Agência Bike Expedition promove roteiros de bicicleta nos mais variados destinos

Agência Bike Expedition promove roteiros de bicicleta nos mais variados destinos

Com um público crescente de mulheres, há 20 anos a Bike Expedition pedala pelos melhores roteiros do mundo

De 7 a 14 de junho, Adriana Kroehne pedalou do Porto a Santiago de Compostela, em um roteiro só para mulheres. “É um destino que evoca emoções, um roteiro de peregrinação, onde todos têm o mesmo objetivo”, diz a criadora da Bike Expedition, que há vinte anos propõe viagens de sonho sobre duas rodas.

 

Adriana, da Bike Expedition | Foto Divulgação

Adriana, da Bike Expedition | Foto Divulgação

 

Como tem sido a participação das mulheres nas cicloviagens?
Curiosamente o número de mulheres que se aventura em uma viagem sem guia é bem maior que o de homens. Claro que são viagens bem estruturadas, com transporte de bagagem e suporte, caso alguém precise. Mas trata-se de um número que cresce.

Quais são os maiores prazeres de viajar e conhecer lugares pedalando?
Diria que o tempo que se leva para percorrer o trajeto te permite entrar em contato com a cultura local de uma maneira muito mais profunda. Pedalando, paramos mais para tomar um cafezinho, para tirar uma foto ou para papear. E assim aprendemos muito, e de uma forma bem divertida. Em relação a uma viagem de carro, o “tempo” da bicicleta também é outro. Pedalando, observamos melhor a arquitetura, o comércio, a geografia, a vegetação…

O que você já vivenciou nessas expedições de bicicleta?
Há momentos incríveis em pequenas ou grandes histórias. Avós com seus filhos e netos são uma configuração que vemos sempre e são viagens emocionantes. Pode acontecer de dois grupos nossos se encontrarem no caminho, e o encontro virar uma enorme confraternização. Ou até uma coisa simples, como provar uma taça de vinho no meio de um vinhedo e trazer para casa uma garrafa que você viu ser engarrafada.

É necessário experiência ou os roteiros são abertos para ciclistas de primeiras viagens?
Nós trabalhamos com viagens com suporte completo, com guia falando português, carro de apoio, bicicletas de ponta, os melhores hotéis de cada região. E com viagens mais acessíveis, das quais todos podem desfrutar. Uma modalidade muito aceita é a versão autoguiada, em que organizamos a hotelaria, aluguel de bicicletas, transfer de bagagem entre hotéis, e damos suporte se necessário. Aos ciclistas de primeira viagem, costumamos recomendar bicicletas elétricas ou indicamos treino. Mas todas as nossas viagens são para amadores.

Quantos quilômetros são feitos por dia nesses roteiros?
De 25 a 55 km, em média. Depende muito dos pontos de interesse em cada região e da distância entre hotéis.

Como serão os próximos roteiros para mulheres?
Porto a Santiago de Compostela evoca emoções. É um roteiro de peregrinação, há uma grande emoção na chegada. O da Provence é um roteiro turístico, com o melhor que há na Provence. As paisagens são lindíssimas, tudo é muito charmoso, há cidades que são verdadeiras pérolas. O segundo semestre está aberto e há mais de 300 saídas em nosso site (www.bikeexpedition.com.br), para todos os gostos e todos os bolsos.

Descubra tesouros em meio à Mata Atlântica: 4 trilhas incríveis em São Paulo para se reconectar com a natureza

Descubra tesouros em meio à Mata Atlântica: 4 trilhas incríveis em São Paulo para se reconectar com a natureza

Há muitas trilhas em São Paulo, lugares preservados e verdes, alguns deles em áreas protegidas, as chamadas Unidades de Conservação do Estado. Selecionamos aqui sugestões a até 50 km da capital paulista. São trajetos que permitem o acesso a áreas com fauna e flora diversificadas, corredeiras e cachoeiras  um respiro essencial para se conectar à natureza.

Trilha da Pedra Grande
Localiza-se no Parque Estadual da Cantareira e dá acesso ao Mirante da Pedra, afloramento rochoso com cerca de 1.010 metros de altitude e uma vista incrível de parte da cidade de São Paulo. O percurso, em meio à Mata Atlântica, mostra claramente o contraste entre a cidade e natureza. A trilha é de 10 km (ida e volta), cerca de 2h30 de caminhada.
Rua do Horto, 1.799, tel. 2203-3266.

 

Vista do Mirante da Pedra, acessado pela Trilha da Pedra Grande, na Serra da Cantareira | Foto Divulgação

 

Trilhas do Silêncio e do Pai Zé
Ambas ficam no Parque Estadual do Jaraguá. A do Silêncio é ideal para iniciantes e para quem busca um passeio mais suave. Tem apenas 900 metros de percurso (ida e volta) e duração de 30 minutos. A vegetação densa abafa os ruídos urbanos formando um silêncio incrível. É ótima para crianças e adaptada para visitantes com deficiência física ou mobilidade reduzida. Já a Trilha do Pai Zé tem 3.600 metros de percurso e duração de 2h30. Leva até o pico, de onde se tem uma vista espetacular da cidade. Além da flora diversificada, por ali se encontra uma fauna de respeito com espécies como preguiças, esquilos, tucanos, quatis, sabiás, saguis e macacos-prego.
Rua Antônio Cardoso Nogueira, 539, Pirituba, tel. 3943-5222.

 

Trilha Monumentos Históricos
A 33 km de São Paulo, essa trilha, também chamada “Caminhos do Mar”, foi construída durante o período colonial. O caminhante passa pela Estrada Velha de Santos e contempla monumentos históricos como o Rancho da Maioridade, o Pouso Paranapiacaba e a Casa de Visitas do Alto da Serra, lugares pelos quais eram transportadas mercadorias como algodão, tabaco e açúcar. A trilha, de dificuldade média pelo seu tempo de duração (cerca de cinco horas), pode ser feita com guias em passeios agendados pelo site
www.caminhosdomar.com.br

 

Trilhas em Paranapiacaba
Fundada em 1865, devido à construção da estrada de ferro São Paulo Railway, que ligava Jundiaí ao Porto de Santos, Paranapiacaba é a única vila ferroviária em estilo inglês preservada do Brasil. A 50 km do centro de São Paulo, ela é um destino maravilhoso para quem quer fazer trilhas em meio a cachoeiras e paisagens deslumbrantes. Oferece percursos com diversos graus de dificuldade, mas é importante contratar um guia para a aventura. Uma sugestão é a Trilha do Poço Formoso, de nível moderado, com 4,8 km em média. O passeio tem como foco as várias piscinas naturais de águas cristalinas, além do caminho sombreado pela rica e diversa flora da mata atlântica. Informações pelo site www.paranapiacabaecotur.com

Conheça destinos repletos de natureza e histórias a bordo de locomotivas centenárias

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A bordo de locomotivas centenárias é possível conhecer lugares repletos de natureza e histórias

Em todo o mundo, dois bilhões de pessoas deslocam-se diariamente sobre trilhos. O transporte ferroviário é um dos mais eficientes, seguros, democráticos e sustentáveis meios de locomoção, com a vantagem ainda de ser extremamente confortável e charmoso.

No exterior, o trem é o preferido dos viajantes, por ligar destinos em rotas inesquecíveis. Só a Europa tem uma malha ferroviária de 50 mil km, que une mais de vinte países. É possível viajar por todo o continente pelos trilhos. Algumas das rotas mais famosas são de Roma a Florença, em uma hora e meia de viagem; de Amsterdã a Paris, jornada de quatro horas; e de Lisboa para Porto, três horas de passeio, entre outras opções.

 

Foto | Sergio Luiz Pereira

 

O Brasil já teve uma malha ferroviária de expressão, que começou a ser extirpada na década de 1960, com o nascimento de Brasília e a ascensão do rodoviarismo. Mas restaram trilhos, estações e histórias que foram preservados e podem ser vivenciados em passeios.

A Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), fundada em 1977 pelo francês Patrick Dollinger, um apaixonado por locomotivas a vapor e por ferrovias, oferece alguns roteiros imperdíveis em Marias Fumaças em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Veja algumas sugestões:

Trem da Serra da Mantiqueira – Passa Quatro (MG)
Os passeios acontecem aos sábados e domingos e têm duração de duas horas. A Maria Fumaça de 1929 sai da histórica estação de Passa Quatro, no sul de Minas Gerais, percorrendo vales, matas, rios e vilarejos.

Trem Caiçara de Antonina a Morretes (PR)
A mais antiga Maria Fumaça em operação no Brasil, de 1884, leva os viajantes a um passeio de uma hora em meio à Mata Atlântica, passando por pontes, chácaras e manguezais – interligando as cidades de Antonina e Morretes, no leste do Paraná.

Trem da Serra do Mar – Rio Negrinho (SC)
A viagem se inicia na Estação Ferroviária de Rio Negrinho, a 791 metros de altitude, em Santa Catarina, e trafega 60 km por paisagens rurais repletas de corredeiras, cachoeiras e vegetação exuberante.

Trem de Guararema (SP)
O trem percorre os trilhos da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil. Luiz Carlos, ponto final do passeio de duas horas, é uma pequena vila restaurada, com casas antigas, lojas de artesanato e restaurantes acolhedores.

Mais informações sobre os roteiros no site www.abpf.com.br

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Em 2021, ficou evidente que a crise ambiental requer a mobilização de toda a sociedade, já que os impactos causados pelas pessoas vêm se intensificando em uma velocidade espantosa. De acordo com a Global Footprint Network (GFN), instituição internacional responsável pelo cálculo da pegada de carbono no mundo, houve um aumento de 6,6% na emissão de carbono em relação a 2020. No Brasil, a degradação da Amazônia colaborou para isso, já que o país atingiu recordes de desmatamento em meio à pandemia, e pesa na conta a falta de investimento em transporte verde, como a bicicleta, a caminhada e os modais elétricos.

 

Foto iStockPhoto | Johnny Greig

Foto iStockPhoto | Johnny Greig

 

Para atenuar esse cenário, confira dez ações que podem fazer a diferença:

  1. Experimente a bicicleta. Se tiver dificuldades para pedalar, contate o Bike Anjo (www.bikeanjo.org.br), comunidade de ciclistas voluntários que oferece ajuda gratuita.
  2. Saia para caminhar e coloque esse hábito no seu dia a dia. Andar fortifica o corpo como um todo, ajusta e regula o organismo e “areja as ideias”.
  3. Dê férias para o seu carro. Desapegue de preconceitos, de velhas ideias e da (falsa) sensação de conforto que o carro parece trazer. Entre em 2022 com os dois pés no chão.
  4. Mude a rotina com os filhos. Na volta às aulas, não engrosse as filas de carro na porta da escola, que poluem e tumultuam o entorno, dando um mau exemplo para as crianças.
  5. Aproveite o transporte coletivo. Durante a pandemia, os procedimentos de segurança e limpeza em metrôs e ônibus melhoraram bastante; mantenha o uso de máscara e álcool gel e aproveite as facilidades dos modais coletivos.
  6. Use apps de transporte. Há vários aplicativos gratuitos que mostram a localização dos ônibus e trens em tempo real, indicando itinerários, horários de partida e localização. Moovit e Quicko são exemplos e contam com “alertas de lotação”.
  7. Adote a ESG. A sigla em inglês ficou conhecida neste ano no mundo dos negócios, e se refere a três fatores (ambiental, social e governança) que medem o índice de sustentabilidade e o impacto social de uma organização. Este conceito também pode ser levado para a casa, com um estilo de vida que favoreça a sustentabilidade, a empatia e a solidariedade.
  8. Faça compras com a bicicleta. Em São Paulo, são vários os shoppings que contam com bicicletários, como o Iguatemi, o Eldorado, o JK Iguatemi e o Pátio Paulista.
  9. Dê carona. Para os seus colegas de trabalho, para os vizinhos e para os colegas de seus filhos. Significa menos carros nas ruas e um ar um pouco melhor para todos.
  10. Mude para o elétrico. Eles têm crescido no mundo todo e estão ganhando terreno também no Brasil. De janeiro a outubro de 2021, as vendas de carros elétricos chegaram a 27.097 unidades, aumento de 74% em relação a 2020.

 

COP26 reúne líderes de 200 países para debater a crise climática e rever as metas de redução da emissão de carbono

COP26 reúne líderes de 200 países para debater a crise climática e rever as metas de redução da emissão de carbono

Até o dia 12 de novembro acontece em Glasgow, na Escócia, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP26, que reúne líderes de 200 países para debater a crise climática e rever as metas de redução da emissão de carbono.

O objetivo do encontro é discutir novos compromissos para mitigar a emergência climática. Conforme definido no Acordo de Paris, em 2015, o aumento da temperatura média global deve ser limitado em 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.

O ano chave para que haja essa redução, 2030, está logo aí. Por isso, espera-se que os países tornem suas metas mais ambiciosas para alcançar a marca de 1,5°C, evitando uma catástrofe no clima. Hoje, já convivemos com alterações bruscas de temperatura, fenômenos naturais cada vez mais frequentes, como furacões e tempestades, e geleiras derretendo mais rápido que o previsto.

A pauta da mobilidade é central nessa conferência, pois o setor é um dos principais emissores de gases de efeito estufa: 80% da energia utilizada para veículos têm origem na queima de combustíveis fósseis. Assim, o objetivo é reduzir drasticamente o uso do carro, que deverá ter zero emissões ao longo de 14 e 19 anos. Além do carro elétrico, investimento no metrô, no ônibus elétrico e nos meios de transporte ativo são medidas importantes.

 

Foto Istockphoto | Oleaksandr Filon  Ônibus sem emissões de carbono / Carbono Zero

 

No início de outubro, Maria Teresa Diniz, assessora técnica da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito de São Paulo, anunciou o planejamento da eletrificação da frota de ônibus e colocou como meta implantar mais 300 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas na capital paulista, que hoje conta com uma malha cicloviária de 684 quilômetros. A prefeitura também apresentou o Aquático – transporte hidroviário que será implantado na represa Billings, interligando diferentes modais com pagamento da tarifa por Bilhete Único.

Para o ambientalista Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), a mobilidade urbana precisará passar por uma grande mudança para reduzir a emissão de combustíveis fósseis. Ele destaca o estímulo ao uso da bicicleta e a implantação de áreas só para pedestres e ciclistas, a fim de manter polos de ar limpo. Além disso, acredita que a pandemia evidenciou, mesmo que de forma difícil para a sociedade, que nossos deslocamentos não eram tão necessários como imaginávamos. “Muita gente vem conseguindo trabalhar de casa, dar conta de suas tarefas profissionais e pessoais sem ter que empreender longos trajetos. E sabemos que deslocamentos pela cidade implicam mais poluição, perda de tempo, perda do convívio familiar. Então, nesse cenário, o teletrabalho é uma sábia alternativa.”