Petrolina produz vinhos nacionais reconhecidos e oferece passeios no rio que é a cara do Nordeste

Petrolina produz vinhos nacionais reconhecidos e oferece passeios no rio que é a cara do Nordeste

Às margens do rio São Francisco, Petrolina é a quarta cidade mais populosa de Pernambuco e uma das paradas obrigatórias para quem é amante de vinhos e espumantes. No sertão nordestino, a cidade abraçou uma série de vinícolas que produzem rótulos conhecidos no mercado brasileiro, como Rio Sol e Miolo.

Com infraestrutura para receber turistas do Brasil inteiro, chegar em Petrolina é uma tarefa fácil. A cidade possui aeroporto próprio e é possível encontrar voos diretos partindo de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife – capital do estado localizada a 712 quilômetros da cidade. As melhores opções de hospedagem são JB Hotel e Nobile Suítes Del Rio, ambos no centro de Petrolina.

 

Plantação da Rio Sol – Foto divulgação

 

O passeio pela vinícola Rio Sol acontece aos sábados e é necessário agendamento no site. O roteiro inclui ida e volta em transfer, que passa na porta dos principais hotéis da região central. A visita é guiada e aprofunda as técnicas da plantação das uvas no campo árido e o processo especial de irrigação, há também um tour pela fábrica e adega, onde é possível conhecer e degustar os principais rótulos da marca.

A experiência é ainda mais especial por causa do passeio de catamarã (embarcação leve com dois cascos) no rio São Francisco. Com trilha sonora regada a muito forró, os visitantes são convidados a mergulhar em um dos trechos do Velho Chico, em região rasa e sem correntezas, sendo uma ótima opção para todas as idades.

 

Barris da Rio Sol – Foto divulgação

 

A visita termina com um almoço regional, caseiro e de buffet livre, acompanhado pelos rótulos de vinho da Rio Sol. O valor da excursão é de R$ 160 por pessoa e os visitantes ainda têm direito a desconto nos produtos da vinícola.

Uma outra possibilidade para explorar o enoturismo da região é o roteiro do Vapor do Vinho, que explora os rótulos da Miolo e possui visitação pela vinícola. O passeio de barco à vapor é no lago Sobradinho, um dos maiores lagos artificiais do mundo, criado após o represamento das águas do São Francisco para a construção da usina hidrelétrica de Sobradinho.

Com degustação de vinhos e espumantes, a rota inclui uma pausa para banho na Ilha da Fantasia – bancos de areia no meio do lago que formam lindas praias desertas. O almoço é a bordo e com música ao vivo. O passeio acontece aos sábados, domingos e feriados nacionais. O transfer também passa pelos principais hotéis da região e o valor total por pessoa é de R$ 180.

 

Passeio de catamarã no rio São Francisco – Foto divulgação

 

Arte e noite pulsantes

Petrolina abriga muita vida para além dos vinhos. A cidade foi a casa de Ana Leopoldina Santos, conhecida como Ana das Carrancas. A artesã inovou na arte da criação das carrancas ao construí-las em barro e não em material tradicional de madeira.

As carrancas representam criaturas míticas que são colocadas na proa dos barcos que navegam o rio São Francisco. De acordo com a lenda, elas ajudam a espantar os maus espíritos, permitindo navegações tranquilas, sem tempestades, e atraem peixes.

As esculturas ganharam destaque não apenas pelo material inovador, mas também por suas formas e pela história que acompanha a criação. Uma das características é que Ana inseriu em todas furos nos olhos, em homenagem ao marido, que era cego. De família humilde, o barro era o único material que a artista tinha acesso para criar a sua arte

Hoje, as peças são produzidas pelas filhas Ângela Lima e Maria da Cruz dos Santos, que eternizam o legado da artesã pelo Brasil. As obras podem ser encontradas na Oficina do Artesão Mestre Quincas, local que reúne peças de diferentes artistas da região e onde é possível observar a diversidade manual do Vale do São Francisco. Afastado da zona central, a melhor opção para chegar é de carro ou táxi.

Na orla da cidade, há ainda uma série de bares e restaurantes. Entre eles, o Haus Bier Petrolina, uma casa de cerveja que produz rótulos artesanais em um ambiente descontraído. A casa oferece petiscos, pratos, caldinhos e sanduíches.

Uma outra opção para os fãs da culinária nordestina é o Bodódromo. O espaço concentra uma grande quantidade de restaurantes onde, como sugere o nome, o principal prato é o bode. Para aqueles que quiserem variar, linguiça, buchada e sarapatel, que são pratos típicos pernambucanos, também são encontradas nos cardápios. Jantares com música ao vivo são recorrentes no local e fazem qualquer visitante arrastar o pé quando a sanfona começa a tocar.

Em meio à tanta arte e boas taças de vinho, Petrolina encanta e é destino certo na retomada do turismo nacional.

 

Viagens de isolamento sem estresse

Viagens de isolamento sem estresse

Hotéis no campo e na praia se abrem para famílias interessadas em cumprir a quarentena de uma forma mais ‘relax’, unindo comodidade e diversão longe do estresse.

 

FOTO GETTY IMAGES

 

Enquanto a vacina não chega, as empresas ainda recomendam o trabalho remoto para muitos de seus executivos e as escolas não estão 100% prontas para oferecer aulas presenciais às crianças, então muitas famílias estão unindo o útil ao agradável e cumprindo o isolamento social em hotéis e resorts.

Em grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, os hotéis convertem quartos em escritórios e oferecem o serviço de “room office” para quem quiser se isolar para trabalhar com toda comodidade. Nos estabelecimentos à beira do mar e no interior, mais em contato com a natureza, a tendência dos quarenteners foi rebatizada como “resort office”.

TIROLESA DO VILLA ROSSA, EM SÃO ROQUE

Depois de meses trancados em casa, estressados, cansados de encarar os trabalhos domésticos e de descontrair apenas com diversão via TV ou computador, as pessoas estão saindo da toca e – com todo o cuidado que o momento exige – aproveitando a baixa ocupação e as vantagens oferecidas por hotéis-fazenda e balneários que funcionam não muito longe de seu lar.

Com um wi-fi bom, tanto faz se você está trabalhando na biblioteca da sua casa ou na varanda do seu quarto de hotel, com vista para uma paisagem inspiradora ou a poucos metros da areia da praia. O importante é que você esteja conectado e bem de saúde. E hospedar-se com a família longe de casa tem ainda outras várias vantagens. Em grande parte dos prédios, muitas piscinas, academias e demais áreas comuns ainda estão interditadas ou com uso limitado. Nos hotéis e resorts, essas atrações estão abertas e funcionando com todos os protocolos sanitários apropriados. Além disso, no hotel você não tem que cuidar da limpeza e da arrumação do seu apartamento, não precisa cozinhar e nem lavar louça. Todas essas tarefas são executadas por um staff devidamente paramentado e respeitando as medidas de descontaminação mais adequadas.

O CAPRICHADO CAFÉ DA MANHÃ DO VILA INGLESA

E, enquanto os pais trabalham – cada um em um ambiente, sem ter de dividir o mesmo espaço – a garotada gasta suas energias, se diverte e é cuidada por uma equipe de monitores treinados para evitar atividades com contato físico. Quando o horário de trabalho termina, a família pode se reunir para nadar, brincar, praticar esporte ou simplesmente descansar. O estresse do confinamento é minimizado, todo mundo fica mais descontraído o e a confraternização com a família flui de uma forma mais agradável.

“Muitos resorts estão faturando com essa nova oportunidade que surgiu por causa da pandemia. Durante a semana, as tarifas estão, em média, 40% inferiores daquele valor que era cobrado em setembro do ano passado. Nos fins de semana [de sexta a domingo], a queda nos preços é um pouco menor, de cerca de 25%”, avalia Marcos Destro, que possui 28 anos de experiência de Viagens Corporativas. Ele avisa que, para longas estadias, de 15 ou 20 dias, é possível conseguir condições ainda mais vantajosas em vários hotéis, mas para isso é fundamental a participação de uma agência. “Aqui na Líder Corp, fazemos negociações desse tipo todo dia. Sempre buscamos tarifas que sejam razoáveis para o hotel e para nossos clientes”, explica. Para contatar a Líder Corp, acesse http://www.lidercorp.com.br/.

No estado de São Paulo, a agência trabalha com resorts como o Villa Rossa (de São Roque), o Hotel-Fazenda Mazzaropi (Taubaté), o Sofitel Jequitimar (Guarujá), o Mavsa Resort (Cesário Lange), o Hotel Vila Inglesa (Campos do Jordão), o Eco Resort Refúgio Cheiro de Mato (Mairiporã), o Hotel Resort Recanto do Teixeira (Nazaré Paulista), o Villa Santo Agostinho (Bragança Paulista) e o Bourbon Resort e o Tauá Hotel – ambos em Atibaia. Em Minas Gerais, fica outra unidade da rede Tauá, o Tauá Grande Hotel Termas, de Araxá.

RECREADOR DO TAUÁ ATIBAIA APLICANDO ALCOOL EM GEL NUMA CRIANÇA

Por falar nos hotéis da rede Tauá, o de Atibaia acaba de instalar em suas tubulações de ar-condicionado um sistema de purificação de ar com tecnologia Photohydroionization, que utiliza luz ultra-violeta para eliminar bactérias, vírus, fungos. Além disso, todos os quartos são desinfectados com ozônio ao serem desocupados. No Mavsa Resort, mesmo não sendo na beira do mar, tem a água como destaque. Além de toboáguas e piscinas (uma aquecida), tem um lago para stand up paddle, passeios de caiaque ou pedalinho e até pescaria. Já no Sofitel Jequitimar, a grande atração para a garotada é a Praia de Pernambuco, a poucos metros dos apartamentos. Para os adultos, tem ainda três bares, sauna e salas de reuniões de todos os tamanhos.

SALA ÁREA COMUM DO HOTEL-FAZENDA MAZZAROPI

Para quem prefere o ar da montanha, as dicas são o Hotel Vila Inglesa e o Villa Rossa. Instalado em uma das vizinhanças com natureza mais exuberante de Campos do Jordão, o Vila Inglesa tem gastronomia caprichada para os adultos e bikes, circuito de arvorismo e oficina de artes para as crianças. Já o Villa Rossa, em São Roque, tem casinhas de campo privativas com piscina e lareira, e uma equipe de recreação sempre a postos, com brincadeiras, parede de escalada e tirolesa para a criançada se jogar, literalmente.

Por fim, no Mazzaropi, eleito por oito vezes o melhor hotel-fazenda do país, a criançada tem quatro piscinas e atividades rurais para se entreter, como curral para tirar leite de vaca e cavalos para passeios pela região.

 

Hotéis de alto padrão no Brasil iniciam o processo de reabertura

Hotéis de alto padrão no Brasil iniciam o processo de reabertura

Com medidas de sanitização e distanciamento social, os hotéis de alto padrão no Brasil reabrem aos poucos

Ponta dos Ganchos

Governador Celso Ramos, SC – Aberto desde 30/07

Com apenas 25 bangalôs isolados entre si, Ponta dos Ganchos é conhecido pela privacidade e distanciamento oferecido a seus hóspedes. O traslado dos passageiros é realizado com veículos privativos, que são higienizados a cada viagem. O hotel ainda se preocupou com a ampliação do serviço de quarto. Os cardápios são fornecidos por meio da tecnologia QR Code. Assim, é possível conferir as opções gastronômicas nos dispositivos pessoais. Até 31/10, reservas a partir de três noites (de quinta a domingo) terão jantares cortesia. O menu é preparado pelo chef José Nero, que prepara refeições com ingredientes sazonais da região, além de opções orgânicas colhidas na horta da propriedade. pontadosganchos.com.br

 

 

Txai 

Itacaré, BA – Aberto desde 14/08 

 Conhecido pelos serviços de alto padrão, o resort conta com apenas 3% de área construída em 93 hectares. A nova fase permite ocupação máxima de 80 hóspedes no hotel. Antes mesmo da chegada deles, o hotel coleta informações para o preparo prévio do minibar dos bangalôs, checa o histórico de saúde e viagens prévias. Todas as bagagens passam por sanitização ainda no aeroporto de Ilhéus e os traslados são realizados com uma família por veículo. Já os funcionários passaram por treinamentos, têm temperatura aferida diariamente e chegam ao trabalho em veículos próprios da propriedade, prática já adotada anteriormente. txairesorts.com 

 

 

 

 

Palácio Tangará  

São Paulo, SP – Reabertura em 17/09 

 O hotel planeja sua reabertura para meados de setembro. Para garantir a segurança dos hóspedes, a propriedade se uniu ao Hospital Albert Einstein para definição e validação de protocolos operacionais de limpeza e sanitização. Os hóspedes poderão contar com displays de álcool em gel em todas as áreas comuns, assim como receberão máscaras personalizadas, de uso obrigatório em áreas comuns. Clientes e funcionários terão suas temperaturas aferidas no momento de chegada ao hotel. Bagagens passarão por processo de sanitização. Para os restaurantes, os menus disponibilizados serão digitais, por meio de aplicativo, espaços abertos e distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre as mesas. palaciotangara.com  

 

 

Tivoli Ecoresort Praia do Forte 

Mata de São João, BA – Reabertura em 01/09 

O hotel, membro da Coleção L.V.X. da Preferred Hotels & Resorts, reabre com o programa Feel Safe at Tivoli, que compreende dez linhas de atuação que incluem processo de purificação de ar e água. A arquitetura da propriedade já preza pela boa ventilação. Somado a isso, houve a redistribuição de mobiliário nas áreas comuns. O hotel ainda passa a oferecer um serviço de aconselhamento chamado City Connection, que informam sobre unidades de saúde, serviços seguros de alimentação e bebidas e maneiras seguras de aproveitar os atrativos da região e serviços de locomoção. tivolihotels.com 

 

 

 

Etnia Casa Hotel  

Trancoso, BA – Aberto desde 23/07 

 A propriedade, que conta com apenas 7 casas em um terreno de cerca de 7 mil metros quadrados, foi a pioneira na hotelaria brasileira a inserir o protocolo de higienização Fog in Place. Trata-se de um sistema de sanitização que dispersa uma névoa 100% atóxica, inodora e seca que cobre todas as superfícies com uma nano película de inativação de bactérias e vírus, entre eles o Sars-CoV-2, o novo coronavírus. Para os hóspedes, o hotel adota check-in antecipado. Já as vilas têm um intervalo entre hospedagens de, pelo menos, 72 horas. O mesmo acontece com itens do minibar, que tem um intervalo de manipulação de 72 horas entre a reposição e a chegada dos hóspedes. etniabrasil.com.br 

 

 

 

Bruno De Luca conta como construiu uma carreira de sucesso depois de mudar a rota

Bruno De Luca conta como construiu uma carreira de sucesso depois de mudar a rota

 

WORK HARD, PLAY HARD. O lema de Bruno De Luca é a perfeita tradução de seu estilo de vida. Aos 38 anos, o ator e apresentador de TV cresceu correndo atrás de seus sonhos e projetos, mas nunca deixou de se divertir (e muito) no caminho. Há mais de uma década à frente do programa de viagens “Vai Pra Onde?”, do canal a cabo Multishow, Bruno já rodou 52 países e se meteu nas mais loucas aventuras. Na Dinamarca, foi parar no hospital depois de provar a pimenta mais forte que se tem notícia, se jogou de um bungee jump sem corda na Suécia, passou o Natal no aeroporto de Sidney por causa de um furacão e frequentou as baladas mais animadas nos cinco continentes. Seja rodando o mundo ou comandando uma live de três horas com direito a atrações musicais direto de sua casa – como aconteceu em 15 de agosto –, ele trabalha com prazer.

Mas por trás do rapaz de jeito fanfarrão que aparece na tela, está um homem determinado. Nascido em uma família abastada – seu avô paterno, o italiano Carmelo De Luca, é o fundador da Frescatto, bem-sucedido frigorífico de pescados, onde trabalha boa parte da família – poderia se acomodar, mas decidiu trilhar um caminho próprio. Mesmo sem nenhum familiar ligado às artes, ele conta que sempre soube que esse seria o seu destino. “Via programas como ‘Balão Mágico’ e pensava que eu queria não só assistir, mas fazer parte daquilo”, lembra.

Aos nove anos, aproveitou uma viagem de um mês dos pais pela Europa e se matriculou escondido em um curso de teatro, lá fez seu primeiro teste. Quando voltaram, ele já estava escalado para a novela das 8, “Fera Ferida”, em que interpretou Uilsinho, filho dos personagens vividos por Juca de Oliveira e Vera Holtz. Depois da estreia na TV, passou pela série de casos especiais “Terça Nobre”. “Numa determinada cena eu roubei um contra plano e fiz uma cara de chocado que chamou a atenção do diretor Roberto Talma”.

Ganhou ali aquele que seria o papel mais emblemático de sua carreira, o divertido Fabinho, de Malhação, filho da dona da academia onde se passava a trama, vivida por Silvia Pfeifer. Bruno interpretou o personagem dos 12 aos 17 anos, desde a estreia da novela adolescente, em 1995, até a quinta temporada, em 1999. “Foi uma escola. Toda semana tinha um ator convidado e isso nos dava a oportunidade de contracenar com grandes mestres”, lembra.

Hiperativo e curioso, nos intervalos das suas cenas o ator gostava de se aboletar ao lado do diretor, Leandro Neri, para acompanhar o trabalho por trás das câmeras. Ali começaria a identificar sua verve de produtor, algo que se tornaria fundamental para seu sucesso profissional. Com o fim da jornada em Malhação, conhecido no Brasil todo, Bruno partiu novamente para os testes. Mas tirou a carta revés. “Fazia tudo que pintava, mas não passava em nenhum”, conta com a tranquilidade de quem já superou essa fase. “Diziam que eu estava com o rosto muito marcado. Mas acho que era desculpa. Eu estava era ruim mesmo. Era adolescente, mudando a voz… Devia estar muito esquisito”. Foi ali que começou a pensar em um plano B para a carreira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rota alternativa

Bruno não faz o tipo que paralisa diante de um desafio. Pelo contrário. Cara de pau assumido, é daqueles que se joga sem medir consequências. Depois de se matricular no curso de Jornalismo da PUC-Rio, foi bater nas portas de Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, então o todo poderoso da TV Globo) e de Luis Erlanger (diretor de jornalismo da emissora). Acabou ganhando estágio na editoria Rio. “Fui para porta de delegacia acompanhar repórteres, trabalhei ao lado de Tim Lopes, estava na redação no dia 11 de setembro… Foi uma experiência muito bacana”. Mas percebeu logo que o dia a dia da notícia não era sua praia. “Não deu. Sou muito sentimental e era muita história pesada”, lembra.

Tendo a espontaneidade a seu favor, acabou se dando bem como repórter nos programas Caldeirão do Huck, Domingão do Faustão, Vídeo Show, Big Brother Brasil e na cobertura do Rock in Rio. Acabou encontrando seu caminho no meio termo entre a reportagem e o entretenimento. “Nas viagens para produzir matérias para os programas eu percebia que eu me interessava mais por aquilo que não ia ao ar, os bastidores da produção”, recorda. Foi quando começou a carregar uma minicâmera para onde ia, registrando tudo.

 

Em 2006, passou o Réveillon em Miami com Carolina Dieckmann – colega dos tempos de Malhação que se tornou melhor amiga – e Cleo Pires. Na volta, editou as imagens, fez a trilha, inseriu dicas da cidade… Estava pronto o piloto de “Vai Pra Onde?”. Bateu, claro, na porta do diretor da Multishow e conseguiu o espaço. O piloto nunca foi ao ar, mas a série decolaria com um mote matador: um programa de viagem no estilo mochilão, voltado para os jovens, em que Bruno viajaria com o orçamento curto e narraria suas peripécias numa espécie de reality trip, ou reality show de viagem. A primeira temporada estreou em 11 de maio de 2007, começando por Recife, seguindo uma premissa básica: curtir ao máximo gastando o mínimo. Deu certo.

Depois de muito perrengue, trocou albergues xexelentos por hotéis cinco estrelas na temporada em que entrava na aba de milionários. Viagens que, por ora, estão descartadas dos planos. Diante da crise sanitária global, Bruno acredita que o novo normal do turismo será mais pé no chão. “Mais viagens de carro, dentro do Brasil, em família ou pequenos grupos de amigos. Sem ostentação e extravagâncias”. É nesta pegada low profile que vai seguir a 16ª temporada do programa, ele pretende explorar destinos para praticar o desapego, uma modalidade de turismo que se tornou tendência nos últimos anos e deverá ganhar ainda mais força no pós-pandemia. “São viagens em que o turista busca um sentido para além do lazer. Procura devolver algo para o mundo, fazendo algum trabalho social ou ajudando o meio ambiente, por exemplo”. Se tudo der certo, o destino será a Costa Rica. O país, exemplar no combate ao novo coronavírus – tem o menor número de mortos da América Latina –, é muito procurado para o ecoturismo pois reúne florestas intocadas, vulcões e praias paradisíacas banhadas pelo mar do Caribe e pelo Pacífico.

É o próprio Bruno que cuida da produção de todos os seus programas na Beyond Filmes, empresa em que é sócio de Ronaldo Nazário (o craque Ronaldo). Isso mesmo. Foi em Malhação que nasceu uma amizade improvável do moleque Bruno com um de seus ídolos. O fenômeno, então com 21 anos, fez uma participação na série e acabaram ficando amigos. Na produtora tocam juntos projetos como “Além da 9”, série documental que narra a vida do ex-jogador. A primeira temporada já está pronta para ser exibida – falta fechar com um canal – e acompanha o Ronaldo em países pelos quais passou como atleta, mas nunca teve tempo de curtir.

 

Baladeiro notório – que até meteu em algumas confusões – ele anda mais calmo. Depois de desilusões amorosas, resignado e decidido a ficar solteiro, ele encontrou o amor novamente. Há oito meses namora Sthéfany Vidal, repórter do Domingão do Faustão. Eles já se conheciam por meio de amigos em comum, mas foi em um encontro casual no fim do ano passado que os dois se aproximaram. O cupido foi Bart Simpson, o golden retriever de Bruno. “Ela gosta muito de cachorro, acabou se aproximando e ficou brincando com ele”. Conquistou não só o cão, como seu dono. “Em uma semana, ele já me apresentou para a família inteira”, lembra Sthéfany. “Bruno tem um coração enorme, não nega ajuda a ninguém”, derrete-se a namorada, que mora em São Paulo, mas tem passado a quarentena na casa dele, no Rio, uma senhora prova de fogo para ambos.

O trabalho de ator ficou em segundo plano – “Faço quando dá” –, mas vez ou outra aparecem convites irrecusáveis, como para interpretar Carlos Imperial em “Minha Fama De Mau”, cinebiografia do cantor Erasmo Carlos lançada em 2019. Figura polêmica, mas de grande relevância para a música brasileira – foi quem impulsionou a carreira do Tremendão, além de artistas como Elis Regina, Wilson Simonal e Roberto Carlos –, Imperial era conhecido pelo temperamento libertino, irreverente e o alto tom de voz. “Dizem que pareço com ele. O Erasmo, que é meu vizinho, gosta de dizer que sou ‘o Imperial do bem’”, comenta Bruno.

 

Paulista na certidão, mas carioca de coração e alma – ele tinha cinco meses quando seus pais voltaram para o Rio – Bruno é o segundo de três filhos. Thiago, de 39, o irmão mais velho, é o atual presidente da empresa da família. Marcela, a caçula de 35, é médica. Longe das câmeras é um sujeito agregador. É o amigo que cria o grupo de WhatsApp, que agita os encontros. Este mês, o canal Viva vai reprisar a primeira temporada de Malhação para comemorar os 25 anos da novela, que também ajudou a projetar a carreira de amigos como André Marques, Fernanda Rodrigues, Carol Dieckmann… Precisa dizer onde vai ser a festa?

 

Bate e volta

Qual o principal traço de sua personalidade?

A comunicação. Sou muito sociável.

O que mais aprecia nos amigos?

Lealdade.

Família é…

O principal.

Qual é seu passatempo favorito?

Ir à praia.

Um lugar para viver?

Los Angeles.

Um lugar para visitar muitas vezes?

Ibiza.

Um refúgio?

A casa dos meus pais.

Qual personagem gostaria de interpretar?

Tyler Durden, do filme Clube da Luta. Mas a versão do Edward Norton.

Uma saudade do período pré-pandemia?

De aglomerar!

Qual personalidade da vida real mais admira?

Ronaldo Nazário

Um luxo?

Saúde.

 

 

O futuro (ou presente) da hospedagem

O futuro (ou presente) da hospedagem

Existem poucas coisas melhores do que viajar. Mais do que nunca, sabemos disso. Em tempos de pandemia, as incertezas atravessaram em cheio o turismo, paralisando as atividades de hotéis em todo o país e mundo afora, adiando planos de viagens e deixando turistas saudosos. Mas tudo indica que, aos poucos e com cautela, o setor começa a retomar o fôlego, e o desejo de se hospedar em um lugar tranquilo está próximo de se realizar. 

Confira as expectativas para a volta e as medidas de segurança que grandes redes já começam a colocar em ação: 

Accor

“Dos 321 hotéis que temos no Brasil, cerca de 80% foram fechados na pandemia. Agora estamos iniciando as reaberturas”, conta Patrick Mendes, CEO Accor América do Sul.  Ele vê que a saída será pelo turismo doméstico e, pelas características do Brasil, em que 95% dos turistas já são brasileiros, existe uma boa oportunidade. “Temos cerca de 400 hotéis na China, que ficaram fechados por seis a sete semanas. A reabertura aconteceu de forma positiva. A demanda é comercial, de visitas familiares e lazer”. 

Patrick analisa que o momento atual despertou a busca pelo bem-estar. “É bem provável que o primeiro impulso, após tanto tempo dentro de casa, seja buscar destinos e experiências de integração com a natureza, incluindo caminhadas, aventura e praias próximas”, pontua.

A Accor lançou o “Guia da Retomada” com 150 novos protocolos, cujo objetivo é assegurar o seguimento de novas medidas nos hotéis, garantindo a saúde de todos. Como a disponibilização de álcool em gel nas áreas públicas; distanciamento social em todas as áreas comuns; limpeza de maçanetas, portas, gavetas, carimbos e carrinhos a cada hora; e o uso da máscara.  

Nesse novo normal, a rede também remodelou quartos em São Paulo para atrair o público que precisa de um local para trabalhar durante o “Home Office”, ou melhor, o “Room-Office”. “No lugar de uma cama, o cliente encontra mesas, cadeiras, sofá, além de internet de alta velocidade, frigobar, água, chá e café, tudo em um período de uso das 8h às 20h. Além disso, alguns hotéis também oferecem equipamentos para reuniões online”.   

 

Accor – Room-Office – Foto: Tadeu Brunelli

Grand Hyatt 

Os turistas precisam se sentir seguros para que possam retomar suas atividades com tranquilidade. “A confiança na marca e nos processos será essencial para a tomada de decisão. Além disso, o oferecimento de espaços ao ar livre e flexibilidade dos pacotes também serão fatores importantes”, reforça Laurent Ebzant, Gerente geral do Grand Hyatt Rio de Janeiro.  

Além das medidas de higienização, a rede aposta na digitalização com o uso de menus online para restaurantes e serviço de quarto, acessíveis por QR Code; check in online e Mobile Key, que permite a abertura de portas dos quartos pelo celular. A Grand Hyatt também criou o Painel Multidisciplinar de Especialistas e Profissionais do Setor de Saúde, um grupo de aconselhamento global sobre as medidas sanitárias para o turismo na retomada. 

 

Grand Hyatt – Foto: Tadeu Brunelli

Martinhal 

Portugal conduziu bem a pandemia com o controle de infectados e poucas mortes, o que pode trazer bons frutos para o turismo no país, que representa cerca de 15% de seu PIB. “Acredito que será um dos destinos mais procurados da Europa e aqui em Portugal acredito que o Algarve estará em alta, onde o índice de infectados foi muito baixo, especialmente em Sagres, onde temos o Martinhal Sagres, em que não houve casos de Covid-19”, sinaliza Chitra Stern, fundadora do grupo Martinhal, rede de hotéis para a família em Portugal. 

O país foi o primeiro a criar o selo Clean & Safe na Europa, que atesta que hotéis e estabelecimentos estão aptos e seguros para receber turistas e clientes. “Nosso primeiro hotel abriu em 6 de junho e estamos seguindo rigorosamente as recomendações”.  

 

E os navios?

A Norwegian Cruise Line usou a pausa para elaborar novos destinos e já inspira viagens mais ousadas no futuro 

“Os itinerários recém-anunciados para 2021 a 2023 foram projetados para proporcionar aos passageiros férias únicas”, diz Harry Sommer, presidente e diretor executivo da Norwegian Cruise Line. “Neste momento, estamos em nossos respectivos cantos do mundo sonhando acordados. Então, usamos esse tempo para oferecer aos passageiros os melhores de todos os itinerários. Navegaremos para mais de 20 novos destinos incríveis, incluindo Antártica, Groenlândia, Namíbia, África do Sul, Filipinas, Moçambique, Japão e Camboja.  

 

Foto divulgação