoas estão perdendo o preconceito em relação ao second hand e descobrindo que podem fazer dinheiro com algo que está parado no armário. A sede da Pretty New é em Brasília, mas a marca tem um espaço físico em São Paulo, no Itaim Bibi.

 

Gabriella Leal, do Pretty New – foto Maria Eduarda Jardim

 

Uma das pioneiras do setor no Brasil, a boutique de luxo Fora do Closet tem 12 anos e conta com um espaço exclusivo na Vila Nova Conceição, que atende de forma individual e com hora marcada. Para a fundadora Sandra Raffaelli, muito mais do que comprar produtos de designers renomados, o consumidor de luxo busca compartilhá-los com pessoas que os valorizem da mesma forma.

 

A empresária Sandra Raffaelli, do Fora do Closet – foto divulgação

 

Cansei Vendi
Alameda Lorena, 1969, Jardins.
Tel. 94138-3112.

Fora do Closet
Rua Afonso Braz, 579, Conj 31, Vila Nova Conceição.
Tel. 95981-0169.

Pretty New
Av. Nove de Julho 4865, sala 101A, Itaim.
Tel. (61) 99925-3912.

O cantor pop Jão arrebata o Brasil e vive o melhor momento de sua carreira

O cantor pop Jão arrebata o Brasil e vive o melhor momento de sua carreira

Headliner do festival The Town, que movimenta São Paulo este mês, Jão bate recordes com o lançamento de seu novo álbum e com o sucesso de bilheteria em sua grandiosa “Superturnê”, programada para 2024

A maior estreia de um álbum na história do Spotify no país, com 8,5 milhões streams em 24 horas, mais de 120 mil pessoas ouvindo simultaneamente nos primeiros 30 minutos de lançamento e um milhão de reproduções em menos de uma hora. Esses são os superlativos do disco “Super”, do cantor e compositor paulista Jão.

Com apenas 28 anos de idade e cinco de carreira, o jovem artista é a nova sensação do pop brasileiro e vem alcançando números dignos de grandes estrelas. Em 2024, ele rodará 14 cidades do Brasil com a aguardada “Superturnê” – uma parceria com a produtora 30e, que trará ao público um verdadeiro espetáculo com experiências e cenografias. Com previsão de faturamento de R$ 100 milhões, a turnê promete ser um marco na carreira de Jão. O primeiro show, agendado para 20 de janeiro no Allianz Parque, em São Paulo, teve os 50 mil ingressos esgotados em apenas cinco horas.

 

foto Gabriel Vorbon

 

Natural de Américo Brasiliense, cidade da região de Araraquara, João Vitor sempre foi atraído pela música. Fã de Marisa Monte e Cazuza, ele decidiu que seu caminho também seria nos palcos. Na adolescência, começou a produzir, compor e aprender instrumentos e, aos 17 anos, mudou-se para a capital para fazer faculdade de Publicidade e Propaganda. Cantou em barzinhos e karaokês, mas tudo começou a desenrolar quando postou vídeos de covers no YouTube.

Nesses cinco anos, o artista já lançou quatro álbuns. Em 2022, foi indicado ao Grammy Latino, venceu a categoria ‘Álbum do Ano’ no MTV Music Awards com o “Pirata”, recebeu seis indicações ao Prêmio Multishow e se apresentou no Lollapalooza Brasil e no Rock in Rio. Este ano, o cantor lançou a faixa “Pilantra”, sucesso com Anitta, e é headliner do palco The One, do festival The Town, que acontece neste mês.

Em entrevista à 29HORAS, Jão divide seus sentimentos sobre esse momento que se transformou em auge de sua trajetória até agora e antecipa detalhes de seus próximos shows pelo país.

2023 se tornou um ano muito frutífero para a sua carreira. Além da canção “Pilantra”, com a Anitta, você lançou seu novo álbum “Super” e se apresenta no The Town. Quais são as sensações mais intensas neste momento?
O sentimento mais intenso que tenho antes de fazer algo grandioso é antecipação, porque às vezes passamos dois ou três anos construindo um projeto e sonhando com aquilo. Conforme o trabalho vai ganhando vida, uma sensação estranha toma conta de mim e, até eu compreender que aquilo é uma realidade, demora um tempo. Acho que tem um pouco de dissociação também, os sentimentos estão todos misturados aqui dentro.

 

Capa do álbum “Super” – foto Gabriel Vorbon | divulgação

 

Você também firmou parceria com a produtora 30e para realização de sua próxima turnê nacional, com investimento milionário. O que podemos esperar dos shows em termos de experiência, cenografia e conteúdo? O que terá de inovador?
É a turnê dos meus sonhos e estou colocando tudo de mim nela. Sempre tratei os shows como uma experiência e me esforcei muito para que fossem uma desconexão da realidade e transcendessem o espaço. A “Superturnê” será majestosa em termos de cenografia, música, luzes e tudo mais que a gente tiver direito, e será dividida em quatro atos, sendo que cada um representará um elemento que guiou os meus álbuns até agora: “Lobos” (terra), “Anti-Herói” (ar), “Pirata” (água) e “Super” (fogo).

Você já se apresentou em grandes palcos, como Lollapalooza e Rock in Rio. Qual é a expectativa para o The Town? Ainda sente frio na barriga?
O The Town é o primeiro gosto ao vivo desse novo ciclo, então traz uma importância enorme e causa muita emoção em mim. Acho que o frio na barriga se transformou em ansiedade e empolgação de querer muito fazer o show e estar ali, ocupando todos esses espaços. Assim como a “Superturnê”, a apresentação no festival destaca um cenário impressionante e uma banda realmente grandiosa.

 

O cantor já se apresentou em grandes festivais, como o Rock in Rio de 2022 – foto A. Paes | Shutterstock

 

Quais foram as maiores dificuldades e os aprendizados na sua carreira até hoje? Sua família sempre te incentivou?
Sem dúvida a dificuldade financeira, porque a situação da minha família não era confortável e eu me sentia um pouco responsável por conseguir um emprego formal e retribuir o que eles fizeram por mim. Tinha medo de arriscar e não dar certo, mas para eles nunca foi um problema, meus pais sempre foram incríveis e me incentivaram muito na carreira artística. A única exigência era que eu me formasse e tivesse um diploma. Esse foi meu combinado e acabei me graduando no meio de uma turnê.

Qual era o repertório das suas apresentações nos bares e karaokês no início? Quais são as suas referências na música?
Antes de lançar meu primeiro disco, meu repertório era uma grande salada, porque queria mostrar várias partes de mim: que conhecia clássicos como “Your Song” e “Rocket Man”, do Elton John, que era popular e sabia cantar Marília Mendonça, e no meio disso tudo eu ainda incluía um Los Hermanos para mostrar um sentimentalismo que me norteia. Todos esses artistas me influenciam e gosto muito do que eles fizeram e fazem para a música. Também sou apaixonado por Cazuza e Marisa Monte desde pequeno, são verdadeiras referências para mim.

 

Turnê “Pirata” – fotos Breno Galtier

 

Para além da fama, de que forma a arte transformou e ainda transforma a sua vida?
A arte me trouxe um autoconhecimento e me aproximou de mim mesmo por meio dos meus discos e dos meus fãs. Eu sempre me senti um pouco não pertencente a nada, então a música me trouxe essa confiança e, hoje, tenho um lugar junto com quem me acompanha, nos meus shows, e trago mais segurança comigo mesmo, com a minha arte e a minha forma de expressão.

Quais adjetivos definem o artista Jão? E o João Vitor? Como você separa as duas personas?
Penso que me sinto mais eu mesmo e verdadeiro em cima do palco do que fora dele. Mas acho que os dois adjetivos, apesar de cafonas, são ‘visceral’ e ‘apaixonado’. Trato tudo na minha vida de forma muito intensa, da tristeza à felicidade. E acho que eu separo muito bem isso de quem eu sou no dia a dia, com meus amigos e família, porque eles estão comigo desde sempre. Apesar de me apoiarem, amarem e irem a todos os shows, não ligam muito para esse universo da fama. Quando estou com eles, ninguém está me bajulando ou rindo das coisas que falo só porque eu sou o Jão. Às vezes, inclusive, estou excluído em algum canto e eles não estão nem aí para mim (risos). Isso me ajuda a valorizar o que tenho e a sentir que eu faço as coisas porque gosto e porque fazem sentido de alguma forma.

 

Turnê “Pirata” – fotos Breno Galtier

 

Como enxerga o cenário do pop brasileiro atualmente? Para você, como será o futuro do gênero no país?
Estamos entendendo o nosso poder, que somos muito bons e criativos e podemos fazer shows e discos grandiosos. Por muito tempo nos sentimos diminuídos e que apenas os artistas lá de fora podiam fazer sucesso. Às vezes, só porque você é um artista nacional, é tratado de forma menos positiva no mercado da música. Acho que estamos perdendo um pouco isso e realmente admitindo que podemos fazer ótimos trabalhos para todos os públicos, seja algo mais dançante, emocionante ou reflexivo. Vamos crescer cada vez mais, porque estamos ganhando confiança e nos apoiando.

Você gosta muito de moda e usa as roupas como forma de expressão. Como surgiu o seu interesse por esse universo e como é o seu estilo?
As roupas que uso também contam uma história. Elas complementam a narrativa do meu álbum, das minhas músicas. Me preocupo sempre com o que há por trás de cada figurino, o que vou expressar com ele. Ultimamente, tenho comprado muito em brechós. É algo de que sempre gostei e que também dialoga muito com esse novo momento da minha carreira. Agora estou me aventurando um pouco mais sozinho e me divirto bastante com esse desafio de me vestir e mostrar mais o meu estilo de forma livre e espontânea.

 

O estilo único de Jão, que usa a moda como ferramenta de expressão – foto Breno Galtier

A metrópole da música

O festival The Town acontece no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, nos dias 2, 3, 7, 9 e 10 de setembro. Ao todo, o evento contará com mais de 235 horas de música, seis palcos em 360 mil metros quadrados e um público de 500 mil pessoas.

No line-up estão grandes nomes internacionais, como Bruno Mars, Maroon 5, Post Malone, Demi Lovato e Foo Fighters, e nacionais como Jão, Ludmilla, Iza, Pitty, Seu Jorge, Maria Rita, Ney Matogrosso, Luísa Sonza e Alok.

 

foto Breno Galtier

 

A empresária Caroline Celico inaugura a primeira loja física da sua marca Niini

A empresária Caroline Celico inaugura a primeira loja física da sua marca Niini

Carol Celico, que cresceu observando atentamente o universo fashion dentro de casa, inaugura a primeira unidade física de sua marca

Niini, marca de roupas da empresária Caroline Celico, fundada em 2022, tem o nome inspirado em seu apelido de infância dado por sua avó. Formada em Fashion Business pelo Instituto Marangoni em Milão, ela tem sangue fashion em suas veias desde o berço. “Nasci com minha mãe (Rosangela Lyra) trabalhando à frente da Dior aqui no Brasil. Desde meu primeiro ano de vida até os 30, vi os bastidores da moda, e observava minha mãe em reuniões, em ensaios fotográficos, desfiles e tudo que envolve esse universo. Com o passar do tempo, a ideia de ter minha própria marca apareceu naturalmente, e apliquei todo o conhecimento que acumulei nesses anos”, conta.

O projeto da Niini surgiu da constatação de que não havia uma marca que trabalhasse bem o “genderless” (roupas sem gênero), investisse na qualidade e tivesse mais opções de tamanhos para corpos menores. “Desde o começo, a Niini tem a intenção de trazer no mínimo 30% da coleção para ambos os sexos, roupas de extrema qualidade no melhor custo-benefício e um estilo que une o clássico e o atemporal com a modernidade e um toque de ousadia.”

Carol Celico - Foto Oswaldo Neto

Carol Celico – Foto Oswaldo Neto

 

Para tirar o sonho do papel, ela fechou uma parceria com sua amiga Beatriz Parente e, juntas, abriram a loja por meio de e-commerce no início de 2022. Com o enorme sucesso, inauguraram em março deste ano a primeira loja física, localizada no Shopping JK Iguatemi, na Vila Olímpia.

“Agora que conquistamos esse sonho, nosso próximo objetivo é aumentar ainda mais a produção das peças para atender a alta demanda do atacado, que está exigindo cada vez mais quantidade de estoque. Essa é, inclusive, uma das etapas do nosso processo de expansão e desenvolvimento”, vislumbra Carol, que, aos 35 anos, divide a rotina com outros papéis, como influenciadora digital e presidente da Fundação Amor Horizontal, que ajuda crianças no país inteiro.