6 bares aconchegantes em São Paulo para prestigiar a chegada do inverno

6 bares aconchegantes em São Paulo para prestigiar a chegada do inverno

Uma volta por alguns dos melhores bares da cidade para aproveitar o friozinho em grande estilo

Na coluna da edição de maio falamos sobre as baladas e casas noturnas de São Paulo, que voltaram com tudo no pós-pandemia. Nada mais justo do que, agora, destacar os “esquentas”, lugares onde encontramos os amigos e aquecemos as turbinas para a balada. Fora que o inverno está chegando e nada melhor do que um bar aconchegante com bons drinques e petiscos para levantar os ânimos.

Começo pelo centro da cidade, que tem sido premiado nesses anos com lugares para lá de bonitos e competentes. É o caso do Bar dos Arcos, literalmente embaixo (sim, no subsolo) do Theatro Municipal de São Paulo. Não dá para acreditar que montaram uma estrutura daquelas em torno dos arcos que foram feitos em 1911 com gordura de baleia, pedras e conchas. O cardápio está à altura tanto nos comes e bebes drinques– e a coxinha de pato com laranja e gengibre é hit.

 

Coquetel Do Fogo Que Em Mim Arde, de gim, Campari, espumante brut e sucos de laranja, limão e grapefruit, do Bar dos Arcos (bares) - Foto Reprodução | Facebook

Coquetel Do Fogo Que Em Mim Arde, de gim, Campari, espumante brut e sucos de laranja, limão e grapefruit, do Bar dos Arcos – Foto Reprodução | Facebook

 

Pertinho dali, no Largo do Arouche, escondido dentro do septuagenário restaurante francês La Casserole, encontra-se o Infini (“infinito”, em francês). O nome traduz a sensação que as paredes, todas recobertas por espelhos, passam a quem está ali, de frente para o belíssimo bar que funciona no fundo. É lindo e, para chegar até a discreta porta de entrada, é necessário passar pelo salão principal do restaurante e beirar a cozinha. Belisque um cone de steak tartare, tomando um Apple Martini e viaje na atmosfera do lugar.

Outra maravilha do Centro é o Bar do Cofre, situado no porão da sede do extinto Banespa. Após lances de escada, no agora Farol Santander, encontra-se essa pérola guardada atrás de grades de aço, literalmente dentro dos cofres do então Banco do Estado de São Paulo. O lugar é lindo, com o piso todo de mármore e as portas de concreto do mesmo jeito de quando abrigava as joias e pertences dos endinheirados na época. Sentar ali tomando um drinque e comendo um croquete de pupunha é um programa verdadeiramente chique. As bebidas e as comidinhas são muito bem executadas, mesmo porque o local é dos mesmos sócios do competentíssimo SubAstor, na Vila Madalena, que eu frequento desde 2009.

Nessa meca etílica onde, para chegar, é preciso descer uma escada pelo meio do bar Astor e atravessar uma cortina de veludo, a carta foi criada por Fábio la Pietra, que já representou o Brasil em concursos pelo mundo afora. Minha dica é chegar no balcão e pedir uma porção de mandiopã com zatar e apenas dizer para o barman qual o destilado de base que você quer. E o deixe criar, você não vai se arrepender.

Já o Fel, ao lado da Bar da Dona Onça, no Copan, é um bar balcão de mármore com iluminação perfeita e um serviço exemplar. O lugar é focado em coquetéis, que são perfeitos.

Por fim, vamos ao Paraiso, na rua Manoel da Nóbrega onde uma portinha diz apenas Punch Bar e a tradução em japonês. Só entra quem reservou antes e após tocar a campainha. Uma vez lá dentro, começa uma imersão por um meio pub e meio speakeasy no Japão. É verdadeiramente uma viagem. Tanto as comidinhas à la izakaya quanto os drinques à base de soshu ou de yuzu (cítrico japonês) valem muito a pena. Não esqueça de fazer reserva em todos antes de chegar.

Buenos Aires: descubra os encantos incríveis da capital como um verdadeiro portenho

Buenos Aires: descubra os encantos incríveis da capital como um verdadeiro portenho

Esqueça os pontos turísticos e explore a cidade como um autêntico buenairense, entre charmosos terraços, bares de drinques, centros culturais e, como não pode faltar, bons restaurantes

Um pouco mais de 2 mil quilômetros separam São Paulo de Buenos Aires. A primeira impressão, ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Ezeiza e ir de carro até o centro da capital, é de que são cidades parecidas em sua essência. Mas, ao se aproximar cada vez mais dos principais bairros, a arquitetura, a limpeza, o planejamento urbano e a segurança da cidade argentina revelam as diferenças que temos com os nossos vizinhos. Disparidades que ficaram ainda mais evidentes com a reabertura das fronteiras depois da pandemia.

Se deslocar por Buenos Aires acaba sendo bem mais fácil pelo fato de a cidade ser totalmente plana. Para quem opta pela estadia em Airbnb, por exemplo, é sempre uma boa dica ficar na região mais central, próximo ao Obelisco, e assim é possível se movimentar rapidamente por todos os bairros, como San Telmo, Palermo, Retiro, Recoleta e Puerto Madero. De carro ou a pé, é simples encontrar um bom lugar para comer empanadas na rua ou tomar a cerveja local, a Quilmes.

A grande beleza da capital argentina não está nos passeios turísticos já “manjados” como o El Caminito, mas, sim, na oportunidade de se deixar levar por ruas charmosas, prédios antigos e uma infinidade de praças e áreas de convivência. É incrível passear como um verdadeiro flâneur e ter a sorte de encontrar uma livraria de esquina em Palermo e se deparar com um café moderno no térreo e, no terraço, um bar restaurante aconchegante com várias camas, para descansar!

 

Vista aérea do obelisco no centro de Buenos Aires -  Foto ISTOCKPHOTO

Vista aérea do obelisco no centro de Buenos Aires – Foto ISTOCKPHOTO

 

Isso sem contar as passagens “secretas” ou históricas espalhadas pela cidade, como é o caso da passagem Corina Kavanagh – uma travessa próxima à Plaza San Martin que geralmente não é muito frequentada por turistas brasileiros, já que fica em um ponto da cidade com pouco comércio, no bairro Retiro. Mas, para quem quer ter uma experiência mais portenha e apreciar a história e arquitetura da cidade, vale o passeio, tanto para contemplar o prédio Kavanagh quanto a Igreja do Santíssimo Sacramento, que fica logo após a passagem.

 

Edifício Corina Kavanagh | Fotos Julya Vendite e Reprodução | Facebook

Edifício Corina Kavanagh | Fotos Julya Vendite e Reprodução | Facebook

 

 

Variedades surpreendentes

Você pode criar roteiros bem flexíveis para visitar os mais de trinta museus espalhados em diferentes bairros e ainda aproveitar para conhecer o comércio local. O dia de visitar o MALBA (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires), por exemplo, pode ser o mesmo para conhecer o Paseo El Rosedal Garden, o Jardín Japonés e o Planetario Galileo Galilei – todos esses passeios ficam no bairro da Recoleta. E, mesmo para quem já conhece o MALBA, as exposições sempre variam para além do acervo fixo, então cada visita será uma experiência única, e convenhamos que não é nada entediante poder rever o Abaporu, de Tarsila do Amaral, e sentir o calor brasileiro em terras argentinas.

 

Fachada do MALBA - Foto ISTOCKPHOTO

Fachada do MALBA – Foto ISTOCKPHOTO

 

Ainda no bairro, é destaque o Centro Cultural Recoleta, que também sempre renova suas exposições e é um ótimo lugar para descansar, com diversas áreas abertas, sofás, mesas e cadeiras. Os moradores aproveitam o espaço para trabalhar e estudar, mas ainda é possível curtir shows e apresentações por lá, dependendo da programação.

 

Área Externa no Centro Cultural Recoleta | Fotos Julya Vendite e Reprodução | Facebook

Área Externa no Centro Cultural Recoleta | Fotos Julya Vendite e Reprodução | Facebook

 

Para aproveitar bem a cidade, esqueça os horários convencionais de almoço e jantar e aproveite para explorar a riqueza gastronômica da cidade, que vai muito além de empanadas deliciosas. Some a essa lista: o choripan do Mercado de San Telmo, as fatias de pizza do Guerrin, as inúmeras opções de massas do Salgado, a costela do La Carniceria, a parrilla do La Brigada e a melhor milanesa do país, do El Preferido.

No último, a experiência conquista desde o visual do restaurante, um prédio rosa, de esquina, antigo, mas muito bem conservado pelo tempo, com opções de mesa na área interna e externa e um atendimento que encanta desde a fila de espera – na qual são servidas mini empanadas e taças de espumante para aqueles que não se anteciparam em fazer a reserva. De entrada, destaque para a burrata e, para o prato principal, à milanesa tradicional da casa vale a pena, ideal para “compartir”, e ainda acompanha purê de batatas e um bom vinho –, a carta também não decepciona, com ótimas vinícolas e preços sempre mais acessíveis em comparação ao Brasil.

 

Drinque e pratos do Rooftop Trade Sky Bar | Fotos Julya Vendite e Reprodução | Facebook

Drinque e pratos do Rooftop Trade Sky Bar | Fotos Julya Vendite e Reprodução | Facebook

 

E já que falamos de comida, a bebida não poderia ficar de fora. Para quem aprecia coquetelaria, a cidade conta com ótimos bares, cada um com uma experiência diferente, como o bar secreto La Floreria, também na Recoleta: quem passa na rua vê apenas uma típica floricultura, mas ao entrar e perguntar sobre o bar, uma porta se abre e revela uma escada subterrânea que dá acesso ao charmoso espaço!

 

Coquetelaria do bar secreto La Floreria | Fotos Julya Vendite

Coquetelaria do bar secreto La Floreria | Fotos Julya Vendite

 

Se a ideia é aproveitar seu drinque nas alturas, no topo do edifício Comega você encontra o Trade Sky Bar, que está na lista dos 25 melhores rooftops no mundo! Com uma vista 360º da cidade e uma carta de clássicos e autorais, esse com certeza é um passeio que não pode faltar na lista de quem ama Buenos Aires e de quem ainda precisa se apaixonar pela “Paris da América Latina”.

Agência Bike Expedition promove roteiros de bicicleta nos mais variados destinos

Agência Bike Expedition promove roteiros de bicicleta nos mais variados destinos

Com um público crescente de mulheres, há 20 anos a Bike Expedition pedala pelos melhores roteiros do mundo

De 7 a 14 de junho, Adriana Kroehne pedalou do Porto a Santiago de Compostela, em um roteiro só para mulheres. “É um destino que evoca emoções, um roteiro de peregrinação, onde todos têm o mesmo objetivo”, diz a criadora da Bike Expedition, que há vinte anos propõe viagens de sonho sobre duas rodas.

 

Adriana, da Bike Expedition | Foto Divulgação

Adriana, da Bike Expedition | Foto Divulgação

 

Como tem sido a participação das mulheres nas cicloviagens?
Curiosamente o número de mulheres que se aventura em uma viagem sem guia é bem maior que o de homens. Claro que são viagens bem estruturadas, com transporte de bagagem e suporte, caso alguém precise. Mas trata-se de um número que cresce.

Quais são os maiores prazeres de viajar e conhecer lugares pedalando?
Diria que o tempo que se leva para percorrer o trajeto te permite entrar em contato com a cultura local de uma maneira muito mais profunda. Pedalando, paramos mais para tomar um cafezinho, para tirar uma foto ou para papear. E assim aprendemos muito, e de uma forma bem divertida. Em relação a uma viagem de carro, o “tempo” da bicicleta também é outro. Pedalando, observamos melhor a arquitetura, o comércio, a geografia, a vegetação…

O que você já vivenciou nessas expedições de bicicleta?
Há momentos incríveis em pequenas ou grandes histórias. Avós com seus filhos e netos são uma configuração que vemos sempre e são viagens emocionantes. Pode acontecer de dois grupos nossos se encontrarem no caminho, e o encontro virar uma enorme confraternização. Ou até uma coisa simples, como provar uma taça de vinho no meio de um vinhedo e trazer para casa uma garrafa que você viu ser engarrafada.

É necessário experiência ou os roteiros são abertos para ciclistas de primeiras viagens?
Nós trabalhamos com viagens com suporte completo, com guia falando português, carro de apoio, bicicletas de ponta, os melhores hotéis de cada região. E com viagens mais acessíveis, das quais todos podem desfrutar. Uma modalidade muito aceita é a versão autoguiada, em que organizamos a hotelaria, aluguel de bicicletas, transfer de bagagem entre hotéis, e damos suporte se necessário. Aos ciclistas de primeira viagem, costumamos recomendar bicicletas elétricas ou indicamos treino. Mas todas as nossas viagens são para amadores.

Quantos quilômetros são feitos por dia nesses roteiros?
De 25 a 55 km, em média. Depende muito dos pontos de interesse em cada região e da distância entre hotéis.

Como serão os próximos roteiros para mulheres?
Porto a Santiago de Compostela evoca emoções. É um roteiro de peregrinação, há uma grande emoção na chegada. O da Provence é um roteiro turístico, com o melhor que há na Provence. As paisagens são lindíssimas, tudo é muito charmoso, há cidades que são verdadeiras pérolas. O segundo semestre está aberto e há mais de 300 saídas em nosso site (www.bikeexpedition.com.br), para todos os gostos e todos os bolsos.