Com rafting, boia cross e stand up paddle, o Parque de Aventuras Monjolinho é destino de pura adrenalina no interior de São Paulo

Com rafting, boia cross e stand up paddle, o Parque de Aventuras Monjolinho é destino de pura adrenalina no interior de São Paulo

Nem só de calmaria e belas paisagens se constrói o imaginário do interior paulista. Bastam algumas horas de estrada para descobrir destinos que abrigam muito mais que vitrines verdes. No município de Socorro, por exemplo, as copas das árvores se transformam em obstáculos para esportes radicais.

A apenas 135 km de São Paulo e 106 km de Campinas, a cidade é a primeira do Brasil a conquistar certificação internacional para exercer atividades de turismo de aventura. Segundo a Associação Socorrense de Turismo de Socorro (ASTUR), são mais de 20 parques radicais catalogados em todo o município. Localizado às margens do Rio do Peixe, o Parque de Aventuras Monjolinho é um deles, e atrai famílias semanalmente para momentos de diversão e pura adrenalina.

 

Mesa de Café da manhã da pousada Mata Que Canta | Foto Divulgação

 

Em seus mais de 70 mil metros quadrados de extensão, o espaço reúne atrações para todos os perfis de aventureiros. Aqueles que estiverem em busca de momentos de relaxamento podem desfrutar a tranquilidade serrana nos gramados do complexo, ou apreciar as silhuetas da Serra da Mantiqueira em trilhas autoconduzidas por trechos de Mata Atlântica e ao redor de corredeiras. Já para os mais corajosos, há tirolesa, arvorismo de obstáculos, quadriciclo, boia cross e parede de escalada.

 

Arvorismo sobre o Rio do Peixe | Foto Divulgação

 

Completamente integrado à natureza, o local carrega o selo pet friendly, com atividades adaptadas para receber os turistinhas de quatro patas. Eles podem acompanhar os donos em passeios de caiaque, stand up paddle e até no rafting, sempre usando colete de proteção e guia.

O Parque Monjolinho abre de quarta a domingo, das 9h às 17h, com entrada a R$ 15 por humano – os bichinhos não pagam pela visitação, apenas pelas atividades de que participarem. Lá dentro, cada atração tem um custo adicional, que varia de R$ 35 a R$ 280, mas é possível fechar previamente um pacote day-use com várias atividades e almoço em esquema à la carte incluso. Quem estiver a fim de esticar o passeio por mais alguns dias ainda pode aproveitar a hospedagem em um dos charmosos chalés de alvenaria da Mata Que Canta, a pousada do complexo. As reservas podem ser feitas pelo site www.parquemonjolinho.com.br ou pelo whatsapp (19) 99898-8118.

 

Rafting - Foto Divulgação

Rafting – Foto Divulgação

 

Centenário da Semana da Arte Moderna inspira uma extensa programação de concertos, peças teatrais, exposições e filmes em São Paulo

Centenário da Semana da Arte Moderna inspira uma extensa programação de concertos, peças teatrais, exposições e filmes em São Paulo

Realizada em fevereiro de 1922, a Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira revolução, e agora é celebrada com eventos por toda a cidade

Há exatamente um século, o Theatro Municipal de São Paulo sediava a Semana de Arte Moderna, importante marco da história da cultura brasileira. Entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, o evento apresentou novas ideias e conceitos artísticos, renovando a linguagem, valorizando a experimentação, a liberdade criativa e a ruptura com o passado e o academicismo. O evento marcou o início do Modernismo do Brasil.

 

Thais Aguiar na peça sobre a vida de Pagu – Foto Divulgação

 

Cada dia da semana trabalhou um aspecto cultural: pintura, escultura, poesia, literatura e música. Participaram da Semana de 22 artistas como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Victor Brecheret, Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos e Emiliano Di Cavalcanti, entre outros. Na ocasião da Semana de Arte Moderna, Tarsila do Amaral se encontrava em Paris, mas sua obra tem tudo a ver com o espírito do evento e do Movimento Modernista.

Agora, para celebrar o centenário desse momento marcante da história das artes brasileiras, uma extensa programação de concertos, peças teatrais, exposições e até filmes ocupa alguns dos principais templos paulistanos da cultura. No próprio Theatro Municipal, a Orquestra Sinfônica Municipal apresenta nos dias 12 e 13 os concertos “Villa Total”, com repertório focado nas famosas “Bachianas”, compostas por Heitor Villa-Lobos.

 

Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, em apresentação no Theatro Municipal – Foto divulgação

 

No Centro Cultural Fiesp, a exposição “Era uma Vez o Moderno” reúne até maio mais de 300 obras e documentos inéditos sobre a intimidade dos artistas e pensadores modernistas, como Mário e Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Di Cavalcanti, Osvaldo Goeldi, Ismael Nery, Guilherme de Almeida e Gilberto Freire. A mostra é considerada a maior já organizada sobre o Modernismo Brasileiro e, nela, os visitantes poderão conhecer o diário de Anita Malfatti, que registra os preparativos da sua primeira exposição individual. Em um dos corredores, o personagem virtual de Mário de Andrade lê um trecho do livro “Pauliceia Desvairada”.

A exposição tem como destaques dois quadros muito significativos: “O Homem Amarelo”, um dos mais conhecidos de Anita Malfatti, e “O Mamoeiro”, de Tarsila do Amaral, no qual a artista buscou representar a realidade da época usando cores fortes e formas geométricas, influenciada pelo cubismo e pela arte do francês Fernand Léger, seu mestre.

Na Casa Guilherme de Almeida, a exposição “A Mostra de Fotografia que Não Houve na Semana de 22” reúne imagens realizadas por fotógrafos da época da Semana de 22. Na Oficina Cultural Oswald de Andrade, o diretor Roberto Lage e a atriz Thais Aguiar encenam o espetáculo “Dos Escombros de Pagu”, um texto de Tereza Freire sobre a vida de Patrícia Rehder Galvão – militante política, ilustradora, feminista, comunista e crítica literária e teatral que, na primeira metade do século passado, foi considerada ícone do Modernismo.

 

'O Homem Amarelo', de Anita Malfatti, destaque da mostra no Centro Cultural da Fiesp | Foto reprodução

‘O Homem Amarelo’, de Anita Malfatti, destaque da mostra no Centro Cultural da Fiesp | Foto reprodução

 

Nos cinemas, o centenário da Semana de 22 será marcado pela estreia de “Tarsilinha”, longa de animação dirigido por Célia Catunda e Kiko Mistrorigo, trilha sonora de Zezinho Mutarelli e Zeca Baleiro, a animação de Celia Catunda e Kiko Mistrorigo, roteiro de Fernando Salem e Marcus Pimenta e personagens dublados por Marisa Orth, Skowa e Marcelo Tas. O filme é uma aventura fantástica, inspirada na obra de Tarsila do Amaral. Na tela, Tarsilinha é uma menina de oito anos que embarca numa jornada para recuperar a memória de sua mãe. Para isso, ela precisa encontrar objetos especiais que foram roubados de uma caixa de lembranças. Em sua aventura, a garota conta com a ajuda de amigos como o Abaporu, o Saci, a Lagarta, o Sapo, o Pássaro e o Bicho Barrigudo. O filme entra em cartaz nos cinemas no dia 10 de fevereiro.

 

Acima, os personagens Tarsilinha, Sapo e Saci no desenho animado que chega aos cinemas