TAG – The Art of Guesting, empresa de consultoria em mesa posta, leva com praticidade aos clientes a arte de receber

TAG – The Art of Guesting, empresa de consultoria em mesa posta, leva com praticidade aos clientes a arte de receber

Cada vez mais pessoas descobrem o significado da expressão “tableware” e inserem esse novo guarda-roupa em sua rotina. As empresárias Anna Fasano e Gabi Gabi Gluz Bahbouth, da consutoria TAG, ensinam como deixar, de uma forma simples, um um almoço rápido ainda mais agradável.

A escolha criteriosa da roupa de mesa e o cuidado com a criação do enxoval e com a mesa posta para receber convidados em casa parecia ter ficado como costume de gerações passadas, mas, ao que tudo indica, esse legado permanece vivo e segue crescendo com novas marcas e até empresárias especializadas no segmento.

A influenciadora Anna Fasano uniu-se à designer Gabi Gluz Bahbouth para criar a empresa de consultoria TAG – The Art of Guesting, levando com praticidade aos seus clientes a arte de receber. Anna conjugou a influência de sua mãe com a prática adquirida em montar mesas junto com seu marido, o chef de cozinha Antonio Mendes. Já Gabi, apaixonou-se por esse universo em 2016, quando morou em Nova York, ao lado de uma loja de enxoval para mesa.

 

Mesa posta, da collab Mameg com Anna Fasano - Foto Luisa Simões Faria

Mesa posta, da collab Mameg com Anna Fasano – Foto Luisa Simões Faria

 

Com serviços como lista de casamento, personal shopping, organização de acervo e decoração de eventos para até 50 pessoas, ambas acreditam que a quarentena fez com que o setor se expandisse. “Identificamos que esse foi um tema muito abordado durante a pandemia, pelo fato de as pessoas comerem mais em casa. Nossa ideia é mostrar que temos como deixar, de uma forma bem simples, um almoço rápido ainda mais agradável e o quanto isso, indiretamente, traz alegria e satisfação para quem está ali”, salienta a dupla.

 

As consultoras Anna Fasano e Gabi Bahbouth - Foto Leonardo Lemos

As consultoras Anna Fasano e Gabi Bahbouth – Foto Leonardo Lemos

 

Pioneira no mercado brasileiro de mesa posta, Mariana Meneghel percebeu que poderia unir a sua experiência como estilista com o tempero nato que trouxe das mulheres de sua família, criando a Mameg Home, há 10 anos. “Em uma viagem, comprei produtos de roupa de mesa e ali percebi que conseguiria produzir algo que não via no Brasil, apenas adaptando e unindo os fornecedores que eu já conhecia como estilista”, revela.

Para a empresária, as tendencias para esse nicho seguem o comportamento das pessoas e as novidades da arquitetura e decoração. “Tanto a forma como as pessoas recebem e como funciona o seu dia a dia, quanto o formato das mesas e das salas de jantar, influenciam a mesa posta. O caminho é olhar e analisar essas mudanças de comportamento para trazer novidades e novas soluções.”

 

A empresária Mariana Meneghel - Foto Misturini

A empresária Mariana Meneghel – Foto Misturini

 

Por onde começar

Para adentrar o mundo da mesa posta, uma dica é lembrar das diretrizes da moda no geral, com relação à cartela de cores, a combinações, aos tecidos e às ocasiões. Influenciadoras como Vanessa Gandolfo, do “Cozinha Chic”, e Nathália Candelária, do “Apartamento 203”, são exemplos de perfis no Instagram com inspirações que podem trazer inspirações sobre o tema.

Dalal Achcar comemora os mais de 50 anos da sua tradicional escola de dança no Rio, ao lado do coreógrafo Alex Neoral

Dalal Achcar comemora os mais de 50 anos da sua tradicional escola de dança no Rio, ao lado do coreógrafo Alex Neoral

A bailarina e coreógrafa Dalal Achcar comemora meio século da tradicional Escola de Danças Ballet Dalal Achcar

A história de vida de Dalal Achcar, a maior difusora do ballet clássico no Brasil, se confunde com a própria história da dança em nosso país. Dalal já formou centenas de profissionais e lançou os maiores bailarinos brasileiros no mercado nacional e internacional, como Ana Botafogo, primeira bailarina do Theatro Municipal, e Marcelo Gomes, bailarino do American Ballet Theatre New York, entre muitos outros. Em 2022, sua escola de dança, a mais tradicional do Rio de Janeiro, completa 51 anos.

Além da sua participação efetiva na dança brasileira, ela também se destaca por parcerias com grandes nomes, como Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Burle Marx, Tom Jobim e Vinicius de Moraes esses dois últimos, inclusive, visitavam com regularidade seu estúdio de dança, então em Ipanema, a fim de usarem o piano do espaço para compor.

A bailarina e coreógrafa tem como um dos lemas fundamentais em sua carreira levar o ballet para o povo. Em 1967, ela fez história e inspirou o mundo todo após apresentar a maior estrela do Royal Ballet e sua madrinha profissional, Margot Fonteyn, e o grande bailarino, Rudolf Nureyev, no Macaranãzinho. “Em um espetáculo popular na Bahia, resolvi filmar a reação da plateia ao invés de filmar o espetáculo. Foi emocionante! E, assim, provei que a sensibilidade para a arte não nasce em classes sociais abastadas. Nasce em qualquer pessoa”, revela.

 

Os coreógrafos Alex Neoral e Dalal Achcar unem inspirações artísticas em novo espetáculo de dança | Foto Pedro Ivo Oliveira

Os coreógrafos Alex Neoral e Dalal Achcar unem inspirações artísticas em novo espetáculo de dança | Foto Pedro Ivo Oliveira

 

Nesse momento de retomada cultural, sua Cia de Ballet inovou firmando parceria com o coreógrafo Alex Neoral, em uma montagem que combina dança contemporânea e a técnica clássica. Com figurinos de João Pimenta, cenários de Natalia Lana, visagismo de Fernando Torquatto e produção da Ventura, o espetáculo “Tal Vez” possui coreografias baseadas em encontros marcados que geram desencontros, resultando em possibilidades de novas experiências.

A companhia com 18 bailarinos, que tem patrocínio do Instituto Cultural Vale pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, obteve grande sucesso nos palcos do Teatro da Cidade das Artes, Teatro Riachuelo Rio e do Theatro Municipal de Niterói. Agora o grupo se prepara para se apresentar no Teatro Alfa, em São Paulo, nos dias 24 e 25 de setembro.

Escola de Danças Ballet Dalal Achcar
Rua dos Oitis, 20, Gávea.

Novas marcas brasileiras lançam coleções que dialogam com ancestralidade afro-brasileira

Novas marcas brasileiras lançam coleções que dialogam com ancestralidade afro-brasileira

Estilistas resgatam técnicas e conceitos artesanais em suas coleções para reinventar a relação com o que vestimos

Quando o líder indígena e filósofo Ailton Krenak compartilhou a ideia de que “o futuro é ancestral”, explicou que não poderíamos pensar em um futuro para a humanidade sem resgatar as cosmovisões sustentáveis das civilizações do passado. Essa visão ganhou força após as limitações impostas pela pandemia, e parece que a moda também vem refletindo sobre esse conceito com rapidez.

Para muitos estilistas e pesquisadores, o futuro da moda, além de ancestral, é feminino e artesanal. Com relação ao trabalho manual, peças em crochê e macramê já vinham ganhando força e se consolidaram há algumas estações. Antes, encontrávamos essas técnicas em estéticas ligadas ao étnico e ao rústico. Agora, o artesanato aparece em peças modernas e coloridas, em uma clara mensagem de que queremos ressignificar o passado para seguir adiante.

Um exemplo desse movimento é a Cru Macramê, marca que, por meio de suas peças artesanais e sustentáveis, ajuda a empoderar mulheres do interior do Ceará. “Muitas vivenciam uma realidade muito dura e se surpreendem com a possibilidade de ganhar dinheiro com o crochê, artesanato que aprenderam com mães e avós”, explica Gabriela Gaio-fatto, criadora da marca.

 

Roupa da marca Cru Macramê - Foto Léo São Thiago

Roupa da marca Cru Macramê – Foto Léo São Thiago

 

E Cintia Felix, estilista da AZ Marias, criou sua mais nova coleção inspirada na frase de Krenak, e as peças desfilaram na São Paulo Fashion Week (SPFW) deste ano. A marca de impacto social e ambiental também centraliza os saberes ancestrais e as mulheres, principalmente as de corpos grandes, em seu discurso.

 

Desfile da estilista Cintia Felix, à frente da AZmaria - Foto Agencia Site

Desfile da estilista Cintia Felix, à frente da AZmaria – Foto Agencia Site

 

Além dos looks, um ato que vem se tornando tradição é a entrada da mãe da estilista nos encerramentos de seus desfiles. “Quero que a minha mãe receba os aplausos junto comigo, pois é uma forma de reverenciar as batalhas de uma mulher negra 50+. Quero que essas mulheres se vejam como bonitas, como deusas, como protagonistas”, comemora.