Conheça os dez municípios com maiores rebanhos bovinos do Brasil
As dez cidades brasileiras com maior contingente de cabeças de gado ficam nos estados do Pará, de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Goiás. Pecuária injeta um total de R$ 913 milhões na economia
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) publicou recentemente o Perfil da Pecuária do Brasil. A publicação revela que, em 2021, o rebanho bovino brasileiro ficou estimado em 196,5 milhões de cabeças de gado. Considerando-se que o país tem uma população de 220 milhões de habitantes, dá para dizer que existe quase um boi ou vaca para cada pessoa.
O relatório fez também um levantamento dos dez municípios que concentram os maiores rebanhos. São Félix do Xingu, no sul do Pará, ocupa o topo do pódio, com 1,9 milhão de cabeças de gado. A título de informação, o município tem apenas cerca de 135 mil habitantes. Ou seja, lá existem quase 15 cabeças de gado para cada pessoa!
Em segundo lugar, vem Corumbá, no Mato Grosso do Sul, com mais de 1,4 milhões de cabeças de gado. A terceira colocação ficou com Marabá, também no Pará com cerca de 1,04 milhão de cabeças praticamente o mesmo número verificado em Porto Velho (Rondônia), que abriga 1,036 milhão de cabeças. Na quinta e na sexta posição aparecem dois municípios do estado do Mato Grosso: Vila Bela da Santíssima Trindade (com 990 mil cabeças) e Cáceres (com 920 mil cabeças).
O top dez é completado por Novo Repartimento (no Pará, com 877 mil cabeças), Ribas do Rio Pardo (no Mato Grosso do Sul, com 850 mil), Juara (no Mato Grosso, com 792 mil), Juína (também no Mato Grosso, com 678 mil) e Nova Crixás (em Goiás, com 674 mil animais).
Em todo o país, as pastagens dedicadas à pecuária ocupam uma área de 163 milhões de hectares e movimentam algo em torno de R$ 913 bilhões valor que inclui toda a cadeia, dos insumos de nutrição e de sanidade até os investimentos em genética, as exportações e as vendas no mercado interno.
Prosa rápida
Brochável
O Agronegócio costuma ser o motor do crescimento da economia brasileira, mas neste primeiro semestre de 2022 a agropecuária recuou 2,5%, em relação a igual período do ano passado, segundo dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do PIB (Produto Interno Bruto). A queda foi puxada pelo baixo desempenho de culturas como a da soja (-12,0%) e a do arroz (-8,5%).
Em alta
Mesmo com o PIB agropecuário em baixa, a 45ª Expointer, realizada no início de setembro na cidade gaúcha de Esteio, registrou recordes. O total de negócios chegou a R$ 7,15 bilhões, representando um crescimento de 164,67% em relação a 2019. Cerca de 750 mil pessoas estiveram presentes na feira em 2019, foram 416 mil. Só o setor de máquinas e implementos, o mais rentável da feira, movimentou R$ 6,6 bilhões, 159,2% a mais do que em 2019.
Flagra
Segundo dados do Ministério da Agricultura, o Brasil deve fechar 2022 com um recorde de apreensões de pesticidas ilegais. Até o fim do ano, a expectativa é que um total de 500 toneladas de pesticidas ilegais sejam apreendidos mais que o dobro do volume de 2020. Estima-se que algo entre 15% e 25% do mercado de agroquímicos do Brasil seja composto por produtos contrabandeados e falsificados, segundo o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF).
Diretora de audiovisual da Ciclovia Musical, Denise Silveira fala sobre sua relação com a bicicleta
A diretora audiovisual do projeto que une música e bike, fala sobre sua trajetória e da necessidade de mais segurança nas ruas
Gaúcha radicada em São Paulo, Denise Silveira, de 54 anos, já viajou por vários países para mostrar a relação da bike com as pessoas. As jornadas, desde 2016, renderam a exposição “Ocupação Bicicleta”, exibida no metrô de São Paulo, e “Bicicleta, Identidade Cultural”, na Unibes Cultural.
Diretora de audiovisual da Ciclovia Musical, projeto criado e dirigido por Giane Martins que une música e bike, ela também dirigiu o premiado “Alma de Bicicleta”, filme que é uma criação coletiva de mulheres 40, 50 e 60+ mostrando como superam as dificuldades para pedalar no Brasil, Finlândia, Grécia e Índia.
Denise se tornou uma ciclista urbana devido a um problema nos joelhos: ficou oito meses sem andar e a bicicleta foi a salvação. “Mas não posso percorrer grandes distâncias sem o auxílio do pedal assistido”, diz ela, que hoje atua em várias frentes com a bike, fazendo fotos e filmes, palestras e rodas de conversa em escolas públicas. Saiba mais na entrevista a seguir:
Em sua mostra “Ocupação Bicicleta”, você mostrou a íntima relação das pessoas com a bicicleta em várias cidades europeias. Por que no Brasil estamos tão distantes desse cenário?
Por falta de vontade política dos gestores e falta de educação no trânsito. As pessoas ainda querem chegar mais rápido e chegar primeiro. Eu quero ir devagar, saborear o caminho, conversar com uma pessoa desconhecida, desejar bom dia, ouvir os passarinhos. Sem uma conscientização de que a gente precisa mudar o estilo de vida, ter empatia com o outro e preservar o meio ambiente, vamos continuar estagnados no mesmo lugar.
Quais são os maiores obstáculos para que as mulheres pedalem e o que é preciso fazer?
O maior obstáculo, hoje, é a segurança pública. As mulheres são assaltadas, furtadas, importunadas e assediadas sexualmente a pé, de bicicleta, no transporte público. E quando decidem correr o risco enfrentam a falta de ciclovias, a alta velocidade dos carros e a falta de respeito dos próprios ciclistas. As mulheres que começam a pedalar se inspiram umas nas outras, na amiga, na colega, em um grupo do seu bairro.
Quais são as novidades do projeto Ciclovia Musical, que junta música e bicicleta?
Em novembro haverá a Ciclovia Musical em Salvador, onde vou mediar uma roda de conversa com estudantes ao lado do maestro Carlos Prazeres. Em 2023, teremos edições em outras capitais, e a ideia é que as pessoas possam pedalar juntas e parar para apreciar uma programação de primeiríssima qualidade, que transita por diversos estilos musicais.
Como foi sua palestra na Velo-city, conferência global que ocorreu na Eslovênia?
Meu tema foi “Não podemos atrair mulheres com histórias sobre homens”. O ambiente do ciclismo ainda é muito masculino e não chega até as mulheres. A receptividade foi enorme, eu trabalho nos bastidores e fora do Brasil há um interesse maior nesse aspecto profissional. Aqui, querem nos descrever com estereótipos ou esperam que a gente vire influenciadora. Não espero influenciar ninguém, mas promover informações que permitam que as pessoas possam formar a sua própria opinião e fazer a melhor escolha para elas.
ABC Paulista se destaca em qualidade de vida e oferece boas opções de gastronomia para moradores e visitantes
A região escolhida há algumas décadas como sede de montadoras, da indústria de plásticos e de vários outros setores também se destaca em qualidade de vida e apresenta excelentes pções gastrônomicas
Andaram me perguntando por que nunca escrevo e nem comento nada a respeito dos atrativos gastronômicos da região do ABC, apesar da importância econômica que ela representa. Pesquisei e encontrei restaurantes, bares e até padarias que atendem os moradores e visitantes em grande estilo. As perguntas vieram de passageiros, cujos destinos por aqui estão concentrados nessa área. A verdade é que não frequento Santo André (SA), São Bernardo do Campo (SB) e São Caetano do Sul (SCS). Mas também é verdade que as poucas pessoas que conheço que moram ou moraram por lá só tem boas histórias para contar dessas cidades que acolheram fábricas enormes nas décadas de 1960, 1970 e 1980.
Muitas famílias de franceses cujos filhos estudavam no Liceu Pasteur na época moravam por lá porque empresas multinacionais, como a francesa Rhodia, eram sediadas na região. A Rhodia, no caso, em Santo André. Já a Scania, a Toyota, a Volkswagen e a Bombril se instalaram em São Bernardo. Não à toa a região é conhecida como grande geradora de empregos e de riqueza.
Santo André já foi eleita uma das dez melhores cidades do Brasil para se viver várias vezes, por causa de sua infraestrutura, das áreas verdes e da renda per capita. São Caetano, por sua vez, foi premiada como a melhor cidade para se criar filhos, em função da quantidade e do nível das instituições de ensino que abriga. Junte a isso a proximidade do litoral Santos e Guarujá ficam a 40 minutos do ABC e poderá entender a razão de a região contar hoje com quase 3 milhões de habitantes.
Listo aqui algumas das casas que dão orgulho aos moradores. Começo o dia com o pão e o café da manhã da Padaria Brasileira, em São Caetano do Sul, eleita disparada a melhor da região. Para o almoço, três churrascarias se destacam, todas em São Bernardo. São elas a Tordilho SBC, a Varandão e a Casa da Costela. Não à toa as três vivem lotadas no almoço!
Para quem curte um sushi e a culinária japonesa como um todo, as melhores opções são o Okay Sushi (SA), o Zensei Sushi (SA) e o Tominaga Sushi Bar (SCS). Para quem não dispensa uma boa massa ou um belo parmegiana, recomendo La Trattoria di Jaime (SB) e o Empório Nero D’avola (SCS).
Por fim, sendo o ABC uma extensão de São Paulo, não poderiam faltar boas pizzarias. As melhores e mais concorridas são a Tutto Pizza (SBC) e a Grazie Napoli (SA). Ambas fazem pizzas de longa fermentação com molho e farinha importada. Vale conhecer! E para não dizer que faltou um autêntico boteco para fazer um happy hour com clientes e amigos, conheça o Buteko Zé do Brejo (SCS), com seu famoso torresmo de rolo e suas pimentas dedo de moça recheadas, e o Boteco Casarão (SA) famoso por suas caipirinhas e pela sua feijoada.
Espero que com essas dicas as viagens de trabalho para essa região tão pulsante se tornem ainda mais agradável. Até!
Primeira unidade da Livraria da Vila em Ribeirão Preto aposta em ambiente lúdico e eventos culturais
Tradicional casa de livros do coração paulistano, a Livraria da Vila avança para o interior do estado e acaba de inaugurar sua primeira unidade em Ribeirão Preto. Em um espaço interativo de mais de 300 m2 instalado no piso superior do Shopping Iguatemi, os leitores ribeirão-pretanos agora podem se deleitar com um catálogo de aproximadamente 20 mil itens, incluindo livros de ficção, obras documentais, didáticas e biográficas, jogos de tabuleiro e artigos de papelaria. A nova loja conta ainda com um ambiente exclusivo para crianças, com mobiliário lúdico, brinquedos educativos e vasto acervo infantil e juvenil.
Com uma estrutura pensada para abrigar, futuramente, programações culturais que vão desde lançamentos de livros até oficinas de contação de história, a unidade segue o plano de expansão da rede, que tem apostado em lojas mais compactas, seleções curatoriais cada vez mais personalizadas ao público e uma frota de vendedores especializados em literatura. “Acreditamos muito que essa caminhada para o interior seja uma forma potente de contribuir para o fortalecimento do mercado editorial e do hábito leitor em todo o estado e além dele”, celebra Samuel Seibel, presidente da rede, que já contabiliza 18 unidades ao redor do Brasil. H. C.
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Livraria da Vila
Avenida Luiz Eduardo de Toledo Prado, 900, Vila do Golfe (Shopping Iguatemi Ribeirão Preto, piso superior), tel. 16 4042-4112.
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